História I hate loving you-(imagine Wooyoung Ateez) - Capítulo 1 🤍

Romances sempre acontecem, nunca começam de um jeito certo as vezes sempre terminam de um jeito trágico nem sempre existe final felizes como filmes e livros contam. Sou apaixonada por algo clichê e sonho em um dia ter o meu romance clichê no qual alguém se apaixonara por mim, me levará ao baile de inverno e no fim viveríamos felizes para sempre; mas nem tudo é do jeito que queremos a realidade é dura e amarga e coisas assim só acontecem com quem realmente tem sorte e essa pessoa não sou eu.

                 Coreia do Sul. 6:59 A.M 

Dia 4 de julho 

O uniforme meio amarrotado informa o quão atrasada eu estou, não era novidade já que na última semana meu despertador resolveu dar um de bom amigo tocando 10 minutos mais tarde, bom me lembro de ajusta-lo todos os dias antes de dormir e todas as vezes ele atrasa. Mas sem tempo para pensar no problema do despertador sai apressada do quarto vendo tudo silencioso, me fazendo tirar conclusões de que San já tenha ido para a escola e tenha me deixado para trás-um ótimo irmão eu diria- junto com Wooyoung a peste que assombra meus dias. 

Com a mochila nas costas fui até a cozinha pegar uma maçã, meu estômago reclama de fome mas obviamente não terei tempo o suficiente para comer algo além da maçã. Sai do apartamento correndo em direção ao elevador que chegou rápido afinal, o elevador descia de maneira lenta me fazendo respirar fundo- são dez andares, de escada eu não vou mesmo- o elevador parou me fazendo sair apressada sem ao menos dar bom dia ao porteiro. A escola não era tão longe de casa no mínimo uns 15 minutos até lá o que custaria a primeira aula inteira. 

                          xxXxx 

-hey, aonde estava?- Yeji me pergunta assim que me sento ao seu lado 

-Acordei atrasada, San me deixou para trás hoje- choraminguei encostando a testa na mesa 

-Oh isso explica porque vi ele tão cedo pela escola junto com Wooyoung- a garota fez uma cara pensativa

-o que estava fazendo aqui cedo?- perguntei tirando meus materiais da mochila 

-acompanhei papai hoje, não queria me atrasar- deu ênfase na palavra 

Yeji é filha do inspetor e irmã de Mingi um dos garotos do time de basquete. Nos conhecemos no oitavo ano a garota morava na Tailândia com sua avó mas teve que voltar ao seu país de origem com 14 anos já que a avó não tinha mais condições de cuidar dela. 

-engraçadinha- ironizei 

O professor entrou na sala e eu me ajeitei para prestar atenção na aula, matemática não é meu ponto forte e realmente preciso me esforçar para passar na matéria já que minhas notas estão horríveis e sem elas perco 20% da capacidade de praticar aulas extracurriculares . Perdendo totalmente a credibilidade de entrar para o time de vôlei. San tira ótimas notas em matemática poderia até pedir ajuda a ele se não soubesse que suas notas boas são por conta do diabo, digo , Wooyoung. 

Os dois conseguiram entrar para o time de basquete por conta de notas extras tornando San capitão e Young point guard, a posição dos garotos faziam com que eles tivessem uma boa fama e serem bem disputados por quase todas as meninas- que as vezes me usam apenas para tentar se aproximar de San- até alguns meninos queriam apenas um dia com um deles. É realmente engraçado de se ver. 

-S/N!- Yeji grita me fazendo dar um pulo- no que está pensando que nem viu o professor sair? 

Olho ao redor percebendo o pequeno tumulto de alunos conversando e a mesa do professor vazia. Eu realmente viajei. 

-vou atrás de San, já volto- saio em passos apressados esbarrando em alguns alunos que transitam pelo corredor atrás da sua próxima aula ou só de uma distração para não ir a ela. 

-preciso de dinheiro- digo assim que me aproximo dele recebendo um olhar de reprovação

-o que fez com o dinheiro que nossa mãe te deu ontem?- pergunta colocando os livros dentro de seu armário 

-esqueci em casa junto com meu celular- respondo brincando com meus dedos- você vai me dar ou não?! 

Vejo o garoto colocar a mão nos bolsos de sua calça e de seu casaco, Wooyoung se aproximou com um sorriso travesso nos lábios mas logo é surpreendido pelas mãos de San invadindo seus bolsos tirando algumas notas de dinheiro entregando em minhas mãos logo depois- vaza daqui. 

-Ei! Esse dinheiro é meu- o garoto gritou perplexo 

Escandaloso. 

                         xxXxx

A fila do refeitório grande me fazia ter preguiça só de olhá-la. 

-a fila está enorme!- Yeji reclamou chorosa assim que a arrastei 

-se quiser nós podemos morrer de fome enquanto esperamos ela diminuir.- revirei os olhos 

-nós poderíamos furar a fila.-a garota sugeriu

-e tomaríamos uma surra!- exclamei- olha o tanto de gente.

-ninguém te bateria, vc é irmã do Choi San!- a garota ressaltou 

-grande coisa. 

A fila andava devagar, meus pés doíam de tanto esperar em pé, Yeji não estava diferente a única diferença é que a garota falava sem parar sobre as coisas do colégio. 

-os garotos são bonitos.- a mais nova disse pensativa 

-alguns.- respondi sem dar tanta importância 

-Wooyoung também é bonito.- disse provocativa recebendo o meu olhar incrédulo 

-você realmente está cega! Devo falar ao Mingi que você precisa de óculos.- indaguei ainda incrédula 

-eu o que?- o rapaz perguntou se aproximando 

-Oppa S/N disse que acha Wooyoung bonito.- respondeu se divertindo 

-Eu não disse isso!- a repreendi 

-eu vivi por esse dia- Mingi falou boquiaberto- bom todo mundo sabia que esse dia ia chegar- deu de ombros 

-eu odeio vocês! 

Revirei meus olhos escutando a risada dos irmãos, peguei meu lanche e me dirigi até uma das mesas vazias no fim do refeitório. Engasguei com o suco quando prestei atenção na risada escandalosa a minha frente me fazendo perceber que tinha me sentado em frente a mesa do time de basquete.

-o que foi? Viu fantasma?- Yeji perguntou se sentando ao meu lado

Apontei com a cabeça em direção a mesa perto a nossa vendo a garota olhar por alguns segundos e dar de ombros.

-não é tão ruim.

-não é tão ruim- a imitei- é horrível.- neguei comendo meu sanduíche natural 

-você já conseguiu entrar no time de volei?- Mingi perguntou se sentando em nossa frente 

-não, preciso de notas em matemática.-respondi triste

-eu poderia ajudar se não estivesse quase sendo expulso do time de basquete pelo mesmo motivo.- Mingi riu fraco- seu irmão tem boas notas na matéria, por que não pede ajuda a ele?

-porque ele pede ajuda ao Wooyoung.-respondi gesticulando com as mãos- eu teria que me humilhar para aquela praga me ajudar

Choraminguei olhando Wooyoung que me olhava com uma das sobrancelhas arqueadas. Intimidador eu diria se eu não o conhecesse o bastante. 

-nha você fala como se ele fosse um garoto horrível de se conviver!- Yeji revirou os olhos 

-ele é! 

                         xxXxx

A biblioteca quase vazia me fez respirar aliviada, as aulas ja haviam acabado e eu tinha ficado para estudar um pouco mais já que San foi para casa e obviamente seu cachorrinho fiel foi junto e os gritos dos dois atrapalhariam tudo. O garoto mais morava em minha casa do que na própria casa dele! Era extremamente irritante saber que meus pais eram padrinhos dele e que ele tinha a total liberdade em minha casa assim como San e eu tínhamos na dele, a diferença é que só San vai para lá.  Young cresceu junto a nós, era um terceiro filho para meus pais, a diferença de idade entre ele e meu irmão é de alguns meses; o rapaz e eu começamos a nos estranhar no oitavo ano quando San e ele começaram a criar alguma fama, e de algum modo o garoto vivia irritado quando a fama deles me atingia trazendo pessoas até a mim em especial ,meninos. As brigas começaram ai e nunca mais pararam. 

O caminho de volta para casa parecia bem menor do que a vinda até a escola, meus olhos bateram no grande prédio qual a síndica se encontrava ao lado de fora juntamente com o porteiro. 

-bom dia senhorita- o porteiro disse educadamente 

-bom dia seu Pedro- me curvei brevemente logo abrindo o bolso da mochila a procura da chave do portão não a encontrando 

Só pode ser brincadeira. 

Bufei irritada vendo a senhora segurar o braço do porteiro impedindo-o de abrir o portão, velha chata não se pode nem entrar aonde mora! Apertei o interfone do meu apartamento que logo abriu o portão. 

Caminhei apressadamente ate o elevador que por sorte chegou rápido, entrei na pequena lata de metal me encostando em uma de suas paredes. 

A pequena porta se abriu revelando a porta de casa, sai respirando fundo logo colocando o dedo fechadura da porta ouvindo-a destrancar.

-Mais que porra é essa?