História I Don't Need Love (Em Correção) - Three

Eu só queria sumir, havia adormecido assim que caí na cama, mas me levantei ao ouvir insistentes batidas na porta do quarto. Era Taehyung, que agora gritava, ameaçando quebrar a porta.

-O que quer? – perguntei ao abrir a porta e ver o garoto bufando do outro lado.

-O que eu quero? – bufou mais forte. –Eu te deixo na porta de um cara que a gente nem conhece, em pleno cio, some por quase três dias e pergunta o que eu quero? Park Jimin, sente sua bunda naquela cama e me conte tudo. – passou por mim me arrastando ate a cama, onde me jogou.

-Como assim? Eu não me lembro de nada... – suspirei e vi que ele ainda me encarava. –Aigoo ...ok..eu não me lembro de muita coisa. Depois que você me deixou la eu apenas entrei, segui o cheiro dele pela casa, eu ja estava fora de mim. Estava a ponto de desabar de tanta dor e incômodo, mas consegui chegar ate o quarto dele, só me lembro de ter caído nos braços dele e ter... – olhei para Tae, que ouvia tudo atentamente.  – Pedido pra ele me ajudar..  – suspirei sentindo meu rosto corar.

-E agora está se escondendo do mundo por sentir vergonha? – assenti, mordendo o lábio inferior. –Entendo, não acredito que seja fácil encarar o garoto após isso. Medo de ele te chamar de oferecido e espalhar pela cidade?

-Isso. -suspirei. -Por isso não vou sair de casa nunca mais. -  sorri mas logo parei ao ver o olhar do meu amigo. –Ok. Pelo menos por esse  fim de semana.

-Quer  que eu durma aqui? Podemos ver  filmes e nos entupir de doces. – Tae pegou minha mão e sorriu, de forma sincera.

-Aceito. – sorri e o abracei. Nos assustamos com a porta se abrindo e rimos ao ver a ômega sorrindo escancaradamente a nossa frente. –O que foi omma?

-Lindos vocês dois...se  você fosse um alfa, seria um ótimo  genro Tae Tae. – ela sorriu nos encarando, deixando Taehyung corado. –Jimin, estão te chamando la na porta.

Eu ia perguntar quem era, mas a ômega já havia saído, olhei pra Taehyung que deu de ombros e me mandou descer. Pensei ser Jin, mas omma teria o mandado entrar, então fui ate a porta meio receoso, e ao abri-la, meu coração quase saiu do meu peito de tão frenético que estava.

-Ju-jungkook... você por aqui ...o que quer? – desviei meu olhar para o chão, sentindo minhas bochechas queimarem.

-O-oi...eu...vim saber como está, já que saiu da minha casa sem avisar, enquanto eu dormia. – ele sorriu tímido, colocando as mãos nos bolsos.

-Estou bem, obrigado. – sorri, mantendo meus olhos no chão.

-Eu..eu te machuquei? – perguntou meio baixo, coçando a nuca.

-N-Não...não. –ri nasalado, completamente nervoso. –Eu estou bem, é sério. Não se preocupe. –dei mais um sorriso, tentando controlar minha respiração.

-Ah, fico aliviado. – disse e sorriu me fazendo olhar pra ele, o que foi uma péssima ideia. –Você, quer... sair comigo hoje?

Meu coração acelerou de tal forma, que parecia que pularia do meu peito a qualquer instante. Afinal, porque eu estava assim perto dele, porque eu ficava desse jeito? Mas que merda, Jimin !O encarei, dando um sorriso falso e pendi a cabeça um pouco para o lado.

-É o que?

-Sair, comigo. – ele repetiu ainda com aquele maldito sorriso no rosto.

-Não, desculpa. – fechei a porta rapidamente, ouvindo ele gritar meu nome do outro lado.  –Desculpa Jungkook.. –me aproximei mais da porta, falando mais alto. –Eu nunca transaria com você, eu estava fora de mim, me desculpa. Não leve as coisas para outro lado. – bati a testa de leve na porta e bufei, subindo as escadas correndo e entrando no quarto.

Taehyung me encarava confuso, esperando que eu dissesse algo, mas não o fiz. Escorreguei pela porta, juntando os joelhos ao meu corpo e fixando meu olhar num ponto fixo – nada – em meu quarto. Meu amigo se sentou ao meu lado, me abraçando pela cintura, de modo fofo.

-Não quer falar? – perguntou e eu continuei em silêncio.

-Ele me chamou pra sair... – disse sussurrado e suspirei ao ver que ele ainda não havia entendido. –Jungkook.

-Você aceitou não é? – se pôs  minha frente. – Jimin ?

-N-Não... – afundei a cabeça entre minhas pernas e recebi um tapa no braço esquerdo. –Aigoo!

-Sua anta! – se levantou e começou a andar de um lado a outro. –Como você é burro! Não acredito que virei amigo de um burro!

-Hey! - o olhei indignado. -Eu disse que nunca transaria com ele, que só fiz porque estava fora de mim. – Taehyung me encarou boquiaberto.

-Você! – apontou pra mim com uma das mãos na cintura. –Vai naquela casa agora, vai pedir desculpas e dizer que estava confuso e não sabia o que dizer...AGORA!

-Não vou, ele deve estar fazendo isso pra eu poder me sentir menos pior. – bufei, me levantando do chão. –Tae, não adianta me olhar assim...aish.

Ele me empurrou ate a porta do quarto, fechando a mesma em seguida. Me forçou a descer as escadas, ameaçando me jogar dela e fomos até a casa vizinha, Tae pisando forte e eu com um enorme bico nos lábios.

-Vai.. vou ficar aqui, atrás da pilastra. – sorriu, já se escondendo, fazendo sinal pra eu tocar a campanhia. Revirei os olhos e o fiz.

A figura agora com os cabelos bagunçados e um pote de sorvete na mão, me encarava emburrado e com um ar de poucos amigos. Sorri tentando ser simpático e vi ele revirar os olhos, enquanto engolia o sorvete fazendo careta. Suspirei e olhei pra Taehyung, que gesticulava com as mãos me mandando prosseguir.

-Desculpa, por agora pouco. Eu fiquei confuso e por isso fiz aquilo. – suspirei e vi que ele me encarava, porntanto prossegui. –Eu aceito sair com você, se ainda quiser, é claro. Desculpa bater a porta na sua cara e ser grosso dizendo aquelas coisas.

-Uh... – ele apenas me olhava de cima e colocou mais uma colher de sorvete na boca, engolindo em seguida. –Tá, te pego as oito. – sorriu e ia fechar a porta, mas a empurrei com a mão, impedindo o ato.

Nos olhamos por alguns segundos e vi ele colocar o pote no que parecia ser uma mesa, que havia ao lado da porta, suspirou e me puxou pela cintura, me beijando carinhosamente. Ouvi uma risadinha de Taehyung, o qual eu havia esquecido da existência por breves segundos, me separei de Jungkook, um pouco desnorteado e sorri, recebendo um selar rápido e vendo a porta se fechar em seguida. Braços finos me rodearam e um sorriso se estampou  minha frente,ri nasalado, afastando meu amigo e o arrastando de volta para casa.

Afinal, eu acho que teria um encontro, ou quase isso...