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História I am the Target - Nem sempre louco


Escrita por: Hawtrey

Notas do Autor


Olá! Perdão pelo atraso gente e tenho uma pequena surpresa para vocês! Vou postar dois capítulo seguidos <3
Por três motivos: 1 - Por toda a demora, né?
2 - No Nyah a fic está um pouco mais adiantada, então não tem porque eu atrasar essa.
3 - Por que não? É tão legal quando surge dois capítulos no mesmo dia kk

Espero que gostem!
<3 <3 <3

Capítulo 27 - Nem sempre louco


Sherlock sempre acreditara nas certezas. Sempre acreditara nas linhas continuas e fortes que formavam um caminho firme até lá. Evidências poderiam levar aos fatos, os fatos seriam incontestáveis, tornando-se então uma certeza. E somente nisso Sherlock conseguia se agarrar sem ser incomodado pelas dúvidas, ele quase nunca errava.

Foi pensando nisso que conseguiu não sentir nenhuma culpa quando decidiu não ser gentil e agarrou o braço de Moriarty, puxando-a para dentro do Sobrado. Nos últimos dias ninguém além dele entrava ali, mas não pensou duas vezes antes de chamar por Moriarty e com certeza não se arrependia de estar arrastando-a escada acima em direção ao seu quarto, o único lugar que considerava estar livre dos olhos e ouvidos de Holloway. Precisou de mais dias do que imaginou para encontra-la, não arriscaria essa chance.

— Você enlouqueceu Sherlock? — ela questionou irritada quando ele a empurrou para dentro do quarto.

— Eu poderia perguntar o mesmo a você Moriarty — rebateu furioso tentando controlar a vontade insana de procurar as respostas no cérebro dela, que tanto queria arrancar — Vou perguntar apenas uma vez... por que ajudou Holloway?

Moriarty arregalou os olhos parecendo veridicamente confusa.

— O que? Não, não! Sherlock, estamos do mesmo lado. Não tenho motivo para ajudar Holloway!

— Verdade? Então me diga, por que disse a ele sobre o meu cofre?

— Que cofre?

Sherlock bufou e em um ímpeto furioso caminhou em passos largos até a cama e a empurrou. Abaixou-se e ainda furioso socou o assoalho, fazendo algumas tabuas se soltarem e revelando um antigo cofre prata.

— Esse cofre — revelou entredentes enquanto se levantava — Um segredo que compartilhei apenas com a mulher que eu amava. Só você sabia a senha e contou justamente a ele!

Soube que chegara ao ponto quando viu Moriarty paralisar. Ela sabia do que estava falando e compreendeu o problema.

— Pensei que teria mudado a senha depois de todo esse tempo... — ela murmurou atônita.

— Realmente? Não achei necessário. Não achei que você ariscaria seu próprio legado. Não achei que Holloway fosse querer acesso ao seu grupo! Fui ingênuo em pensar que ele se contentaria com os malditos venenos!

— Sherlock... você não entende. Não contei nada a ele.

— Ah não? — Sherlock desacreditou em tom debochado.

— Não — ela negou com firmeza — Contei ao seu irmão, contei a Mycroft.

Sherlock paralisou. Mycroft? Seu irmão preguiçoso de caráter suspeito?

— Você vendeu a senha? — questionou descrente.

Moriarty esfregou o rosto, irritada, e o fitou:

— Não achei que você manteria essa porcaria de senha. O que tinha na cabeça Sherlock? Desde quando mantêm as mesmas senhas por mais de seis meses?

— O que você tem na cabeça? — ele retorquiu gritando — Qual é seu problema? Precisa sempre trair os outros por dinheiro?

Em um ímpeto Moriarty se aproximou de Sherlock e segurou o rosto dele com força, forçando-o a olhar em seus olhos.

— Me escuta Sherlock, eu nunca faria isso. Eu nunca trai você por dinheiro e nem farei isso.

Sherlock rapidamente agarrou as mãos dela e a afastou de si:

— Não encoste em mim novamente.

— Não pode estar tão chateado comigo — Moriarty desacreditou — Até onde lembro não havia nada seu tão importante naquele maldito cofre.

— E realmente não tinha, mas naquela pasta estava uma bela história do seu grupo, tudo em detalhes. E agora, graças a você, Holloway tem acesso a tudo.

— Sherlock aqueles documentos já estão desatualizados, só há senhas descartadas e contatos esquecidos. Não sou idiota.

— Esquecidos por você — Sherlock apontou entre dentes — Diga-me, entre seus crimes e fugas descritos naquele documento, há contatos capazes de ajudar Holloway a se infiltrar na Polícia e alterar banco de dados?

— Claro, mas isso se encontra em qualquer outro lugar também — Moriarty deu de ombros sem entender.

— Em nível internacional?

Moriarty paralisou:

— O que acha que ele fez?

— Certa vez Watson disse que Holloway sempre foi um assassino, eu acredito nisso, mas acho que nem sempre ele foi louco. Ela o enlouqueceu.

— Joan? — Moriarty questionou confusa.

— Lembra-se do seu amigo M? O homem que eu pensava ser... você, Moriarty. Ele não tinha um padrão de vitimas, simplesmente escolhia quando as via na rua. O mesmo vale para Holloway — Sherlock revelou contido — A minha teoria é que ele realmente a ama, a Watson, e isso o enlouqueceu porque ela deveria ser a vítima.

— Então Holloway se tornou obsessivo porque não conseguiu mata-la?

— Exato, até Joan aparecer o único problema dele provavelmente era o desejo de matar e ela atrapalhou isso. Ele até tentou resolver isso, vestindo uma mulher para que ficasse parecida com Joan e a matando. Obviamente foi inútil — completou quando se lembrou do momento em que soubera da história.

— Enquanto estava comigo... — Joan começou hesitante — Holloway revelou algo que eu já devia saber.

— O quê?

— Que ele sempre foi um assassino.

Ele franziu o cenho, questionando:

— O que isso significa pra você?

— Significa que eu poderia estar apodrecendo em um túmulo agora e que fui tola em pensar que, de alguma forma, influenciei na loucura dele — ela se aproximou do painel e pegou uma foto — Holloway já era um assassino maluco quando o conheci.

— Isso muda algo em nossa investigação?

Joan suspirou e entregou a foto a ele:

— Essa é Alejandra Ross, 23 anos, era minha melhor amiga quando eu estava na faculdade. Um dia eu recebi uma carta do Owen dizendo que nossa mãe estava doente e quando voltei Alejandra estava morta.

De certa forma Joan só havia errado em uma coisa: ela, de fato, influenciara na loucura dele. E isso com certeza irritava Sherlock. Nunca havia pensado na possibilidade de Holloway ser mais fraco e idiota do que esperava e podia não ser um pensamento muito obvio, mas se visse apenas o obvio então não seria reconhecido por fazer exatamente o contrario.

Ela foi encontrada morta dentro do dormitório que dividia comigo. Com sinais de tortura, estupro e com cortes em quase todo o corpo.

Fechou os olhos, controlando a raiva de si mesmo. Naquele dia Joan achou que sua amiga fora morta por não gostar do seu relacionamento com Holloway. Entretanto, mesmo com pouca informação Sherlock deveria ter pensado que Holloway estava, da maneira mais literal que conseguia, tentando suprir seu desejo de Joan. Fora o seu primeiro descontrole.

— Ele nunca se afastou, não é? — Moriarty se certificou.

— E não vai até conseguir fazer o que queria na época.

— Então... ele passou anos a seguindo, sem qualquer contato. Por que isso agora? Por que envolve-la nesse jogo todo?

Sherlock a fitou, pensando em uma resposta que o agradasse. Provavelmente Holloway ainda não tinha coragem para matar sua obsessão, estava mantendo um grande controle com tantos anos de desejo suprimido e tivera mais do que uma chance para tentar, foram possibilidades perdidas de um ato que ele poderia conseguir com um maldito chá e um pouco de veneno. Então por que agora?

Oh, não são completos desconhecidos, você que ainda não foi capaz de encontrar a ligação entre eles.

Foi o que Holloway dissera durante uma ligação sobre suas vitimas, uma das primeiras vezes que Sherlock notou que estava sendo enganado com sucesso. Então sua mente voltou a clarear.

— Ele foi empurrado.

— O quê?

Subitamente ele abriu a porta e saiu do quarto enquanto dava voz aos seus pensamentos:

— Holloway não quer mata-la, já teve oportunidades demais para esse descontrole e não o fez, provavelmente ainda estaria vigiando nas sombras se alguém não o tivesse feito pensar que seria melhor e mais divertido fazer o contrário.

— Espera, está dizendo que alguém está o manipulando? — Moriarty questionou tentando acompanhar seus passos.

— Manipulando os desejos dele na verdade — Sherlock corrigiu descendo as escadas — Holloway me disse que suas vitimas não são completos desconhecidos, eu que fui incapaz de encontrar a ligação entre eles, mas e se todo esse tempo eu procurei no lugar errado?

— Será que pode ser mais claro? Holloway é inocente?

— Claro que não — ele respirou fundo e parou antes de chegar a porta, então se virou para olhá-la com seriedade — Partimos do pressuposto de que as vitimas eram, de fato, escolhidas por ele, mas e se alguém com motivos escolhia no lugar dele? Existem assassinos de aluguel para exemplificar isso.

— Então acha que alguém o contratou?

— Acho que alguém se aproveitou da obsessão dele para fazer algo maior, talvez prometendo ajudar com sua agoniante incapacidade de matar Joan.

— Então temos que encontrar o parceiro dele, quem melhor pra começar?

— Foi exatamente o que eu pensei, o problema é que agora sabemos que Holloway tem ajuda dentro da Polícia e acesso ao banco de dados internacional. Graças a você não há mais nenhum rastro de Jeremy Veiga e, perante a Polícia e a Receita Federal, os aliados dele podem ser crianças do jardim de infância ou dançarinas de cabaré — Sherlock forçou um sorriso cínico para ela — E isso faz de você, Moriarty, uma grande e completa idiota.

***

— Como é?

Contar ao Detetive Bell e ao Capitão Gregson sobre suas recentes descobertas não foi realmente difícil, os problemas começaram a surgir quando tentou começar a explicar cada uma delas, quase as transformando em certezas e sendo forçado a revelar o que ele mesmo concordou em esconder.

— Então o seu irmão estava vivo esse tempo todo? — Capitão Gregson questionou levemente irritado.

— Pensei que estava fazendo o certo para mantê-lo vivo e longe de problemas — Sherlock resmungou fazendo uma careta — Mas não, eu mesmo deveria tê-lo matado.

— Já escondemos tanta coisa por você Holmes, não pensou nem por um minuto em nos contar que o responsável pelo sequestro da Watson ainda estava vivo?

Sherlock pensou em corrigi-lo sobre esse fato, talvez dizer que Mycroft não era diretamente responsável e o que sequestro ocorrera apenas para afetá-lo, mas concordava demais com as palavras do Capitão para dizer algo.

— Acha que o seu irmão passou a senha do cofre para Holloway? — Detetive Bell quis saber.

— Acho que vendeu, na verdade. Mas só posso ter certeza quando confrontá-lo pessoalmente, antes de mata-lo, é claro.

— Você não vai matar ninguém — Gregson interviu entre dentes — E não vamos nos esquecer de falar sobre esses documentos que guardava sobre Jamie Moriarty, eles poderiam ter sido muito uteis!

— Para quem? — Sherlock rebateu impaciente — Com certeza não seriam uteis para você ou para esse Departamento, já que ela não passou nem dois dias aqui antes de ser levada pelo FBI.

— Isso não importa, ainda sim deveria ter nos contado!

— Compreendo sua irritação Capitão e realmente não achei que esconder Mycroft fosse gerar algo tão grande e muito menos que envolvesse Holloway, mas pretendo consertar esse erro imediatamente.

— Eu vou junto — Gregson anunciou começando a arrumar suas coisas com pressa.

— Não acho que seja necessário — Sherlock impediu se levantando.

— Você não achou necessário nos contar sobre ele ou sobre os documentos e olha no que deu.

— Mas se eu estiver certo não pretendo deixar Mycroft atrás de uma grande, muito menos com a chance de o nosso pai intervir a favor dele.

Capitão Gregson e Detetive Bell se entreolharam, trocando mensagens silenciosas de atenção.

— Tudo bem, se algo acontecer não serviremos de testemunha — Gregson anunciou — Mas tenha limites Holmes, é seu irmão.

Sherlock franziu o cenho quase de forma divertida, sendo bem claro quanto ao que pensava: Naquele momento pouco importava se era seu irmão.

— E Watson não gostaria que nada grave acontecesse com ele — complementou Capitão sabendo que teria mais chances de convencê-lo com isso.

— Tem certeza disso Capitão? — certificou-se Bell.

— Estaremos lá Marcus, qualquer coisa atire na perna dele.

Sherlock revirou os olhos quando o seu celular tocou, chamando sua atenção.

— Sim?

Holmes, aqui é Forllet. Pediu para avisá-lo quando encontrássemos Watson.

Sherlock imediatamente paralisou, seu coração batendo com força.

— Encontraram a Joan?

Seus acompanhantes na sala o olharam no mesmo instante, a surpresa se misturando com a ansiedade.

— Sim, sabemos onde ela está — Forllet continuou — Estamos nos preparando e logo entraremos na casa.

— E o bebê?

Não temos como ter certeza, só conseguimos ver que ela está inconsciente.

Sherlock sentiu sua garganta apertar, mas ainda não havia motivo para perder o controle.

— Vou junto.

Imaginei que sim, mas antes temos que discutir sobre o plano B.

— O que é o plano B? — ele questionou confuso.

É o que vai afastar você de Joan Watson.


Notas Finais


Desculpem qualquer erro, eu revisei!
Comentem!


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