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História I Believe In a Thing Called Love - Capítulo 79


Escrita por: DaniCali

Capítulo 79 - Capítulo 79


Estava em casa mais uma vez, sentada no sofá com um monte de papel do trabalho. Eu já estava bem melhor daquela vez que fiquei doente então agora tinha que fazer o trabalho render.

Ouvi duas batidas na porta e no automático eu gritei:

- Quem é?

- Anthony. – respondeu num tom obvio. Realmente ele que tem a mania de bater no lugar de usar a campainha.

- Não to!

Ele não respondeu, mas eu ouvi o barulho da porta de abrindo.

- Não sei por que eu ainda bato, eu tenho a chave mesmo.

- Por falar nisso, você já ode me devolver. Eu não te dei ela não.

Ele se aproximou e se sentou ao meu lado.

- Qualquer dia desses eu devolvo. Você nem ta fazendo muita questão mesmo.

- Eu não vou implorar, quando eu quiser troco a fechadura. – olhei rapidamente pra ele e ele fez uma careta divertida.

A frequência com que ele vem aqui em casa está aumentando e eu já não consigo nem fingir que me importo mais. Claro que não fico mil sorrisos pra ele, mas eu já não sei mais ser como eu era no começo. Ele continua o mesmo, ainda faz as mesmas coisas, mas antes o que me irritava agora eu vejo graça.

- Mudando de assunto. Passei pra ver como você estava.

- Muito bem. – eu não olhava pra ele e sim para os papeis, mas eu sentia ele me olhando.

- Mesmo, não teve mais febre?

- Não. Depois eu melhorei rápido.

- Ainda bem. Já te disse que você me preocupou aquele dia né.

- Já, Anthony, umas dezessete vezes. Cadê o Everly? – troquei de assunto.

- No Flea. Eu achei que talvez você ainda não estivesse bem, preferi não trazer ele.

- Isso tem cara de desculpa esculhambada.  – falei enquanto organizava uns papeis dentro de uma pasta

- Em partes é. Mas sabe o que foi. Hoje mais cedo eu ouvi a Clara ligando pra você pra perguntar se você não queria ir naquele parque aquático. – ele comentou enquanto começava a olhar as coisas que eu estava fazendo.

- Coisa feia ouvir a conversa dos outros. – e mexer nos papeis dos outros...

- Ela estava do meu lado o que eu ia fazer? Tampar os ouvido?

- Grosso!

- Eu? Ah, olha, deixa eu continuar. Eu pensei que você ter dito não era porque você ainda não estava bem.

- E em vez de perguntar pra ela o porque veio pessoalmente me perguntar? – o encarei

- Foi. Você fala pra eu não perguntar de você pros outros.

- Ah, agora você faz isso então – ele riu. – Como você pode ver eu estou muito bem. E eu disse não porque tenho bastante coisa pra fazer.

- Você nem tem que entregar isso agora que eu sei.

- Realmente eu não tenho. Mas você queria saber o que eu disse a ela.

- Tá. Mas então porque você não foi?

Gente, quanta curiosidade. Ele estava empenhado hoje. E o pior eu estou dando corda. Não sei quem é mais besta.

- Eu não curto parques aquáticos.

- Porque? Ainda mais num calor desse.

- Eu não sei nadar – dei de ombros – ai fica chato.

- Como é? Você não sabe nadar?

- Eu não. Qual o problema? Vou me afogar na banheira se eu não souber?

- Só é estranho você morar a vida toda perto de uma praia e não saber nadar.

- Então na praia só vai quem sabe nadar.

- Para com isso! – ele riu- Você me entendeu. Não é a sua cara.

- Olha só, roubando a minha frase “não é a sua cara”. Vejamos, eu não sei jogar xadrez, não consigo assobiar com o dedo, e eu não sei descascar laranja.

Ele me encarava surpreso e divertido.

- Quer que eu te ensine?

- A descascar laranja?

- Não, a nadar.

- Você? Não, obrigada.

- Por que eu não? – e ainda pergunta

- Porque é você.

- Esquece isso. Você nunca teve vontade?

- Até tive, mas tenho preguiça de ir atrás de fazer aula.

- Vai, eu te ensino.

- Pra que você quer me ensinar?

- Eu acho que vai ser legal. Eu simplesmente queria te ensinar, sem segundas intenções.

- Nossa, você já teve tempo até de pensar nas possíveis segundas intenções?

- Eu sempre tenho em mente sabe.

- Melhor eu mudar de assunto.

- Você vai pensar nisso?

- É, posso até ver. E agora você não quer ir embora não? Que tal? – perguntei empolgada como se eu estivesse sugerindo uma brincadeira a uma criança.

- Hmm – ele olhou no relógio – Acho que eu tenho mais tempo. Como vai o seu curso?

- Bem, me sinto como uma adolescente lá.

- Em qual sentido da adolescência?

Por que ele sempre leva as coisas por esse lado? Não estou dizendo que é como se eu fosse uma adolescente que começa a ter suas paixões, mas ele só sabe ver por ai.

- Por que é uma escola onde tem muita gente dessa idade, não na minha turma, mas o ritmo acaba sendo parecido como o de quando eu estudava. Ver toda aquela gente correndo e ter lanchonete lá dentro vendendo aqueles salgadinhos com cheiro de chulé.

- Você come aquilo?

- Nossa, eu me acabo naquele negocio – ele fez uma careta. – Tem também meus amigos e aqueles amigos mais próximos.

- Próximos como?

- Ah você sabe, aqueles que você acaba conversando mais.

- É? Conta mais. – pareceu um pouco incomodado.

- É o Joe, ele é bem divertido, tem a minha idade sabia. Ele é musico.

- Músico?

- Sim, e ele canta em frances sabia?

- Eu devo saber uma ou outra também- murmurou

- Ele tem uma banda, você acredita?

- Serio mesmo? Vocalista por vocalista você poderia ter ficado comigo mesmo.

- Eu não lembro de ter te deixado. Você me fez esse favor.

- Ai lá vem.

- Não, eu não vou falar nada. Só que você mesmo disse que queria que fossemos amigos, agora então posso te contar esses detalhes.

- Tenho que andar logo em essa fase de amizade então. Você não vai ter férias não?

- Não. Ainda bem, to até ansiosa pela aula de amanhã.

- Olha melhor a gente mudar de assunto tá.

Era impressionante como ele ficava incomodado, não sei se ele realmente não gostava, mas ele acreditou mesmo e olha que não tem nem Joe na minha sala, muito menos alguém que eu e interesse por lá. Depois que mudamos de assunto o Anthony ainda ficou um bom tempo lá comigo até por fim ir embora e era só isso acontecer que já me batia aquela sensação chata por ele ter ido. 



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