• Jungkook •
Assim que passei pela porta do apartamento, me encostei na porta, e me permiti raspar as costas na parede, encontrando o chão
Aquilo era loucura, como ela podia ter esse tipo de coisas? Presas? Olhos de outras cores? Aquilo nem sequer fazia sentido
Mas o que era ainda mais louco, é que vê-la daquele jeito me excitou, sentia meu membro latejar dentro da calça, lembrava dos meus dedos entre seus lábios e língua, era loucura
Isso tudo era loucura, passei uns dias afastado dela, já que ainda não tinha superado completamente aquele episódio perturbador, a via nos corredores e seus olhos transmitiam uma frieza inexplicável
Queria negar, mas a garota estava mexendo mais comigo do que eu gostaria, a desejava, e começava a enlouquecer sempre que pensava em como ela chupou bem meus dedos
Estava saindo da sala de dança, com meu amigo que estava me ajudando com alguns passos, e vi a garota ao longe, algumas meninas estavam mexendo com ela de novo, já tinha percebido suas veias evidentes, e sabia que ela surtaria com todos alí, me aproximei, e quando ela sorriu mostrando suas presas, a coloquei no meu ombro, a tirando dalí, só parei quando estávamos longe o suficiente delas, a coloquei no chão e ela me olhou, já mais calma
- vai deixar que todos descubram? – a questionei, e ela se manteve calada – precisa se controlar So yeon... – me encostei na parede, e ela sorriu –
- já pode parar Jeon... – arqueei a sombrancelha confuso – não é como se você se importasse se eles descobrirem ou não... – suspirei, e arrumei a postura –
- por que é assim? – ela me olhou confusa – é tão ruim assim me ter por perto? – a mágoa era evidente em minha voz – eu só quero que fique bem... Se é tão difícil aceitar que alguém se preocupe com você... Eu paro... Quer saber... Esquece... – caminhei até a porta, logo saindo da sala onde estávamos –
Caminhei pelo corredor, pensando nisso tudo, eu não deveria estar me importando tanto com ela, ela é só uma novata doente, uma doença que ela nunca vai me falar, devia apenas deixa-la se ferrar, e ter todos a atacando, como se já não estivessem fazendo isso
[…]
Tinha parado na saída pra falar com Siwon, quando cheguei no hotel, e sai do elevador, vi So yeon caída encostada em sua porta, seu olhar estava no chão, e ela estava mais pálida que antes
Me aproximei rapidamente, tocando seu rosto imprudentemente, e ela me olhou
- Jungkook... – sua voz saiu baixa e fraca, peguei seu quarto, e abri a porta de seu apartamento, a pegando no colo, e a levando pra ele, fui até seu quarto, e a coloquei na cama –
Quando olhei em volta vi marcas de guarras, e sangue nas paredes, assim como o sangue no chão, e o que vinha do banheiro, parecia fresco ainda
- não vai lá... – ouvi sua voz quando encarei a porta do banheiro entreaberta –
- o que está acontecendo com você? – me aproximei, me sentando ao seu lado na cama – a única coisa que sei é sobre seus surtos... Eu quero ajuda-la... Mas se não me falar não poderei fazer nada... – ela me olhava quieta, dua respiração estava calma, e sua pele já não estava tão pálida quanto antes –
- eu não quero que tenha medo de mim... – vi seus olhos brilharem, não um brilho bonito, estavam marejados –
- eu não vou... Também não vou julga-la... Eu só quero que fique bem – segurei sua mão, fazendo um carinho leve nela –
Ela suspirou, e se sentou na cama, gemendo de dor, logo vi a mancha de sangue no lençol, suas costas sangravam de novo
- meu nome verdadeiro é Oh So yeon... – a olhei – quando eu tinha 6 anos, um amigo de meu pai me levou pra dar uma volta, e depois pra uma casa na floresta, em Busan... – a olhava cuidadosamente, sua expressão transmitia uma tensão e ansiedade – seus amigos cientistas queriam testar um novo antídoto, que poderia curar a doença que tinha afetado boa parte da cidade na época, eles aplicaram o vírus em mim... Ele curou a doença... Mas me transformou em um monstro... – parei pra raciocinar, doença, vírus, Oh So yeon, Busan, monstro – eu sou a aberração que dizimou Busan em poucos dias... – ela fechou seus olhos com força – eu matei todas aquelas pessoas... – acariciei sua mão –
- está tudo bem... Não é como se você podesse controlar isso... – falei baixo, se demonstrasse qualquer reação negativa, ela surtaria, e eu não queria aquilo –
- eu tenho 106 anos.... – disse e abriu os olhos – vivo como uma aberração a um século... – desviou o olhar, e me arrumei ao seu lado, trazendo seu corpo pra perto do meu, a encostando no meu peito, e a abraçando –
- você não é uma aberração... É uma vítima deles... Uma vítima desse vírus... – sussurrei, e acariciei seu braço, ainda abraçado a ela –
- você não está com medo de mim? – de afastou um pouco me olhando, e eu neguei, sorrindo –
- como vou ter medo de uma garota tão pequena e delicada? – ela continuou me olhando – eu não vejo você como algo perigoso... Pra mim, você é só uma garota especial.... Com situações específicas... – arrumei seu cabelo, e vi um sorrisinho em seus lábios – além do mais... Se você teve se controlado pra não me atacar... E teve coragem de falar isso pra um desconhecido... Acho que não deveria me preocupar com isso – sorri, e ela revirou os olhos –
- não fale a ninguém... – disse, e a puxei de volta pros meus braços –
- com uma condição.... – sorri e ela voltou a me olhar –
Sorri, e arrumei seu cabelo novamente
- se apoie em mim... Se apoie no desconhecido que sou eu... E eu prometo não te deixar sozinha... – falei e olhei no fundo de seus olhinhos escuros –
Ela continuou ne olhando, como se raciocinasse o que tinha dito
- apoie-se no desconhecido....
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.