1. Spirit Fanfics >
  2. I Do >
  3. Quinze

História I Do - Quinze


Escrita por: plsjessie e lailights

Capítulo 15 - Quinze


Jaebeom poderia ter reagido como uma pessoa normal.

Mas claro que ele teve aqueles dois dias se remoendo pelas desculpas de Joo Inhyung, para só então explodir e se encontrar na situação em que estava.

Com sua sala totalmente revirada e longe de dar um fim ao seu ataque de fúria.

Metade de seus móveis estavam agora jogados no chão, o vaso que sua mãe insistira para que ele aceitasse prestes a se espatifar na parede.

E foi só lembrar dela que se deu razão o suficiente para transformar o objeto em cacos.

Quando Inhyung apareceu em sua casa sábado, Youngjae e seu rosto envergonhado deram lugar a uma carranca, enquanto Bambam e Jackson não sabiam como agir.

Ele podia simplesmente ter fechado a porta e fingido que aquilo não era real, mas ele era racional e sabia que ela voltaria.

É claro que voltaria.

Seus movimentos se tornaram automáticos, ele não se lembrava dos três sumirem de sua casa e ele se sentar na mesa da cozinha de frente para ela.

Ele só conseguia lembrar das palavras que o atormentaram depois, antes de dormir, naquele momento em que avaliava sua vida.

"Eu percebi que eu não quero isso pra mim, Bummie." ela disse em algum ponto, a voz mansa como se conversasse com uma criança.

Jaebeom não se lembrava de ter perguntado nada.

"Essa coisa toda de casamento, filhos, família, isso é tudo perfeito pra você, mas honestamente acho que só aceitei por achar que você é o tipo de cara certo pra isso. E sabe, você é." ela mordeu o lábio inferior antes de continuar. "Eu que nunca fui a pessoa certa pra você."

"Você só percebeu isso no dia do nosso casamento?" ele quis perguntar, entretanto ficou apenas em pensamento e tudo que conseguiu fazer foi expressar uma careta, desgostoso.

Inhyung suspirou.

"Não espero que você fique feliz com isso, nem que me perdoe ou queira olhar na minha cara de novo. Eu estou saindo do país amanhã. Eu só..." ela vacilou mais uma vez. "Queria apenas esclarecer isso. Você me conhece."

"Achei que conhecesse melhor." sua voz saiu em um tom rude.

Ela suspirou mais uma vez e antes que se levantasse e fosse embora, disse as palavras mais vazias que Jaebeom já havia escutado.

"Me desculpe por não ter sido totalmente honesta com você."

E então ela se foi.

Como se ele fosse apenas mais alguém, como se aquela explicação fosse o suficiente, como se ele não tivesse gastado os últimos anos de sua vida a amando, como se nada do que eles viveram tivesse algum dia sido real.

O resto do seu fim de semana se resumiu a tentar encontrar o que havia de errado com ele. Repassar toda aquela relação na cabeça, enquanto procurava pistas de que ela não queria aquilo.

O pior foi ter encontrado. No meio das conversas sobre família em que ela dizia querer apenas algum bicho de estimação – que não fosse Nora já que as duas pareciam se odiar – ou durante as escolhas para a decoração do casamento em que ela pedia para que Bambam agisse com menos entusiasmo.

Ele se sentia tão estúpido.

Na segunda quando apareceu no trabalho todos ao seu redor perceberam que algo estava errado. Jaebeom era alguém sério nos momentos necessários, mas aquilo era estranho demais para todos.

Moonbyul tentou conversar consigo duas vezes quando chegou, falhando em ambas quando ele grunhia a desculpa de que estava ocupado.

Ela levou Youngjae para fazer algo em sua sala e provavelmente quando repassasse os fatos do dia ele colocaria "agradecer Moonbyul por não deixar Youngjae perto de si com aquele humor" no topo da lista de tarefas.

Mas não era nisso que ele pensava no momento.

Tudo que o rondava era Inhyung. E não bastava aquela visita sem fundamentos. Ah, mas é claro que não.

Sua mãe tinha que ligar no meio do expediente apenas para ficar repetindo o quanto ele estava errado em não a escutar e o quanto ela era perfeita, com direito a um blá blá blá desnecessário.

Talvez – apenas talvez – aquele fosse o motivo para ter explodido de vez, saindo sem dar explicações a ninguém, dirigindo furiosamente para casa e agora fazendo com que Nora observasse assustada da porta do quarto o quanto ele não se sentia totalmente satisfeito com apenas alguns móveis revirados.

Quando aquela caixa entrou em seu campo de visão tudo que ele conseguia pensar era em qual seria a maneira mais rápida de queimar tudo aquilo.

E quando as chamas começaram a consumir tudo aquilo no quintal, Jaebeom chorou.

Aquilo era demais até mesmo para alguém racional como ele. Amar por tanto tempo e perceber que no fim das contas só ele amava de fato.

Agora sua frustração só podia ser liberada com lágrimas.

Quando a caixa virou cinzas, Jaebeom ainda se encontrava do lado de fora da casa. Agora o céu estava escuro e ali estava frio, mas ele não se importou com nenhum dos dois fatos.

Os miados desesperados de Nora chegaram a seus ouvidos alguns minutos mais tarde, parecendo finalmente o despertar do transe em que estava preso desde o fim da tarde de sábado.

Entrou dentro de casa rapidamente e a primeira coisa que notou foi seus pés ficando molhados, Nora amedrontada dentro do cesto de roupa suja no quarto e um dos canos na parede exposto, jorrando água.

Ele nem ao menos lembrava de ter acertado algo naquele lugar para que aquilo acontecesse, mas não demorou muito pensando naquilo.

— Três dias? Mas eu preciso de alguém antes disso! – disse para o encanador do outro lado da linha pouco depois de fechar o registro.

— É o único horário que vai dar pra ir aí. – o homem explicou do outro lado. — Posso confirmar?

— Pode. – bufou vencido, desligando o telefone após um "Ok, boa noite" vindo do outro lado da linha.

Acariciou Nora que agora estava aninhada em seu colo.

Como diabos ele iria tomar banho?

Ele pensava em como sair daquela situação quando o celular começou a berrar o toque personalizado que Bambam havia colocado para si mesmo – Work da Rihanna.

— Im Jaebeom, eu vou acabar te matando. – reclamou. — Por que você estava ignorando minhas ligações?

— Não estava com um bom humor. – murmurou contrariado. Bambam provavelmente ia falar sobre ela. Sua curiosidade era previsível, então Jaebeom não demorou para emendar. — Um dos canos daqui quebrou e eu tô ilhado no meu sofá junto com a Nora. Você pode me dar um abrigo?

— Eu até queria, mas Jackson meio que fica mais tempo aqui do que no apartamento dele. – explicou. – Tentou falar com o Mark?

— Ele me mandou uma mensagem agora a pouco dizendo que o quarto de hóspedes é mais um quartinho da bagunça e nem ele tem coragem de entrar lá. – bufou e Bambam pensou por um segundo.

— Por que você não fica com o Youngjae? – mesmo que Im não pudesse ver, ele tinha certeza de que um sorriso sugestivo estava nos lábios do amigo. — Aposto que ele não se importaria.

— Tira esse sorriso do rosto. – reclamou.

Olhou para o próprio colo e Nora o encarava com seus olhinhos brilhantes como se tentasse fazer com que ele aceitasse a proposta.

— Vou tentar. – disse e Bambam comemorou do outro lado.

— A primeira porta do corredor é a do meu quarto. – a voz de Jackson se fez presente no fundo. — Não façam nada lá por favor.

— Não sujem o quarto do meu namorado. – Bambam completou.

— Vocês realmente se merecem. – disse descrente. — Tchau vocês dois. – desligou acariciando Nora. — O que eu não faço por você? – resmungou com um sorrisinho, não demorando muito em ligar para Youngjae.

 

[...]

 

— Por que não, Gyeom? – Youngjae perguntou manhoso no telefone do apartamento. — Eu assisti aquele filme com você!

— Eu vou... encontrar alguém hoje. – pigarreou e antes que Youngjae pudesse perguntar quem era, continuou: — Eu já tô atrasado inclusive. Tchau, Jae. – se despediu desligando antes que o mais velho pudesse questionar algo.

Aquilo era tão injusto, ele não podia nem ao menos saber quem era a pessoa misteriosa.

Bufou colocando o telefone no gancho, lembrando do celular descarregado dentro da bolsa. Calçou as pantufas indo até o quarto para plugar o bendito na tomada quando ouviu alguém dar batidas na porta.

Choi esperou a pessoa bater de novo, ele já havia deitado esperando o celular ligar para checar as notificações e a preguiça sempre falava mais alto nesses momentos. Uma visita naquele horário não podia ser, então ele deduziu ser Jackson, já que o loiro tinha o péssimo hábito de esquecer as chaves.

— Quantas vezes eu já disse pra você... – se calou ao levantar o olhar e se deparar com as figuras em sua frente.

Jaebeom sorria tímido, estava com uma mochila nas costas e Nora remexendo-se numa daquelas caixas de transporte para gatos.

— Oi, Youngjae, nós podemos dormir aqui por uns dias?


Notas Finais


OLHA QUEM CHEGOU RAPIDO DE NOVO

para quem achou que inhyung ia chegar pra ser mais uma que faz parte do passado e volta pra atormentar e ser chata pra caralho vcs estavam
MUITO ERRADAS??!!!!?///?!

ok amigas, alguns avisos importantes

eu e a @lailights entraremos na famosa semana de provas então a proxima att pode demorar um pouco


a laila postou algumas fanfics novas e mesmo que a att delas demore um pouquinho tbm leiam pois estao maravilhosas!!!!

eu postei as duas fanfics para a @marmy (obrigada por betar as fanfics smp babe <3) deem uma olhada
1 - https://spiritfanfics.com/historia/shy-shy-shy-6598702
2 - https://spiritfanfics.com/historia/strong-6598695


e tbm uma myungjin para a @beaflowers que me pediu c muito amor: https://spiritfanfics.com/historia/obliviate-6587039

e se vcs tiverem algum pedido de rare ship, aqueles que quase nao tem fanfic ou nao tem nenhuma vocês podem sugerir bem aqui pra gente!!!!!

obrigada brothers eh nois


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...