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História I Am Here, Your Hero - Capítulo 26


Escrita por: LittleShipperr

Notas do Autor


Volteeeeeeeeeeeei!!! <3 <3 <3

Sentiram minha falta? XD auheuaheu

Sei que hoje não é sábado, mas eu decidi que iriam postar o capítulo assim que eu terminasse. Eu falei pra vocês que só entrava de férias dia 20 não é? E esses dias eu escrevi bastante pra terminar o capítulo o mais rápido possível pra vocês <3 Me perdoem pela demora, final de semestre é foda mesmo ;-; Mas deu tudo certo no final! Passei em tudinho com notas boas u3u Então muito obrigada a todo mundo que me desejou boa sorte, boas provas, ou me deu apoio <3 Foi muito importante pra mim <3

Infelizmente eu apaguei o capítulo de aviso e os comentários de vocês foram junto, mas eu printei cada um deles pra ficar guardado <3 O apoio e a admiração de vocês é a minha maior força para continuar escrevendo <3 Obrigada a todo mundo que tirou um tempinho para falar coisas positivas para mim, e todo mundo que entendeu meu lado e continua me apoiando sempre <3 Vocês são uns amores *u*

Bem, eu só reli o capítulo uma vez porque estava ansiosa para postar logo! Então se tiver algum errinho ortográfico, me perdoem kkk

Enfim, sem mais delongas, espero que gostem *u*

Boa leitura *3*

Capítulo 26 - Capítulo 26


/Midoriya’s POV/

Finalmente o fim de semana chegou!

Desde segunda feira, quando combinei de ir a um encontro com o Todoroki-kun, eu tenho imaginado como seria esse dia. Eu acabei decidindo chamá-lo para um parque de diversões, e ele topou! Eu estava tão ansioso pra que o sábado chegasse logo para poder passarmos um tempo a sós!

Nós dois passamos a semana toda trocando mensagens, e de vez em quando ele me dava alguns selinhos quando tínhamos certeza que ninguém estava olhando. Mas mesmo assim, não chegamos a passar um bom tempo juntos. Eu estava morrendo de vergonha de sequer me aproximar dele na frente dos outros, desde que o Kacchan... Nos pegou no flagra...

Aaahhh!!! Ainda morro de vergonha só de lembrar disso! O que será que o Kacchan deve ter pensado? Ele deve ter achado que somos pervertidos de estar fazendo algo assim num local público! Aaaah que constrangedor!

E por causa dessa minha vergonha, eu e o Todoroki-kun passamos a semana inteira sem nos tocar direito. E bem, eu estava realmente com saudade de passar um tempo a sós com ele!

Enfim, foi um pouco complicado conseguirmos autorização para sair da escola. Depois de tantos ataques de vilões, os professores e coordenadores da escola ficaram bem paranoicos quanto a deixar os alunos saírem sozinhos. Mas como eles não podem nos manter dentro da U.A o tempo todo, o diretor Nezu nos permitiu sair com uma condição.

Depois de pedir autorização dos nossos pais, o diretor pediu que usássemos um equipamento de segurança. Nós dois estávamos usando pulseiras que mais pareciam uma espécie de relógio. Elas tinham um rastreador e um botão de emergência. Caso nos sentíssemos em qualquer perigo, era apenas pressionarmos o botão que os heróis apareceriam imediatamente para nos ajudar. E claro, não estávamos permitidos ir para outro lugar além daquele parque, e tínhamos que voltar antes de anoitecer.

Eu fiquei bem feliz que no final das contas deu tudo certo para o nosso encontro! Já tinha passado da hora do almoço e só tínhamos até o por do sol, então eu queria ir logo aproveitar o parque com o Todoroki-kun!

– Waaah! – exclamei, olhando animado ao redor – Tem tantos brinquedos! Eu não venho aqui desde que era criança!

– Onde você quer ir primeiro? – Todoroki-kun me perguntou com um sorriso sereno.

– Hm... – coloquei a mão no queixo, pensativo.

Tinham inaugurado brinquedos novos no parque desde a última vez que eu vim aqui, então eu queria ir em algum novo! Olhei para o panfleto com um mapa que tínhamos pegado logo na entrada e dei uma boa olhada em todas as montanhas russas que tinham.

– Eu quero ir nesse aqui! – decidi, apontando para um ponto do folheto.

– Esse? – Todoroki-kun pareceu um pouco inseguro – Esse não é tipo o brinquedo mais radical do parque?

Sim! Esse brinquedo estava anunciado como uma montanha russa super insana! Estava louco para saber se era mesmo verdade todo esse terror que a propaganda estava fazendo.

– Exatamente! – falei, empolgado – A graça é ir no brinquedo mais radical logo no começo, porque ainda não estamos com a adrenalina alta! A experiência fica ainda mais intensa!

– T-tudo bem... – Todoroki-kun concordou, apesar de parecer um pouco relutante.

Ah, tenho certeza que não é nada demais! O Todoroki-kun vai ver que não tem com o que se preocupar!

Entramos na fila da montanha russa, e eu já estava bem empolgado quando finalmente chegou a nossa vez. Nos sentamos nos carrinhos, apertamos os cintos de segurança, e então o brinquedo começou a funcionar.

Bem... Eu estava esperando dar um grito ou outro e algumas risadas, mas no final das contas, eu acabei berrando feito um gorila do começo ao fim! Eu estava errado! Completamente errado!!! A montanha russa era muito mais radical do que achei que fosse!!! Eu quase senti minha pele saindo do meu rosto de tão forte que o vento batia. Aaaaaaahhh!!! Era quase uma sensação de queda livre!

Todoroki-kun não deu um pio, mas eu não pude ver como ele estava porque os carrinhos estavam correndo rápido demais e pra todas as direções. Perdi a conta de quantas vezes viramos de cabeça para baixo! Isso foi realmente insano!

Quando finalmente a montanha russa parou e chegamos ao local de partida, eu pude ver como o Todoroki-kun estava. Ele estava com o cabelo todo arrepiado para trás, e uma cara de pânico até bem expressiva para o padrão dele.

Não consegui evitar uma gargalhada! Ele ainda estava se segurando na barra de segurança com força, mesmo a montanha russa já estando parada. Como ele é fofo!

– Aaahh! – exclamei assim que saímos da montanha russa – Isso foi muito louco! Eu não paro de tremer, olha! – mostrei minhas mãos trêmulas – Vamos de novo!

Todoroki-kun apenas fez que não com uma expressão de pânico e se sentou num banco próximo. Ele também parecia estar com as pernas bambas.

Gargalhei mais uma vez e me sentei junto com ele, perguntando:

– Foi muito assustador?

– Eu... – ele falou, arfante – Nunca tinha ido numa montanha russa antes... Foi como... Morrer e voltar pro corpo.

Oh! Eu devia ter perguntado isso a ele antes de sugerir ir no brinquedo mais radical do parque logo de cara!

– Desculpa ter te obrigado a ir comigo, Todoroki-kun! – acabei soltando outra risada.

Eu senti um pouco de pena, mas ele estava tão fofo parecendo um gatinho assustado que tudo que eu conseguia fazer era me desculpar enquanto ria. Logo ele se acalmou e também começou a achar graça da situação.

Depois disso, eu prometi para ele que iríamos em alguns brinquedos mais tranquilos. Aos poucos o Todoroki-kun foi se acostumando com a sensação da adrenalina, e eu pude ver que ele estava começando a achar divertido. Nós até decidimos por ir uma segunda vez naquela montanha russa radical, e já que dessa vez o Todoroki-kun já estava mais no clima, ele disse que foi bem mais legal.

Estava sendo tão divertido! Eu não tirava o sorrido do meu rosto nem por um segundo! Era tão bom passar um tempo com ele. Mesmo que não pudéssemos andar de mãos dadas, ou nos abraçar ali em público, eu sentia que estávamos conectados. Sentia que aquilo era um verdadeiro encontro.

Waaah! Será que é assim que casais se sentem?

Enfim, quando chegou mais ou menos no meio da tarde, nós dois começamos a ficar com um pouco de fome, então decidimos ir à uma lanchonete que ficava bem no centro do parque.

– Wow! – Assim que entramos, praticamente preguei o rosto na estufa da lanchonete, admirando os lanches dali – Tudo parece tão gostoso!

Tinham salgados, docinhos, tortas, bolos, sanduíches, e mais um monte de coisa! Eu estava muito em dúvida sobre o que escolher. Mas quando eu vi a seção de cupcakes que eles tinham, fiquei com água na boca! Eles pareciam tão deliciosos!

– Acho que eu quero um desses cupcakes! – exclamei para o Todoroki-kun

– Vamos comer cupcake então – ele sorriu sutilmente para mim.

Olhei para a estufa mais uma vez, agora com outra dúvida. Eram tantos sabores! E todos pareciam muito bons. Qual eu deveria escolher???

– Aarg! – suspirei – São tantas opções! O que você vai escolher, Todoroki-kun?

– Hm... – Todoroki-kun murmurou pensativo, olhando para a exposição de cupcakes.

Mas logo ele pareceu se decidir. Ele apontou para um bolinho em específico e falou:

– Esse.

Olhei para onde o dedo dele indicava, e ele estava apontando para o cupcake de menta com flocos. Ele tinha uma cobertura de chantilly em espiral da cor verde e vários granulados de chocolate peneirados por cima.

– Por que esse? – perguntei, curioso.

– Porque me lembra você. – Ele sorriu – Ele é verde e tem pontinhos pretos iguais suas sardinhas.

Aaaaaahhhhh!!! Por que ele tem que ser sempre tão fofo??? Eu vou infartar! Tinha certeza que meu rosto estava vermelho agora!

– E-Então... – Decidi me vingar – Eu vou escolher esse!

Apontei para o cupcake de sabor Red Velvet. Era um bolinho todo em camadas vermelhas e brancas. O Todoroki-kun logo entendeu que eu escolhi esse porque se parecia com o cabelo dele, e sorriu para mim daquele jeito apaixonado que me deixa todo derretido.

Fizemos logo nossos pedidos e nos sentamos numa mesa da lanchonete. Acabamos nos sentando de frente um para o outro. Eu confesso que queria ter me sentado ao lado dele, para ficarmos mais perto um do outro, mas assim nós pareceríamos demais um casal! Mesmo que estejamos num encontro, ainda estamos num lugar público. E se alguém nos reconhecer e postar uma foto nossa sendo amorosos na internet? Iria dar um problemão!

Bem, decidi não ficar pensando nesses problemas! Já estava feliz só de estar ao lado dele! E eu também podia sentir que ele estava adorando nosso encontro tanto quanto eu.

Eu já estava morto de fome, então, tirei uma parte do papel que rodeava o cupcake e abocanhei um pedaço.

– Hhmm! – exclamei, fechando os olhos. Aquele cupcake era mesmo muito bom.

Todoroki-kun sorriu pela minha reação e logo em seguida tirou a embalagem do próprio bolinho. Ele fez menção de experimentar, mas de repente, ele hesitou. E então, ele falou:

– Eu fico nervoso pensando em comer você.

Eu levei minha mão à boca pra não acabar cuspindo tudo que tinha abocanhado, mas isso só me fez engasgar e começar a tossir desesperadamente. O que foi que ele tinha dito??????

– O-o quê??? – perguntei, com um tom de voz muito chocado

– O cupcake. – Ele explicou, com a expressão séria como sempre – Ele parece com você, é tão fofo que dá pena de comer...

– A-ah sim... – pisquei atônito algumas vezes.

Aaaaah que vergonha! Ele apenas quis dizer que o bolinho era muito bem feito e ele ficava com pena de “destruir” algo fofo como eu. Não acredito que eu pensei que ele estava falando sobre me... Me...

Aaaaaaaaaaaaaah!!! O que está acontecendo comigo? Eu quase nunca pensava malícia de coisas que outras pessoas falavam. Mas agora eu estou com o rosto quase queimando em vergonha por causa de uma coisa inocente que o Todoroki-kun disse! Será que eu estou frustrado sexualmente?

Todoroki-kun ficou me encarando com a expressão confusa por alguns segundos, mas logo ele pareceu entender quando me viu totalmente envergonhado. Ele abriu um sorriso levemente atrevido e disse:

– Você maliciou o que eu disse?

– Aaaaahhh d-desculpa!!! – minha voz saiu em ansiedade pura

Ele riu sutilmente do meu desespero, e depois disse:

– Desculpe, não quis que soasse assim.

– E-eu sei... – desviei o olhar.

Ele ficou achando graça da situação por um tempo, e assim que minha vergonha passou, eu comecei a rir disso também. É incrível o que um mal-entendido pode fazer!

Enfim, o Todoroki-kun finalmente provou o cupcake dele, e fez uma expressão de quem tinha gostado.

– É bom? – perguntei, curioso.

– Sim, é ótimo – ele falou depois de engolir – Quer um pedaço?

Fiz que sim com a cabeça. Eu queria saber se o sabor de menta da lanchonete também era bom como o de Red Velvet!

Então, Todoroki-kun estendeu o cupcake próximo ao meu rosto para que eu desse uma mordida, colocando sua outra mão bem embaixo do meu queixo para caso caísse alguma coisa. Aaah! Ele estava me dando comida na boca de novo! Por que eu acho isso tão fofo?

Olhei ao redor rapidamente só para ter certeza que ninguém estava prestando atenção em nós, e então abocanhei um pedaço do cupcake dele. Hmm!!! Era mesmo muito bom também!

Afastei minha cabeça quando terminei de morder o pedaço, mas um pouco de chantilly acabou ficando preso no canto dos meus lábios. Todoroki-kun riu sutilmente, e falou:

– Tem um pouco de cobertura aqui – ele passou o dedo indicador pelos meus lábios para ajudar a me limpar.

Ri levemente, envergonhado pela minha própria bagunça. Era uma boa quantidade de chantilly verde que estava no dedo dele! E bem, acho que ele não pensava em reaproveitar aquela cobertura já que estava preso no meu rosto, né? Mas eu ainda queria sentir aquele gosto mentolado de novo!

Então, segurei a mão do Todoroki-kun e chupei a ponta do dedo dele, apenas para abocanhar a cobertura que tinha ali. Logo em seguida me afastei e voltei a comer o meu cupcake.

Todoroki-kun ficou um tempo parado, olhando para a própria mão. Ele estava com o rosto levemente avermelhado. Por que será? Hm... Será que foi porque...

Oh não! Aaaaaaaaahhh nããão!!! Eu não tinha me tocado de como isso poderia soar!!! Como eu pude ser tão ingênuo de fazer uma coisa dessas sem achar que iria soar malicioso???

– Aaaahh!!! – fiquei vermelho feito um tomate mais uma vez – F-foi sem querer!

– Isso foi sexy – ele sorriu atrevido só para me provocar.

Aaaaaaaarrrgg!!! Por que ele gosta tanto de me deixar com vergonha???

– Ei!!! – repreendi, ainda nervoso – Agora é você que está maliciando as coisas!

Todoroki-kun soltou uma risada verdadeira. Ah, ele fica tão encantador rindo que quase me esqueci do quão envergonhado eu estava...

– É verdade, me desculpe – ele falou, por fim.

Não consegui evitar e comecei a rir junto com ele. Ah, nós dois somos péssimos flertando! Mas o que esperar de dois adolescentes que nunca tiveram nenhum relacionamento? No final das contas acabávamos apenas rindo de nós mesmo. E honestamente... Eu adoro esses momentos divertidos que eu tenho com ele.

Depois que nós nos acalmamos, ficamos um tempo em silêncio terminando de comer nossos cupcakes. Eu estava comendo o bolinho com a mão direita, e nem sequer tinha notado que eu tinha deixado a minha mão esquerda descansando em cima do meu joelho, até eu sentir os dedos do Todoroki-kun nela.

Waah! Ele estava segurando minha mão por baixo da mesa! Eu sabia que ninguém podia ver nossas mãos daquela forma, mas mesmo assim, senti meu coração dar um pequeno pulo.

 Olhei para ele com as bochechas coradas. Ele estava com um sorriso tímido e os olhos semicerrados, num olhar apaixonado. Aahh... Eu continuo perdendo meu ar quando ele me olha assim!

Mordi meus lábios tentando não abrir o maior sorriso do mundo e desviei o olhar timidamente. Então, comecei a acariciar os dedos dele que se entrelaçavam levemente aos meus. E claro, ele devolveu o carinho, bem suavemente.

E foi assim que ficamos por um bom tempo. Calados, terminando de comer com uma mão, e brincando com os dedos um do outro com a outra. Eu estava me sentindo tão bem... Será que essas são as famosas borboletas no estômago que todo mundo fala?

Enfim, quando terminamos de comer e saímos da lanchonete, dei de cara com o brinquedo perfeito para irmos em seguida! A roda gigante do parque estava bem à nossa frente. Waaah! Ela é tão grande! A vista deve ser maravilhosa lá de cima! E como tínhamos acabado de comer, não seria uma boa ideia ir em algum brinquedo radical agora.

Comentei minha ideia com o Todoroki-kun e ele topou. Então, nós dois entramos na fila da roda gigante. As cabines eram fechadas, pareciam cápsulas como aquelas da London Eye, a roda gigante que fica em Londres! Mas claro, numa escala bem menor. Acho que deveriam caber no máximo 4 pessoas dentro das cabines.

Assim que chegou nossa vez, apenas nós dois entramos na cabine e então a roda gigante foi subindo aos poucos, enquanto as outras pessoas iam entrando. Porém, antes sequer de chegarmos ao ponto mais alto, já era possível ter uma vista incrível!

– Wooow! – quase colei meu rosto na janela, empolgado – Dá pra ver a cidade quase toda! Isso é tão legal!

Todoroki-kun ficou calado, então logo olhei para trás para ver o que ele estava fazendo. Ele ainda estava sentado no assento da cabine, enquanto me olhava apaixonadamente.

– O-o que foi? – perguntei, sentindo minhas bochechas corarem.

– Nada – ele deu de ombros sutilmente, ainda com aquele tom sereno. – Só estou te olhando. Você fica lindo quando está empolgado assim...

Aaaaaaaah! Ele quer me matar de tanta fofura??? Agora vou ficar tímido até mesmo quando estiver animado! Ah, não estou acostumado a ser tão admirado assim... Mas... Eu estou adorando...

– Todoroki-kun! – cobri meu rosto com minhas mãos, me sentando ao lado dele no banco.

Ele apenas riu outra vez, tocando delicadamente meus pulsos, como se pedisse para que eu descobrisse meu rosto. Eu cedi, e então ele segurou minhas duas mãos carinhosamente e se aproximou um pouco mais de mim.

Ah, finalmente estávamos realmente sozinhos! Apesar da cabine da roda gigante ser coberta de janelas de vidro, não tinha como alguém nos ver daquela altura. Acho que temos privacidade agora. Mal via a hora de poder ter um beijo dele de novo!

Aproximei meu rosto do dele, fazendo um biquinho tímido, mostrando que ele podia me beijar agora. Bem... Eu ainda sou um pouco envergonhado para simplesmente tomar a iniciativa, mas ainda bem que o Todoroki-kun sempre me entende! Ele notou que eu queria um beijo e selou seus lábios aos meus.

Hmm... Que saudade que eu estava dessa sensação... Desses lábios macios, dessa língua, desse toque... Como alguém pode me deixar tão viciado? Meu coração já deve estar se acostumando a estar sempre disparado!

Apenas paramos de nos beijar quando notamos que a roda gigante estava no ponto mais alto! Aah, nós precisávamos olhar aquela vista! Ainda sentado no banco da cabine, apenas me aproximei mais da janela, olhando para fora. Waaah! As pessoas estavam tão pequenas daqui de cima!

Todoroki-kun se aproximou mais de mim e me abraçou amorosamente por trás, apoiando seu queixo no meu ombro e admirando a vista também. Tombei minha cabeça um pouco para trás, só para ficar mais grudado a ele. E também, toquei as costas de suas mãos e entrelacei meus dedos aos dele.

Aaahh! Nós estávamos parecendo realmente um casal! Ficar olhando uma vista tão bonita, aconchegado desse jeito com o Todoroki-kun quase parecia como um sonho. Eu estava me sentindo tão bem...

Assim que a nossa cabine começou a descer, Todoroki-kun saiu do abraço e chamou suavemente:

– Midoriya...

– Hm? – me virei de frente para ele.

Ele parecia meio hesitante, talvez até mesmo tímido. O que será que ele queria me dizer?

Todoroki-kun respirou fundo e pareceu ter criado coragem de perguntar:

– Eu posso te chamar de Deku?

Como é???

– Hã? – entortei a cabeça, confuso – Por que você quer isso?

– É que... – ele começou a se explicar, meio nervoso – Parece que as pessoas mais próximas de você te chamam assim. Quer dizer, o Bakugou te chama de Deku, a Uraraka também, então... Tudo bem se você não quiser, só queria me sentir próximo de você também...

Oohh não! Ele está fazendo aquela carinha de cachorrinho abandonado de novo! Eu sei que ele não faz por querer, mas eu não aguento vê-lo assim! Ainda bem que ele não descobriu que eu me derreto todo quando ele faz esse tom tristonho, senão tenho certeza que ele usaria o tempo todo!

– E-eu não me importo, mas... – comecei a dizer – Não quero que você entenda errado. A Uraraka só me chama assim porque no começo ela achava que esse era meu nome, e ela achou que era legal porque soava como “boa sorte” e o nome meio que ficou. E bem... – cocei a cabeça levemente – Na verdade o Kacchan me chama assim para me ofender. Ele inventou esse apelido quando éramos crianças, dizendo que Deku significava inútil e sem valor...

– Ah... – ele pareceu entender – Eu achava que no fundo significava algo mais. Além do mais, você o chama de uma forma tão carinhosa...

– N-não é necessariamente carinhosa! – Tentei me defender, balançando as mãos em negação ansiosamente – É que ficou como hábito.

– É, eu sei... – Ele mostrou que não estava tentando me acusar de algo – Mesmo assim, ele deveria dar valor a isso. Ele tem a sorte de ser chamado de um jeito fofo por você.

Ao final dessa frase, Todoroki-kun acabou fazendo um biquinho emburrado quase imperceptível, mas eu consegui notar. Espera, será que ele estava levemente com inveja do Kacchan, por eu o chamar desse jeito?

Acabei soltando uma risada, e perguntei, com um sorriso atrevido:

– Por acaso você está com ciúmes, Todoroki-kun?

Ele arregalou levemente os olhos, como se estivesse sido pego no flagra. Depois, ele desviou o olhar e admitiu, envergonhado:

– Só um pouco. Desculpa.

Eu ri mais uma vez! Eu acho tão fofo como ele admite coisas simples quase como se estivesse confessando um crime! Ele é mesmo uma graça!

Bem... Acho que é normal sentir ciúmes de quem você gosta, não é? Se o Todoroki-kun tivesse um amigo de infância por quem ele era apaixonado antigamente, acho que eu também me sentiria um pouco inseguro... Por isso, eu queria deixar claro que ele não tinha com o que se preocupar.

Então, segurei ambas as mãos dele e olhei bem fundo em seus olhos, dizendo da maneira mais sincera que eu consegui:

– Não precisa ter ciúmes. Eu estou com você agora. Eu gosto de você e só de você.

Notei que os olhos dele cintilaram um pouco, como se ele estivesse ficado realmente tocado por aquelas palavras.

– Sério? – ele perguntou quase como um sussurro.

– Uhum... – colei minha testa à dele e fechei os olhos – Você é o único no meu coração...

Todoroki-kun abriu um sorriso sincero, e me deu um beijo rápido enquanto tocava meu rosto com as duas mãos.

– Isso fez eu me sentir melhor... – ele falou suavemente – Obrigado.

Toquei o rosto dele também, sorrindo de volta. Ah, como é bom poder conversar abertamente sobre essas coisas! O Todoroki-kun estava se sentindo inseguro, e então ele simplesmente me disse. E eu pude deixá-lo seguro apenas com algumas palavras. Uma simples conversa pode evitar tantos desconfortos, tantos mal-entendidos... Era incrível como nós dois dávamos certo.

– Você também é o único no meu coração. – Todoroki-kun falou serenamente – Sempre foi...

E aqui está ele fazendo meu coração bater forte de novo! Como eu vou aguentar desse jeito?

Dessa vez, tomei coragem para iniciar um beijo, segurando-o pelo rosto e o trazendo para ainda mais perto de mim. Todoroki-kun retribuiu o beijo, me abraçando carinhosamente.

Eu me afastei um pouco dele quando notei que a nossa cabine da roda gigante estava quase no chão. Bem, ainda íamos dar uma segunda volta, mas ao solo, tinha risco de alguém nos ver, então achei melhor disfarçar um pouco até que a roda gigante subisse de novo.

– Mas... Voltando àquele assunto... – comecei a falar – As pessoas realmente próximas de mim me chamam pelo meu nome mesmo. E-então... – desviei o olhar, sentindo minhas bochechas esquentarem – Você pode me chamar de Izuku se quiser...

Aaaahhh!!! Não acredito que tive coragem de sugerir isso! Será que ele iria topar? Ele queria me chamar de uma maneira mais próxima, então... Quer dizer, nós já somos tão próximos! Acho que podemos ir para a fase de nos chamar pelo nome.

– Eu posso mesmo? – os olhos dele se iluminaram, como se ele tivesse ficado animado de repente.

– S-sim! – corei mais uma vez.

Ele olhou para baixo com um semblante pensativo e murmurou:

– Hm... Izuku...

Aaaaaaaah!!! Por que ouvir meu nome saindo da boca dele foi tão intenso???

– Eu gostei disso – ele olhou para mim enfim, sorrindo.

Sorri de volta para ele. Ele parecia tão feliz de poder me chamar pelo nome. Eu me senti bem também. Muito melhor do que Deku, não é?

Ainda um pouco tímido, olhei para ele e perguntei:

– Então, acho que a partir de agora eu também posso te chamar de Shoto, né?

– Claro! – ele pareceu ainda mais animado.

Aah, ele fica tão fofo animado assim! Também estava feliz que demos esse passo. Mas, acho que talvez ele iria gostar de algo um pouco mais íntimo que isso... Bem, não é justo que eu chame apenas o Kacchan de um jeito carinhoso, sendo que ele é a pessoa mais próxima de mim agora, não é?

Então, desviei o olhar e, parte tímido e parte atrevido, falei:

– Ou... Talvez eu devesse te chamar de... Shocchan?

Dei uma risadinha no final da minha frase, mas não ouvi o Todoroki-kun rir de volta. Olhei para ele um pouco preocupado de talvez ele ter achado estranho, e vi algo que me deixou surpreso.

Ele estava corado, bem corado! E com uma expressão de choque. Não sabia dizer se ele tinha gostado ou se tinha achado ruim. Aaaah e agora?

Hm... Espera... Acho que tem algo estranho. A pele dele estava quente. Estava muito quente!!! Na verdade, estava saindo fumaça! Meu Deus!!!

– Aaaaaahhh!!! – gritei e praticamente pulei para trás assim que vi que chamas começaram a sair do lado esquerdo do Todoroki-kun – Você está pegando fogo!!!

– A-ah! – ele soltou uma exclamação de surpresa, e começou a bater no próprio ombro com a mão direita, tentando apagar aquele fogo.

Ele conseguiu parar de se incendiar, mas um pouco de fumaça continuava saindo dele. Aaah! A camisa dele tinha ficado com o lado esquerdo meio queimado!

– Merda! – ele reclamou, parecendo chocado por isso ter acontecido também.

– O que houve??? – perguntei, meio desesperado.

– D-desculpa! – ele pareceu envergonhado – É só que... Eu não estava esperando por isso. Acho que não estava preparado para te ouvir me chamando assim...

Aaaaaaaaaaaah!!! Ele tinha pegado fogo sem querer de tão constrangido que ele ficou??? Por que eu tive que dizer uma coisa dessas???

– Me desculpaaa! – praticamente gritei – Eu nunca mais vou dizer isso!

Eu estava me sentindo culpado achando que fiz o Todoroki-kun se sentir extremamente desconfortável, mas de repente, começou a implorar:

– Não, não, não! Não faça isso... – ele tocou meus ombros – Me desculpa... Eu não consegui me controlar, porque... Foi... Muito fofo!

Espera, fofo??? Quer dizer que ele tinha era gostado muito???

– Não me assuste assim! – gritei, dando um leve tapa no ombro dele.

– Me perdoe – ele deu uma risada constrangida.

Aaah, agora eu estou me sentindo envergonhado de novo! Não sabia que eu era capaz de fazer ele reagir desse jeito. Ele realmente me acha tão fofo assim? Mordi meu lábio inferior para esconder um sorriso. Droga, acho que eu tinha gostado de saber disso...

– Você gostou tanto assim? – olhei timidamente para ele

– Sim... – ele se aproximou de mim novamente – Você... Pode dizer de novo?

Soltei outra risadinha, e então provoquei:

– Só se você prometer não pegar fogo de novo!

Ele sorriu para mim e provocou de volta:

– Vou tentar meu melhor...

Desviei o olhar, sem conseguir parar de sorrir. Aaah! Ele é muito fofo! Ele com certeza vai me fazer pegar fogo de vergonha também algum dia, mesmo que esse não seja o meu poder!

– E-então... – desviei o olhar, sentindo minhas bochechas esquentarem – S-shocchan...

Dessa vez ele não pegou fogo, ele apenas abriu um sorriso enorme e suspirou, como se tentasse conter o nervosismo. E depois, ele pareceu não aguentar mais e praticamente pulou em cima de mim, me abraçando pela cintura e selando nossos lábios.

Eu retribuí o beijo, segurando-o pelo rosto com as duas mãos. Hm... Dessa vez estávamos nos beijando com ainda mais intensidade, com ainda mais paixão. Meu coração parecia que ia sair do meu peito. Droga... O beijo dele é tão bom, queria que o tempo parasse aqui...

Mas infelizmente, a nossa cabine da roda gigante estava quase chegando ao solo. Já era nossa hora de descer, então tivemos que nos afastar um do outro. Ah... Espero que logo tenhamos outra oportunidade pra ficarmos agarradinhos assim de novo.

Quando saímos da cabine e pude olhá-lo de um pouco mais longe, é que eu lembrei que as roupas dele estavam queimadas! As mangas da blusa que ele usava estavam rasgadas e com as bordas pretas.

– Acho que suas roupas já eram – comentei, rindo um pouco.

– É... – ele balançou a cabeça, achando graça de si mesmo.

– Você quer o meu casaco? – ofereci para ele. Eu estava com duas peças de roupa, uma camiseta e um casaco por cima, não iria me custar nada.

– Obrigado, mas acho que não serve em mim.

– Tem razão... – coloquei a mão no queixo, ele é bem maior que eu.

Mas ele não pode ficar andando pelo parque só com metade da blusa! As pessoas com certeza vão querer ficar olhando para os músculos dele aparecendo. Hm, parece que vamos ter que comprar roupas novas.

– Já sei! – exclamei – Vamos comprar uma blusa nova pra você na loja de conveniências!

Ele concordou comigo, e então nós dois fomos caminhando em direção à uma das lojinhas que tinha no parque. Ainda faltava um pouco para o por do sol, então ainda temos tempo!

O meu encontro com o Todor... Quer dizer, com o Shocchan, não está perto de acabar ainda!


Notas Finais


Aaaa vocês gostaram? Espero que tenham gostado ;-; Fiquei até meio ansiosa pensando: “aaa será que eles vão achar que valeu a pena a espera? Ou vão ficar decepcionados? Preciso escrever algo bom aaaa ~surtando~” auehuahe então por favor me digam se gostaram T-T

Sei que hoje eu postei numa terça e “baguncei” as datas kkk mas eu pretendo continuar postando aos sábados. Então o próximo capítulo sai dia 06/07, daqui há 11 dias.

Obrigada mais uma vez a todo mundo pelo apoio <3 Por favor não deixem de comentar ;-; Sei que quando a fic dá uma pausa, a quantidade de comentários começa a diminuir, mas por favor me mostrem que ainda estão aqui pra eu ter forças pra voltar com tudo agora <3

Enfim, espero que tenham gostado *u*

Vejo vocês no próximo capítulo! <3

Beijos *3*


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