História I don't want to talk about it - Prólogo

Entrei em meu quarto avistando uma caixinha de veludo preta, com um laço rosa chamativo em cima da cama, suspirei alto e a peguei abrindo-a e vendo o lindo colar de pérolas que estava dentro, acompanhado de um cartão com palavras banais e vazias.

" Para Sakura por nossos dois anos juntos"

Senti uma enorme vontade de chorar, frustrada fui até o espelho com o colar em mãos e coloquei em meu pescoço. As pérolas se destacavam em meu vestido preto longo, eu estava linda. Os fios exóticos roseos estavam presos em um coque, minha maquiagem discreta puxada para um tom natural.

Pena que era tudo mentira, uma farsa, linda por fora, destruída por dentro com o coração partido, mas ninguém via, pois a bonequinha usava máscara no meio daquele mundo, um mundo com pessoas fúteis sem sentimentos, a um tempo eu já não sei o que é a felicidade.

- Senhora Sakura seu marido lhe aguarda lá em baixo- disse Carly a mais nova empregada

Suspirei alto

Em que momento eu me tornei tão infeliz e amargurada? Em que momento eu perdi o amor de meu marido? Em que momento tudo começou a desabar?.

Flash back

A música tocava alta pela boate, o jogo de luzes deixavam o ambiente o ambiente mais sexy. As stripers rebolavam nos pole dance, exibindo seus corpos esculturais

" Essa é uma vida sem volta"

Num ambiente onde o cheiro sexo é constante e a volúpia que mora nos olhos dos homens é perturbadora.
Nós mulheres acabamos por perder nosso valor, e eles não pagavam caro para nos possuir.

"Às vezes não temos escolhas, às vezes as portas se fecham"

- Cinco minutos para você entrar Candy Pink - assenti ajeitei meus longos cabelos roseos.
Faria mais uma apresentação, era a segunda naquela noite. O relógio marcava 11:45 P.M
Eu usava um microshorts preto e um top também preto.

" Nojo, vergonha. O que seus pais pensariam? "

Fui subindo as escadas do palco devagar enquanto Joseph me anunciava

- Sexy, quente, sedutora, dócil como uma leoa, capaz de satisfazer suas fantasias a boate "Kiss" tem prazer de chamar Candy Pink - revirei os olhos isso era ridículo.

Podia escutar os gritos daqueles homens, nojentos, que na maioria das vezes eram casados, que deixavam suas famílias para vir para esse lugar deplorável.

As luzes se acenderam e a música lenta começou eu iniciei meu número de pole dance, como as outras.
Passei os olhos de relance pelo lugar, não havia praticamente ninguém, mas algo me chamou atenção, um belo par de olhos negros intensos que me encaravam no fundo do salão, que pertenciam ao um homem muito atraente, pele alva, cabelos também negros.
Corriam boatos de que John estava devendo muito dinheiro a um mafioso, e que para pagar ele teria que vender algumas de suas meninas, e eu sabia que eu era favorita.

E você deve está se perguntando como ele poderia vender mulheres? A resposta a simples nós também devíamos a ele, por motivos diferentes.
Terminei meu número, e fui para o bar, precisava uma vodka, e assim poderia esperar até que algum cara chegasse em mim

- É essa a puta que lhe falei, não acha que é uma boa mercadoria? Não acha que vale uma boa quantia?- disse John apontando para mim, e me exibindo e apalpando minhas coxas, o moreno me olhou analitico
-Hm.- foi tudo o que disse - É o que veremos - a arrogância era a palpável em suas palavras.
Ele saiu andando em direção aos quartos me deixando, essa era minha deixa, o segui e logo chegamos a um quarto no terceiro andar, considerados um dos melhores naquele muquifo .

-Então...- não sabia o que dizer, eu estava nervosa perto daquele homem- O-o que você vai querer?- Me matei por dentro por ter gaguejado.
Eu não era nenhuma novata, já tinha um ano de casa, que com certeza valiam dez de uma mulher casada, então por que gaguejar?

Mas ele nada disse, se aproximou de mim, me agarrando por trás e distribuindo beijos pela extremidade do meu pescoço, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo.

Simplesmente por seus toques e carícias sabia que ele também era bem experiente, cheio de atitude, e que a noite provavelmente seria boa seria boa.
- Seja você mesma, sem fingimentos, se entregue ao prazer que lhe proporcionarei- sussurou frio em meu ouvido.
Me arrepiei e arfei, mesmo ele sendo frio em suas palavras me senti quente, muito quente.
Logo ele me guiou até a cama e me jogou na mesma,sem delicadeza nenhuma.
O que já se era esperado.

Suas mãos fortes apalpavam meu seios por cima de meu top me causando deliciosas sensações. Enquanto ele mordiscava meu em pescoço.
Ele tirou sua camisa social deixando a mostra seu tórax, que com gosto eu lambi e beijei peguei seu membro pulsante por cima da calça e apertei, com precisão
Ele tirou meu top, abocanhando um de meus seios enquanto massageava o outro, sua língua fazia pequenos circulos na auréola dos mesmos, me contorci segurando os gemidos.
Ele parou o seu serviço e me lançou um olhar penetrante. E eu devolvi.
O moreno tirou meu minúsculo short e distribuiu beijos pela minha virilha. Com o polegar estimulou meu clitóris eu gemi alto. Não podia deixar barato troquei a nossa posição e com toda a minha força sentei em cima dele, que exclamou
- Porra- num tom baixo - gostosa demais.

Me movimentei, devagar nos torturando, aproveitando o momento,
A verdade é que eram pouco os clientes que realmente ofereciam um sexo bom assim.

E sem demora ele inverteu as posições me deixando por baixo me penetrando hora rítmica, hora lenta suaves, me devando a loucura enquanto estimulava meu clitóris com os dedos.

Meu corpo tremia, eu me contorcia um prazer intenso percorria meu corpo. Eram palavras sem nexo algum trocadas, sussurros o suor, a respiração descompasada e foi então que aconteceu

Quando estávamos chegando ao nosso ápice ele se abaixou como se fosse me beijar mas ao invés de fazer isso lambeu meus lábios de maneira devagar, fiquei sem entender.

Dei um leve gritinho, que anunciou um maravilhoso orgasmo, com mais algumas estocadas também chegou ao seu ápice.

Ainda ofegante tentava me recompor minha respiração estava descompassada e meu corpo um pouco suado ainda.
Olhei para o lado o vendo se recompor e já levantando, colocando suas roupas, antes de sair do quarto ele me puxou e me deu um leve selinho

Nunca gostei que os clientes me beijassem, Beijo era algo mais pessoal, Beijo é especial, mas com ele foi diferente.