1. Spirit Fanfics >
  2. I Am Here, Your Hero >
  3. Capítulo 2

História I Am Here, Your Hero - Capítulo 2


Escrita por: LittleShipperr

Notas do Autor


Oi gente *u*
Como prometido, capítulo novo no sábado!
Espero que gostem <3

Capítulo 2 - Capítulo 2


Era a hora do nosso teste prático! Chegando à área de treinamento, todos os alunos já estavam reunidos vestindo seus trajes. Aizawa-sensei estava de frente para nós. Assim que me juntei aos outros, ele respirou fundo e falou:

– Vou explicar como o teste será e suas regras. Prestem atenção.

Toda a turma continuou em absoluto silêncio, atentos para as palavras do professor. Eu comecei até a me sentir meio nervoso.

– O teste consiste em uma corrida de obstáculos. – Aizawa-sensei começou – Foi preparado um circuito em volta desta arena. Diversos desafios os esperam pelo caminho, e o principal objetivo é chegar primeiro. Cada colocação tem um esquema de notas. O primeiro lugar ganha 100 pontos, o segundo, 90, o terceiro, 80, o quarto, 70, o quinto 60. E todos a partir do sexto lugar ganharão 50 pontos se cruzarem a linha de chegada. Claramente, aqueles que não cruzarem a linha, ficarão com 0.

– Oh, então é como no festival esportivo! – Kirishima comentou, animado.

Eu ainda me lembro perfeitamente da corrida de obstáculos do festival esportivo. Por pura sorte, eu consegui chegar em primeiro lugar sem usar minha peculiaridade. Lá também tinha esse esquema de pontuação, então isso fez com que eu ficasse com 10 milhões de pontos na rodada seguinte, me fazendo ser alvo de todo mundo. Nunca me arrependi tanto de um primeiro lugar na minha vida.

– Não, é diferente. Deixem-me terminar de falar. – Aizawa-sensei cortou logo.

Quando notou que todos estavam prestando atenção, ele continuou explicando:

– Vocês podem escolher fazer esse teste individualmente ou em duplas. Aviso logo que alguns desafios são bem complicados de se passar sozinho, então seria uma ótima vantagem unirem forças.

As pessoas da classe já começaram a se entreolhar, como se já estivessem em mente com quem gostariam de fazer duplas. Acho que toda classe é assim. O professor menciona dupla, e quase que por telepatia, as duplas se formam automaticamente.

– Entretanto... – ele continuou – Se formarem duplas, vocês contarão como uma equipe apenas. Ou seja, a pontuação relacionada à colocação será dividida para as pessoas da equipe. Por exemplo, se uma dupla chegar em primeiro lugar e receber a pontuação de 100, cada um fica com 50 pontos. Se chegarem em segundo, cada um fica com 40, e assim respectivamente.

– O quêêê??? – Uraraka exclamou nervosamente

– Mas professor!!! – Ashido ia começar a reclamar

– Aaah, metade da nota é muito pouco!!! – Kaminari parecia estar em desespero

Várias pessoas começaram a protestar aquele esquema. Um alvoroço começou a tomar conta da turma. Aqueles que já estavam combinando suas duplas, pareciam ter desistido. 

– Silêncio! – Aizawa-sensei pediu com cansaço na voz

Dessa vez ele não usou aquela forma ameaçadora para nos pedir silêncio, mas por respeito ao professor, deixamos que ele continuasse falando:

– A ordem de chegada não será o único critério de avaliação, é claro. Eu estarei observando vocês pela sala de câmeras. Vou avaliar o desempenho de vocês e dar uma nota de 0 a 100. Esses 200 pontos no total, que incluem a nota de chegada e minha avaliação, serão divididos por 20, revelando a nota final do teste de vocês. Vocês podem ficar com uma nota final de 0 a 10.

Oh, a sala de câmeras! A U.A tem uma alta tecnologia que permite que os professores nos observem minuciosamente, mesmo sem estarem presentes. Quando fizemos aquela prova em que uma dupla lutava contra um professor, nós pudemos acompanhar a prova de nossos colegas pela sala de câmera. Foi bem legal!

Ah, aquela prova... Foi a primeira vez que eu e o Kacchan trabalhamos juntos em algo... Mesmo que tenha sido contra a vontade dele, acho que fizemos um bom time.

– É mais justo assim! – Ashido afirmou.

– Será que o Aizawa-sensei vai ser muito rigoroso nessa avaliação? – Sero cochichou com Kirishima.

– Como assim dividido por 20??? Eu não entendo de matemática!!! – Kaminari puxou os cabelos desesperadamente.

O sensei ignorou o alvoroço e continuou sua explicação:

– Como esse é um teste bem complicado com um sistema de pontuação diferente, vocês precisam de apenas 5 pontos pra passar, metade da nota. Então, se conseguirem cruzar a linha de chegada e obtiverem uma nota satisfatória na minha avaliação, conseguirão passar.

Colocando dessa forma, não parece ser tão difícil passar no teste. Mas não vou baixar minha guarda! Se tem algo que aprendi na U.A, é que nunca devemos subestimar a dificuldade de nenhuma situação!

– Então, vocês devem escolher. – Aizawa prosseguiu – Formar uma dupla, aumentar suas chances de conseguir cruzar a linha de chegada, mas dividir a recompensa, ou seguir sozinhos, correndo o risco de nem sequer chegarem ao final, mas se conseguirem, obterem o mérito todo para si. Mas aviso logo, vocês só poderão tomar essa decisão agora, antes de começar o teste. A partir do momento que o teste começar, se você tiver escolhido seguir sozinho, não poderá voltar atrás! Escolham com cuidado.

Essa última fala do professor definitivamente deixou a turma inquieta. Era uma escolha muito difícil para se tomar. E se decidirmos ir sozinhos, e o teste for muito difícil? E se decidirmos fazer duplas e o teste for muito fácil e nos arrependermos de ter que dividir a nota? Sem saber como seriam os obstáculos, estaríamos escolhendo por pura especulação.

– Fazendo os cálculos – comecei a murmurar comigo mesmo – Se eu formar uma dupla e conseguir chegar à linha de chegada, terei no mínimo 25 pontos. Tirando uma nota de 75 pontos na avaliação do Aizawa-sensei, conseguirei somar 100 pontos para conseguir um 5 e passar. Para conseguir esses 75 pontos provavelmente seria preciso...

– CALA A BOCA, NERD MALDITO!!! – Kacchan gritou ao meu lado.

Ah, eu estava fazendo de novo, não é? Às vezes eu simplesmente começo a pensar em voz alta. As pessoas acham meio assustador. Mas eu juro que faço sem perceber!

De repente, me veio uma ideia. E se eu chamasse o Kacchan para fazer dupla comigo? Não podemos negar que quando lutamos juntos contra o All Might, nós fomos incríveis! Por mais que ele se irrite comigo, nós formamos um belo time. Ele deve saber disso também. Além disso, seria uma boa oportunidade pra eu me aproximar mais dele!

– K-kacchan! – chamei timidamente.

– Heeeey, Bakubro! – Kirishima surgiu de repente, passando um braço pelos ombros do Kacchan – Vamos fazer uma dupla!!!

Acho que o Kacchan nem chegou a me ouvir chamando por ele, o Kirishima foi mais rápido.

– Tch... – Bakugou tirou o braço de Kirishima de seus ombros de uma forma agressiva – Quem você pensa que eu sou, cabelo de merda? É claro que eu vou sozinho!

– Mas Bakugou! – Kirishima fez uma espécie de biquinho – Pode ser muito difícil ir sozinho! Não sabemos quais são os obstáculos!

– Eu vou matar todos os obstáculos!!! – Kacchan afirmou, determinado.

– Aahh Bakugou! Estamos num teste! Você não pode matar nada!

E com isso, os dois se afastaram de mim, ainda discutindo. Bem... Eu devia ter imaginado que o Kacchan iria escolher fazer sozinho. Se ele recusou o Kirishima daquele jeito, provavelmente ele teria me humilhado se eu realmente chegasse a perguntar pra ele se queria fazer dupla comigo. No final das contas, acho que foi melhor o Kirishima ter me interrompido sem querer.

– Midoriya...

Todoroki-kun apareceu na minha frente com sua face inexpressiva. É bem difícil imaginar no que ele está pensando.

– O que foi, Todoroki-kun? – olhei para ele.

– Quer fazer uma dupla comigo?

Hã? Ele está mesmo me convidando para me juntar a ele numa equipe? Por essa eu não esperava. Todoroki-kun é o aluno mais forte da sala! Achei que ele iria preferir ir sozinho. Assim como no exame de licença provisória, quando ele se afastou do resto da turma para poder usar seu poder livremente.

– Achei que você iria querer fazer sozinho... – falei

– Acredito que o Aizawa-sensei está esperando que formemos duplas. Tenho a sensação que alguns desafios foram feitos para se passar em dupla. Formar equipes seria uma estratégia melhor dessa vez.

De fato, ele tinha razão. Pensei o mesmo quando decidi que seria melhor ficar em dupla. Mas ainda estava um pouco chocado, não esperava que esse convite viesse do melhor aluno da sala.

– E aí? Sim ou não? – Todoroki-kun perguntou.

– Ah, claro! – Sorri pra ele. Eu estava bem honrado de ter sido reconhecido por ele.

Todoroki-kun é bem poderoso, me aliar com ele vai me dar uma vantagem enorme! Comecei a me sentir bem mais confiante.

Olhei em volta, e vi que todo mundo já tinha se decidido. A Uraraka estava com o Iida, o Kirishima com o Sero, a Yaorozu com a Jirou, a Asui... Quer dizer, Tsuyu-chan estava com a Hagakure, a Ashido com o Aoyama, o Koda com o Sato, e o Kaminari com o Mineta. Já o Kacchan, o Tokoyami, o Shouji e o Ojirou decidiram ir sozinhos.

Então, Aizawa nos levou para o lado de fora da arena, onde começaria o circuito. Todo mundo se preparou na linha de largada. Estávamos um ao lado do outro, de forma que ninguém começaria antes. Se bem que no final das contas, vantagem logo na largada não quer dizer nada.

– Lembrem-se – Aizawa-sensei falou – eu estarei observando cada um de vocês pela sala de câmeras. Eu espero que vocês se comportem como heróis profissionais. Espero que tenham as qualidades que um bom herói deve ter. Trabalho em equipe, habilidade de resolver problemas, honestidade, capacidade de se manter nas regras, uso consciente de suas peculiaridades, praticidade, entre outras coisas.

Eu estava preparado para dar o melhor de mim nesses aspectos!

– Tornem-se os heróis que sempre sonharam ser... – ele colocou mais energia na voz, fazendo com que a turma começasse a ficar empolgada – Vão além...

– PLUS ULTRA!!! – todo mundo gritou junto.

Ah, Aizawa-sensei sabe mesmo como deixar seus alunos determinados. Gritar o lema da U.A, bem alto e em uníssono, fez com que nós ficássemos menos nervosos e bem mais motivados a dar tudo de si.

– Preparar! – gritou o sensei

Todos se colocaram em posição para disparar.

– Apontar... Já!

Assim que o professor deu o sinal, toda a turma começou a correr. Eu decidi que não correria desesperadamente logo no começo. Seria melhor guardar energia para quando os desafios começassem. Todoroki-kun pareceu pensar o mesmo que eu e corria ao meu lado.

Para acabar com a alegria daqueles que ficaram em vantagem com sua velocidade, nós encontramos o primeiro desafio. Um total de 12 robôs estavam bloqueando nosso caminho.

Esses robôs eram parecidos com aqueles do exame de admissão, mas tinham uma forma um pouco mais humanoide, apesar de ainda serem retangulares. Notei também, que o número de robôs era exatamente um para cada equipe. Ou seja, cada dupla tinha um robô, e quem estava sozinho também tinha um robô. Logo no começo no teste já vi vantagem de ter formado uma dupla! Dois contra um é bem mais fácil.

Antes que pudéssemos sequer pensar mais sobre isso, todos os robôs vieram na nossa direção numa velocidade absurda. Eles se separaram, comprovando minha teoria de que era um robô por equipe. Definitivamente eles não eram como os robôs do exame de admissão! Eles eram bem mais ágeis.

Bem, talvez não ágeis o suficiente para derrotar o Todoroki-kun. Em um ataque que durou pouco mais de um segundo, Todoroki-kun lançou seu gelo para prender as pernas e os braços do robô, imobilizando-o totalmente.

O robô estava vulnerável, essa era minha chance!

– Full Cowl! – deixei o One For All fluir por todo o meu corpo.

E com um movimento veloz, depositei toda a força de minha perna num chute certeiro bem na cabeça do robô:

– Shoot Style!!! – gritei, sentindo o impacto dos meus pés sobre a máquina.

O gelo até se partiu por causa da força, fazendo o robô cair no chão, soltando faíscas. Ele estava completamente destruído.

Isso foi incrível. Conseguimos imobilizar o oponente em poucos segundos! Minha força com a do Todoroki-kun juntas são imbatíveis!

– Vamos em frente! – Todoroki-kun começou a correr

Ele tinha razão, isso não é hora de comemorar. Ainda estamos no meio do teste! Corri também, seguindo-o. Os outros ainda estavam lutando contra os robôs, então, nós estávamos com a liderança!

Corremos alguns metros e nos deparamos com o próximo desafio. Era um corredor fechado e escuro, uma mudança total de ambiente, já que antes estávamos a céu aberto. Fico me perguntando como a U.A consegue construir essas estruturas tão rápido.

Bem em frente aos meus pés, tinha um quadrado em relevo no chão. Parecia com um azulejo, mas um pouco maior. Deveria ter uns 50 centímetros quadrados. Além disso, há cerca de 30 metros há nossa frente, estava um enorme portão de aço. Ele não tinha abertura no meio, então deduzi que ele abria ou para cima, ou para baixo.

– O que será que isso faz? – questionei, colocando um pé no quadrado a minha frente.

Nada aconteceu, então decidi pisar com o outro pé também no quadrado, colocando todo o peso do meu corpo. Foi então que senti o quadrado afundar, fazendo um estalo como uma espécie de botão.

O portão a nossa frente abriu, fazendo um alto ruído de aço rangendo. Ele abria para cima, fazendo com que a luz do outro lado da porta começasse a surgir de baixo para cima. Ele levava cerca de 5 segundos para abrir completamente.

– Ah, é um botão! – comentei – ele abre a porta!

Saí de cima do quadrado para confirmar uma teoria. Sem o meu peso, o botão voltou a ficar em relevo, e então a porta começou a se fechar.

– Como imaginei – coloquei uma mão no queixo – O botão tem que ficar sendo pressionado para manter a porta aberta.

– Esse desafio foi feito para se passar em dupla. Eu sabia! – Todoroki-kun exclamou.

Pisei de novo no botão, observando a porta se erguendo. Ela durava exatamente 5 segundos para abrir e 5 para fechar.

– Você acha que tem outro botão desses do outro lado? – Todoroki perguntou.

– Acho improvável... – falei – Se tivesse, seria fácil demais. Apenas aqueles que estão sozinhos teriam dificuldade. Isso não poderia nem ser considerado um desafio.

– Se só temos esse botão, então o que faremos? – Ele indagou.

– Hm... Mesmo que corramos na nossa velocidade máxima, essa distância é muito grande pra percorrer em menos de 5 segundos... Temos que pensar num jeito de manter esse botão pressionado ou...

Meu pensamento foi interrompido por algo passando por cima de mim numa velocidade surpreendente. Olhei para cima para tentar identificar quem era, mas tive que desviar o olhar imediatamente por causa da grande explosão que saiu de suas mãos. Era o Kacchan!

Droga! Eu ainda estava pisando no botão quando ele passou! Rapidamente, saí de cima do quadrado, e então a porta começou a fechar. Porém, Kacchan já estava na metade do caminho quando me dei conta disso. Ele acabou conseguindo atravessar a porta se arrastando pelo chão, no último segundo antes dela se fechar. Não acredito que ele se aproveitou da minha abertura!

– Merda! – Todoroki-kun esbravejou – ele trapaceou! Temos que ir atrás dele logo!

– Alcançamos ele depois! – falei – Temos que nos focar em nós mesmos agora.

– Sim – Todoroki se acalmou – eu tenho uma ideia.

– Estou ouvindo.

– Usando seu Full Cowl, em quanto tempo você consegue chegar até a porta?

– Hm... – botei a mão no queixo – Acho que uns 10 segundos.

– Eu posso atrasar a decida da porta com o meu gelo. – ele sugeriu

– Boa ideia! – comecei a ficar mais empolgado – Vamos tentar!

E com isso, Todoroki-kun correu até o portão. Esperei que ele estivesse próximo para pisar no botão, para que outras pessoas não tirassem vantagem disso novamente. Quando a porta se abriu, Todoroki começou a congelar toda a sua extremidade. Ele formou uma espécie de arco de gelo bem reforçado.

Eu então, deixei o One For All circular pelo meu corpo novamente, me fazendo ficar repleto de feixes de luz que pareciam descargas elétricas.

Todoroki-kun deu o sinal que tinha terminado, então disparei o mais rápido que consegui. Minhas pernas emitiam uma força gigantesca, fazendo-me correr numa alta velocidade.

O portão começou a emitir um rangido estrondoso, já que o gelo não a deixava descer corretamente. Quando eu estava na metade do caminho, comecei a ver o gelo rachando. Todoroki-kun tentava reforçar a barreira, mas eu sabia que a qualquer momento aquilo iria se partir e a porta cairia toda de uma vez.

Corri o mais rápido que pude até alcançar a porta. Assim que atravessei, o gelo se partiu e o portão desceu abruptamente, fazendo um barulho descomunal. Se eu tivesse atrasado um segundo, poderia ter sido esmagado!

Parei de correr e tentei recuperar o fôlego enquanto Todoroki-kun vinha até mim. Por causa da velocidade, acabei passando uns 5 metros do portão até conseguir desacelerar. 

– Você está bem? – Todoroki me perguntou assim que me alcançou.

– Sim... – respondi arfante – Vamos em frente!

Ele concordou e então corremos em direção ao próximo desafio. Há alguns metros dali, nos deparamos outra vez com um corredor fechado, mas ele era bem diferente. O piso era todo quadriculado, como se fosse feito de azulejos. Horizontalmente, o chão possuía várias fileiras com 5 quadrados cada, ou seja, verticalmente, era como se fossem 5 colunas que se estendiam ao longo do corredor. Mas era difícil dizer quantas fileiras dessas tinham até o final do corredor, já que ele era bem comprido.

Nas paredes do corredor, tanto do lado esquerdo como do direito, tinham vários cilindros acoplados. Pareciam pequenos canhões. Cada fileira de quadrados tinha um desses de cada lado. Pra que será que aquilo servia?

Como no desafio anterior, resolvi pisar nos quadrados para ver se algum deles era um botão. Entretanto, assim que pisei no primeiro quadrado, a fileira inteira despencou comigo junto.

– Aaaahhh! – gritei enquanto caía.

– Midoriya!!! – Todoroki-kun agarrou minha mão rapidamente, me impedindo de cair.

Eu estava literalmente pendurado, sendo segurado por apenas uma mão pelo Todoroki-kun. Olhei para baixo, com um pouco de receio. Porém, observando direito, não era perigoso.

– Todoroki-kun! – falei – Pode me soltar!

– Tem certeza? – ele estava receoso.

– Sim! Confia em mim!

E com isso, Todoroki-kun soltou meu braço e eu caí num vão escuro. Aterrissei em uma superfície acolchoada, flexionando meus joelhos para diminuir o impacto. Olhando pra cima, pude perceber que tinha caído de uma altura de no máximo 3 metros. Aquele espaço era feito para proteger quem caísse.

– Midoriya! – Todoroki-kun gritou lá de cima – O que tem aí?

Olhei em volta e pude constatar que era como se fosse o andar de baixo do corredor. Imaginei que aquela primeira fileira não era a única que despencava assim, já que embaixo de todas as outras fileiras de quadrados também tinha uma superfície acolchoada.  

– É só um corredor escuro! – respondi a ele – Tem colchões no chão pra proteger da queda!

Com o pouco de luz que me restava, vi que tinha uma escada no começo do corredor. Aquele devia ser o caminho para a superfície!

– Espere aí! – avisei para Todoroki – achei uma escada!

Não pude ouvir a resposta dele, porque assim que disse isso, os quadrados, antes derrubados pelo chão, voltaram para seus lugares iniciais, me deixando totalmente no escuro. Eles pareciam funcionar por um tipo de magnetismo, visto que não tinha nenhuma corda ou cabo segurando-os. Como esperado da tecnologia da U.A!

Com certa dificuldade, consegui encontrar a escada e subi de volta para a superfície. Saí atrás de uma árvore, bem próximo aonde Todoroki-kun estava.

– Ah, essa saída estava escondida! – exclamei, me aproximando do Todoroki-kun.

– O que aconteceu?

– Bem, – comecei a explicar – parece que temos que pisar no quadrado certo, senão a fileira inteira despenca e nós caímos naquele corredor de baixo. Tem uma escada pra voltar, mas só de um lado. Ou seja, se cairmos no final do corredor, teremos que começar tudo de novo.

– Mas como saber qual é o quadrado certo? – ele observou – Tem 5 em cada fileira dessas.

– Hm... – botei a mão no queixo, pensativo.

Cheguei mais perto do começo das fileiras, observando cada detalhe. De repente, notei que tinha algo escrito bem discretamente na parte da parede mais próxima ao piso. Era uma escrita bem pequena e opaca, por isso era difícil encontrar. Bem em frente à primeira fileira, estava escrito à esquerda: “9 -”. E na direita, estava escrito “5 =”.

– Eu tenho um palpite... – falei.

E com isso, pisei no quarto quadrado da primeira fileira. Ele não despencou. Olhei para a fileira da frente, e na extremidade esquerda estava escrito “2+”, e na direita “1=”. Então era isso! A partir das somas escritas nas laterais, saberemos qual é o quadrado certo para pisar.

– São equações! – afirmei, pisando no terceiro quadrado da segunda fileira. Ele não caiu – Na parede do lado direito e esquerdo tem uns números escritos. O resultado é o número do quadrado que podemos pisar sem despencar!

Eu estava bem feliz de ter descoberto o enigma do desafio! Porém, minha felicidade durou pouco. Assim que fiz os cálculos e pisei na terceira fileira, o cilindro da direita, respectivo à fileira, atirou uma bola em mim com uma força descomunal, me fazendo pender para o lado e pisar no outro quadrado sem querer.

Senti a fileira se desfazendo. Eu ia cair de novo se não agisse imediatamente. Então, antes do piso descer, ativei meu poder nas pernas e dei um salto grande para trás, voltando para o começo.

– Merda! – exclamei, quando aterrissei – Quase caí de novo!

– Então é isso que são esses canhões! – Todoroki observou – Imagino que ficarão disparando na gente para nos atrapalhar.

– Sim! – complementei – e não só para nos desconcentrar nos cálculos. Essas bolinhas têm força o suficiente pra nos derrubar. É capaz de cairmos várias vezes assim.

– Eu posso congelar o piso todo. – ele sugeriu – Assim os quadrados não vão cair, então o impacto das bolas não vai ser tão importante. Podemos passar correndo.

– Não acho que seja uma boa ideia... – falei.

– Por quê? – ele me olhou confuso.

– Lembra do que o Aizawa-sensei disse? – comecei a explicar o meu ponto – Ele estará avaliando honestidade e capacidade de se manter nas regras. Acho que congelar o piso ou passar por cima seria como burlar o desafio. Podemos fazer isso, claro, mas acho que vamos ganhar mais pontos se seguirmos o desafio corretamente.

Eu tinha quase certeza que o Kacchan tinha passado por cima, explodindo tudo. Se ele tivesse seguido o desafio à risca, provavelmente teríamos encontrado ele aqui ainda. Isso iria nos atrasar bastante, mas acho que no fim valeria a pena.

– Bem... Acho que você tem razão – disse ele – Além do mais, nós meio que estamos em dívida quanto a isso. Nós burlarmos muitas regras naquele incidente com o Stain, e depois fizemos de novo em Kamino. Acho que ele espera que nós sigamos as regras dessa vez.

– Sim! – concordei – Além do mais, querendo ou não, heróis têm que conviver com as regras da sociedade. Não podemos fazer o que bem entendermos só pra cumprir nossos objetivos. Vamos provar pro Aizawa-sensei que podemos ser heróis responsáveis também!

Todoroki-kun concordou comigo, e depois disse:

– Tenho outra ideia então. Você consegue resolver essas equações rápido?

– Sim! – afirmei. Meu conhecimento sobre matemática era bom.

– Eu te dou cobertura com as bolas enquanto você vai atravessando. Eu vou logo atrás de você, congelando os canhões para não te atingirem.

Era uma ótima ideia! Concordei e então fomos botar o plano em prática. Todoroki-kun congelou as primeiras 5 fileiras de canhões, tanto da esquerda quanto da direita. Á medida que eu ia pisando no quadrado certo, ele vinha pisando atrás de mim, me seguindo.

Um estardalhaço estava vindo dos pequenos cilindros, já que as bolas estavam sendo disparadas, mas estavam sendo barradas pelo gelo. Porém, a força era tanta que o gelo começava a rachar. Provavelmente depois de 3 disparos de bola, o gelo quebraria. Então, a cada dois disparos, Todoroki-kun reforçava o gelo.

Ele fazia isso apenas para os canhões que nos atingiriam. Apenas cerca de 5 fileiras de canhões disparam enquanto estamos passando. Os mais à frente ou mais atrás não disparam mais. Isso facilitou um pouco as coisas para o Todoroki-kun, já que ele precisaria ficar reforçando no máximo 10 cilindros.

Conseguimos chegar até a metade do corredor desse jeito. Porém, as coisas começaram a ficar muito complicadas. As equações antes eram bem simples, mas agora estava vindo algo como “168 / 56 = 3” ou “0,2 x 25 = 5”. Me tomava mais tempo para pensar.

Como se não bastasse, as bolas também estavam ficando mais rápidas. Antes, cada disparo tinha cerca de 2 segundos de intervalo. Agora podia ouvir um disparo a cada 1 segundo vindo de cada um dos canhões que estavam perto de nós. E parecia estar ficando cada vez mais rápido. Todoroki-kun estava suando enquanto impedia as bolas.

Ouvi um som de algo cristalino se quebrando, e imediatamente concluí que uma das bolas tinha conseguido atravessar o gelo. Porém, antes mesmo que eu pudesse me virar para ver de onde vinha a bola e tentar desviar, senti um calor acompanhado de um clarão passando por cima de mim.

Todoroki-kun tinha disparado fogo na bola que escapou com uma agilidade fantástica, reduzindo-a à uma pequena bolinha preta. Sorri para mim mesmo. Ele estava completamente concentrado em bloquear as bolas e me dar cobertura, além de se manter perto o suficiente de mim para não perder qual foi o último quadrado que eu pisei. Ele é mesmo incrível!

Os últimos momentos foram bem difíceis. Algumas bolas acabaram conseguindo escapar e me atingiram, mas eu me mantive o mais firme que consegui para não me desequilibrar. Algumas vezes se passou pela minha cabeça que seria um milhão de vezes mais fácil se tivéssemos congelado tudo e passado correndo. Mas continuei determinado! Dificuldade nunca foi motivo para me fazer desistir de um desafio!

Finalmente conseguimos chegar ao final do corredor. Não demoramos muito tempo pra conseguir atravessar, mas foi tão difícil que pareceu uma eternidade.

Não nos demos ao luxo de descansar por muito tempo. Além do mais, estávamos numa corrida! Fomos em frente e logo avistamos o próximo desafio.

O teste ainda estava longe de terminar...


Notas Finais


E aí, o que acharam? Eu tinha escrito o teste todo em um só capítulo, mas ficou tão grande que eu tive que cortar. Então semana que vem vocês saberão como esse teste vai acabar <3
Se você gostou, por favor deixe um comentário! Sério, não custa nada e deixa um autor muito feliz! Mesmo que você não tenha criatividade pra comentar, poderia deixar qualquer coisinhas, só pra dizer que gostou. Isso me estimula a continuar escrevendo, e você vai receber muito amor da minha parte <3 kkkkkkk
Enfim, espero que tenham gostado e até semana que vem! Beijos *3*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...