- Oi princesa da vovó! – disse assim que iniciamos uma chamada de vídeo.
- Oi vó! Como a senhora está?
- Que cara é essa Emmanuelle? – É, Emily é esperta.
- Só tô com saudades. – Sorri para ela.
- Eu também tô meu amor.
- E o vovô?
- Cheio de trabalho. – revirou os olhos – as vezes ele me lembra seu pai. Antes de me acharem, seu avô agia igual com Adrien.
- A diferença é que você não estava morta. E eles sabiam disso. – Abaixei a cabeça.
- Você sente muita falta de sua mãe né? – Deu um sorriso triste para mim.
- Sim. Me conta mais sobre ela vovó? – fiz meus olhinhos de cachorrinho.
- Emma você sabe que seu pai não gosta. – olhei brava para a mesma. Dês de quando ela segue as regras do meu pai?
- Até parece que você liga.
- Não ligo mesmo. – Sorriu – Me lembro do dia que você nasceu. Era tão pequena. Sua mãe cantava uma música pra você dormir.
- Vovó... Canta pra sua neta preferida? – juntei as mãos.
- Você é minha única neta.
- Por isso mesmo. – ela revirou os olhos.
- Ok...
- Se estiver pensando em cantar "lavanda azul" para minha filha, pode encerrar a chamada agora. – Meu pai entrou com aquela cara fria.
- Adrien, deixa de ser careta, ela só quer saber um pouco sobre a mãe. QUAL É O PROBLEMA?
- Eu tenho que conversar com a Emmanuelle... – Não, ele nunca me chamava de "Emma". – Boa noite Emily.
- ADRIEN AGRE... – ele desligou a chamada.
- Emma, eu... – pera ele me chamou de Emma? – você quer ir para a escola certo?
- Adrien você está bem? – Não, meu pai não me deixava chama-lo de "pai".
- Kagami disse que seria bom. E Nathalie não pode te dar aulas pelo resto da vida certo? Você já tem quatorze anos, já está grandinha.
- Obrigada pai. – o abracei com lágrimas nos olhos.
Eu amava Kagami. Ela sempre fazia com que meu pai deixasse eu fazer o que quisesse. Meu pai e ela são melhores amigos a muitos anos. Ela conhecia minha mãe também, mas não gostava de falar muito dela.
- Você começa amanhã Emmanuelle. – se afastou do meu aperto e pela primeira vez em muito tempo eu vi ele sorrir. – Eu vou te buscar todos os dias e Gorila vai te levar. – anui com a cabeça. – E eu não quero que fale de quem você é filha, sabe que eu gosto de discrição.
- Eu sei papai. Obrigada eu te amo.
- Boa noite. – saiu do meu quarto.
Claro que eu fiquei por uma hora agradecendo a Kagami pelo celular. Ela ria com meu entusiasmo, já que ela odiava a escola. Eu mal via a hora de fazer amigos, estudar. Fui dormir com esse pensamento.
Assim que acordei, fiz minhas higiêne diária, deixei meus cabelos soltos pois eram curtos, tomei banho, coloquei uma saia xadrez clara de cintura alta e uma blusa colada preta de manga comprida, meia calça e um tênis da "Vans". Peguei minha mochila preta, cadernos, estojo, meu celular e fones.
Gorila e Nathalie estavam me esperando na porta quando eu desci. Meu pai provavelmente já tinha ido embora trabalhar. Sentei na mesa do café, mas não consegui comer, deve ser ansiedade.
- Nath?
- Sim Emma...
- Eu não tô com fome.
- Emma você tem que comer, sabe disso.
- Tá bom. – comi, mesmo não querendo.
Primeiro dia de escola... lá vamos nós.
Continua...
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