História I hate you, but I think I love you - Capitulo 12

 Sana

Abri a porta bem devagar para não a acordar, o quarto estava escuro e pela luz que vinha do corredor pude ter uma visão mínima de como estava lá dentro. Não pude ver onde Dahyun estava, a escuridão não ajudava, mas então os lençóis em cima da cama se moveram fazendo tufos de cabelo castanho ficarem de fora do edredom. Não liguei a luz para não chamar a atenção, tropeçando fui até o abajur que ficava no criado mudo ao lado da cama e o liguei, a luz era fraca e meio avermelhada, dava até um ar romântico ao quarto.  Olhei para Dahyun, ela estava dormindo com o rosto virado em minha direção, com os lábios entreabertos e a luz avermelhada  iluminado seu rosto, dei um tapa na minha cabeça para tentar me livrar dos pensamentos errados que estava tendo.

- Sana unni? – Devagar ela abriu os olhos e me olhou, eu ainda a encarava então assim que ela dirigiu o olhar para mim nossos olhos entraram em contato, não pude esconder o sorriso.

 - Sim Dahyun-na sou eu, - retirei os fios soltos da sua testa, e acabei sentindo seu calor nas minhas mãos. – Você está muito quente!! – Juntei minha testa a dela, da mesma maneira que minha mãe fazia comigo quando ficava doente.

- Meu deus, você está pegando fogo!

- Unni eu estou, cof cof... eu vou ficar bem. – Seu rosto estava molhado por causa do suor, olhei ao redor e peguei alguns lenços de papel em cima do criado mudo e comecei a seca-la.

- Sua boba, não sabe nem mentir, eu vim aqui para cuidar de você, e ponto, isso não está aberto a discussão. O que você pensa que estava fazendo?

- Não quero dar trabalho para ninguém, muito menos para você. – Ela falou quase em um sussurro, estava muito cansada.

- Me incomodar? Você nunca fez isso sua boba, a única coisa que me incomoda é você esconder isso de mim e ficar sofrendo sozinha.

- Desculpa, eu não... – coloquei gentilmente o dedo em sua boca, a fazendo parar de falar.

- Shiiii não se force mais, espere um minuto, vou pegar algumas coisas no meu quarto e já volto!!  

Me levantei, mas antes de a chance de dar um passo senti seu aperto fraco sobre a manga do meu suéter.

-  não vai, não quero ficar só.

Meu coração se contraiu e expandiu tão rápido que pensei que ele estava planejando sair do meu peito e correr em direção a aquela linda garota. Esse sentimento tão único, só você me faz sentir ele..- Bebé eu não vou demorar, eu - juro, só um minuto e estou aqui! – Ela me soltou com uma expressão triste no rosto, tive que colocar a mão no peito por um segundo, não, não amigão, não é hora de ir eu ainda preciso de você.

Bolt, quem é Bolt perto de mim? Eu corri tão rápido que não me surpreenderia ter quebrado algum recorde de velocidade. Joguei de qualquer jeito as roupas que estavam espalhadas dentro da mala e a fechei com muita dificuldade, mas antes disso tirei a bolsinha de remédios a deixando em mãos, era mais prático.

 Eu tinha que estar sempre preparada, entre nós nove Dahyun era a com saúde mais frágil. As condições dela acabam a fazendo ficar doente nos momentos mais inconvenientes, por isso que com o passar do tempo aquela boba começou a esconder de nós quando ficava doente, boba mesmo. Como Dahyun fica doente muito fácil eu comecei a me prevenir, em toda viagem que fazemos sempre levo uma bolsa de remédio, não quero me gabar, mas nem a manager é tão prevenida como eu kikiki, mas também né, se é pela Dahyun uma pessoa sem juízo como eu precisa ficar na linha.

 Como eu me preparei pensando nela tinha tudo que ela precisava quando ficava doentinha; descongestionante nasal já que Dahyun tinha um probleminha no nariz, vários tipos de colírios já que os olhos dela ficavam ressecados com frequência, remédio para alergia pois qualquer contato com pó a fazia ter ataque de espirro, tinha uma bombinha de asma também, mas nunca foi usada, só comprei porque sua mãe me disse que quando ela era criança tinha asma.... É eu me preocupo muito com ela, mas fazer o que né, eu sou dessas.

 - Voltei. – Falei ofegante pela corrida que fiz e ela me deu um sorriso fraco como resposta, que para alguém tão simplista como eu, valia mais que ouro. – Vou ficar aqui essa noite para cuidar de você, quando Chae-chae chegar vou chutar ela daqui.

- Há.. tão cruel. – Ela manteve o mesmo sorriso fraco.

Comecei a cuidar dela como normalmente fazia, coloquei um pano umedecido em sua testa e dei alguns comprimidos para diminuir a febre e a dor de cabeça, pelo jeito era só uma gripe forte. Eu sempre fico preocupada quando ela se adoenta, sem exceção, mas não posso mentir e dizer que não gosto quando ela fica assim, era um dos poucos momentos em que ficávamos só nós duas.

Quando ela pegou no sono, fiquei olhando seu rosto dormindo até pegar no sono também.

.........................................................................................................................

Dahyun

 Acordei, ainda estava me sentido mal, mas pelo menos a dor de cabeça avia diminuído um pouco.

Olhei para o lado e lá estava Sana, dormindo encostada na ponta da cama a apenas alguns centímetros de mim, isso era tudo o que eu não queria.  Seria melhor se você não tivesse vindo atrás de mim sua tonta, porque nunca entende meus foras? Seria melhor para você e para mim se mantermos distância uma da outra.

 Seria ótimo para você já que não teria mais o trabalho de cuidar de mim, eu sei que causo muitos problemas quando fico doente, mas você é muito boa mentirosa e consegue sempre disfarçar seu cansaço atrás de um sorriso bonito.  E seria ótimo para mim também, tudo o que preciso agora é me manter longe de você, justamente por causa do jeito atencioso e cuidadoso como você me trata. Aliás quem não ficaria apaixonada por uma mulher que passa a noite toda ao seu lado em quanto você queima em febre, que alisa seus cabelos dizendo que vai ficar tudo bem, dizendo que nunca vai te deixar. Esse sentimento foi sendo forçado para dentro de mim a cada minuto que passávamos juntas, eu não escolhi ele, mas será que dá para escolher ele mesmo?

Não pude controlar as lagrimas, elas começaram a cair do meu rosto molhando o travesseiro, com minhas duas mãos cobri meu rosto e virei para o outro lado me encolhendo. Ela não pode ver minha lacrimas, não posso a deixar descobrir que ela é a causadora delas.                                                                                                           

- Não deveria te amar, não posso, é errado.... – Eu sussurrei, tão baixo que eu mesma não pude escutar, talvez por culpa do ouvido entupido. – Meninas, amigas, menbros do mesmo grupo, tudo está errado. Não devia ser assim Sana unni, gostar de você é tão complicado....

Continuei chorando por mais alguns minutos no meu cantinho até ouvir sua voz.

- Dahyun, você está bem? – Seu tom era tão preocupado, ah eu realmente odeio a fazer se sentir tão sobrecarregada por mim, droga de saúde.

 -To bem... –virei na sua direção, tentei não olhar para ela, mas foi inútil, ela notou meus olhos vermelhos e as lágrimas que ainda insistiam em cair.

 - Ohh bebé você está chorando, omo! – Ela chegou mais perto e afagou minha cabeça com uma mão e secou as lágrimas com a outra, seu toque só me fazia ficar mais quente.-

 - Você está mais quente.... Vem vamos de molhar. – Ela apontou o polegar em direção ao banheiro, - isso vai ajudar a diminuir sua temperatura.

 - Não...não mesmo!! - Eu tentei protestar, mas ela já tinha descido as mãos em direção a blusa do meu pijama, o desabotoando de cima para baixo.

- Não precisa ficar envergonhada, já te vi pelada, esqueceu?

- Você me viu sem roupa na época no sixteen, unni muita coisa mudou!! – Eu falei séria, mas ela ignorou e sorriu, continuando a desabotoar minha blusa.

– Ei você está me ignorando? Não me ignore eu to falando sério!! – Me debatia, mas ela não largava o que estava fazendo, a essa altura eu já estava extremamente envergonhada, se tivesse força no corpo a impediria, droga de doença. Ela abria minha blusa tão devagar, como se não tivesse pressa em chegar ao fim, para mim isso era tão vergonhoso que poderia ser considerado uma tortura.

 Quando era retirou minha blusa por completo e meu peito ficou todo exposto aos seus olhos, senti minha temperatura dobrar, talvez a água do chuveiro não seja suficiente para me fazer esfriar.

 - Yah pra onde você está olhando! – Queria ser mais imponente, mas não podia falar mais forte por causa da febre. Ela se assustou com minha bronca e me encarou com o rosto nervoso.

- Ahm nada, nada. – Sana unni ficou vermelha, isso era tão raro que mesmo nas minhas condições não pude segurar o riso.

 Eu a convenci a me deixar de calcinha, ao menos um pouco da minha dignidade poderia ser salvada esta noite. Sana me carregou até o banheiro e me deixou debaixo do chuveiro uns 10 minutos, depois me enrolei em uma toalha joguei a calcinha molhada e com a ajuda dela voltei para cama.

...........................................................................................................................

Sana

 Eu a ajudei a sentar na cama e comecei a secar seu cabelo, Dahyun tem um cabelo grande por isso demorou até ficar seco, não estou reclamando, até mesmo tocar seu cabelo me deixava feliz. Depois de quase meia hora secando seu cabelo ela me obrigou a encarar a parede para que pudesse vestir um novo pijama, mas sabe como é né, como a carne é fraca uma hora ou outra eu dava umas leves espiadinhas pelo reflexo do guarda-roupa. A fiz tomar outro remédio e logo depois ela voltou a deitar e pegou no sono. Seu rosto era tão lindo dormindo, ao ver ela tão bonita sem nem mesmo ter consciência, me questionei novamente o quanto alguém poderia se apaixonar por outra pessoa, será que existe limite para a paixão? Mais cedo quando vi seu corpo nu tive a certeza que não.  Por isso meu coração doía tanto, não era para eu me sentir assim, saber que a pessoa que eu amo me ama também não deveria me fazer feliz? Não, não é assim que isso funciona.

Saí do quarto, precisava de um ar, mas não queria me afastar muito então acabei sentando no corredor mesmo, encostando minhas costas na porta do nosso quarto. Tomei uma dose de folego e disse para mim mesma. 

 - Dahyun-nam eu já estou tentando arduamente te amar menos, mas é inútil, sair com outras pessoas só me deixa com mais certeza que você é única. Eu poderia suportar esse sofrimento, se for para poder ficar perto de você não me importo com a dor, mas se você se sente assim... eu te amo demais para te machucar....