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História Hysteria - Doing Again.


Escrita por: ldzeppelin

Notas do Autor


Como prometido, mais um capítulo pra vocês! <3

Capítulo 13 - Doing Again.


Kimberly Nicole Moore.

Eu estava novamente perambulando pela escola. Bridgit estava escondida em algum armário de vassouras se agarrando com John, enquanto meu namorado dividia alguns biscoitos com George, falando sobre assuntos que eu não me encaixava.

Fui direto para a biblioteca, á procura de algum livro para passar o tempo. Eu não estava nem um pouco afim de ouvir sobre instrumentos. Eu não sabia tocar nem um triângulo. Não fazendo pouco caso de quem toca, mas... Enfim.

Não gostaria de ser o tipo de namorada que fica em cima do namorado, então deixei Paul e George conversando. Passei a mão por alguns livros empoeirados, e ouvi um barulho de violão. Passei para o outro corredor da biblioteca, encontrando Keith.

Ele estava sentado no sofá que havia do lado da janela, iluminando uns papéis que haviam do seu lado. No seu colo, seu inseparável violão. Keith tocava alguns acordes entretido.

– Oi. – disse tímida. Ele parou de fazer o que estava fazendo, e me olhou dando um sorriso fraco.

– Srta. Kim. – ele disse. – Sente-se.

Eu sabia que Keith não pedia. Keith esperava que eu fizesse e ponto. Sentei-me ao seu lado, pegando na mão os papéis.

– O que é isso? – perguntei apontando para as folhas.

– Uma música que estou fazendo. Quer ouvir uma parte? – ele perguntou.

– Claro. – respondi.

Keith começou a tocar alguns acordes. Sem querer fazer pouco caso de Paul, Keith tocava absurdamente bem. Ele tinha o dom para tocar violão.

Wading through the waste stormy winter

And there's not a friend to help you through

Trying to stop the waves behind your eyeballs

Drop your reds drop your greens and blues.

– Até agora é isso. Minha voz não é boa, Mick canta. E tem a gaita também. Acha que ficará legal? – ele perguntou.

Não o respondi de imediato. Estava reparando nele. Seu cabelo estava sempre bagunçado, assim como sua roupa. A gravata estava frouxa, ele estava sem o blazer da escola, e a camisa social parecia ter saído do rabo de uma vaca. Sem falar do seu comum cheiro de cigarro.

– Acredito que ficará. Eu gostei. A letra é bonita. – falei.

– Ainda tem mais. Na verdade, vou fazer mais. E escolher o nome e tudo mais... Esse é só o começo. – ele disse e eu concordei.

– Tá bem legal. – sorri pra Keith, que transbordava orgulho de si mesmo. Ele pareceu pensar por um momento.

– Escuta, meu aniversário tá chegando, e vai ter festa na minha casa. Quero que você vá. – ele sorriu.

– É um convite, e não uma ordem? – perguntei rindo.

– É um pouco dos dois. Não gosto de convites, porque se eu te convidar, você pode recusar. Então prefiro que seja uma ordem, você não tem escolha. E quero muito que você vá. – Keith disse bagunçando meu cabelo. Resmunguei.

– Tudo bem. Eu vou tentar ao máximo. – sorri.

– Tentar ao máximo o quê? – Paul apareceu na biblioteca emburrado. Keith o olhou debochado, e voltou a dedilhar o seu violão com calma.

– A festa de aniversário dele, amor. – disse. Eu não esconderia nada de Paul.

– Hum, entendi. – Paul saiu de lá emburrado. Ai merda.

– Não quero arranjar problema pra você e pro McCartney. – Keith disse ainda olhando para o violão.

Respirei fundo. Keith era tão gentil.

– Calma. Eu me resolvo com o Paul. Vou tentar ir sim. Fique tranquilo. – disse beijando sua bochecha.

Levantei-me para ir atrás do meu namorado, quando Keith puxou-me. Sentei novamente no banco, e Keith deu um beijo na minha bochecha também.

– Agora pode ir.

Balancei minha cabeça negativamente, rindo um pouco. Keith Richards era uma figura.

                                                                         (...)

Paul me ignorou o resto do dia na escola. Até trocou de lugar com Debbie para não ficar ao meu lado. Aquilo já estava me irritando. Eu não podia ter amigos? Eu não queria saber da rixa idiota deles com os Stones. Só queria saber de ser legal com quem era legal comigo.

Dei graças á Deus quando o sinal bateu. Com mamãe voltando a trabalhar, Jim também e Mike na escola, sempre almoçávamos sozinhos, digo, eu Paul e Bridgit. Comemos em um clima péssimo, já que Paul ainda não trocava uma palavra comigo. Fui para o meu quarto, tomei um banho e pus uma roupa de ficar em casa. Uma saia de cintura alta, e uma blusa grudada.

Fui para o quarto de Paul, já que ele estava sozinho. Abri a porta sem ao menos bater, me deparando com Paul sentado na cama com cara de mal. Revirei os olhos, sentando em sua frente.

– Dá pra parar? – perguntei séria. Paul não respondeu. – Virou surdo? Estou falando com você.

– Só não quero te responder. Posso ter esse direito? – ele perguntou.

– Não, não pode. Eu não estava fazendo nada demais. Somos namorados, mas não somos impedidos de ter amigos.

– E você quer ser amiga do otário do Keith Richards? – ele perguntou se levantando.

– Não chama o Keith de otário! – levantei-me também.

– Vai defender o amiguinho agora? – ele perguntou debochado.

– Se está querendo aprender a ser debochado, pede pra ter aulas com o John. – revirei os olhos.

– Que merda! – ele falou alto. – A minha namorada conversando com o cara que eu odeio, e eu tenho que ficar na minha. Eu não gosto, entende? Keith é mais velho! E ele e os Stones são loucos, eu sei lá!

– Paulie. – falei. – Só. Relaxa. – respirei fundo.

– Não tem como, merda. Não tem. – ele disse suspirando, e sentando-se na cama. Tomei coragem para me sentar em seu colo, com uma perna de cada lado do seu corpo.

– Você anda falando muito palavrão. – sorri fraco.

– E você anda me enlouquecendo. – ele sorriu também. – Ainda não falamos sobre aquela noite. – ele disse se deitando na cama, e me puxando junto.

– Quer falar o quê? – perguntei.

– Sobre o quanto foi gostoso. E sobre o quanto eu já estou louco pra fazer de novo. – Paul sorriu sapeca.

– Engraçado, eu também.

Beijei Paul lentamente, enquanto suas mãos desciam sem vergonha nenhuma para o meu bumbum. Paul começara a usar o cabelo com franja, o que o deixava mais lindo.

As mãos do meu namorado desceram perigosamente para baixo da minha saia, de encontro á minha calcinha de algodão. Paul acariciou minha intimidade, rendendo um gemido fraco vindo da minha boca.

– Paul... Sossega... – disse enquanto ele subia em mim.

– Ahn, amor... Vamos... – ele disse beijando meu pescoço, fazendo um pouco de cócegas. Ri baixo.

– Tudo bem. – falei. Ele parou de me beijar no pescoço e me olhou.

– Sério? – ele perguntou abrindo um sorriso. Assenti. – Eba.

Paul voltou a me beijar, com mais intensidade. Minha saia estava na barriga, dando á Paul total liberdade de me acariciar intimamente.

– Paul, o papai está cham... Paul! – ouvimos Mike gritar da porta.

Separei-me tão bruscamente de Paul que quase caí no chão. Abaixei minha saia novamente em um movimento muito rápido enquanto Paul tapava sua ereção com um travesseiro.

– Mike! Papai não te ensinou a bater? – Paul perguntou irritado.

– Ensinou sim. Mas eu não imaginaria que meu irmão e minha nova irmã estariam se atracando. – Mike disse. Apenas revirei os olhos.

– Você quer quanto? – Paul perguntou pegando a carteira.

– Não quero dinheiro. – Mike sentou-se na cama conosco, largando sua mochilinha da escola.

– Quer o que então? – Paul perguntou impaciente.

– Para não contar para o papai, ou para a Tia Mel, eu quero que vocês brinquem comigo. Na escola nova eu ainda não tenho muitos amigos, e aqui tem gramado para jogar futebol. Vocês podem? – ele perdeu esperançoso.

Olhei para Paul sorrindo, e já podiam imaginar como foi minha tarde. Jogando futebol desastradamente com meu namorado, e o meu novo irmãozinho.

Eu cansei-me a tarde inteira. Correndo de um lado para o outro para acompanhar o pique de Paul e de Mike Ligeirinho. Após o jantar, tomei um banho e fui para a cama. Eu precisava dormir mais do que nunca.

Deitei-me já de pijamas, e nem me importei em secar o cabelo. Ouvi a porta abrindo devagar, e não me preocupei em virar para ver quem era. Pensei por um momento que pudesse ser minha mãe, mas não era.

Quando senti o corpo masculino atrás de mim, e as mãos em minha cintura, deduzi ser Paul. Ele envolveu-me em um abraço gostoso e respirou pesadamente. Não me movi. A sensação de estar com Paul era maravilhosa.

Poucos meninos depois a porta se abriu novamente. Desta vez, ouvi um suspiro feminino. Era mamãe. Pensei que ela iria dar um chilique, ou talvez expulsar Paul á pauladas dali. Mas ela não o fez. Mamãe nos cobriu com outra coberta e deixou o quarto.

                                                           (...)

Eu estava me arrumando. Ashley e Debbie estavam em minha casa, e junto á Bridgit, nos arrumávamos para ir ao Cavern ver nossos meninos tocarem.

Eu admito que estava ansiosa. Nunca tinha visto um show de verdade de Paul, no Cavern. Minha irmã sempre ia sozinha com suas amigas, e me incluir naquilo foi o máximo.

Tentei me embonecar ao extremo. Tinha que ficar bem bonita, para estar lá como namorada do baixista mais bonito de Liverpool.

Meu coração, porém, estava na mão. Hoje era o aniversário de Keith. Ele estava fazendo dezessete anos. Eu infelizmente não poderia trocar um show de Paul pelo aniversário de Keith, se não eu estaria mortinha. Mas eu estava triste por isso. Keith era uma pessoa maravilhosa, pelo menos comigo, e eu gostaria de estar com ele comemorando seu décimo sétimo aniversário.

Chegando lá eu tive quase a certeza de que morreria sufocada. Era um espaço pequeno, fechado, e com milhares de pessoas dentro. Oh, Deus.

Mas lá estavam eles no palco. Havíamos chegado atrasadas, mas dava para vê-los perfeitamente. Animados como sempre, e Paul fazendo suas dancinhas com a cabeça.

Eles tocavam Chuck Berry. Meu sorriso mal cabia no rosto. Era tão bom vê-los felizes daquela maneira. Como se nascessem para fazer aquilo. Johnny B. Goode acabou, e eles se preparavam para tocar mais uma música. Meu coração parou completamente.

Pisquei algumas vezes para ver se aquilo que estava na minha frente era realmente real.

Jane Asher estava pendurada no pescoço do meu namorado, o beijando.



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