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História I Feel You - Seumun Set


Escrita por: Lovren

Notas do Autor


Leiam a nota final por favor.

Capítulo 24 - Seumun Set


Fanfic / Fanfiction I Feel You - Seumun Set

Namjoon estava dormindo quando acordou agoniado, fitou o corpo de seu amado ao seu lado e passou a observar as paredes do seu quarto: escuras pela falta de luz e por conta da cortina fechada. Virou-se para o lado esquerdo, pegando seu celular sobre o criado-mudo; duas horas e quarenta minutos. Ouviu os gemidos e algumas vezes gritos de seu filho vindos de seu quarto e se levantou rapidamente, caminhando apressadamente até está dentro do cômodo.

Jungkook se contorcia sobre a cama, por entres os lençóis, com a cabeça enterradas em um travesseiro tentando amenizar os gritos e gemidos sôfregos. As dedos cravados nos lençóis grossos, como se assim pudesse aliviar ao menos um pouco a dor que estava sentindo, mas de nada estava adiantando. A ardência em seu corpo persistia, as dores só aumentavam e nada disso estava resolvendo.

O alfa estava perplexo com o estado do filho, não só pelos gritos e rosnados que saiam de sua boca e sim pelos olhos estarem em um vermelho sangue tão marcante, demonstrando que ali estava o lobo de seu filho.

Tratou de manter a calma quando viu Seokjin adentrar ao quarto desesperado e segundos depois está chorando descontrolado.

— P-Pai... — engoliu a seco, após mais um grunhido de dor lhe escapar. — D-Dói... Tanto.

O ômega correu até seu filhote, o envolvendo em seus braços, apertando-o da maneira mais protetora possível, enquanto o alfa esmagava sua camisa por entre os dedos esbranquiçados devido ao aperto.

Namjoon caminhou apressadamente de volta para o quarto, jogando a caixa de remédios sobre a cama e de maneira rápida pegou o primeiro tranquilizante que encontrou ali, encheu um copo com a jarra de água em cima do criado e seguiu novamente para o quarto onde o lúpus continuava a urrar de dor, chorando copiosamente aos braços de seu pai.

Repousou o copo sobre a madeira do criado, apenas para retirar quatro cápsulas do comprimido e voltou para perto do corpo do seu filhote.

— Jeon, toma. — sentou-se ao lado do garoto, estendendo-lhe as cápsulas ao que o mais novo se virou para si e logo após este colocá-los a boca, lhe fez bebê um pouco de água, ajudando-o já que suas mãos estavam trêmulas. 

O alfa, após deixar o copo sobre o criado-mudo, trouxe Jungkook para próximo de si, levando-o para cima onde ele pudesse se deitar e ali ficou abraçado ao seu filho, assim como Jin que deitou-se ao outro lado. Vendo minutos depois o choro e os gemidos sôfregos se aquietarem.

— Precisamos parar isso, Nam. — suspirou o ômega, agora mais calmo. — Eu não vou aguentar ver meu filho sofrer desse jeito!

— Eu sei, anjo. — acariciou a mão de seu esposo, que estava sobre o menino dormindo entre eles. — Amanhã irei conversar com ele.


I Feel You


Yoongi decidiu faltar às aulas apenas para passar o dia ao lado do lúpus, cuidando do irmão.

Quando o ômega mais velho lhe contou — chorando — sobre a noite passada, imaginou que fosse como das outras vezes, porém sentiu seu corpo fraquejar quando adentrou ao quarto do mais novo e suspendeu os lençóis, vendo — pela pele exposta — a quantidade de marcas; hematomas e até mesmo alguns filetes de sangue sobre o corpo.

Seu coração apertou-se e deixou que algumas lágrimas lhe escapassem, em um choro baixinho, quando envolveu o corpo do garoto em seus braços e deixou algumas carícias em seus fios.

— H-Hyung? — chamou num murmúrio, assim que conseguiu abrir levemente seus olhos, após piscar até se acostumar com a claridade da tarde. — O J-Jimin... Ele p-precisa... Ele... — fez uma pausa para poder respirar um pouco, tentando se manter acordado já que os tranquilizantes ainda faziam efeito. — Ele está m-machucado, hyung.

— Outra hora, Kook. — fungou, limpando algumas lágrimas que ainda lhe escapavam. — Quando você melhorar, eu prometo que te levo até ele, mas agora só descansa.

— Hyung, ele... — tentou se mexer para fitar o mais velho, porém apenas sentiu dor nas costas e se manteve quieto. — O meu b-bolinho, hyung. Eu p-preciso vê-lo.

— Jungkook! — inspirou, tentando manter a calma. — Volte a dormir, hm? Eu vou te levar até ele, mas não agora.

Jeon resmungou, resmungou o tanto que pode até o sono lhe atingir novamente, sussurrando vez ou outra o nome do ômega, este que não estava nada bem. Se encontrava no mesmo lugar a qual havia sido deixado na noite anterior; no chão de seu quarto e ali ficou. O rosado ao menos havia acordado após todo o acontecimento, eram cinco horas da tarde e ele ainda estava desacordado.

ShyHo havia feito uma pequena mala,  decidido a passar algumas semanas fora, como sempre fazia, nem ao menos ligando se viu ou não o choro do garoto a noite, se ele havia comido, se acordou... Ou qualquer outra coisa do tipo.

Era como se nada tivesse acontecido. Como se no final do corredor não estivesse um corpo atirado ao chão; se seu único filho não estivesse no chão gélido; se sua sala não estivesse praticamente virada de ponta cabeça, pela discussão que houve a noite e apenas saiu de casa, trancando a porta em seguida.

Namjoon arrombou a porta de entrada, não se importando pela destruição da porta alheia, tão pouco com a sala virada e adentrou a casa junto a seu esposo, este que correu até o quarto do mais novo e a cena que viu em seguida fez suas pernas fraquejarem quase o levando-o ao chão, se não fosse pelos braços fortes do Kim lhe sustentando o peso. Agarrou a camisa do marido e chorou, chorou bastante, molhando a mesma.

— Precisamos tirá-lo daqui, Jinnie. — acariciou os fios do seu amado, tentando lhe passar algum conforto e que este melhorasse. — Ele precisa de um médico.

O ômega assentiu e se virou, caminhando rapidamente até a cama e puxou um dos cobertores que estavam sobre a mesma. Namjoon já se encontrava com o corpo do ômega em seus braços e Jin lhe cobriu, envolvendo-o no cobertor.

O mais ômega mais velho precisou banhar o corpo menor quando chegou em sua casa. O alfa havia ligado para o médico da família e estavam aguardando em seu quarto.

Até então Jungkook ainda não havia acordado depois da breve conversa com o Min, que se manteve ao seu lado o tempo todo.

Assim que Jung Kyun adentrou ao quarto junto a uma de suas enfermeiras, o casal saiu do quarto para que o doutor pudesse fazer todos os procedimentos sem interrupções. Seokjin desceu para a cozinha a fim de preparar algo reforçado para os garotos, enquanto Namjoon foi para o quarto do seu filhote.

— Jin, eu fiz uma lista de alguns medicamentos que eles vão precisar. — entregou um pequeno papel ao ômega quando o viu passar pelo corredor. — Eles precisam se alimentar e beber bastante água, principalmente o ômega. Ele está desidratado, não se alimenta corretamente e perdeu bastante sangue. Sugiro que mande-o ao meu consultório quando ele estiver melhor para que eu possa fazer mais alguns exames.

— Irei levá-lo, Kyun. Assim que ele melhorar. — fez uma breve reverência ao homem que retribuiu junto a enfermeira.

O mais velho acompanhou o beta e a ômega até a saída de sua casa e voltou para a cozinha pegando a bandeja já preparada sobre a mesa e subiu ao quarto do seu filhote.

— P-Pai... — suspirou cansado. Seu corpo ainda estava mole por conta dos tranquilizantes, impossibilitando-o de se locomover. — O que... e-está acontecendo? Eu queria... — inspirou profundamente e soltou o ar devagar, a fim de poder falar sem interrupções. — Quero ele aqui pai. Eu sinto... O cheiro dele.

Yoongi havia ido ao quarto em que o ômega se encontrava após o alfa mais velho lhe pedi para ver se o garoto estava bem, enquanto ficou sentado à frente do seu filho. 

Seokjin deixou a bandeja sobre o criado e sentou-se ao lado do seu filhote, lhe afagando os fios acastanhados e contente em saber que agora — pelo menos por um tempo — tudo estaria bem.

— Jeon, ele não está bem. E...

— Eu sinto, pai. Mas, eu preciso dele aqui comigo. — elevou seu olhar suplicante aos do mais velho. — Por favor.

— Nam, trás ele. — pediu ao mais velho, este assentiu em concordância e saiu do cômodo. — Ele está muito machucado, amor. — murmurou, mantendo o afago. — Você vai ter que ser forte, filho. Por você e por ele.

Jungkook assentiu. Desde quando viu as marcas no corpo do menor, sabia que tinha algo acontecendo de errado e com a aproximação dele com seus pais percebeu que ambos sabiam o que era esse "algo errado" na vida do Park. Não iria questionar agora, pois não tinha forças suficiente para tal, mas prometeu a si mesmo — internamente — que assim que estivesse bem procuraria seus pais e os faria lhe contar o que estava havendo. Que segredo era esse.

Namjoon adentrou ao quarto com o corpo pequeno do ômega em seus braços, deitando-o na cama ao lado do lúpus assim que Jin se afastou. Deixou-o ali e chamou pelo mais velho, que mesmo relutante, saiu do quarto.

— Eu preciso ir agora, anjo. — rodeou a cintura do moreno, repousando sua cabeça sobre o ombro do mesmo, suspirando seu cheiro.

— Yoongi pode ir com você. — virou-se para fitar seu marido. — Não quero que vá sozinho hoje.

— Estarei bem, não se preocupe. — selou seus lábios aos do  ômega.  — Cuide dos meninos. Volto logo.

Jin não queria deixar seu marido, estava sentindo-se fraco com toda essa agitação, porém sabia que não podia lhe prender dentro de casa, cedo ou tarde Namjoon teria que resolver aquele assunto; que já haviam adiado por anos. Então após se despedirem seguiu para seu quarto, deitando ao lado do loiro que estava quase dormindo.

Jungkook levou sua desta trêmula ao rosto do menor, deixando ali uma carícia em meio as lágrimas que agora rolavam por seu rosto. Se ele estava destruído, Jimin estava quatro vezes mais. Seu corpo pequeno, agora dormia mais relaxado ao lado do alfa, ao que sentiu sua presença, mas ainda sim, sua respiração; lenta e baixa, chegava a falhar algumas vezes. Seu corpo por vezes se mexia agoniado, mas se aquietou quando seu lobo sentiu o cheiro do lúpus e seus dedos sobre sua pele.

Jeon chorou baixinho, se castigando mentalmente por ter deixado o rosado sair de sua casa. Deveria ter insistido consigo, deveria ter feito ele ficar ao seu lado e não deixá-lo sair de lá por nada nesse mundo, mas não! Agora o garoto estava ali; envolta de seus braços, agarrado de uma maneira que este não se machucasse, mas que de certa forma ficasse seguro, sentisse que ele estava ali e não o deixaria sair de maneira alguma.

E ali o lúpus fez mais uma promessa interna de que não deixaria seu ômega sair de sua casa, de sua presença por nada e que descobriria o que estava havendo, o motivo para aquelas marcas e o principal: quem fazia aquelas marcas no seu menino.

Envolveu o menor ainda mais em seus braços, apoiando seu queixo em sua cabeleira rosada, sentindo seu cheiro adentrar as suas narinas.

— Eu prometo que vou cuida e te proteger, Jimin. — fungou, controlando as poucas lágrimas que ainda rolavam por sua face. — Eu juro pela minha vida!


I Feel You


O alfa tinha passado cerca de três horas dirigindo até o seu destino final, tudo poderia ter sido mais rápido se não houvesse trânsitos e engarrafamentos ao longo da viagem.

Aquele caso já se prolongava a anos, sempre tentava ajudar o amigo, tentar amenizar sua dor; sua perca, mas nada adiantava e com o passar dos anos o alfa percebeu que o outro já não se importava tanto com as coisas. Estava piorando de uma maneira deplorável e agora insuportável para si e qualquer outro.

Era duro ver seu amigo de longa data naquele estado, mas agora havia se tornado uma doença... Um vício miserável que não só destruía sua vida, mas a de muitos. E a principal: a vida de seu próprio filho.

— Nam. — sorriu o homem, indo de encontro ao mais novo.

— Precisamos conversar, ShyHo.


Notas Finais


Antes de qualquer coisa, queria dizer que não estou dando desculpas nem querendo ser grossa com vocês.

Seu sei que vocês estão empenhados para ler, assim como vocês, eu também sou leitora. Sei que é horrível ter que esperar cada capítulo ansiosamente, quão agoniante é "correr" para ver uma notificação de uma determinada fanfic e não ser o que você esperava, mas temos que nos colocarmos no lugar dos escritores também! Todos temos vidas fora do Spirit, temos colégio (escola, faculdade), trabalho, às vezes a mente parece travar e o bloqueio vem, também tem dia que você não quer escrever nada; apenas ler alguma coisa ou não fazer nada e falta de internet também é prejudicial para que possamos publicar. Inclusive, estou sem a mesma, tenho que ir na casa da minha tia para pode usar internet.

Eu acredito que você tem que fazer o que gosta, pois as coisas não ficaram monótonas, cansativa, enjoativo... Quando você começa a fazer algo apenas para agradar alguém passa a não dar certo, tudo parece errado e você desiste! Eu digo por mesma, porque já desistir de fanfics por parar de ter... Como posso dizer?! Tesão, por escrever. Também já vi muitos escritores para em de escrever por causa disso e vocês sabem disso.

É saudável comentar, perguntar querendo saber porque a demora, indagar se está conhecendo algo com o(a) escritor(a) com ela(ele), mas não pressionando, pessoal, porque isso aqui não é um trabalho. É algo para que possamos "sair do mundo real", nos distrairmos da vida, se vira uma obrigação fica chato. Sabe a escola? Tem gente que detesta ir (eu sou uma delas, rsrs), eu gosto de estudar, mas vamos ser sinceras que ninguém gosta de tudo que à lá; seja algum professor, a pressão por entregar, seus pais lhe forçando a ir... Isso tudo te faz não ter vontade, ânimo para ir todos os dias.

Honestamente, eu pensei em não fazer mais nem um especial para IFY, nem nada do tipo, pois realmente fiquei magoada com alguns comentário e não é a primeira vez que isso acontece.

Enfim, perdoe-me pela demora e por esse texto enorme.


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