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História I Became The Number One - Vocês topam? (capítulo)


Escrita por: Martezinhodasfics

Notas do Autor


Editei tudo e agora é um capítulo :- )
Eeeeeeeeeeeeeee chegamos a vinte caps leiam aí, ficou legal (cap não é nada demais o próximo q vai ser

Capítulo 20 - Vocês topam? (capítulo)


Fanfic / Fanfiction I Became The Number One - Vocês topam? (capítulo)

*Deku on*

 

“1973

Aqui jaz

Hidetaka Midoriya

Que descanse em paz”

 

-O que? - Eu olhei para o garoto no fundo de seus olhos, a mão dele entrelaçada na minha - Meu túmulo, eu vim aqui 48 anos atrás, vim no meu próprio enterro… Não foi engraçado, na verdade teria sido se alguém tivesse aparecido além do meu pai, minha mãe e meu irmão, que só deixaram uma flor e foram embora, eles nunca mais apareceram… Eu venho aqui todo dia desde então, deixo flores, sento um pouco e vou embora, assim eu quase acredito que alguém se importou quando eu morri… - Ele soltou uma risada fraca - Midoriya… - Eu falei incrédulo - Nós dois… Temos o mesmo sobrenome - Ele me olhou mas dessa vez quem fixou os olhos na lápide fui eu - Imaginei. As únicas pessoas que já conseguiram me ver foram Midoriyas, não todos, meu pai e minha mãe não me viram… Meu irmão uma vez, mas só uma vez mesmo... Na sua família tem algum Hidetaka que morreu jovem? - Eu pensei por um tempo - Não que eu saiba, mas tem um Hisashi que eu nunca conheci, você sabe dele? - Dessa vez foi a vez dele parar e raciocinar um pouco - Eu conheço, ele é o que seu? - Hidetaka falou com sua voz fraca, uma característica muito marcante dele-  Ele é meu pai - Eu disse. O rosto dele encarnou em uma expressão confusa - C-co-como assim? Hisashi Midoriya é meu pai também - Eu o olhei - Qual é… Para de brincadeira…

-Que brincadeira? Meu pai é Hisashi Midoriya!

-Q-quantos anos ele tinha quando você nasceu?

-Acho que 30

-Mas ele teria 95 anos atualmente e 79 quando eu nasci. Minha mãe costumava me contar que meu pai ainda era jovem quando ela o conheceu

-Espera… Vamos pensar com calma, podem só ter repetido o nome, vamos ser lógicos, por exemplo qual era a individualidade do seu pai?

-Soltar fogo pela boca - Eu disse - A-a do meu pai também… - Hidetaka disse engolindo em seco - Você já viu ele? - Eu perguntei - A última vez foi quando eu tinha 5 ou 6 anos… Depois ele sumiu e não voltou mais

-Eu nunca vi ele… - Eu disse - Como ele era? - Hidetaka pegou minha outra mão e me olhou como se eu fosse maluco - Vamos focar em como ele ficou vivo e jovem por tanto tempo, ok?

-... Certo… - Eu fiquei algum tempo pensando e por fim disse - Ele pode ter sido atingido por uma individualidade, alguma que funciona como um tiro e a pessoa que for acertada fica com aparência jovem para sempre… Será?

-Pode ser… Quer dizer a não ser que ele esteja vivo agora não temos como descobrir com certeza… Deixa para lá, isso não vai mudar nada mesmo. Isso não vai mudar que ele abandonou nós dois e mentiu sobre a idade pelo menos uma vez, isso se ele não estiver vivo a mais tempo, o que não pode deixar de ser uma opção, afinal se ele continuou jovem por mais de 50 anos então existe uma possibilidade… 

-É… Não faz diferença mesmo… - Nós ficamos quietos olhando a lápide - Isso significa que nós somos irmãos? - Eu perguntei - É… Nós somos sim… 

 

Eu fui embora para casa andando Por algum motivo eu e Hidetaka continuamos de mãos dadas o caminho inteiro. Eu conversava baixo com ele, para não pensarem que eu sou louco, eu expliquei para ele minha situação e que agora era um vilão e tudo mais, não foi nenhum choque. Nós fomos conversando até chegar na base

 

-Izuku! - Shouto falou quando eu entrei - Ah, oi Shouto, boa noite - Eu o cumprimentei calmamente. Ele já ia dizer mas alguma coisa (provavelmente sobre eu ter voltado tarde) mas Hidetaka falou antes no meu ouvido como se Shouto fosse capaz de escutá-lo - Você devia ir dormir e conversar amanhã… Hoje foi uma noite cansativa para nós dois - Então eu repentinamente disse - Vou dormir Shouto… Ah, e por favor diz para o Compress fazer Katsuki Bakugou deixar de ser bolinha por favor - Eu joguei o Kacchan de gude para Shouto e fui dormir

 

    Eu deitei na cama e Hidetaka fez o mesmo do meu lado, (ele não é capaz de comer, tocar ou falar com a maioria das pessoas, também não pode beber nada mas aparentemente ser um fantasma não o impede de dormir ou ficar cansado). Eu não dormi por muito tempo, quando acordei me dei conta de que eram 4 da manhã, Hidetaka ainda estava dormindo do meu lado. Eu me levantei já sem sono algum, abri a porta silenciosamente e andei em direção a cozinha a procura de água em um mar de vodka, uísque e vinho de todo tipo. No fim desisti de tentar achar água e só peguei uma cerveja qualquer que com a meia luz do bar eu nem consegui ter certeza do que era. Saí da parte interna do bar e me sentei nas cadeiras do exterior. Fiquei um tempo indeterminado ali, de vez em quando voltando para pegar mais bebida

 

-Eai garoto? - Eu me virei para o banco do meu lado direito - M-m-mestre St-t-tain?

-Oi Deku - Ele disse e eu comecei a chorar - Que merda que você está fazendo aqui? Eu não… 

-Moleque, eu sei que você está triste e tudo… Mas só me fala, desde quando você vê fantasmas?

 

*Deku off*

*Flashback Iida on*

 

-Por favor, não me mata! - Deku falou quase chorando - O que? - Eu só consegui dizer isso, Deku caiu no chão quando eu o soltei e começou a murmurar algo que eu não conseguia entender exatamente, deixei ele assim por alguns segundos sem saber o que fazer mas estava ficando cada vez mais nervoso - Deku! - Eu gritei não conseguindo me conter - Ah! - Deku gritou de volta se jogando para trás com as mão protegendo o rosto como se eu fosse atacá-lo - Merda! - Ele exclamou se recompondo - O que o houve mestre deku? - Kota falou assustado, mas eu não conseguia me focar nisso, eu estava muito nervoso - Nada, eu estou bem - Deku falou mas a imagem de seus olhos desesperados não saíam da minha cabeça - Eu vou ficar - Ele disse se levantando e tirando a poeira da roupa - Deku fala comigo! - Eu gritei desesperado - Para! Para! Para! Eu não quero ouvir! Eu odeio gritos! Cala a boca! - Ele gritou tapando os ouvidos. Eu comecei a me afastar, sem coragem de chegar perto de tanta culpa - Se acalma gente, eu estou bem, é só um probleminha que eu tenho… - Deku falou olhando as caras assustadas que todo mundo tinha - Eu achei que você era o Kacchan… E o Kacchan ia gritar e bater e… Eu não sei preciso de um tempo sozinho… - Ele falou por fim indo embora com Kota atrás dele - Isso… Acontece sempre? - Uraraka falou após alguns segundos - Não… É a primeira vez - Eu respondi. Um minuto depois Deku chegou pronto para sair no frio com as chaves na mão - Pessoal continuem sem mim, eu vou sair sozinho - Ele disse saindo com um breve aceno de mão - Eu acho que o que nos resta é continuar sem ele… Então vamos conversar, dúvidas? - Eu olhei para elas tentando fingir não estar me sentindo culpado e com medo - Ah… Sim. São poucas perguntas, que tal começar por “o que vocês querem da gente?”, ou talvez “o que tem de errado com aquele garoto?”, “como você virou um vilão?”, “por que o Kota está aqui?” ou… - Tsu falava mas eu a interrompi - Vamos uma de cada vez, ok? De vocês, nós só queremos que nos escutem um pouco. Não tem nada de errado com o Deku, mas se você quer nomear os transtornos de personalidade, ansiedade e depressão dele assim a resposta é tudo isso que eu já falei e traumas de infância - Eu vi as duas parecerem expressar uma mistura de vergonha, pena e medo, o que me deixou sadicamente satisfeito - Eu já expliquei como virei um vilão para vocês, fui salvo pelas pessoas que me diziam ser más e perigosas, vi razão na pessoa que matou meu irmão - Todos me olharam perplexos - Ele não morreu, ainda, é mais fácil aceitar agora, ele vai morrer, está em condição terminal, não posso fazer nada quanto a isso - Eu disse disfarçando minha tristeza - Mudando de pergunta, Kota está aqui porque quis ter uma família, um mestre e justiça, porque ele escolheu. Isso pode parecer estúpido mas eu vou esperar o Deku para nós fazermos nosso discurso rotineiro

-Sempre funciona - Shouto falou piscando o que me fez rir - Foi assim que nós viemos… 

-Vieram... Para a liga?

-Isso… - Eu falei nostálgico - Os discursos do Deku são bem convincentes. Por isso que ele é tão bom em conseguir exatamente o que ele quer

-Foi o Deku que me fez não ir para  a UA, e um discurso longuíssimo dele que me trouxe para a liga - Shouto disse - O mesmo para mim, só que teve um incentivo do Shouto antes, ele fez um discurso sobre Stain e Deku e me convidou para a liga, depois Deku fez um discurso inspirador para os outros e me convenceu… 

-Ele nem estava falando com você e te convenceu… Você é muito dado Iida, facinho, facinho - Shouto disse rindo - Cala a boca - Eu disse rindo também - Gente, se foquem no trabalho por favor, isso é estúpido - Spinner disse nos olhando como se fosse melhor o que definitivamente não era verdade - Tá bom, tá bom… Eu acho que como ele saiu nós vamos ter que assumir o papel do discurso - Eu falei subindo em cima da mesa junto com Shouto - Eu não sou tão bom nisso quanto Deku, mas vou tentar… É… Bom, quando eu estava na UA, eu sempre senti algumas coisas estranhas, que eu não pertencia aquele lugar, que ninguém me escutava, que eu era a piada da sala, o certinho com tique nervoso que só sabe encher o saco, e tipo… Ninguém gostava de mim, para eles eu era incapaz e chato, incapaz não, mas… Não sei… Só sei que eu queria ser mais, eu mereca ser mais… E aí, meu irmão foi atacado pelo Stain, todo mundo me dizia que ele era o cara mau, que a gente tinha que pegar ele, que ele era um assassino, meu irmão morreu e eu me senti obrigado a gastar toda a minha raiva, quer dizer eu já tinha muita raiva da escola e das pessoas, mas aquilo era diferente, ele era meu irmão, a única pessoa que realmente me entendia estava por um fio, aquele cara que eu sei que gosta de mim, diferente de todo mundo, eu resolvi que aquela raiva era demais… Eu tinha direito de me vingar, de usar tudo que eu tinha de pior contra ele, mas aí eu fui, eu devia morrer, devia muito, mas o sucessor do homem que eu mais odiava me salvou, a vida de alguém que procurava justiça foi tirada e a de alguém vingativo e sem objetivos poupada, eu me senti errado, indiretamente era minha culpa… Então me mostraram outro caminho… Um caminho mais difícil, só que certo. Eu me encontrei aqui, eu me sinto mais certo aqui, agora eu conheço os dois lados da história, o dos heróis mentirosos e cruéis e o dos vilões injustiçados que sempre sofreram. Acho que é isso que eu posso dizer… Obrigado, eu acho, não sei como acabar um discurso…  - Shouto fez um gesto para eu descer - Eu termino por você. Agora que vocês sabem do Iida eu convido vocês a vir conosco, vamos estar do lado certo. Vamos fazer história! - Shouto falou alto e todos aplaudiram, não sei se a mim ou a Shouto, talvez os dois, só sei que Tsu e Uraraka se olharam sorrindo de um jeito bem promissor - E então vocês topam?

 

*Flashback Iida off*

*Bakugou on*

 

-Seu merda! SHINE! - Eu gritei para o vilão mascarado que me tocou, mas quando eu vi não estava mais no acampamento, ou na floresta. Era uma sala fechada, não tinha ninguém, eu não estava preso na cadeira ou algo do tipo, mas tinha certeza que aquela era a base dos vilões, usando uma pulseira esquisita que não me lembro de ter visto antes - SHINE! Morram! Porra seus covardes! Cadê vocês vilões de merda!? - Eu comecei a gritar e resolvi usar minha individualidade na porta, mas não funcionou, eu tentei por um tempo e nada. Fiquei gritando por alguns minutos até que ouvi um barulho na porta, alguém abrindo - Finalmente você veio, né seu merda? - Eu falei com confiança até ver quem me esperava na porta - Oi Kacchan! - Deku disse como eu bem me lembrava, sorriso no rosto, olhos fechados - Deku! Que merda você veio fazer aqui? Não vem me dizer que veio me resgatar com esse seu delírio de grandeza!

-Errou Kacchan, eu não vim te resgatar, eu fui te capturar

-Essa foi a pior piada que você já contou na sua vida, quer morrer seu merda? - Eu falei pronto para lançar uma explosão contra ele, sem efeito de novo, droga! Que merda aconteceu com a minha individualidade? - Vejo que você já descobriu o meu bracelete Eraser, ele apaga a individualidade quem o usa, fiz usando o sangue do seu professor. Funcionou, né?

-Que merda Deku! Por que você fez isso? E como pegou sangue do meu professor?

-Kacchan, vamos conversar, ok? Se sente por favor - Ele disse de modo imperativo, aparentemente queria que eu ficasse sentado e ele em pé - Desde quando Deku de merda usa terno e manda em mim HÃN? Acha que eu vou te obedecer só porque você está mais alto e foi para academia? Nunca! Eu sou melhor que você! Sempre fui e… - Eu me dei conta de que enquanto eu falava ele me amarrava na cadeira por trás - Você é louco? Quer morrer?

-Kacchan, se você está preparado para matar, então também está preparado para morrer - Deku disse pegando uma faca e uma pistola - Sabe, você me disse que eu não podia me tornar um herói, e estava certo, como sempre, “mas já que eu não posso me tornar um herói” pensei eu “por que não me tornar um vilão?” e aqui estou eu, vim te matar Kacchan, vim te matar como sempre quis que acontecesse! - Eu o olhei sem reação alguma - Eu ia te matar a sangue frio, sem defesa, sem nada, eu ia te matar aqui e agora, mas eu não vou, vou te soltar - Eu comecei a rir - Você estava brincando! - Eu disse - Você é fraco! Não tem força nem coragem para me matar, vai me deixar livre porque paga um pau para mim! - Eu disse rindo - Não Kacchan… Não mesmo… Eu vou te soltar porque não tem graça te matar sem uma luta, sem um desafio, eu quero provar para você e para mim mesmo que sou melhor! Então Kacchan, eu vou tirar a pulseira Eraser, te soltar dessa cadeira e nós vamos lutar até a morte! - Ele começou a rir de uma maneira psicótica - Como… Como se você fosse capaz de me matar seu Deku de merda! - Eu dizia fingindo confiança apesar de estar sendo consumido pelo medo - Será que eu consigo Kacchan? Eu acho que sim… - Ele tirou as cordas que me prendiam na cadeira e em seguida o bracelete - Vamos ver se um sem individualidade inútil consegue me fazer um arranhão! - Eu falei e ele começou a lançar fogo verde contra mim - Que merda é essa!?

-Gostou da minha individualidade? AFO me deu de presente

-Você quer dizer o vilão que rouba individualidades? Isso é presentinho para idiota! Não consegue nem um poder por você mesmo - Eu gritei me sentindo uma criancinha injustiçada - Tudo bem então, eu não vou usar minha individualidade, é contra meus princípios de te vencer simplesmente por ser bom, qual é, não é como se eu precisasse dar tudo de mim para te destruir né? - Eu o olhei com ódio - É claro que precisa! Você quis dizer que eu sou fraco Deku!?

-É claro que não Kacchan… Você realmente não é fraco, só que eu sou muito mais forte

 

*Bakugou off*

*Uma hora antes*

*Deku on*

 

-Moleque, eu sei que você está triste e tudo… Mas só me fala, desde quando você vê fantasmas? - Ainda incrédulo por estar vendo mestre Stain eu respondi - Eu… Eu não sei… Você é um fantasma?

-Provável… 

-Me ajuda mestre Stain! Volta para mim! Me dá um conselho! O que eu faço?! - Eu disse e comecei a chorar - Se acalma… Vai dar tudo certo… - Ele disse de maneira acolhedora, me dando um tapinha nas costas - Me ajuda mestre Stain! Por favor, eu nem sei mais quem eu sou… Eu pensei que ter um objetivo certo, um alvo, uma meta decente eu ia parar de querer morrer, que a minha família ia preencher esse vazio, mas eu nunca me senti tão perdido e tão sozinho como eu estou agora… Eu tenho tanta gente e continuo sem ninguém… - Eu olhei para o banco do meu lado, vazio - Uma alucinação… Será… que eu não passo disso? Um suicida alucinado… Isso é culpa dele… Se ele não fizesse bullying, se essa sociedade não fosse tão falha… Se minha mãe não tivesse morrido… Se o All Might não fosse um mentiroso… Se o Kacchan não fosse o pior amigo do universo… Será que se eles morrerem isso passa? Eu gostaria de tentar…


Notas Finais


esperem o próximoooooooooo


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