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História I don't fucking care - "E se...A gente ficasse de vez em quando?"


Escrita por: wftmoose

Notas do Autor


OI SEUS LINDOS QUE SDDSS<3
Desculpem pela demora, mas eu realmente estava com alguns probleminhas, como foi descrito num cap que eu postei.

Enfim, vou parar de enrolar vocês, COMECEM A LER BITCHES!

Capítulo 10 - "E se...A gente ficasse de vez em quando?"


Fanfic / Fanfiction I don't fucking care - "E se...A gente ficasse de vez em quando?"

 POV Autora

Após todos os acontecimentos daquela noite, as coisas começaram a mudar. A relação de Dean e Castiel passou a ser uma amizade forte, não só pelo tão esperado pedido de desculpas, mas também porque eles eram muito parecidos. Gostavam das mesmas músicas, do mesmo estilo de roupa, tinham o mesmo senso de humor e jeito de ser, o que facilitou ainda mais a convivência de ambos, que de forçada passou a ser essencial.

 Apesar de tudo, Sam e Gabriel continuaram a mesma relação de amizade, assim como Charlie e Ruby. Obviamente, Gabe e Lie se deram bem, afinal realizaram o desejo de ficar com as pessoas de quem gostavam. Porém, a felicidade de ambos se deu pelo sofrimento de Sam e Ruby.

  A relação dos dois, tanto no amor quanto na amizade, foram completamente devastadas por brigas. Ruby se afastou do grupo por vontade própria, pois não conseguia nem olhar para Sam sem lembrar da “famosa cena” que ocorrera na festa. O moreno, por outro lado, não abandonou os amigos, porém isso não o impediu de ficar extremamente triste.

  Infelizmente, o garoto havia mudado muito. Cabulava aulas (sendo que muitas foram evitadas por Gabriel), não estudava com a mesma frequência (o que era muito estranho, se considerada sua paixão pela escola) e já não tinha o mesmo sorriso de antes. Ele estava preocupando a todos.

 Naqueles últimos dias, quem conseguiu tirar algumas coisas da mente de Sam fora Jo, por incrível que pareça. A loira havia se aproximado do garoto quando foi informada da situação pela qual ele passava. Ela era realmente ótima em conselhos, assim como sua mãe, Ellen.

 Assim como nos pensamentos de Dean, a festa realmente fora inesquecível.

***

  Eram por volta das 6 horas da manhã quando o despertador de Castiel tocou. O moreno mal ouvira a maldita música que o objeto emitia e já estava se levantando, não havia dormido nada naquela noite. Levantou relutante e caminhou de um jeito desengonçado até o banheiro. O garoto olhou para o espelho, se assustando com o tamanho de suas olheiras e lavando o rosto rapidamente para checar se sua visão não estava embaçada. Infelizmente, ao olhar novamente para seu reflexo, as olheiras pareciam mais profundas e marcadas.

  Aquilo, segundo Castiel, era culpa de Dean, que o “obrigou” a assistir series até tarde da noite. Obviamente, parte dessa culpa também era sua, afinal ele bem que poderia ter negado os pedidos do amigo, porém não o fez. Ultimamente ele não estava conseguindo negar absolutamente nada ao loiro.

  “Isso não vai ficar assim...”, pensou.

  O moreno pegou uma garrafa vazia e levou até o banheiro, enchendo-a com um pouco de água. Ele caminhou sorrateiramente até onde Dean dormia, observando que o mesmo babava e sorria feito uma criança. O loiro estava tão fofo daquele jeito, que seria maldade acordá-lo. Castiel pensou isso, porém ele já havia feito o que pretendia.

  O garoto jogou o conteúdo da garrafa no rosto de Dean, fazendo com que este acordasse confuso e assustado. Ao ver a face de Castiel, completamente vermelha devido as risadas, e o objeto em suas mãos sua única reação foi gritar com o mesmo.

  - Mas que porra é essa, Cass? – disse fingindo irritação. Ele não conseguia ficar bravo, não com Castiel rindo daquele jeito histérico e hilário.

 - Ai, Dean... – disse em meio as gargalhadas – Se você... – parou para respirar - Pudesse ver a sua cara – e voltou a rir.

  - Eu vou acabar com você, Novak – ameaçou, já rindo com o outro.

  Depois daquilo Dean saiu correndo atrás do menor, que desviava com facilidade – até porque o loiro ainda estava com muito sono para fazer alguma coisa direito. Castiel subiu na cama, passando por trás de Dean e parando em frente a porta do banheiro.

 - Nossa, você é muito lerdo, Winchester – zombou fazendo uma careta engraçada.

    - Agora você vai ver!

  Dean corria atrás dele dando voltas e mais voltas na cama, quando o menor se virou repentinamente, fazendo com que os dois dessem de cara um com o outro. Eles caíram no chão ainda gargalhando.

  Somente quando as risadas cessaram, eles perceberam a posição constrangedora em que se encontravam. Dean estava por cima de Castiel, com um braço apoiado de cada lado do corpo do menor, ambos com os corpos exageradamente colados e os lábios próximos. Os olhos azuis de Castiel apresentavam um brilho que poderia ser comparado às águas do mar, seu rosto estava levemente corado, os cabelos bagunçados e a boca entreaberta. O outro garoto não estava muito diferente.

 Nesse momento, Charlie entrou no quarto vendo a cena.

  - Ai caralho! – gritou, imaginando que eles estavam num momento íntimo – De-desculpa, e-eu não queria... – se atrapalhou nas palavras. Enquanto isso, eles já se levantavam, ambos envergonhados com a situação.

  - Não, Lie – começou Castiel, coçando a nuca – A gente não estava... – se entreolharam.

  - Eu posso explicar! – foi a vez de Dean se pronunciar.

  - N-não, eu não quero saber! Eu só vim avisar que a aula já vai começar e...

  - Puta merda! – os garotos falaram ao mesmo tempo.

 

POV Castiel Novak – à tarde

 

  Todas as aulas da manhã já haviam passado e eu e Charlie estávamos indo em direção ao refeitório. Quando chegamos no local senti alguém me olhando constantemente, logo imaginando quem seria e porque estava me lançando aquele olhar descarado.

  - O que foi, Charlene Bradbury? – disse desanimado, sem tirar os olhos do meu prato, que até o momento estava vazio.

  - Primeiro: é Charlie – corrigiu – e segundo: isso é jeito de tratar sua melhor amiga? – me olhou com um ar de falsa indignação.

   - Fala logo, Charlie! – insisti.

  - O que vocês estavam fazendo hoje de manhã? – lançou um olhar malicioso, pegando um punhado de arroz e colocando em seu prato.

  - Eu já disse que não aconteceu nada! – expliquei fazendo os mesmos movimentos que o da garota.

  - Cara, vocês estavam tão... – tentou explicar fazendo símbolos com as mãos, porém eu não estava entendendo – Tão casalzinho apaixonado, sabe?

 - Ah, pelo amor Deus, foi só uma brincadeira idiota que fez com que a gente caísse, só isso – revirei os olhos.

  - Casais fazem brincadeirinha idiotas.

  - Tá, mas... – suspirei – Vai pegar sua comida, vai – dei de ombros.

 

POV Lúcifer

 

 Eu, Crowley, Charlie e Gabriel estávamos no pátio conversando sobre decepções amorosas, por causa de que Crowley havia contado sua experiência com uma garota, que tinha conhecido naquela semana e já partira seu coração em mil pedaços.

  - Nossa, mas ela te dispensou assim? – encarei-o indignado. Aquela otária havia o mandado embora para ficar com outra pessoa, mesmo sabendo que ele já começava a realmente nutrir sentimentos por ela – Mas que vaca!

  - Você, com esse seu coraçãozinho de pedra, pra se apaixonar por alguém é raridade, não? – zombou Gabe – Ela que perdeu a chance de namorar com o garanhão aqui – falou alto apontando para o moreno, que agora ria.

  - Ela não servia pra você, Crow – consolou Charlie com a mão em seu ombro, o puxando para um abraço lateral.

  - Obrigado – deu um sorriso leve – E vocês? Têm alguma decepção amorosa? – todos olharam para mim, por algum motivo.

 - Eu posso até ser o Rei das Referências, mas eu juro que não faço ideia do que vocês estão pensando – confessei.

  - Todos aqui sabemos dos meus fracassos e os da Charlie – explicou Gabriel, como se fosse algo óbvio e eu revirei os olhos – Como se ninguém soubesse sobre o Gigante e a Ruby.

   - Okay, mas de quem vocês querem saber? Tem a Rachel, o Jesse, o Andrew, o Gordon... – fui falando conforme os nomes apareciam em minha mente.

 - Nós queremos saber do seu relacionamento com o Cass – Crowley revelou.

  - Espera, você já pegou o Gordon? O ex-professor de educação física? – Charlie questionou perplexa.

 - Longa história... – murmurei, lembrando do acontecimento.

  - Tá, chega! – interrompeu Gabe – Você e o Cassie chegaram a namorar, ou algo do tipo?

  - Não. Na verdade, eu nunca fui de namorar, ele também não... – expliquei.

  - Eu ainda estou desconfiada de que vocês falaram aquilo só para nos chocar – Charlie disse rindo. Realmente, ela havia ficado perplexa ao ouvir aquelas palavras reveladoras saindo de minha boca.

  - O pior é que é verdade – ri – Nós éramos muito amigos, ainda somos. Fazia meses que eu e ele estávamos querendo ficar com alguém, daí entramos em um acordo...

 

3 anos antes

 

  Eu estava na casa de Castiel, sentado na cama, fazendo a droga do trabalho de história. Era extremamente chato ter que pesquisar sobre um capítulo inteiro, fazer um resumo e ainda desenhar algo representativo. Obviamente, eu ajudaria com as pesquisas e a escrita, porém o trabalho de desenhar ficaria para Cass. Eu realmente não tinha esse talento.

  Não sei qual foi o momento (e também não quero saber) em que começamos a falar sobre as pessoas com as quais já ficamos. Foram uns 10 minutos de conversa e gargalhada, até percebermos que estávamos na mesma situação.

  Todos os garotos e garotas pareciam ter sido sugados, ou até abduzidos por algum OVNI que passava pela Terra. As festas haviam parado de acontecer, todos estavam começando a namorar e absolutamente ninguém gostaria de beijar só por beijar, todos queriam algum tipo de relacionamento mais sério. Nós dois tínhamos medo disso, daquela melação toda.

  Eu simplesmente não podia negar que sentia algo diferente por ele, não só amizade. Eu queria experimentar como era o gosto de seus lábios em contato com os meus. Pensei nisso por várias e várias vezes, negando para mim mesmo que sentia algum tipo de atração física pelo meu melhor amigo. Não por ser um menino, mas por ser alguém tão próximo de mim e que, por muitas vezes, cheguei a considerar quase como um irmão.

  Alguns minutos de absoluto silêncio se passaram, e eu não aguentava mais ficar com a boca fechada. Aquele seria o momento. Respirei fundo e tentei pensar em alguma forma de não parecer um garoto desesperado por beijar.

  - Cass – o chamei e ele olhou para mim com aqueles olhos azuis tão penetrantes – Eu estava pensando e...Sabe, faz tempo que nós dois não ficamos com ninguém, então eu achei que... – interrompi a mim mesmo, fazendo gestos com as mãos, para que ele entendesse a mensagem que eu gostaria de transmitir, mesmo não falando diretamente.

  - Então achou, o que? – perguntou tombando a cabeça levemente para o lado.

  - E se...A gente ficasse de vez em quando? – torci os lábios, esperando por uma resposta positiva.

  - Como uma amizade colorida? – perguntou confuso.

 - Exatamente – respondi imediatamente. É, meus planos de não parecer um desesperado foram por água a baixo.

   - Ah, Luci, eu não sei... – suspirou e eu já imaginei a pior resposta possível – E-eu acho você b-bonito e tudo mais, mas e...E a nossa amizade? – perguntou, se atropelando em meio às palavras que eram pronunciadas.

  - Vai continuar a mesma – falei como se fosse a coisa mais óbvia desse mundo – A única coisa que vai mudar é que... – fui me ajeitando para mais perto dele com a estratégia de provoca-lo – Nós vamos dar uns beijos, só isso – aproximei meu rosto bem próximo ao seu e ele, por sua vez, não recuou – Topa? – perguntei mordendo os lábios. Ficamos nos encarando por alguns segundos, enquanto ele alternava o olhar entre meus olhos e minha boca.

  - Topo – respondeu abrindo um sorrisinho.

   - Ótimo – sussurrei e juntei nossos lábios.

  Passamos alguns segundos com os lábios colados, sem movimentação nenhuma, antes de iniciarmos o beijo. Sua boca, macia e quente, se movimentava juntamente com a minha em uma sincronia perfeita. Nossos lábios se separam e os olhos se abriram.

  O rosto do moreno estava levemente corado e seus lábios, bem rosados naquele momento, estavam entreabertos. Num movimento rápido, o garoto deixou os livros de lado e atacou meus lábios com ferocidade, pedindo passagem com a sua língua, como se necessitasse daquilo para sobreviver. Ele subiu em cima de mim, que já estava deitado na pequena cama de solteiro, deixando uma perna de cada lado do meu corpo.

  Se alguém nos encontrasse naquele estado, com certeza imaginaria outras coisas.

 

Naquele momento

 

  - Lúcifer... – Charlie me chamou. Eu olhava para cima, tentando me lembrar com mais nitidez daquele dia – Menos detalhes, por favor.

  - Ah, desculpe – sorri envergonhado, sentindo minhas bochechas queimarem um pouco – Bom, foi basicamente isso que aconteceu. A partir daquele dia nós ficamos mais milhares de vezes, até eu ter que mudar de cidade.

  - Você ainda sente alguma coisa por ele? – questionou Gabriel com uma sobrancelha arqueada.

  - No sentido que estamos falando, não. Só como amigo – disse tentando ser o mais convincente possível, recebendo olhares de desconfiança – Mas eu não vou negar que ele tem uma bundinha muito sexy – sorri sacana.

  - Quem é que tem “uma bundinha muito sexy”? – perguntou Castiel, se juntando a nós.

  - É o... – ia arrumar qualquer desculpa, mas Charlie me interrompeu.

  - Nós estávamos falando de decepção amorosa, daí o Lúcifer estava contando sobre o suposto relacionamento de vocês – lancei um olhar mortal para a ruiva, que apenas deu de ombros.

  - Ah, mas o que isso tem a ver com bundas? – voltou a questionar – Espera...Eu sou uma decepção amorosa para você? – voltou seu olhar para mim, um tanto quanto aborrecido.

  - Não! – quase que gritei, antes que ele pensasse alguma coisa – Esses enxeridos que perguntaram sobre nós do nada.

  - Isso – falaram Gabriel e Charlie ao mesmo tempo.

  - E, respondendo a sua pergunta, você  é quem tem uma bundinha muito sexy – revelou Crowley, recebendo um olhar assustado do moreno – Segundo Lúcifer, é claro.

  - E isso não é mentira – confirmei o que Crow havia dito.

  - Tá, eu vou pro meu quarto chorar em posição fetal, se vocês me dão licença – disse Cass se levantando. Eu aproveitei um momento e dei um leve tapa em suas nádegas. Ele me olhou mortalmente e mostrou o dedo do meio, arrancando risadas de todos.

 

POV Dean Winchester

 

  O som da música era alto e eu batia os pés no chão conforme a batida. “Back in Black” era um dos meus sons favoritos, o qual ouvia quase todos os dias enquanto realizava alguma atividade que não exigia lá muita concentração.

  Ouvi o ranger da porta, já sabendo quem era antes mesmo de conferir com os meus próprios olhos. Abaixei o volume, ouvindo garoto bufar alto e se jogar na cama com a cara emburrada.

  - Não aceitaram? – perguntei.

  - Aceitaram o que, princesa? – questionou com a voz desanimada e abafada por conta do travesseiro.

  - O seu pedido de emprego como gogoboy – zombei com um sorriso sacana.

  - Ah, cala a boca – suspirou, virando o rosto para a parede.

  Estranhei o fato de ele não ter retrucado com alguma piada idiota, cogitando a possibilidade de que ele estava aborrecido.

  - O que aconteceu? – perguntei, me levantando e sentando na beirada de sua cama.

  - Nada – suspirou e se levantou, se sentando ao meu lado – É só que...O Lúcifer exagera às vezes, sabe?

  - Como assim?

  - Nós já tivemos um “relacionamento”, como vocês já sabem – disse fazendo aspas com os dedos -, mas eu não acho que seja uma desculpa para ele ficar fazendo algumas coisas – explicou

  - Que tipo de coisas? – me interessei pelo assunto.

  - Sei lá, ele vive me dando tapa na bunda, como se eu fosse o namorado dele e fica dizendo pra Deus e o mundo sobre quando a gente “ficava” – desabafou.

  - Fala pra ele parar com isso, então – dei de ombros – E se ele insistir, soca ele – ele riu de leve.

  - Sobre socar pessoas, eu te devo desculpas – disse o moreno.

  - Castiel Novak me pedindo desculpas...

  - Não, é sério. Me desculpa por ter te espancado naquele dia – falou olhando nos meus olhos.

  - Não, relaxa. Até porque eu mereci ser espancado - dei uma risada de leve, fazendo com que Castiel sorrisse - Ah, e você bate muito fraco.

  - O sangue que estava na sua cara me disse o contrário - zombou, empurrando meu ombro e indo em direção do banheiro.

  - Vadia

  - Idiota - riu e fechou a porta.

  


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
LEITORES FANTASMAS APAREÇAM E COMENTEM PFVOR
Desculpem pela demora, novamente </3


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