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História I am you, you are me - Insecurity - Woo Jiho


Escrita por: FattyKetty

Notas do Autor


oi gente, desculpem a demora. <3
Eu to quase em época de prova e preciso estudar. Pra faculdade e pros cursos.
E eu to quase me formando então estou cheia de responsabilidades <3
Enfim
Espero que gostem do cap de hoje <3

Capítulo 12 - Insecurity - Woo Jiho


Fanfic / Fanfiction I am you, you are me - Insecurity - Woo Jiho

I am you ☯ You are me 

Woo Jiho

Talvez fosse normal sentir-me mais e mais inseguro nessa idade. Talvez precisa-se de algum tipo de tratamento especial ou de algo pra me acalmar. Não que conseguisse ver isso de forma clara, mas meu coração parecia apertado. Talvez porque mesmo depois de tudo, ainda não acostumei a ver suas cicatrizes espalhadas aleatoriamente pelo corpo que habito temporariamente. Quanto mais ligado ficava a Kyung mais medo sentia, por todas as coisas que ele teve coragem de fazer contra si mesmo, como se a pessoa que mais pudesse fazer mal a ele, fosse ele mesmo. Isso me assustava. Sim, provavelmente parte dessa super proteção foi causada por nosso recente relacionamento oficial, ou até mesmo pelo fato de que não me restava ninguém. Sem ele eu não poderia dizer que realmente tenho alguma coisa. Observei o anel que nos ligava a um certo tempo, enquanto imaginava quanto de tudo isso ele já superou e quanto mais uma vez estava escondido dentro dele. Usando a capa de sorrisos e abraços bons ele já me enganou uma vez. E nunca me perdoaria se encontra-se de novo algo que não sei sobre ele, principalmente algo tão grande quanto o desejo de tirar a própria vida ou o ódio por si mesmo. É normal me sentir inseguro quando da última vez tudo parecia tão bem, mas descobri as cicatrizes por seu corpo... E se esse fosse o caso novamente? E se ele nunca estivesse completamente curado?

-"Algo errado Zico...?"- Kyung perguntou com as sobrancelhas franzidas. Sorri um pouco e neguei com a cabeça. Ele pareceu aceitar essa resposta e voltou a decorar seu rap com calma. Apenas nós dois, Kwonnie e Minhyuk, estávamos usando o teatro do colégio. Dean teve algum tipo de compromisso que não entendi e não ia perguntar do que se tratava, tinha medo da reação de Kyung caso voltasse a ter a amizade forte com Dean. Talvez esperar um pouco fosse a escolha certa.

Deixei que todas as minhas inseguranças me enchessem de novo e puxei um papel e uma caneta da mochila dele. Estava disposto a escrever uma música e não me importa se eu deveria fazer um rap ou algo assim, vou cantar minha música e todos vão saber o quanto o amo. Me perdi enquanto escrevia a música, rabiscando suavemente sobre a folha de papel. Murmurando a melodia e arrumando pra que ela combinasse com a letra no processo. Kyung não pareceu se preocupar com isso enquanto novamente repetia seu rap. Era tão fácil, mas ele precisava repetir milhões de vezes.

Depois de colocar todas as ideias que tive no papel passei a olha-lo abobado, desejando que ele visse o quão fofo era enquanto errava pela milésima vez o mesmo verso. Ri achando graça e ele olhou pra mim por um momento, se fosse um cachorro teria abaixado as orelhinhas.

-"Ta muito feio?"- Perguntou inseguro, olhando pra letra na sua mão.

-"Não... Ta lindo! To rindo porque você está cometendo o mesmo erro mil vezes!"- Comentei e ele pareceu ficar mais triste ainda.

-"Mas como posso mudar isso?"- Indagou sentando ao meu lado.

-"Treinando!"- Falei rindo um pouco e pegando o violão do chão, realmente era péssimo com aquele instrumento.

-"Mas tem que ter um jeito mais fácil de decorar isso!"- Falou irritado olhando pro papel como se ele fosse a causa de todos os seus problemas.

-"Ya! Kwonnie, vem aqui!"- Gritei deixando Kyung e sua loucura sozinhos. YuKwon olhou pra mim assustado e sorri amarelo, Minhyuk fez careta como um cachorro defendendo território e por um momento achei que ele não deixaria o loiro vir. Era difícil lembrar que estava no corpo de Kyung e que os meus amigos nem sabiam que era eu.

-"Algum problema Park Kyung?"- Kwon perguntou chegando perto e olhando pro violão. Conseguia sentir o olhar de Minhyuk nas minhas costas.

-"Será que poderia me ajudar com uma melodia?"- Pedi e ele franziu o cenho. Kwonnie não costumava tocar violão na frente de ninguém, desde que Minhyuk ficou dizendo que ele queria chamar atenção por isso e criou um ar super desconfortável pro garoto.

-"Como sabe que toco?"- Questionou franzindo o cenho.

-"Zico me contou!"- Falei cotovelando Kyung que levantou a cabeça e sorriu amarelo.

-"Ah..."- Ele falou e puxou uma cadeira pro meu lado, tirando o violão de mim. Ele tocou alguma notas aleatórias.

-" Quero algo como...”- Comecei a coordenar seus movimentos, falando em notas e arranjos e não demorou pra montarmos uma boa música. Era fácil pra mim mexer com arranjos e dizer o que tinha na minha imaginação, o difícil era fazer realmente, segurar o violão e fazer o som sair. Por isso Kwonnie sempre foi um bom amigo. Ele sempre compreendia o que eu queria dizer e conseguia dar vida as minhas ideias. Não tinha nada mais satisfatório do que conseguir ouvir o que você planejou na sua mente.

-“Acho que vocês estão andando juntos demais Kyung, se não estivesse de frente pra você agora mesmo, poderia jurar que era o Zico.”- Kwon falou recostando o violão na minha cadeira e levantando. Sorri achando graça.

-“Obrigado pela ajuda!”- Falei calmamente e apertei sua mão sorrindo. Por isso amava meus amigos, eles me conheciam demais. Antes de voltar pra perto de Minhyuk que estava emburrado no canto, Kwon acenou um tchau pra Kyung, achando que estava acenando pro Zico. Achei engraçado.

-"Vamos pra casa agora? Estou faminto!"- Falei levantando e ele concordou num aceno leve de cabeça andando ao meu lado.

-"Você está compondo uma música nova?"- Perguntou pra mim perdido em pensamentos.

-"É... Não liga pra isso... Eu faço mil músicas só por vontade mesmo."- Falei fingindo não ser importante, queria que fosse uma surpresa pra ele.

-“Hum...”- Resmungou e continuou andando.

Com um movimento leve, peguei sua mão, encaixando-a contra a minha, seus dedos entrelaçados nos meus.

Andamos assim até chegar em casa e quando estávamos finalmente lá, os pais de Kyung pediram pra conversar conosco. Senti um imenso frio na barriga e pensei que fossem brigar por alguma coisa ou algo assim, mas o sorriso no rosto da minha sogra enquanto sentávamos na mesa, me relaxou um pouco. O pai de Kyung parecia estar com vergonha e sem jeito.

-"Meninos... Eu sei que Zico sempre dormiu muito aqui. Eu já disse, mas é importante que eu repita... Ele é sempre bem vindo. Mas percebi que as coisas andam diferentes, você não passou em casa e está usando as roupas do Kyung... Além de ter voltado chorando naquele dia... Realmente não quero ser insensível, mas seria bom saber o que está acontecendo de verdade..."- A mulher falou calmamente e sorri ao ver sua preocupação. Kyung segurava as lágrimas, a um fio de começar a chorar, apesar disso acabar com minha reputação, não tem coisa melhor do que vê-lo mais aberto a demonstrar o que sente.

-"Bem... Mãe..."- Comecei a falar travando um pouco ao chama-la de mãe. Um frio na barriga subindo por usar essa palavra. -" Zico nunca se deu bem com os pais dele. Eles trabalham demais e simplesmente ignoram a existência dele... Da última vez eles brigaram feio e... bem, Ela disse que ele é adotado... Então não tem mais motivos pra ele voltar naquela casa..."- Disse com calma. Era difícil dizer com a minha própria boca tudo o que sempre me atormentou. Como uma terceira pessoa meio estranha. Ao mesmo tempo que tentei deixar de fora detalhes sórdidos demais.

Os mais velhos se entreolharam e passaram alguns momentos em silêncio.

-"Você tira notas boas... Pode começar uma faculdade pública e arranjar um emprego de meio período mais na frente. Por enquanto só quero que termine a escola direitinho! Sem se preocupar com dinheiro ou casa..."- Quem se pronunciou primeiro foi o pai dele, tomando uma postura séria a tipica do seu ar brincalhão.

Arregalei os olhos ao decifrar o significado de suas palavras. Ele estava me dizendo pra morar lá definitivamente? Estava me dizendo para me apoiar neles dois? Foi inevitável segurar as lágrimas, mesmo que eu quisesse muito ser forte. Como sempre eles faziam por mim até mesmo o que meus próprios pais não faziam. Era um absurdo, difícil de acreditar. Quando passei tanto tempo esperando o pior de quem mais amava e agora pessoas sem obrigação nenhuma comigo, decidem por me dar abrigo e oportunidades. Senti a mão de Kyung apertar a minha por debaixo da mesa, me passando força.

-"Eu trabalharei duro!"- Falei sem me conter.

-"Não filho, basta que Zico trabalhe quando estiver na faculdade. Você e ele podem ficar tranquilos por enquanto. Não iria atrapalhar os estudos de nenhum dos dois."- A mulher falou sorrindo e sorri ao lembrar que estava no corpo de Kyung. Depois de todo esse tempo, ainda era capaz de cometer erros assim. -"Nós vamos nos esforçar."- Kyung falou por mim e concordei acenando com a cabeça. Os mais velhos pareciam satisfeitos e de um jeito meio torto seguraram as nossas mãos.

Eu me sentia seguro e amado pela primeira vez na minha vida.

...

-"O que você acha dessa roupa?"- Kyung perguntou mostrando a milésima camisa pra mim. Suspirei e revirei os olhos.

-"Meu amor! Esse é o corpo de Woo Jiho! Qualquer coisa fica bonita quando entra nesse corpo!"- Falei e ri alto enquanto me mexia mais aconchegando-me na cama. Fechei os olhos com sono.

-"É amanhã Zico! A apresentação, como pode estar tão calmo? Você nem escolheu uma roupa!"- Reclamou comigo e ignorei ele completamente. -" Não dorme"- Reclamou jogando a camisa em mim, murmurei uma reclamação e sentei na cama olhando pra ele.

-"É só uma apresentação, já fiz isso mil vezes!"- Falei explicando minha calma.

-"Como pode? Acho que nem se essa fosse a minha centésima apresentação eu ficaria calmo em relação a estar cantando na frente de quarenta mil pessoas."- Choramingou procurando uma camisa nova pra olhar no espelho.

-"É só uma apresentação de escola... Não vai passar de duzentas pessoas!"- Tentei acalma-lo, mas ele pareceu ainda mais pálido enquanto me encarava.

-"Como assim duzentas? Meu Deus eu não vou!"- Gritou sentando no chão e murmurando coisas incompreensíveis.

-"Kyung, para com isso! Se você desistir o Dean vai te matar! Ele odeia que desistam!"- Avisei rindo dele. -"Mas eu não consigo é sério!"- Reclamou fazendo careta.

-"Pensa assim... Você vai usar a minha voz e todo mundo gosta da minha voz, não tem como dar errado. É só você imaginar que sou eu!"- Falei meneando as mãos para explicar.

-"E se todo mundo rir de mim?"- Perguntou baixinho.

-"Ai é só você pensar que estão rindo do Zico... E que você vai ter arrasado, porque eu vou fazer um show!"- Falei brincando.

-"Mas se rirem de você é ainda mais triste do que rirem de mim..."- Falou olhando nos meus olhos, sorri grande olhando-o com carinho. Kyung sempre foi altruísta demais.

Era difícil acreditar que finalmente íamos nos apresentar. Essa seria minha última apresentação e seria no corpo de Kyung. Finalmente o terceiro ano estava acabando e nós dois estaríamos livres para cursar faculdade juntos, quem sabe poderíamos alugar um quarto no centro e moramos juntos. Finalmente dando adeus a tantas lembranças ruins que aquele lugar guardava, multiplicando apenas as boas e perseverando as amizades com cuidado. Aquela apresentação seria um marco, um divisor de águas. Como um remédio cicatrizante tanto pras minhas dores quanto pras de Kyung.

Levantei da cama e estendi o braço para fazê-lo sair do chão. Ele pegou minha mão e com cuidado o puxei pra cima. Encarando seus olhos, finalmente entendendo porque todo mundo gostava de dizer que meus olhos eram pequenos demais. Ter uma visão de longe de si mesmo, era um privilégio daquela situação. Contornei sua cintura usando meus braços e sorri selando seus lábios com carinho.

-"Vai ficar tudo bem! "- Prometi a ele com força, não deixaria nada atrapalhar esse momento. Ainda amis sabendo o quão importante era aquilo pra ele. Os seus desenhos e suas atitudes provavam que ele sempre quis cantar também. Eu tiraria toda aquela insegurança de Kyung, usando todo o meu amor por ele. Nunca mais ninguém iria machuca-lo, nem mesmo ele.

Ele sorriu pra mim e enganchou suas mãos ao redor do meu pescoço.


Notas Finais


Bem gente foi isso.
O que acharam?
Ta quase acabando a parte Zikyung <3


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