História I fell in love with my model - Encontro

Hyeji

Olhei no relógio, eram 20:26, eu ainda precisava me arrumar para o encontro que as meninas planejaram, aff! Eu odeio isso, sempre estão tentando me empurrar para cima de macho.

— Terminamos por hoje, estão liberados.

Alguns me olharam confusos, outros se animaram porque chegariam mais cedo em casa, eu já tinha falado com meu pai e ele tinha deixado terminar mais cedo, até me apoiou no encontro, ninguém sabe que o dono do Studio é meu pai, ele quem ajudou desde o início, e seria um "peso" muito grande eu ser a dona e fotógrafa.

— Porque termimos mais cedo hoje?

Dae fala chegando perto de mim enquanto eu guardava os aparelhos que usei para tirar as fotos dele.

— Aquelas crias de cavalo que eu chamo de amigas marcaram um encontro com um cara que eu nem conheço.

Reviro os olhos já me irritando só de lembrar o que elas fizeram.

— Ui, até que fim vai arrumar um namorado, aí você vai deixar esse estresse de lado depois de uma noite bem quente.

Dae fala sorrindo malicioso, dou um tapa não muito forte no seu braço, a peste ainda ri colocando a mão no lugar que eu bati.

— Você só pensa em sexo? Tenho até pena da Sunhye.

Suspiro tentando não me irritar com as brincadeiras dele, ele sempre é brincalhão, uma vez coloquei ele para se vestir de cachorro e ele achou foi bom.

— Ela também gosta, você também vai gostar quando tiver praticando.

Ele fala e entra rápido no banheiro para trocar a roupa, acho que estava se prevenindo para não levar outro tapa, ainda consigo escutar sua risada baixa.

Depois de poucos minutos eu estava entrando no meu apartamento, eram 20:43, tinha só 17 minutos para me arrumar! Corri pro banheiro, tomei um banho um pouco rápido, saí já começando a procurar uma roupa, ou melhor, pensando em uma.

— Vestido ou saia e blusa? Melhor uma calça?

Falo comigo mesma enquanto fazia uma maquiagem, um pouco detalhada, não queria ir tão "desleixada", meu telefone começa a tocar, suspiro um pouco irritada, atendo e deixo no viva voz em cima da cama, eu estava só de lingerie.

— E aí gata? Já está pronta? Vista alguma coisa colada, para realçar essa sua raba. Cuide, ele não gosta de atrasos.

Primeiro uma voz animada, com certeza a Dahye, e falando em realçar corpo só pode ser a Shin-Hye, e por último uma em tom nada preocupado, sem graça assim só a Hana mesmo, elas estavam juntas?

— Onde estão? Por que não vieram me ajudar?! E eu uso qual roupa?

Falo de frente para o espelho colocando os brincos.

— Estamos na casa da Shin-Hye, ela não quis sair de jeito nenhum, então viemos para a casa dela, queremos saber os detalhes depois, ouviu?

Dahye fala, com certeza estava sorrindo por sua amiga ir a um encontro.

— Posso ir com aquela saia soltinha cinza e aquela blusa branca com uns detalhes de renda?

Pergunto já pegando a roupa no guarda roupa.

— Nada disso! Usa aquele vestido vermelho colado e aquele salto alto preto que você comprou pra festa e acabou nem indo!

A Shin-Hye fala quase gritando.

— Eu vou a um restaurante e não a uma balada!

Retruco vestindo a roupa que eu tinha escolhido antes, pego um cinto preto e fino e coloco na cintura, tinha o formato de um lanço.

— Mas ele não gosta de pessoas certinhas demais.

Hana fala fazendo pouco caso, era amigo dela, então talvez ela conhecesse os gostos dele, me olho no espelho, eu não estava tão feia.. Penso ainda olhando meu reflexo, escuto a campainha tocar, já são 21:00?!

— Tenho que ir, ele chegou.

Passo perfume e pego uma bolsa pequena, coloco no ombro e pego o meu celular saindo do quarto.

— Boa sorte! Não esquece de cruzar a perna para deixa a saia mais curta!

Primeiro a Dahye fala alto e depois a Shin-Hye, a Hana ficou calada mesmo.

— Não vou fazer isso Shin-Hye, obrigada Dahye, tchau, até depois.

Falo já no meio da sala, desligo antes que elas falassem mais alguma coisa, guardo o celular na bolsa e respiro fundo abrindo a porta, encontro um homem alto, ele era bonito, tenho que admitir...

— Você é a Hyeji, amiga da Hana?

Ele pergunta, acho que queria confirmar.

— Ah, sim, você deve ser o Yuri, é um prazer te conhe-

Ele me interrompe e logo vai andando para um carro que estava estacionado logo na frente, provavelmente é o dele.

— Sou, vamos logo, eu ainda não jantei, tô com fome.

Fico um pouco sem jeito, fecho a porta e sigo ele, o mesmo passa pela frente do veículo e entra no lugar do motorista, sento no banco do passageiro, coloco o cinto e ele começa a dirigir em direção ao restaurante, agora eu estava com medo de falar...

O caminho todo foi em silêncio, assim que chegamos fomos entrando, deixei ele ir mais na frente, ele escolheu uma mesa qualquer e nos sentamos, pediu primeiro um vinho enquanto olhava o cardápio, prestei atenção no garçom, dessa vez não foi o JongUp... Olhei um pouco para o lado e encontrei ele servindo outra mesa, volto o olhar para o Yuri.

— É... Você trabalha em que?

Pergunto um pouco receosa.

— Sério que de tantos assuntos você vem falar de trabalho?

Ele fala com cara de tédio ainda olhando o cardápio, olho para a mesa novamente sem graça.

— D-Desculpa... É.. Você gosta de jogos?

Tentei perguntar algo que homens gostassem.

— Sim, só alguns, mas a maioria são sem graça.

Ele fez os pedidos e eu tentei puxar assunto, fiquei falando um pouco de cada coisa, animais, esportes, músicas.. Ele só falou que o garçom já estava vindo com os pedidos, fora isso mal me respondia.

— Será que dá pra você calar a boca um pouco? Aff, você é muito tagarela.

Ele revira os olhos e abaixo o olhar para o meu colo, o garçom não diz nada, olho ele um pouco e vejo que era o JongUp, será que ele ouviu?! Abaixei novamente minha cabeça, agora me sentindo mais desconfortável ainda, JongUp agora estava colocando mais vinho nas taças.

— E-Eu só queria p-puxar assunto..

Gaguejo um pouco, já estava começando a me sentir mal, eu era tão chata assim?

— Eu nem queria está aqui, suas amigas quem me obrigaram a vir, e além do mais ainda tenho que escutar você falando um monte de baboseiras? Aí já é demais.

Tá, mesmo que ele seja quase um desconhecido eu tive vontade de chorar, bebo um pouco de água tentando me acalmar, porque tenho que ser tão sentimental? JongUp saiu assim que terminou de nos servir, ele parecia levar seu trabalho bem a sério. Fiquei calada e apenas comi ainda de cabeça baixa, eu não queria mais encarar ele, só queria voltar para a minha casa.

— Então, você tem planos para depois do jantar?

Agora ele quer conversar? Vontade de jogar esse vinho na cara dele.

— Não, apenas dormir.

Falo simples ainda sem olhar para ele.

— E que tal dormir na minha casa hoje?

Seguro o talher com mais força, agora eu estava com raiva, ele acha que eu sou o que? Uma puta que encontra nessas festas?

— Não, obrigada.

Meu tom saiu um pouco mais sério, me ajeito na cadeira, afasto um pouco o prato, até perdi a fome.. Bebo um pouco do vinho e vejo ele pedir a conta e voltar o olhar para mim.

— Vamos lá, você vai gostar, minha casa é grande.

Ele pega na minha mão, logo solta e começa e passar a sua pelo meu braço.

— Já disse que não.

Tiro meu braço de cima da mesa para me livrar do toque dele, JongUp aparece novamente, agora sua bandeja estava vazia.

— Posso recolher?

Ele fala se referindo aos pratos, já que o Yuri pediu a conta.

— Pode. E aí? Vamos?

Yuri fala primeiro pro JongUp e depois comigo, como esse cara é insistente! Eu preferia ele calado.

— Eu não quero, é difícil entender?!

Falo um pouco alto, esse cara é um idiota!

— Aff, você é sem graça, sem contar que sua roupa é bem infantil, você toda é, aposto que assim não vai conseguir ninguém, tô indo embora, não aguento mais ficar aqui com alguém como você.

Ele fala revirando os olhos e se levantando, deixa o dinheiro da conta e sai andando como se eu fosse um nada, sinto meus olhos encherem de lágrimas.

— Calma, não chora, vai borrar sua maquiagem.

Escuto uma voz suave e olho, era o JongUp, ele estava colocando os pratos na bandeja, parecia colocar lentamente para ter mais tempo, ele não me encarava, mas pude ver um sorriso gentil nos seus lábios.

— Desculpa, eu não posso conversar agora, e tem algumas câmeras pelo restaurante, me segue, por favor?

Porque ele estava fazendo isso? Apenas acenti, ele coloca o último prato na bandeja, pega o dinheiro que o Yuri deixou, começa a andar para perto de um balcão, coloca a bandeja no mesmo e entrega o dinheiro para uma das moças que estava ali.

— Mesa 7, volto em menos de 5 minutos.

Ele fala o número da nossa mesa e vai andando para outra porta, eu vou seguindo ele de cabeça baixa, assim que entra eu percebo que era quase um tipo de sala, tinha algumas mochilas nos bancos e algumas sandálias.

— Aqui é a sala dos funcionários, podemos deixar nossas coisas aqui enquanto trabalhamos.

Ele esclarece percebendo que eu não estava conseguindo "descobrir" o que era sala, solto um "Ahh", e desvio o olhar lembrando que ele escutou o que o Yuri falou.

— Você pelo visto estava em um encontro, acompanhada por um cara nada legal, desculpe informar, ele foi embora, você está de carro?

Mesmo estando apenas nós dois ele continuou falando meio que "formal", balanço a cabeça negativamente indicando "não".

— Eu vim no carro dele..

Falo baixo e o olho, me senti constrangida, mesmo que ele não me conhecesse muito bem.

— Olha, eu venho para o trabalho a pé, já são 21:34, é um pouco difícil encontrar táxis por aqui, já que a maioria vêem em seus carros, e não é aconselhável você andar sozinha pelas ruas essa hora.

Faz uma pequena pausa e se senta em uma cadeira ali, tira o sapato social mexendo um pouco o pé, devia está doendo..

— Mas se você esperar meu turno acabar eu posso te acompanhar.

Ele fala colocando o sapato, me olha e sorri de leve.

— Mas minha casa fica na direção contrária a sua casa...

Falo olhando ele andar até uma pequena pia ali e lavar as mãos, agora estava de costas para mim.

— Não tem problema, só me esperar aqui, pode ficar sentada em uma dessas cadeiras, meu turno acaba 22:00, você deve saber, só falta cerca de meia hora.

Assim que ele se vira me olha, talvez esperando a minha resposta.

— Eu agradeço a sua ajuda, obrigada mesmo, eu espero.

Falo sorrindo, ele era gentil, parecia uma pessoa bem meiga.

— Certo, por favor não saia daqui, pode da confusão, eu tenho que ir agora, ainda não terminei o trabalho.

O mesmo começa a andar para a porta.

— Espera!

Falo e vejo ele parar de andar, me olha um pouco confuso e espera eu continuar.

— Deixa eu te ajudar, eu prometo que não vou atrapalhar, só preciso entregar os pedidos, neh?

Sorri e sua expressão muda para uma de surpresa.

— Não, sem chances, você não pode fazer isso, fica aqui que é melhor.

Ele fala um pouco rápido, pareceu nervoso.

— Claro que posso, eu vou, é só uma forma de ajudar.

Fui andando em direção a mesma porta que ele estava indo, antes de chegar a mesma sinto ele segurar meu pulso, não foi um aperto que machucasse, pelo contrário, foi um toque leve.

— O que vão pensar quando verem a fotógrafa do maior Studio da Coréia do Sul servindo mesas? Sem contar que você nem está de uniforme.

Ele estava claramente nervoso, respira fundo tentando se acalmar.

— Eu sei que tem uniformes aqui, o que tem nesses armários?

Pergunto voltando e tentando abrir um dos armários, vejo que são os uniformes masculinos.

— Se aqui tem uniforme masculino, deve ter feminino.

Sorri animada e abro a porta do lado vendo os uniformes femininos dessa vez.

— Pronto, eu vou usar isso e te ajudar.

Ele suspira parecendo não gostar da idéia.

— Já passei 7 minutos aqui, não posso passar mais, entra ali e vista, vou esperar aqui.

Ele aponta para uma porta menor, provavelmente um banheiro, peguei um aproximadamente do meu tamanho, deixo a minha bolsa na cadeira e entro na porta, como suspeitei, era um banheiro, começo a vestir, porque até roupas de garçons tem que serem tão complicadas?

— JongUp...

O chamo abrindo só um pouco da porta, ele levanta a cabeça e me olha como se perguntasse o que era.

— Me ajuda.. Eu não consegui subir o zíper...

Sinto minhas bochechas corarem e saio do banheiro com as mãos segurando a parte da frente, tinha um zíper pequeno nas costas.

— Ah, as meninas costumam se vestir juntas, nós meninos temos que esperar todas saírem primeiro, sorte que quando chego elas já tem se trocado.

Ele solta uma leve risada, mas consigo ver a coloração vermelha nas suas bochechas, ele é fofo, o mesmo se levanta e vem até mim, abaixo a cabeça, agora envergonhada.

— Pronto, agora vamos.

Eu falo animada e vou andando na frente.

— Isso não vai dá nada legal no final...

Ele fala receoso e vai me seguindo.

— Até que fim você voltou JongUp! Sabe que os pedidos não podem atrasar.

Uma moça fala entregando um papel e apontando para duas bandejas.

— Desculpe, pode ir preparando os outros.

Ele fala e volta a atenção para mim, pega a bandeja menor e coloca na minha mão.

— Essa é pra mesa 13, fica ali.

Ele fala e aponta para a mesa.

— Nós costumamos carregar segurando apenas uma mão, mas acho melhor você levar com as duas.

Ele fala enquanto pega a outra e equilibra em apenas uma mão.

— Deve ser moleza, vocês conseguem, então não é difícil.

Falo e sorri colocando em apenas uma mão, a bandeja inclina e vejo uma tigela não muito grande com sorvete começar a deslizar pela mesma, JongUp arregala os olhos e coloca a mão embaixo da minha bandeja deixando ela reta e evitando que a tigela caísse.

— Desculpa..

Falo e seguro com as duas mãos.

— Isso, leva assim, é menos perigoso, se alguma coisa quebrar a culpa vai ser minha, porque eu quem coloquei você aqui.

Ele fala se recuperando do "susto".

— Outra dica, não encare os clientes, alguns não gostam, e também não fale, no máximo um "boa noite".

Acenti e logo vejo ele andar pelas mesas para entregar o pedido, ando um pouco sem jeito, meu salto não ajudava, coloco um pouco do cabelo no meu rosto tentando "esconder" quem eu era.

Assim que deu 22:00 horas começaram a fechar as portas, JongUp chegou perto de mim e pediu para esperar os outros funcionários saírem primeiro, ele começa a levar os pratos para a cozinha, assim que termina a maioria já tinham ido embora, só estava o pessoal da cozinha, fomos de novo para a sala de antes.

— Foi divertido.

Digo sorrindo largo, só tinha nós dois ali, ele fica de costas e começa a mexer em alguma coisa na frente da sua blusa.

— Fala isso porque não esta desde 13:00 em pé andando por aí.

Ele ri baixo e o vejo tirar uma das partes do uniforme na parte de cima, ainda tinha uma blusa branca, ele ia ficar sem blusa? Sinto minhas bochechas corarem um pouco, mas finjo que não estava vendo.

— Você trabalha aqui das 13:00 até 22:00?

Eu realmente tinha ficado surpresa, ele devia está muito cansado.

— Sim, eu que sou responsável pelas contas, então é o jeito.

O vejo tirar a blusa branca social dando a visão de suas costas um pouco suada, afinal, mesmo com ar condicionado o esforço de andar por horas seguidas ainda o fazia suar, desvio o olhar.

— Ah, e-entendo...

Gaguejo um pouco e olho novamente para ele, agora estava vestindo uma blusa normal, ele pega uma bolsa que estava perto da cadeira e se vira me olhando.

— Precisa de ajuda para tirar o zíper?

Agora que eu me toco que ainda estou com o uniforme.

— N-Não, eu c-consigo, espera só um p-pouco!

Falo completamente constrangida por ser pega olhando para ele trocando de roupa.

— Certo, tô esperan-

Ele é interrompido por um homem de terno que aparece na porta, ele parecia algum tipo segurança.

— JongUp, o Senhor Bong quer falar com você.

Vejo o JongUp acenti e engolir em seco, o homem sai na frente.

— Bem, volto já, assim que terminar lá eu venho e te acompanho, certo?

Ele sorri tentando demonstrar que estava tudo bem, mas acho que não era tão verdadeiro assim.

— Certo.

Falei um pouco baixo e vejo ele sair, será que ele vai receber reclamações? Entro no banheiro trocando de roupa rápido, eu precisava ajudar ele!

Continue...