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História I Hate You - Imagine G-Dragon - R.O.D


Escrita por: KYB e theBL

Notas do Autor


Demoramos? Sim
Temos desculpas? Não
mentira temos sim - em parte. Aquela velha dificuldade aquele branco aquela maldição aaaahhhh
~ ta parei.

Somos vips meio army e confesso que apesar de tudo saber que Bts tava no Brasil mexeu um pouco com nois e não conseguimos escrever nada nos dias que se sucederam aquilo.

Agora voltamos pra ficar
com tudo vamos lá
chega de rimar

~thebl

O cap anterior terminou com Jiyong te fazendo uma pergunta:

Capítulo 37 - R.O.D


Fanfic / Fanfiction I Hate You - Imagine G-Dragon - R.O.D

- Você sente ciúmes da Jie?

- Ta legal, eu sinto. Satisfeito?

Ele riu. Qual era a graça, eu não estava sendo apenas ciumenta, eu tinha motivos pra isso. 

- Não precisa meu amor, a pessoa que eu amo é você.  Eu amo você e só você...

Ele me abraçava e vários beijinhos acompanhavam suas palavras. Eu me sentia hipnotizada pelo seu olhar intenso sobre mim. Não pudia evitar de sorrir. Jiyong trancou a porta comigo ainda presa em seus braços e nos deitamos na cama juntos.

...

Acordei no meio da noite. Tive um pesadelo. Quando olhei do meu lado da cama, Jiyong não estava lá. Me desesperei e sai do quarto indo pra sala mas chegando lá encontrei a porta aberta e o pai de Jiyong conversava com ele na sala. Não foi proposital mas eu acabei ouvindo a conversa.

- Filho, eu sei que é sua namorada e que deve gostar dela mas como sabemos, ela é estrangeira.

- Qual problema pai... eu estou pensando seriamente em dar mais um passo na nossa relação.

- Você tem certeza disso filho? Não tome decisões precipitadas, você ainda é jovem, tem tempo pra curtir ainda... Não deveria se preocupar en tomar uma decisão dessas agora.

Meu coração apertou. Eu pensei em voltar pro quarto sem que ninguém me ouvisse mas o que não esperava era que fossemos surpreendidos. De repente, pessoas que eu nunca havia visto antes além do pai de Jiyong em pé na sala e ele mesmo, entraram dois homens armados e mascarados que eu não fazia ideia de como haviam chegado.

Sem saber o que fazer pensei em telefonar pra polícia ou algo assim mas quando tentei voltar senti meu corpo esbarrar em alguém atrás de mim, olhei e encontrei outro homem encapuzado.

Voltei a olhar pra frente e Jiyong vinha da cozinha, haviam dois homens armados atrás dele e sua cara não era das melhores.

- Jiyong.... chamei por ele que logo me ouviu e seu rosto ficou ainda mais perturbado.

- Meu amor, não faça nada por favor. Por que você não ficou no quarto?

- Isso, manda ela ficar quieta, ou já sabe. Disse um deles apontando uma arma pro pescoço do Ji. Senti braços me segurarem com força e eu gemi de dor.

- Não encostem nela. Por favor. Levem o dinheiro que quiserem, mas não façam nada com a ______.

- Não! Gritei para ele e então as mãos apertaram minha boca.

- Se acha valente, gracinha? Queremos ver o que vai fazer se...

- Não toquem nela!

- É a sua namoradinha? Podemos aproveitar ela quando você...

- Não, por favor, não o machuquem.

- Onde fica o cofre? Estou pedindo pela última vez. O que segurava Jiyong perguntou já demonstrando estar sem paciência.

- Por favor, solte meu filho e minha nora, eu mostro a vocês onde fica o cofre.

- Muito bem, velho. É assim que gosto de ver. Mas primeiro a grana!

- No sótão, atrás da casa.

Eles iam levando o pai do Jiyong que dizia a eles onde guardavam dinheiro mas em nenhum momento eles soltaram a mim ou ao Ji. Foi quando eu o vi tentar soltar-se do delinquente e tomar-lhe a arma das mãos rapidamente. Ele apontou a arma para o outro que me mantinha refém.

- Solta ela, agora! O que me segurava apontava sua arma para ele também mas em seguida desviou apontando-a para minha cabeça.

- Abaixa você sua arma ou vai acabar matando sua querida namorada.

- Ok, eu me rendo.

- PONHA A ARMA NO CHÃO!

- COLOQUEI! Jiyong respondeu depois de fazer o que lhe foi mandado.

Meu Deus eu não ia aguentar mais isso, não ia aguentar mais um atentado desses. Eu não podia perder o Jiyong, era tudo o que eu pensava. O homem no qual Jiyong havia batido se levanta do chão e pega a arma que ele havia largado e furioso aponta para ele...

- NÃO! Eu grito mas foi em vão.

Eu vejo Jiyong tentar correr mas havia sido atingido na barriga. Ele engatinha no chão e eu vejo sangue começar a sujar seu pijama.

- Jiyong! Eu o chamo mas então escuto mais dois tiros serem disparados para ele, a queima roupa. Eu sou largada no chão perplexa quando escuto vozes gritando de dentro da casa.

- É a polícia, eles vêm vindo! Corre, corre!

Os bandidos tentam fugir pela frente da casa mas não sei se eles tem êxito. Corro e me aproximo do Ji e o seguro pela cintura. Ele olha para mim com dificuldade.

- Meu amor?

- Senhorita, afaste-se! Uma voz forte ordenou e eu olhei para trás vendo um policial armado e uma maca entrar com um homem da equipe de resgate.

- Precisamos leva-lo ao hospital. Urgente!

Eu fazia que sim com a cabeça ao mesmo tempo em que eles o colocavam na maca, me aproximei do Jiyong lhe depositado um beijo na testa e meu rosto e o seu estava banhado de lágrimas.

Eu não acredito que isto estava mesmo acontecendo comigo. Conosco, de novo. Eu não podia perder o Jiyong. Eu não podia perder mais nem uma dele. Ele tinha que ficar bem, ele tinha que voltar pra mim depois dessa.

Eles se foram e o levaram numa rapidez tão assustadora que eu me vi sozinha no chão daquela sala com minhas lágrimas. Vi de longe o senhor Kwon também ser levado e vi quando médicos traziam um corpo numa maca de dentro da casa.

Era a senhora Kwon.

Tomei um susto ao ver que ela parecia sem vida. Conti soluços e quando e me senti tonta na hora. Só me lembro de ter ido pro quarto e agora estou aqui deitada nessa cama, com uma sensação horrível de angústia no peito.

Eu me levanto e olho em volta, ainda sonolenta. Havia sido tudo um sonho? Um pesadelo? Passo a mão ao lado da cama e procuro Jiyong mas eu estou sozinha.

Onde ele está?

Meu coração começou a saltar no peito e eu me levanto com aquilo na cabeça, aquelas imagens turvadas. Me apoio na cama saindo do quarto nervosa e vejo que já é de manhã, a porta da sala estava aberta.

- Senhor Kwon?

Por que aquela sensação estranha não passava?

- Senhora Kwon? Sai andando pela casa à procura deles e nada. Ai meu Deus, o sonho não pode ter sido real!

Não... por favor, não.

- Jiyong? Começo a chamar o nome dele e nada. As imagens dele sendo levado naquela maca começam a passar pela minha cabeça. Ele ensanguentado, seu rosto com dor, sinto um aperto no peito.

Volto até o quarto e pego meu telefone e dígito seu número ligando pra ele. Chama, chama e nada. Ligo mais uma vez, caixa postal. Então eu já posso começar a me desesperar.

Havia sido tudo real?




Youngbae pov

Localização: YG enterteinment


- Tem certeza que vai mesmo levar isso à publico, Yang?

O meu CEO suspirou. Naquela sala o clima era tenso e eu não sabia exatamente o que dizer a ele, eu mesmo não estava sabendo lidar com tudo isso direito.

- Não é melhor esperar as notícias irem à tona por si mesmas? Perguntei ainda insistindo.

- Não há mais o que se possa fazer, há? Eu não tenho nem posso mais esconder isso. As pessoas querem saber. Esconder só vai tornar tudo pior.

- Okay, acho que é isso que deve ser feito.

- Sei que será uma notícia chocante para todos, nem sei o que pode acontecer. Muitas coisas podem acontecer! Ele passou a mão nas têmporas massageando o rosto sentado em sua cadeira de couro.

- Jiyong, Jiyong... Resmungo pensativo deixando minhas preocupações ficarem claras ao nosso CEO sentado à minha frente.

- Eu estou tão preocupado quanto você, acredite.

- Ele vai ficar bem, Yang. E sei que nossas fãs também, apesar de tudo. Apenas dê tempo ao tempo e elas vão se recuperar, assim como a _______.

- É verdade Youngbae. E você, como se sente?

- Um pouco cansado e agora preocupado por ele, mas nada que eu não possa contornar. Confie nele Yang. Se Jiyong disse que vai dar tudo certo, é porque vai. Não se lembra quando fui eu quem assumiu meu namoro publicamente? No começo também tive medo, mas aí está, até hoje tudo correu bem.

- É verdade Bae. Tem razão. Eu só quero que o Bigbang volte com suas atividades promocionais como antes. Já não basta aquele hiatus tão longo, a YG precisa de vocês, querendo ou não, o Bigbang é a YG e a YG é o Bigbang.

Yang queria a todo custo que o Bigbang voltasse à ativa, e o mais rápido possível. Quando isso acontecesse a imprensa ia querer saber o motivo da nossa parada e com as fotos de que Jiyong e alguns de nós no hospital após o regate da ______ muito se especulava a respeito do que realmente havia acontecido com o Bigbang, sem falar nas inúmeras “teorias” criadas por nossos fãs preocupados e desejosos da nossa volta. Mas Jiyong não queria voltar agora, pela _____.

Yang agora queria dizer a verdade. Expor que Jiyong tinha uma namorada e ela esteve doente, por isso a parada do grupo, mas isso era muito pessoal da vida do Jiyong e eu não tenho certeza de que ele vai mesmo fazer isso. Eu duvido também que o Jiyong queria voltar agora.

Saindo de lá fui me encontrar com o próprio e eu sabia no que isso ia dar, conheço meu melhor amigo e o Yang parece que não conhece o “filho” que tem. Caminhando até a nossa sala e o encontrei sentado na mesa olhando através da janela, brincando de equilibrar uma caneta nos dedos.

- Pensando na morte da bezerra?

- É o que dizem. Disse saindo dos seus pensamentos.

- Fiz como me pediu. Falei com ele.

- E ai?

- Ele ainda insiste na volta. Parece que você vai ter mesmo que assumir seu namoro com a _____ publicamente em breve e assim explicar mais ou menos que ela esteve doente e que foi por isso que suspendemos o show, as turnês, tudo.

- Aish... Então não entendo por que estamos aqui preparando seu come back. Yang quer mesmo nos sobrecarregar.

- Eu acho que não será agora. Se acalme. Ainda termos um pouquinho de tempo.

- Quanto, você quer dizer duas semanas? Me perguntou de exaltando. Conhecendo Yang como conhecemos é bem isso mesmo. Tirei o celular do bolso para olhar a hora .

- Ah, olha. Meu celular tem duas chamadas da _______ e várias da sua mãe.

- Acho que esqueci meu celular no estúdio. Vou lá buscar.

Jiyong saiu e eu fui atrás dele. O estúdio estava vazio, Teddy hyung havia saído para resolver alguma coisa com outro artista da empresa.

- Sete chamadas da _______. Ele disse pegando seu aparelho e logo retornou a ligação preocupado.

- O que houve?



Jiyong pov


Hoje o Bae precisou de mim logo cedo na empresa, além de ter recebido a notícia de que Yang queria o Bigbang de volta às atividades. Como a _______ estava dormindo tranquila e meus pais estavam por lá eu resolvi levantar, tomar um banho e sair de casa logo cedo, resolver esse pepino logo de uma vez, mas eu não imaginava que o que o Yang tinha em mente era um escândalo bem maior.

Eu teria que assumir pra imprensa que estava namorando.

Não que isso fosse um problema pra mim – sem levar em consideração milhões de fãs que iriam enlouquecer só por saberem dessa notícia, o alvoroço inevitável do fandom, os dias meses e anos intermináveis de falatórios e a notícia que se espelharia pelo mundo inteiro até onde a música coreana alcança: a namorada de G-Dragon.

Aish... preciso acender um cigarro.

Caramba, eu amo mesmo as fãs que tenho mas às vezes fico me perguntando se elas realmente consideram a ideia de que eu sou um ser humano. Se eu namoro? É, eu namoro, faço outras coisas também, de preferência com a minha namorada e estou feliz assim.

A minha decisão seria baseada única e exclusivamente na ______.

Se ela quisesse ou não que isso viesse à tona, assim seria. Eu respeitaria a decisão dela, sempre fui assim com quem me relacionei e agora com a _____ não teria porque ser menos que isso.

Nossa relação era a dois e assim seriam tomadas as decisões do que diz respeito a ambos, sempre. Revelar à mídia é algo que eu só faria se ela quiser, sabendo das consequências que isso pode trazer pra ela.

Estava na sala do Bigbang pensando nessas coisas e esperando o Youngbae voltar, ele havia ido falar com Yang pra mim. Mais cedo minha conversa com o mesmo não havia sido muito pacífica.

É, eu não quero mesmo dar o braço a torcer, não agora.

Eu acho que o Yang poderia segurar as pontas um pouquinho mais de tempo. Não é como de ele fosse falir por um ou dois meses sem o Bigbang. Quando o Bae entra na sala ele me conta todas essas coisas, tornar público a minha relação e a volta das atividades de MADE.

Droga, acho que estou quase cedendo.

Talvez a _______ esteja indo bem e eu pudesse realmente fazer isso, quem sabe ei só estou sendo protetor demais, quem sabe.

- Olha Jiyong. Meu celular tem duas chamadas da _______ e várias da sua mãe. Disse o Bae me mostrando a barra de notificações de seu celular, várias chamadas dela e de minha mãe.

O que aconteceu?

Eu havia esquecido meu celular no estúdio e rapidamente fui até lá busca-lo. Antes que eu pudesse apertar o botão de chamada vejo o número de mamãe ligando outra vez e de pronto atendo.

- Oh, Jiyong! Por Deus, você atendeu este celular.

- O que houve mãe, eu estou na YG agora e não vi as ligações.

- A _______, sua namorada, filho.

- O que houve, aconteceu algo com ela?

Eu não pude mais ouvir direito o Bae me perguntando coisas do meu lado e minha mãe com a voz preocupada do outro. Basicamente eles haviam acordado com gritos e a _______ foi encontrada desmaiada no quarto.

- Como assim desmaiada? O que, remédios?

Eles disseram que não sabiam o que fazer na hora. Ela estava com um frasco de remédios ao lado e haviam comprimidos espalhados, então decidiram leva-la pro hospital. Meu pai chamou a ambulância. Eles acham que a ______ teve uma super dosagem.

Não é possível.

- Ai, meu Deus mãe! Como isso aconteceu? Droga, eu não acredito! Levei a mão à testa como se pudesse explodir a qualquer momento com o que estava pensando.

Não, por favor ______, que você não tenha feito isso!

- Estou indo ai agora!

- O que houve Jiyong? Perguntou o Bae.

- Não posso explicar. A _______, está no hospital agora. Diz pro Yang que foi uma emergência. Eu disse pegando as chaves do carro e correndo pra fora do prédio. Dirigi rápido até o local que sabia onde eles estavam.

...

-Mae!? Corri até ela quando a vi na recepção do local e ela envolveu meus braços com os seus.

- Foram remédios filho, os que encontramos ao lado dela. Minha mãe explicava mas eu não acreditava.

Ela não podia ter feito mesmo isso, ______ nunca havia feito isso antes, ela não estaria querendo... Não, isso era egoísta demais da parte dela, e eu? Como eu ficaria nessa história?

- Como ela está? Eu quero vê-la. Eu preciso, agora!

- Calma filho, uma enfermeira falou a alguns minutos. Acha... que ela tentou se matar? Ela já fez esse tipo de coisa antes?

Minha mãe parecia abismada e eu não sabia como a responder. Não, ela nunca havia feito isso antes.

- Não, mãe, nunca fez isso antes.

- Não precisa se preocupar, eles disseram que ela está bem agora, os médicos foram fazer uma lavagem no intestino e que depois disso ela vai ficar bem. Foi sorte termos a trazido rápido pra cá.

Suspiro frustrado.

Eu não devia ter a deixado sozinha, e eu não podia acreditar como foi passar uma coisa daquelas pela cabeça dela até ela me dizer quando finalmente pude vê-la e a levei para casa.

Um pesadelo. Outra vez, pesadelos.

Ela me abraçava forte e chorava quando chegamos na sala da pensão. Chamei ela para irmos para o quarto, ela precisava descansar, apesar de ter sido medicada com calmante na veia.

- Você precisa descansar. Deita ai e descansa.

Calada, a ________ só me olhava com aquela cara que eu sabia que era de choro. Relaxei um pouco minha face que era de tensão desde que a trouxe daquele lugar. Meus pais vieram calados mas observando o caminho inteiro, eu não os culpo mas não queria que eles ficassem tão assustados para que ela não ficasse nervosa por isso.

- Será que eu.. vou tomar um banho e já volto, tá? Cheguei perto dela que arrumava seu travesseiro na cama e passei a mão em sua testa. – Quer tomar uma banho também?

- Depois eu faço isso.

- Okay... eu vou então.

Deixei a porta aberta e passei por baixo da água fria rápido como nunca. Sequei meu rosto ainda olhando de vez em quando para onde ela estava e pensando em tudo que se sucedeu e volto pro quarto com a toalha nos ombros e o roupão no corpo. Sento-me na beirada da cama e me pergunto o que estaria se passando na cabeça dela nesse momento.

- Eu não vou brigar com você. Eu só queria que soubesse o quanto fiquei preocupado. Eu sequei minha nuca e botei a toalha em cima no criado mudo deitando na cama com roupão e tudo mesmo e indo pra mais perto dela que se aconchego a mim. Percebi sua expressão recuada se relaxar.

- Desculpa. - Ela balbuciou. – Como eu disse, foi um pesadelo e você havia morrido. Eu havia ficado sozinha e quando acordei, não havia ninguém em casa, foi tudo muito real. Eu te liguei e você não atendia minhas ligações.

Seu tom era baixo e eu não queria que ela chorasse mais, coisa que seria iminente se eu não pusesse um fim nessa conversa agora.

- Ok, não vamos falar mais disso. Passou. Beijei sua testa. Não foi real, eu só quero que não faça mais isso. Não seja egoísta a esse ponto _______, tem idéia do que eu passei?

- Desculpa...

- Tem idéia do que eu passei? – Repeti - Eu vou perder você por nada? Não, _____ eu não vou!

Ela passou a brincar de girar meu anel no dedo direito, nossa aliança de compromisso de namoro. Ficamos um tempo assim e eu preferi deixar o resto das broncas que eu tinha para outra hora, eu não ia conseguir me controlar e talvez fizesse ela agora só precisasse da minha companhia.

Eu achei que ela tivesse melhorado mas agora eu estava preocupado.

- Yang disse que pode levar nosso relacionamento à público em breve.

Comentei e senti ela erguer um pouco o rosto surpresa com a ideia.

- O que? Como assim?

- Assumir para a mídia que eu tenho uma namorada e que você estava doente e por isso paramos com as atividades de Made. Mas não se preocupa com isso agora porque eu só farei isso se você quiser.

A noite passou tranquila. No outro dia fiquei com medo de voltar a deixá-la sozinha. Acordamos no mesmo horário e perguntei a ela se poderia ir na YG ajudar o Youngbae e voltaria pra almoçar e assim eu fiz.


Você pov


- Pode ir Ji, tudo bem. Eu já disse, só me assustei por que não te vi e você não atendia o telefone.

Eu disse meio envergonhada e ele se abaixou olhando nos meus olhos o que me fez soltar um sorrisinho involuntário, quando apareceu a senhora Kwon na porta do quarto pedindo licença e nos deu bom dia.

- Hoje vamos nos divertir bastante juntas lá no sótão. Você está disposta hoje meu anjo?

Balancei a cabeça positivamente para ela, ainda um meio envergonhada por tudo o que aconteceu ontem, sinceramente lembrar do ocorrido me da vontade de esconder minha cabeça embaixo da terra ou correr pra bem longe dali. Sim, eu ingeri os comprimidos. Num momento de desespero, eu não sabia o que pensar, eu não sabia o que fazer. Parecia que o Jiyong havia sido tirado de mim, eu só queria dormir. Dormir e fugir daquele pesadelo.

Jiyong via sua mãe me convidando para participar com ela de suas atividades e pareceu feliz. Aproximou seus lábios de minha testa me dando um beijo e me desejando um bom dia. Ele é tão bom, nunca que imaginei um dia na minha vida encontraria alguém tão acolhedor e compreensivo quanto ele, e era ele o Jiyong! O cara com quem eu não me dava muito bem logo no início.

Ele se tornou meu tudo, de um jeito que eu não saberia explicar como as coisas mudaram desde aquele tempo. E pensar que eu costumava ajuda-lo nos problemas que ele tinha, suas pressões, o mundo que ele parecia carregar nas costas. Acho que agora ele estava me retribuindo.

Jiyong saiu e eu fui com a senhora Kwon até o sótão. Ela me mostrou algumas telas em branco caso eu quisesse utiliza-las e também alguns vasos de cerâmica lisos, nos quais nós íamos fazer a arte acontecer, em suas palavras.

- Desculpa senhora Kwon, por ontem, pelo que aconteceu.

- Tudo bem minha filha.

As vezes eu sentia como se realmente pudesse estar confortável na presença dela, como se ela realmente gostasse de mim. É, eu acho que a mãe do Jiyong gosta de mim. Há muito tempo eu não sabia o que era a companhia de uma mãe.

- Eu gostei bastante disso, eu poderia fazer um curso e aprender mesmo. Comentei só para ter algum assunto para falar com ela, mas não era como eu estivesse desinteressada, eu estava me divertindo de verdade e se tem uma coisa que adoro fazer é algo que mexa com a minha criatividade.

Eu me sinto uma pessoa criativa.

- Mas tem curso sim, caso você queira fazer. É uma escola de artes. Não é em Seul, é um pouco longe mas você poderia fazer inscrições online e foi o Jiyong fez pra mim na época. Não sei muito dessas coisas.

- Ah, e foi? Sorri imaginando a cena de Jiyong ajudando a mãe com aparelhos eletrônicos e internet e desejei ter a minha mãe ainda aqui comigo. Esses eram pensamento que eu nunca deixaria de carregar comigo, pra sempre.

- Já o pai dele adora assistir coisas no celular, sobre pesca. Você precisava ver como ele fica o dia inteiro naquele negocio se não tivesse outras coisas para fazer.

- É, acho que eu poderia mesmo dar uma olhada nesses cursos, acho que me interesso.

- Mas você trabalha na YG com Jiyong, não é mesmo? Você é dançarina. Sabe, acho que lá também tem cursos de dança. Enfim, tem tudo que você possa imaginar relacionado a arte.

- A senhora poderia me dar o endereço de email deles depois.

Eu era sim dançarina na YG, inclusive deveria voltar em breve. Em um mês pra ser mais precisa, que era quando acabava minha licença.

A senhora Kwon foi até um armário de madeira que tinha ali, abriu com uma chave tirando algo de lá dentro e voltou para perto de mim. Fiquei curiosa com o que ela tinha em mãos.

- Jiyong me deu isso quando eu adoeci. Tive asma durante um tempo, antes de ele ser treinee na YG ou depois, não lembro bem mas ele entrou no hospital com essa caixa nas mãos e me deu. Eu não sei como deixaram ele entrar naquele dia fora do horário de visitas, mas ele conseguiu.

A senhora Kwon sorria com as lembranças o que me fez esboçar um sorriso também apesar de só poder imaginar a cena. Ela deu corda na lateral da caixa quadrada e a tampa se abriu começando a soar uma música suave e bonita.

- Ual, é linda! A caixinha possuía desenhos orientais em seu interior e era coberta de veludo. Tinha um peso considerável também levando em conta que era frita de madeira maciça e envernizada. Parecia ser uma daquelas peças antigas de relicário.

- Ela agora é sua.

- Mas não posso aceitar, senhora Kwon. Foi o Jiyong que lhe presenteou, acho que ele ficaria triste em saber que a senhora a deu. Sorri realmente agradecida.

- Não minha filha, ele não vai se importar se a pessoa para quem eu dei for você. Quero que fique.

- Mas, nós não somos casados ainda, somos apenas namorados. Ela sorriu com meu comentário um pouco tímido.

- Se um dia você for embora das nossas vidas, que eu não espero que isso vá acontecer, você devolve ela pra mim. Agora ela fica com você.

Segurei o objeto nas mãos e foi preciso dar mais corda para que a música delicada voltasse a tocar.

- Isso me ajudou de alguma forma a melhorar. Eu acho que o Jiyong sempre teve algum tipo de boa vibração e de alguma forma esse presente carrega isso também. Quem sabe possa te ajudar em algumas coisa também. Ela sorriu para mim e eu retribui o gesto com sinceridade.

- Obrigada, de coração, muito obrigada.

Eu realmente espero melhorar. Depois de tudo, eu ainda me vejo como se estivesse em uma estrada, um túnel que em vez de ir pra frente parece que só sigo para trás, para trás... Quando isso vai acabar? Quando eu vou voltar a ser a pessoa alegre e forte de antes?

É como se eu tivesse adquirido uma dependência a Jiyong sem igual, que eu não conseguia explicar. Talvez eu tivesse projetado nele coisas demais, por não ter mais uma família para quem voltar. Apesar de ama-lo e receber esse amor de volta, esse tipo de sentimento era prejudicial pra mim e eu tinha consciência disso.

Eu precisava reencontrar em mim mesma motivos e razões para viver, que não colocasse nele toda minha expectativa. Eu estava disposta a tentar isso, não que fosse uma tarefa tão fácil de fazer quanto de falar.

Resolvi checar minhas redes sociais. Não que eu tivesse vontade de fazer isso. Ultimamente o que eu menos fazia era acessar a rede, por isso mesmo haviam várias mensagens das meninas, dizendo estar com saudades. Meus olhos lacrimejaram, quase eu choro na hora.

Uma ou duas fotos das vezes que saímos juntas para alguma comemoração, um emoji soltando beijinho do Jiyong. A gente não era de ficar se falando por chat, sorri ao ver aquilo ali e automaticamente passei a pensar nele.

Uma mensagem do Jackson? “Saudades, sumida. Manda notícias suas.”

É, havia acontecido muita coisa desde aquela época.

“ Eu estou bem, e você?” nao parecia ser a resposta correta.

“Eu estou bem, agora” É, acho que agora está mais realista se levar em conta tudo o que já nas entrelinhas do “agora”.

- Alguém sentiu minha falta?

Soou a voz do Jiyong atrás de mim e ouvi o barulho da porta de correr ser aberta, ele veio se aproximando de onde eu estava. Eram cinco horas da tarde e eu estava na varanda do quarto, olhando pro lago que corria ali fora e me perguntando o que estava acontecendo com a minha vida.

- Ei, por que está ai, sozinha?

- Nada não, apenas pensando. Aqui é legal.

- Mas já está frio, é melhor entrar. Ele veio em minha direção.

- Eu estou agasalhada apropriadamente. Sorri – Sua mãe me contou sobre uma escola de artes onde ela estudou.

- Ah, sim. Fica em Busan, eu acho.

- Ela me aconselhou a me inscrever.

- Você quer mesmo fazer isso? Ele se aproximou por trás e me abraçou, me deixou arrepiada com um beijo no pescoço e se afastou apoiando seu rosto em meu ombro. Acho que senti um leve cheiro de álcool vindo dele além do cheiro habitual de nicotina.

- Talvez. Seria legal, mas outra hora eu vejo isso...

- Você trabalha na YG. Quando voltar, só vai ter tempo à noite.

- Jiyong, você bebeu? Ele levantou a cabeça de onde estava, tão confortável.

- Talvez. Por que?

- Talvez?

- Um pouco. Bebi uma dose de conhaque com o Youngbae, por que?

- Nada não. Apertei mais os braços dele ao redor da minha cintura sentindo ele  relaxar novamente. 

- Vamos tomar um banho juntos? Sua voz saiu arrastada e melosa. – Um banho quente, está frio.

- Daqui a pouco. Vamos ficar mais um pouco aqui, está tão bom. Esse lugar é mesmo incrível. Quase uma semana que estamos aqui e já sinto como se tivesse esquecido todo o mundo lá fora.

Senti sua risada na curva de meu pescoço.

- Bem, caso queira mesmo fazer algo naquela escola, eu posso te levar ou mando alguém fazer isso quando eu não puder.

- Vai mesmo fazer isso por mim?

- O que eu não faço pela minha garota?

- Não faz assim. Me afastei um pouco virando de cara para ele e sorrindo.

- Que foi?

- Adorável desse jeito, você quer mesmo me deixar viciada em você.

- Sim, com certeza. Você não já está não? Onde foi que eu errei?

Beijei seus lábios apaixonadamente, e sorrindo como uma boba, como a um tempo não fazia e não sentia. Senti o calor deles. Jiyong pediu passagem para aprofundar o beijo e eu lhe concedi. Passei minhas mãos para dentro de seu blusão a fim de me esquentar mais em seu calor.

- Está vendo? Esta com frio, eu acertei. Banho quente. Agora.


Notas Finais


espero que não tenhamos confundido muito vocês no começo.
caso alguém tenha dúvida sim, foi um pesadelo

agradecemos a todos os comentários, vamos responder os próximos

Não sei mais o que dizer aqui então até o prox!!


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