História I Could Fall In Love - Pai

Assim que chegamos no apartamento, dei um beijo em Jesse e fui para o banheiro com Wolfharg e a banhei, vesti e pedi a Jesse para que ficasse de olho nela e fui tomar o meu.

Devo ter demorado um pouco, precisei daquele banho revigorante, devo ter passado uns 40 minutos lá, esperava que Wolfharg não estivesse fazendo raiva.

Quando sai, com uma camisa curta de seda e preta, na mesa da cozinha tinha algumas pizzas, abri a caixa e vi que tinha de mussarela, calabresa, portuguesa e peperoni, ele devia ter pedido enquanto eu estava no banho, enfim fui para o quarto e tive tempo de pegar Jesse cantarolando. 

- No meu sonho eu já vivi, um lindo conto infantil, tudo era magia - eu não podia acreditar que Jesse estava cantando cavalo de fogo pra minha filha - era um mundo fora do meu, e ao chegar desse sonho...hm acordei? - ele parecia confuso para lembrar a letra e eu tive que segurar o riso - foi quando correndo eu vi um cavalo de fogo ali - ele continuava cantando enquanto balançava minha filha em seu colo, provavelmente ele estava tentando colocar ela pra dormir , resolvi me juntar e cantar junto - que tocou meu coração, quando me disse então, que um dia rainha eu seria, com toda a maldade pudesse acabar e no mundo dos sonhos pudesse chegar.

Ele sorriu quando me viu e me deu um selinho, ele me entregou Wolfharg e foi no guarda roupa, fiquei confusa, ele tirou de lá um berço e começou a montar, quando terminou, pegou minha filha e a deixou lá dormindo, me levou para fora do quarto.

- como tinha aquele berço? E como foi que sabia colocar ela para nanar? - eu perguntei, confusa - 

Ele riu triste - eu já fui pai kish - ele disse, me deixando muito surpresa - 

- o-o quê? Como assim? - perguntei, chocada -

- eu... - ele ficou pensativo - quando eu tinha 17 anos eu engravidei uma namorada, e vivemos juntos, o bebê nasceu, eu cuidei, dei a ele tudo o que tinha, mas...de repente um cara apareceu dizendo que queria ela de volta, e ela foi e levou a criança, e ela não era minha, ela havia me traído com esse mesmo cara, ele era o pai do menino, não eu.

- Jesse...eu sinto muito - eu respondi, sem reação - 

E então tudo piorou, ele me puxou para seus braços e chorou no meu ombro como uma criança, sério, ele soluçava, e ali eu entendi que a dor dele era a dor de uma pai de verdade, que viu seu filho ser tomado, só me restou acariciar seus cabelos tentando o acalmar.

- eu sinto muito meu amor...- eu disse enquanto o alisava - sinto muito...

- ele era meu filho kish, ele me chamava de papai - ele continuava soluçando - 

- eu sei...eu sei...

Ficamos mais um tempo assim até eu senti que ele estava bem mais calmo, quando isso aconteceu o dei um selinho, ele sorriu e se levantou, mas eu segurei sua mão.

- Jesse...se ainda quiser ser pai...talvez no futuro, eu não sei...eu possa te dar um bebê - nem eu fazia ideia do que estava oferecendo, fiquei com medo do cara FICAR COM MEDO e fugir de mim - 

Mas não, ele sorriu - talvez, no futuro...lobinha nos basta pro momento - eu sorri com vontade de chorar, ele considerava a minha bebê sua filha, e aquilo me deixou TÃO feliz - 

- vem, vamos comer - ele me chamou e fomos para a cozinha - 

As pizzas estavam uma delícia, todos os sabores, e comendo me assustei com a possibilidade de que Wolfharg tivesse ido dormir sem comer, quando Jesse mais uma vez me surpreendeu, por saber fazer mingau e ler meus pensamentos também.

- tinha leite na bolsinha dela - ele falou - também tinha a mamadeira e eu preparei o mingau pra ela.

- você é um anjo - eu disse e ele sorriu - 

- anjos podem fazer alguém gozar? - ele perguntou cheio de falsa inocência, me fazendo corar - 

- Jesse! - o repreendi e ele gargalhou alto, a verdade é que eu não via a hora de o ter entre as minhas pernas, me fodendo, firme e forte, de um jeito que ninguém jamais teria feito - 

Depois de temos jantado ele foi tomar banho e estava tão cheiroso, não vou negar, eu fiquei molhada mesmo, tentei seduzi-ló, mas Jesse ainda parecia muito balançado com a conversa que tínhamos tido sobre o tal filhinho dele.

- você quer transar né? - ele perguntou segurando o riso e eu o bati - 

- Jesse! - ele gargalhou - eu tô triste por tudo que rolou com você e o seu...e a criança - falei, sem coragem de dizer que o bebê era filho dele, ele ficou sério - sério...não acho justo o que ela te fez...

- você não acha que estamos fazendo o mesmo, Kish? - ele perguntou, calmo - não quero ser grosso, mas toda vez eu me pergunto se a gente não tá fazendo a mesma coisa que ela me fez, ainda que ele também te traia, enquanto você estiver com ele, eu sou só o seu amante .

- não repita isso, tá legal? - o interrompi segurando seu rosto e o virando para mim - você não é meu amante, é meu homem, e eu não estou mais com o David, pense assim, porque assim que ele chegar de viagem, eu vou terminar tudo - ele falou " promete ? " Como uma criança e eu me aproveitei da deixa - só se você também prometer que não vai dar bola para a Gladys - e ele respondeu com um prometo - 

Enfim, tudo resolvido.

- agora eu quero transar 

Eu disse e ele gargalhou, me puxando e me beijando enquanto ficava por cima de mim.