História I Hate Everything About You - Incident

POV. MIKE

Eu fui me aproximando de Pete, que nem sequer esboçou emoção, apenas me disse para ficar longe. Ele pode ate ser mais corajoso em relação a filmes de terror, mas esta na cara que sou maior e mais forte do que ele.

-Escuta aqui seu viadinho de merda eu estou avisando para você parar de se aproximar – ele finalmente demonstra certo desconforto com a situação, olhando rapidamente para os lados, será que ele pretende fugir?

                Eu seguro seus pulsos com força e sua expressão é claramente de raiva e leve confusão, ele começa a se debater e me chuta.

                -ME LARGA SEU DESGRAÇADO! – ele grita enquanto se debate.

                -Só prometa que não irá ser tão filho da puta comigo – ele chuta bem na área onde nenhum homem ou garoto mereceria, uma dor insuportável e lancinante percorre meu corpo fazendo-me solta-lo. Eu grito de dor e logo me encolho, enquanto isso ele se afasta o máximo possível. Merda isso dói pra caralho! Quando finalmente levanto minha cabeça, com meus olhos lacrimejando, posso vê-lo com um sorriso cruel no rosto, cruel e levemente aliviado.

                -Pobre vampiro, acha mesmo que pode me subornar, me convencer a vir à sua casa e ainda por cima tentar abusar de mim ou sei lá o que caralhos você iria fazer?! Ah meu caro amigo, escolheu o gótico errado – ele se vira indo em direção a porta, assim deixando o cômodo comigo se contorcendo de dor ainda no chão.

                Eu não sabia realmente o que iria fazer com ele, apenas sabia que já estava perdendo o controle. Ficar perto de alguém como Pete, ainda mais se existem sentimentos românticos pelo mesmo, é bastante cansativo.

                De certa forma estou aliviado que ele tenha me parado, eu realmente não sei o que seria capaz de fazer com ele, aquele garoto mexe com minha sanidade... isso realmente me lembra o Edward, que apesar de sua paixão por Bella, preferiu ficar longe para não feri-la.

                Mas ate onde eu lembro, a Bella não chutou as bolas do Edward!

                Depois de alguns minutos a dor começa a diminuir, e a única coisa que pude pensar foi em onde Pete deve estar.  Enquanto me levantava cuidadosamente, olhei para a janela, aparentemente esta ocorrendo uma tempestade de neve lá fora.

                Pera, E SE PETE SAIU?! E SE ELE ACABAR MORRENDO?! Enquanto um lado meu começou a entrar em desespero, o outro parecia de certa forma, aliviado. E então começaram as “vozes em minha mente”.

                “A qual é, ele nem se importa com você, ele te odeia! Por ele você poderia morrer que seria menos um estorvo. Além disso, se ele morrer, quem liga? Talvez ele apenas confunda sua cabeça de certa forma, se ele morrer, seus problemas estarão resolvidos! Você pode encontrar outro!”

                Acho que meu “lado ruim” é pior do que pensei...

                Mas meu lado bom indica que, por mais raiva que esteja ainda me importo. Corri as escadas desesperadamente, quase tropeçando, tudo para encontrar a porta aberta.

                Aquele infeliz saiu mesmo!

                Rapidamente agarrei um casaco e sai, ele não deve estar longe. Percebi pegadas na neve e as segui. Logo o encontrei desmaiado na neve, parece que escorregou e bateu a cabeça já que há sangue espalhado ao seu redor. Droga, isso é tudo culpa minha.

                O pego no colo com cuidado, a tempestade parece aumentar a cada minuto. As pegadas lentamente desparecendo na neve, junto de toda paisagem branca e cinza. Aprecei-me, tanto pela tempestade, quanto pelo estado do gótico.

                Depois de uma caminhada com certa dificuldade, finalmente chego à minha casa. Rapidamente fecho a porta atrás de mim e corro com Pete em meus braços para o quarto, deixando-o cuidadosamente em minha cama.

                Ele parece tão lindo, apesar de desmaiado, tão tranquilo...o que estou pensando?! Eu realmente devo ser um idiota. Dou uma examinada em seu corte, aparentemente não foi nada grave, apenas o deixou desacordado, mas tenho certeza que, a julgar por sua temperatura, ele precisa se aquecer. E rápido.

                Corro para meu banheiro para preparar um banho quente. Quando volto ao quarto para pega-lo, percebo que o mesmo esta tremendo. Só ai eu percebo que, se eu quiser coloca-lo naquela banheira, eu terei que despi-lo.

                MERDA!

                Quando, se, ele voltar a consciência, e descobrir que eu fiz isso ele vai ficar tão puto comigo... se bem que, eu salvei a vida dele, ele não tem o porque ficar puto! Talvez ate retribua os meus sentimentos... nah, isso seria difícil. Mas pelo menos eu terei a satisfação de tê-lo salvo.

                Ele não parece ter se preparado adequadamente quando resolveu sair, tão imprudente! Retiro cuidadosamente sua jaqueta abrindo o zíper da mesma, depois desamarro suas botas as tirando, então as meias.

Okay, agora é a parte difícil.

                Começo a retirar sua camisa cuidadosamente, ele se mexe um pouco soltando um baixo gemido. Eu engulo em seco, descendo minhas mãos até sua calça e desafivelando se cinto, depois retirando-a. Por ultimo, começo a abaixar sua boxer.

MERDA²! Eu sinto calor se acumular na região do rosto, devo estar corando furiosamente agora!

                Tento desviar o olhar dele, porque é tão difícil?! Ele tem um belo corpo, tão pálido quanto a neve, tão delicado, eu sinto uma vontade incontrolável de toca-lo! DROGA! Não, eu não farei isso.... Ele estremece novamente, o que me traz de volta a realidade.

O pego da cama, indo em direção ao banheiro, é bem grande, com uma decoração vitoriana para combinar com o quarto, porem é claro, com uma iluminação quente. Um enorme espelho encima da pia de mármore que se localiza na entrada, assim como a banheira fica ao fundo. Também são vistos diversos castiçais, com certeza deve ser fácil criar um clima romântico naquele ambiente.

Coloco-o cuidadosamente dentro da banheira, seus músculos parecem relaxar, e ele parece parar de tremer. É gratificante ter “o salvo”, mesmo que você foi o motivo pelo qual ele tentou fugir.

Novamente volto ao meu quarto, para pegar as coisas que ele ira precisar quando acordar.