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História I Hate Love You reescrita - Trinta e três


Escrita por: Percabeth201

Notas do Autor


Capítulo revisado

Capítulo 34 - Trinta e três


Fanfic / Fanfiction I Hate Love You reescrita - Trinta e três


★☆☆☆☆

Pov's Annabeth 

Acordo com um choro. 
Me levanto correndo e a Emily está chorando. 

_Minha filha - digo me aproximando. 

Ela começa a vomitar sangue. 
Me desespero. 
Depois ela desmaia nos meus braços. 

_Meu amor acorden- sussurro a balançando devagar. 

Infelizmente ela não acordava e eu sentia que a sua respiração estava muito fraca. 

_Meu amor por favor- choro. 

Passo um pano molhado na sua testa. 
A coloco em cima do sofá, e checo o seu pulso e me desespero mais ainda em ver o quanto que ela estava sem vida. 

_E agora- penso apavorada. 

Eu faço de tudo para a acordar, mas é completamente impossível. 

_Vou ligar para o Percy - penso e vou atrás do meu celular. 

Infelizmente eu não o encontro em lugar algum. 

_Oh deuses - resmungo - será que eu perdi o meu telefone? 

O pior é que eu não me lembrava do número de ninguém de cor. 

_E agora - penso mais desesperada - já sei. 

Saio desesperada do quarto - ia até a recepção do hotel para que eles chamassem uma ambulância, ou fizesse algo para me ajudar. 
Mas quando eu estava quase no elevador alguém que eu menos esperava apareceu. 

_Apolo? - digo ainda em choque- o que está fazendo aqui. 
_Annie - ele se assusta quando me vê - precisamos conversar. 
_Agora não é uma boa hora - sussurro. 
_O que aconteceu? - pergunta me encarando. 
_A Emily - sussurro - ela está passando mal e desmaiou. 
_Nossa - ele se assusta - por que não me ligou. 
_Perdi o meu celular - digo - vou até a recepção chamar uma ambulância. 
_Vai ficar com a Emily que eu faço isso - diz e sai correndo pelas escadas. 

Volto para dentro do quarto e a minha filha está do mesmo jeito de antes. 

_O que aconteceu com você minha princesa - digo acariciando o seu delicado rosto. 

Ela estava tão pálida e sem vida, era como se ela já estivesse morta. 

_Sai pensamento negativo - sussurro. 
_Já estão chegando - o Apolo diz me assustando. 
_Obrigada - sussurro. 
_Ontem ela estava tão bem - o Apolo sussurra- será algo que ela comeu na festa. 
_Não sei - digo andando de um lado para o outro - faz um tempo que ela não está nada bem, e eu fiquei só adiando a sua consulta com um pediatra. 
_Não se preocupe - ele sussurra - não foi culpa sua. 
_É claro que foi- digo me enfiando no primeiro vestido que encontro e fazendo uma pequena mala com uma muda de roupa pra Emily. 
_Vai ver que não é nada - diz otimista. 

Encaro a janela e não digo nada. 
A ambulância chegou depois de uns minutos e a colocaram em cima de uma maca. E colocaram uma máscara de oxigênio no seu rosto. 
Como ela não acordava era melhor a levar para o hospital. 

_Não se preocupe - um médico me diz - ela sofreu alguma queda? 
_Não - digo pensando. Estávamos na ambulância e o Apolo foi com a gente. 
_Alergia a alguma coisa - pergunta anotando as minhas respostas. 
_Também não - digo baixo - ela estava bem ontem, e hoje eu acordei com ela chorando, e ela vomitou muito sangue. 
_Sangue? - diz assustado. 
_E desmaiou - termino de dizer. 

Ele concorda e continua ajustando a máscara de oxigênio. 

_Pode me dizer o que aconteceu - o Apolo pergunta - não vamos te julgar. 
_Me julgar? - sussurro. 
_Ela comeu algo que não podia não é? - pergunta me olhando - ou caiu. 
_Não - digo baixo - eu não esconderia uma coisa tão importante. 

Ele me olha como se não acreditasse na minha palavra. 
O ignoro e pego na mão da minha filha e começo a chorar baixo, eu tenho muito medo de que o que ela tenha seja algo grave. 
Eu deveria ter sido uma mãe mais atenciosa e ter levado a minha filha ao medico quando o Percy me falou. 

_Será que o Percy vai embora sem saber que a nossa filha está passando mal - penso em silêncio - isso não pode acontecer. 

A ambulância chega ao hospital e levam a minha filha para dentro de uma sala. 
Choro muito e fico andando de um lado para o outro enquanto o Apolo faz a ficha da Emily. 
Eu era uma idiota, eu tratei tão mal o Apolo e ele ainda estava ao meu lado me ajudando com a nossa filha. 
Eu não posso tirar a Emily assim da sua vida, seria completamente injusto, pois foi ele que me estendeu a mão quando eu mais precisei, foi ele que foi o pai da minha filha, foi ele que aceitou ser pai de uma criança que não era dele. 
Eu serei muito ingrata se eu fizer isso. 
Mas o que eu posso fazer se eu não quero mais ficar com ele? 
Eu sou grata por tudo que o Apolo me fez, mas se eu ficasse com ele seria por gratidão e não por amor, e isso também não seria muito legal da minha parte. 
Já estou ficando agoniada sem notícias da minha filha. 
Pego o telefone do Apolo e ligo para a primeira pessoa que passa pela minha cabeça. 
Disco os números depressa e espero ansiosa enquanto a pessoa não atende o telefone. 

_ Alô ?- a mulher diz. 
_Mãe- sussurro. 
_Annie- diz baixo - o que aconteceu. 
_A minha filha - choro. 
_O que aconteceu com ela? - pergunta baixo - ela está bem? 
_Não - digo baixo - ela passou mal e veio para o hospital. 
_Hospital? - se assusta. 
_Ela desmaiou e não acorda e chamamos uma ambulância - digo rápido. 
_Mas o que ela tem? - insiste. 
_Os médicos entraram na sala e não dão notícias - choro - estou começando a ficar desesperada. 
_Minha filha - diz baixo - se acalme, logo os médicos vão aparecer e dizer que não foi nada. 
_Não é a primeira vez que ela passa mal- admito - eu deveria ter a trazido para o hospital quando o Percy pediu. 
_O que o seu cunhado tem a ver com isso? - pergunta - por que ele te disse para a levar para um hospital? 
_Ele estava comigo quando ela passou mal pela primeira vez- admito. 
_Aí aí - resmunga. 
_Mas eu não o escutei- comento- eu deveria ter o escutado. 
_Filha ela vai ficar bem - me tranquiliza. 
_Gostaria de estar mais confiante - suspiro. 
_Quem está aí com você? - pergunta. 
_O Apolo - digo e a escuto suspirar. 
_Estão no hospital central - pergunta e confirmo - logo estaremos aí filha. 
_Obrigada mãe - sussurro - estou apavorada. 
_Mas não fique - pede. 
_Vou fazer o possível - suspiro. 
_ A sua filha precisa de você- diz - então não perca a lucidez. 
_Esta bem - sussurro. 
_Nos vemos depois? - diz baixo. 
_Sim - digo olhando para um relógio - beijos. 

Desligo o telefone. 
Não sei por que eu tinha ligado para a minha mãe, não estávamos tão próximas assim, pois ela foi direta quando disse que não estava nem um pouco feliz com a minha volta. 
Mas ela ainda era a minha mãe e eu a amo muito, e me dói saber que ela também não me ama. 
Eu precisei tanto do seu colo quando eu estava grávida, e principalmente quando o William morreu, mas ela não estava ao meu lado. 
Mas agora eu precisei de ouvir a sua voz, e de saber que ela poderia me acalmar e dizer que estaria ao meu lado e que tudo iria ficar bem. 
E fiquei mais aliviada dela não ter desligado o telefone na minha cara, mas acho que ela se preocupou com a neta e por isso não teve a coragem de ser grossa comigo pois ela sentiu o meu desespero de mãe. 
Se algo acontecer com a minha filha eu não consigo viver, e o meu desespero só aumenta. 
E para completar o meu desespero o médico não aparecia para me dar notícias sobre o estado da minha princesa. 

_Se sente meu amor - o Apolo diz baixo. 
_Estou desesperada por essa falta de notícias - digo me sentando - estou quase invadindo aquela sala. 
_Se acalme - pede - ela está bem e logo eles vão nos dar notícias dela. 
_Tomara - chor- queria tanto poder estar ao seu lado. 
_Logo estará - promete. 
_Como consegue ficar tão calmo? - pergunto baixo. 
_Estou desesperado - admite - mas você precisa de mim, e eu tenho que estar calmo. 
_Nem sei como te agradecer - sussurro - você está aqui comigo mesmo depois de tudo o que eu fiz. 
_Eu te amo - diz pegando na minha mão - e a Emily é a nossa filha. 
_Sim ela é - digo incerta. 

O Apolo sai para pegar café e aproveito para fazer uma ligação muito importante. 
Disco os números depressa e fico angustiada enquanto a outra pessoa não atende o telefone. 

_Caixa postal - resmungo desligando o telefone. 

Será que o Percy já tinha ido para o aeroporto? Ele deve ter me ligado e eu não o atendi já que o meu telefone sumiu. 
Ele deve estar pensando que eu desisti de ir o encontrar no aeroporto, ele deve estar pensando horrores de mim, e nem deve está sabendo que a nossa pequena princesa está em um hospital. 
E eu gostaria tanto que ele estivesse aqui ao meu lado. 
Eu sou grata ao Apolo mas eu gostaria de poder abraçar o Percy, só ele saberia me acalmar. 

_Aqui te trouxe - diz me entregando um copo de café. 
_Obrigada - provando o café. 
_Annie - ele sussurra- vai ficar tudo bem com a nossa filha. 
_Me preocupa essa falta de notícias - choro - ela é tão pequena e está lá sozinha. 
_Mas ela é forte - diz - como a mãe, e vai sair dessa. E logo estaremos com ela. 
_Que Deus te ouça - sussurro - só de imaginar a perder eu entro em pânico. 
_Pensamento positivo amor - diz segurando a minha mão. 
_Não consigo - admito - nesses momentos só me vêem coisas negativas. 
_Então não pense em nada- sugere - a nossa filha é protegida pelos anjos. 
_Nossa anjinha - suspiro. 

O Apolo estava tão solidário, tão gentil que me fazia me sentir mal por tudo o que eu tinha feito. 
Eu não me arrependo de ter escolhido o Percy, mas eu não deveria ter traído o Apolo assim, eu deveria ter terminado com ele assim que eu comecei a perceber que eu não conseguia viver sem o Percy. 
Eu sei que errei, e não tenho a mínima idéia de que ele vai ser compreensível em relação a se separar da Emily. Pois ela tem o seu nome na certidão de nascimento, mas eu não queria trazer um constrangimento ao Apolo ao exigir um exame de DNA e o obrigar a admitir que não é o pai da Emily. 
Será que eu nunca vou ter paz? 
Pra ser feliz eu vou ter que magoar uma das pessoas que mais me ajudou. 
Mas eu não posso ser infeliz para não magoar as outras pessoas. 
As vezes precisamos ser um pouco egoístas, e fora o fato de que eu tenho certeza de que um dia a Emily descobriria que o Apolo não é o seu pai e nunca iria me perdoar. 
Quando estou quase invadindo aquela sala alguém aparece. 

_Annie - era o meu pai. 
_Pai? - me assusto. 
_A Atena me disse o que aconteceu - explica - e eu vim o mais rápido que consegui. 
_Obrigada pai- sussurro - a sua presença é muito importante. 
_Nunca te deixaria sozinha nesse momento - diz me abraçando. 

Me sinto tão querida quando ele me abraça, e olha que o meu pai quase não gosta de contato físico. Bom não comigo.
Ele sempre foi tão afastado e dizia sempre que eu era uma má pessoa e que eu nunca teria jeito, e sempre fazia questão de dizer que preferia a santinha da Rey. 
Mas agora alguma coisa mudou, ele está diferente, demonstrando todo o seu amor e carinho. 
Ele sim ficou feliz com a minha volta. 
Ele está se mostrando ser um bom pai, bom já a minha mãe não fez nem questão de fingir que se importou com a minha filha. 
Todos nos sentamos e ficamos esperando por notícias, estamos todos preocupados com a Emily, e algo bem no fundo me diz que eu tenho razão em ficar preocupada com ela. 
E isso é o que mais me assusta. 

_O médico - o meu pai sussurra. 
_Por favor- digo - a Emily acordou? 
_Sim - diz baixo - a filha de vocês acordou. 
_Graças a Deus - estou menos aflita. 
_O que ela tem doutor - o meu pai pergunta. 
_Ela está com uma anemia muito profunda - diz baixo- por isso que ela desmaiou. 
_Anemia? - me assusto. 
_Sim e muito intensa - continua- ela está acordada graças a um milagre. 
_Mas por que ela está com anemia. Eu cuido tão bem dela - sussurro. 
_Ela está muito fraca - diz - talvez uma mudança súbita fez com que ela não conseguisse comer certos alimentos. 
_Mudamos de Londres pra cá a pouco tempo - digo - em Londres ela estava tão bem. 
_Sim ela teve um choque de temperatura e de gostos - explica - ela se acostumou a comida de outro país, ela está em fase de crescimento e nessa idade as crianças são difíceis. 
_Ela sempre foi tão boa em se alimentar - suspiro - mas admito que esses últimos dias eu não dei a atenção que ela precisava. 
_Não se martirize - o doutor sorri- a sua filha ficará bem. Ela vai tomar uma bolsa de soro, e vamos ver como ela reage. 
_Posso a ver? - pergunto aflita. 
_Daqui a pouco - diz e sai- vou pedir para a enfermeira vir te avisar. 
_Anemia? - sussurro. 
_Como você não percebeu? - o Apolo diz me puxando. 
_Esses dias foram tão corridos - sussurro. 
_ A nossa filha poderia ter morrido - diz irritado. 
_Não foi culpa só dela - o meu pai diz- e o senhor também é responsável pela menina. Então vamos abaixar o tom. 
_Mas ela ao invés de ficar correndo atrás de homem, deveria cuidar melhor da filha - diz frio. 
_Senhora Annabeth? - uma mulher me chama. 
_Sim - digo. 
_Pode ver a sua filha - diz baixo - venha comigo. 
_Claro - digo a seguindo até o quarto da minha filha. 

Enquanto sigo a enfermeira eu me desespero pela minha filha,como eu fui tão idiota ao ponto de não ter percebido que ela não estava se alimentando bem. 
O Apolo estava certo em me acusar, eu que era a mãe, eu que deveria cuidar da minha anjinha mais do que tudo. 
Entro no quarto e me assusto quando vejo a minha pequena. 
Ela estava deitada completamente imóvel naquela cama, e vários fios estavam ligados ao seu corpo e ela estava com uma bolsa de soro ligada ao seu pequeno braço. 
Ela estava tão frágil e indefesa, era como se ela fosse se quebrar a qualquer momento, e isso partia o meu coração. 

_Bebê - digo me aproximando. 
_Mama - ela diz baixo e me encara sem foco. 
_Logo vamos pra casa minha princesa - digo segurando as lágrimas. 
_Casa - diz olhando para a porta - papa. 
_Filha - o Apolo também se aproxima da cama. 
_ O vovô também está aqui amor - o meu pai diz. 
_Annie vem aqui - o Apolo me puxa para fora do quarto. 
_O que foi? - me irrito - quero ficar com a minha filha. 
_Nossa filha - corrige - e eu acho que está na hora de irmos embora. 
_Embora? - me assusto. 
_Sim, voltar para Londres - diz na maior calma. 
_Não - falo firme - como você pensa em viajar com a Emily tão fraca assim. 
_Pensando oras - diz despreocupado - lá ela será mais bem cuidada. 
_Aqui também - suspiro - ela só vai sair daqui quando estiver curada. 
_Se você tivesse se preocupado em cuidar dela - diz frio. 
_E você foi o pai do ano - me irrito - faça o que quiser, mas a Emily e eu vamos ficar em San Francisco, e nem pense em fazer chantagem. 

Volto para o quarto e o médico está lá. 

_O soro não é forte o suficiente - diz. 
_O que mais ela precisa? - pergunto. 
_De sangue - diz me encarando - ela precisa de muito sangue. 
_Sangue? - me assusto. 
_E como sabe o sangue dela é muito raro - continua - e infelizmente aqui em San Francisco estamos em falta de doadores. 
_Falta? - acho que vou desmaiar. 
_E como ela é muito nova ela precisaria de um sangue puro - diz me encarando sério. 
_Puro? - estou parecendo um disco arranhado. 
_Do pai ou da mãe - explica - só a senhora ou o seu marido serão capazes de fazer isso. 
_Se não fizer o que acontece? - pergunto. 
_Não quero a assustar - diz baixo - mas a sua filha pode morrer. 

O meu coração virou chumbo. 
Isso me levou a uma conversa que eu tive com o Apolo a uns anos atrás. 

_Annie você tem que contar a verdade - diz baixo. 
_Ela nunca vai descobrir que não é a sua filha - digo firme - não tem motivo para deixar ela triste, e dizer que ela tem outro pai. Ela não entende. 
_Mas um dia ela vai entender - insiste - e seria melhor se ela já soubesse que eu sou o seu pai de coração. 
_Não Apolo - me assusto - não tem motivos. 
_Annie uma hora ela vai notar que nem o meu sangue nem o seu é igual ao dela - diz segurando os meus ombros - ou ela vai pensar que é adotada ou filha de apenas um de nós. 
_Infelizmente ela tem o sangue raro do pai- me lamento - quando ela estiver na idade certa eu conto - prometo. 

Acordo pra realidade. 

_Só o Percy poderá lhe doar o sangue - penso - eu deveria ter lhe contado a verdade antes, e agora ou eu conto a verdade ou a minha filha morre. Oh eu sou uma idiota medrosa. 
_Annie- alguém me chama. 
_Oi- digo olhando para o Apolo. 
_Ficou distraída - diz sério - estou falando com você a uns cinco minutos. 
_O que estava falando? - pergunto. 
_Para não se preocupar - diz- vamos achar o sangue pra ela. 
_O pai dela - sussurro - os seus sangue são iguais. 
_Ele não - grita - você não vai me tirar a Emily. 
_Não estou falando em tirar ela - digo baixo - mas só ele pode doar o sangue. 
_Se você quer voltar com ele o problema é seu - rosna - mas eu não vou deixar que leve a minha filha tão fácil assim. 
_Estamos falando da vida dela - me assusto - e não sobre quem é o melhor pai pra ela. 
_Não vou admitir que faça nada- exige - não se esqueça de que ela está registrada no meu nome, e eu que mando aqui. 
_Apolo deixe de besteira - falo. 
_Eu já disse, mas vou repetir, me tire a minha filha que eu não sei o que eu faço- diz firme. 
_Não estou dizendo em a tirar de você - falo já sem paciência - ela pode ser a sua filha, mas o seu sangue não pode a salvar. 
_Vamos encontrar outra solução- diz baixo. 
_A solução é o sangue - falo - e sabemos quem pode fazer isso. 
_Não - grita - se for atrás dele eu te proíbo de ver a Emily. 
_Oh - penso irritada. 

Enquanto o tempo passa eu tento ligar pro Percy, porém ele não me atende. 
Começo a me desesperar, pois a situação da Emily está ficando pior. 

_Não encontramos o sangue - o médico diz - a senhora ou o seu marido terão de fazer isso,é  a vida da filha de vocês. 
_O meu sangue não é igual ao dela - digo chorando - eu não posso a salvar. 
_E o seu marido? - pergunta. 
_O Apolo não é pai dela - sussurro- ele é pai apenas no papel e a cria, mas o pai dela é outro. 
_A onde ele está? - pergunta. 
_Aqui mesmo - respondo - mas eu não consigo ligar pra ele. 
_E não tem como ir atrás dele? - pergunta. 
_O Apolo não permitiu - sussurro - disse que se eu for atrás dele ele tira a Emily daqui. E sei que ele fará isso. 
_Vai atrás do pai dela - decide - eu não vou deixar que o seu marido tire a menina daqui. 
_Então eu vou atrás do Percy - sussurro e saio do quarto. 
_Aonde vai? - alguém segura o meu braço. 
_Atrás do Percy - digo - é a vida da Emily que está em jogo. 
_Mas não vai mesmo - o Apolo grita. 
_Sim eu vou - me solto. 
_A essa hora ele já deve estar do outro lado do mundo - diz - ele não se importa com você. 
_Sim ele se importa - digo - por isso eu vou atrás dele. 
_Você acha que ele vai te perdoar? - pergunta - sua idiota ele vai te tomar a menina. Ele vai te chutar. 
_Não me importo - digo com lágrimas nos olhos - prefiro perder a Emily pro pai dela do que a perder pra vida. 
_Mas eu não - grita. 
_Problema seu - suspiro e saio andando. 

Eu não entendia essa reação do Apolo, ele prefere ver a nossa filha morrer do que ver o Percy sendo pai dela. 
A verdade é que o Percy nunca mais vai me perdoar por essas mentiras, mas ele pode salvar a Emily e é isso o que importa. 
Entro na sala de espera e vejo a minha mãe e a Reyna. 

_Mãe- digo baixo - você veio. 
_E como está a sua filha? - ela pergunta. 
_Não está bem - digo a encarando. 
_O seu pai falou que ela está com anemia - diz - você não cuida dela? 
_É eu cuido - digo perdendo a paciência - e por isso estou aqui. 
_Deveria ter cuidado antes - diz alto. 
_Aí mãe largue de me encher - digo sem pensar - sabe se o Percy já foi embora? Não consigo falar com ele. 
_Mas é mesmo uma puta - a Reyna grita - a sua filha está morrendo e você quer ir atrás do meu marido. 
_Cale a boca - grito - sua lesma, se abrir a sua boca eu mesma te mato ok? Já que não morre mesmo. 
_Não fale assim com ela - a minha mãe sussurra - filha essa não é a hora de ir atrás de homem. 
_Mãe ele já foi ou não? - pergunto. 
_Sim ele já foi pro aeroporto - diz baixo. 
_Me empresta o seu carro?- pergunto. 
_Aqui - diz me entregando as chaves - você não iria atrás dele se não fosse importante. 
_Obrigada - suspiro e saio correndo. 

Saio daquele hospital e chego ao estacionamento em segundos. 
Rapidamente encontro o carro da minha mãe e entro nele e antes de acabar de colocar o cinto eu já começo a dirigir. 
Enquanto vou dirigindo mais rápido do que o permitido tento me lembrar da hora do vôo do Percy. 
Acho que ele tinha me falado que o seu vôo era as 13;50 ou algo assim. 
Olho pro relógio e já era 14;15. 

_Mas aviões sempre se atrasam - penso - acelerando o carro. 

Chego ao aeroporto e saio depressa do carro. 
Entro no aeroporto que estava lotado e vou até a recepção. 

_Boa tarde - digo sem fôlego - o vôo para o Japão das treze e cinquenta já saiu? 
_Boa tarde - a mulher responde - vamos ver. 

Enquanto ela checa algo no computador me atrevo a respirar mais profundo. 

_Senhora - a mulher me chama - esse vôo acabou de sair a uns minutos atrás. 
_Não - choro baixo. 

As minhas pernas ficam bambas e acabo me sentando no chão. 
A minha filha está perdida, fico chorando e desejando que o tempo volte atrás, e eu possa salvar a minha filha. 
Eu deveria ter contado a verdade antes, e agora é tarde demais. 
E a minha filha vai morrer. 

_Senhora? - alguém me chama. 
_Sim - respondo me levantando. 
_Acabaram de me informar de que o vôo pro Japão teve um problema - diz - e o avião teve que voltar. 
_O avião voltou? - pergunto assustada. 
_Sim- responde - os passageiros estão na sala de embarque. 
_Obrigada - digo e saio correndo. 

Quando chego a sala de embarque eu tento encontrar o Percy entre as várias pessoas. 
Suspiro quando o encontro. 
Ele estava em um canto enquanto mexia no celular. 

_Percy- grito e várias pessoas me encaram. 

Os ignoro e vou até a única pessoa que me importava. 
O Percy me encara assustado, ele deveria ter pensado que eu não viria. 

_Annie - diz baixo. 
_Graças a Deus que lhe encontrei - digo baixo. 
_Teve um problema no vôo - explica. 
_Ainda bem - digo o abraçando. 
_O que aconteceu? - pergunta - você não veio se despedir. 
_É que a Emily passou mal - digo ainda o abraçando. 
_Passou mal? - se preocupa. 
_Ela está no hospital - digo tomando coragem - e está internada. 
_O que ela tem? - pergunta me encarando. 
_Uma anemia - sussurro - e muito profunda.
_Anemia? - diz. 
_Mas ela precisa de muito sangue- continuo - mas o sangue dela é muito raro. E por isso que ela não é compatível com o meu sangue. 
_Não? - diz me encarando. 
_O seu sangue é O+ - digo baixo. 
_O+ ?- se assusta mas não diz nada. 
_O seu sangue é igual do pai dela- explico - por obra do destino o meu sangue não presta pra ela. 
_Ainda bem que ele pode a salvar - diz baixo. 
_Sim - o puxo - por isso você tem que se apressar. 
_Por que - diz sem entender nada. 
_Por que só o seu sangue pode a salvar - digo alto - por que você é o pai dela.
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