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História I hate you I love you - Capítulo Trinta e Dois


Escrita por: wtftaa

Notas do Autor


Heeeeeey!

Capítulo 32 - Capítulo Trinta e Dois


 


Tayla encarava as pílulas que estava tomando diariamente para ajudar seu corpo a desenvolver os hormônios necessários para que ela pudesse engravidar e formar uma família com Manuel. Subitamente, a ruiva encarou seu reflexo no espelho e notou as leves marcas arroxeadas nos olhos causadas pela noite mal dormida e o nariz inchado pelo choro que durou a noite inteira. Ela sentia medo por amar tão ardentemente aquele homem, por confiar cegamente em Manuel. Tayla sempre temeu amar alguém, mas havia esquecido dos riscos que corria quando apaixonou-se por ele. 

Jogou uma das pílulas na boca, bebendo água em seguida, e voltou para o quarto, que estava uma zona desde que Manuel havia voltado bêbado na noite anterior.

 


(...)

 


Tayla encarava o vazio esperando Neuer acordar do sono pesado, sem conseguir organizar seus pensamentos, ou até mesmo ficar em algo que não fosse a dor que queimava seu interior. Já havia organizado toda a bagunça, na esperança que aquilo lhe distraísse por algumas horas, evitando fazer barulho para não perturbar o namorado. Dessa vez ela daria a Manuel a chance de se explicar para não tomar atitudes precipitadas.
Ela sempre se precipitava e fugia, mas não iria fazer aquilo de novo. Ela não era mais a menina assustada que havia chegado a Alemanha, mas sim uma mulher, que tinha conquistado seu espaço no mundo, e por fim, a sua independência. 
Mas quando via Manuel, dormindo de maneira angelical lembrava-se que nunca seria independente totalmente. Não com seu coração que insistia em pertencer a alguém além dela mesma. 

 


(...)

 

 

Manuel acordou, sentou-se rapidamente e sentiu sua cabeça girar e correu para o banheiro.
Tayla arrumou a cama que ele dormia, colocando os lençóis deixados pela camareira mais cedo, enquanto ouvia o barulho do chuveiro ligado.

— A gente precisa conversar Manu. - disse Tayla, quando o loiro saiu do banheiro, sentindo sua cabeça doer.
Manuel se deu conta que passou dos limites na noite anterior ao ver os lençóis sujos no canto da parede, o cheiro forte de produtos de limpeza atingiram seu olfato com força e Tayla não precisou dizer nada mais para que ele soubesse que estava ferrado.
— Você tem alguma coisa que faça isso parar, antes de começarmos? - perguntou ele, sentando-se na cama, com as duas mãos na cabeça, tentando ganhar tempo para pensar em algo que justificasse aquela bagunça.
— Não. - respondeu ela, sentando-se na cama, o mais longe possível dele, não se sentia confortável com aquela situação.
— Tay, amor, me perdoe por ontem! - pediu Manuel, afobado — Não lembro do que aconteceu, só sei que saí com os caras e acordei aqui... - explicou-se ele, e ele realmente não recordava de nada em detalhes, apenas era um bom observador e juntou todas as peças.
— Eu sei que vocês perderam uma partida importante ontem. - começou a ruiva — Mas você nunca foi assim durante todo esse tempo. - disse ela, lembrando-se do estado deplorável em que viu o namorado chegar.
— Eu passei dos limites, isso acontece. - justificou Manuel, apelando.
— Você testou seus limites ontem, e testou os meus também. - respondeu ela, levantando-se e indo em direção ao loiro, que estava cabisbaixo — Aquele homem que foi abusivo comigo ontem não pode ser você. - disse ela, com os olhos brilhando pelas lágrimas contidas — Mas era você... - disse ela, acariciando o rosto de Manuel, enquanto sentia as lágrimas teimosas descendo pelo seu rosto. O coração de Tayla batia descompassado no peito enquanto via a confusão tomar conta dos olhos de Neuer, que aos poucos foi recordando do que tinha acontecido na noite anterior e sentiu repulsa de si mesmo. 

Primeiro tratou-a mal quando ela tinha intenção de ajudar, depois faltou com respeito com ela. 

Ele compreendia o choro desconsolado da namorada porque ele sabia que, no fundo, ele era tudo que ela tinha no mundo. Manuel sentiu ódio de si por ter sido tão babaca. 

Ele adorava o sorriso largo dela, principalmente quando ela sorria para ele ou por conta dele. Odiava vê-la chorando, e odiou-se ainda mais quando se deu conta que as lágrimas dela, eram culpa dele. 

— Eu não tenho nada para dizer Tayla. - disse ele, depois de alguns minutos de silêncio entre os dois, percebendo que nada que pudesse dizer poderia reverter aquela situação.
— Você me cura e ao mesmo tempo me destrói. - comentou ela, pegando sua bolsa de mão, calçando seus tênis e o loiro logo se assustou com aquela atitude.
— Você está me deixando de novo? - perguntou ele, sentindo seu peito apertar.
— Estou indo para Munique com você. - respondeu ela, com um sorriso tristonho.
— Você não vai brigar comigo? - perguntou ele, confuso. 
— Não vou perder meu tempo com isso, Manuel. - disse ela — Você foi o mais perto do amor que cheguei, e infelizmente ou felizmente, não consigo mais ficar longe de você. - disse ela, deixando-o boquiaberto. 
Estava simples demais, fácil demais.
— Eu estou perdoado pela merda que fiz ontem? - perguntou ele, inseguro e esperançoso.
— Eu não disse nada sobre perdão. - respondeu ela, quando viu Peter, pai de Manuel, aparecer na porta do quarto com um meio sorriso ao ver o filho de pé, e Tayla sorriu para ele, para que ele entendesse que estava tudo bem.
— Estou atrapalhando algo? - perguntou o homem mais velho, e Manuel ficou confuso, não fazia ideia de como seu pai havia aparecido ali.
— Está tudo bem, nós estamos indo para Munique com o time e nos vemos por lá, pode ser? - perguntou Tayla, enquanto os dois saiam do quarto, seguindo pelo corredor, deixando Manuel para trás, perdido.

 

(...)

 

— Eu senti sua falta. - disse Tayla, assim que viu Louise no estacionamento do Allianz Arena, e Lou a envolveu num abraço desengonçado. 
Louise usava um vestido longo florido, e ostentava uma barriga enorme, onde Belinda estava. Lou estava linda, feliz, radiante.
Tayla não pode evitar a pontada de inveja que surgiu em seu íntimo. 
— Você está bem? - perguntou Louise, ao notar que a ruiva estava com o pensamento distante.
— Acabamos de chegar da Inglaterra e você veio buscar o seu marido, que deve estar com saudades de vocês duas... - respondeu Tayla, mudando de assunto — Nós conversamos depois, ok? - pediu ela, quando Manuel chegou ao seu lado, acompanhado por Xabi Alonso, que quando viu a esposa, correu para abraçá-la e enchê-la de mimos. 
— Venham jantar lá em casa hoje, vocês dois! - disse Lou animada e Manuel cumprimentou a morena, conversou com a barriga dela e agradeceu pelo convite, enquanto Tayla permanecia em silêncio, somente assistindo.
Louise havia entendido a súplica de Tayla. Havia entendido que algo não ia bem na vida da amiga.

 


(...)

 


Manuel estava impaciente com o silêncio constante da namorada. Sempre que tentava puxar assunto, ela o respondia de maneira curta e grossa, ou simplesmente ignorava. 
Não foram jantar na casa de Xabi e Louise porque a ruiva bateu o pé e disse que não iria, mas também não explicou o motivo e Manuel não insistiu em saber e nem para que fossem, afinal odiava a ideia de viver de aparências pelo menor tempo que fosse.

O celular da ruiva piscava e vibrava constantemente na mesa de cabeceira da cama do casal enquanto Tayla tomava banho, e Manuel assistia a reprise do jogo desastroso da semana, lamentando os seus erros e de todos os passes perdidos pelos companheiros de equipe. Perdeu a paciência e pegou o telefone em mãos para verificar se era algo realmente urgente e o que acabara de ler lhe deixou extremamente curioso.

"Você não tem muito tempo, Tayla. Ele precisa de você. Seja melhor que ele, seja humana. Xx June" dizia a mensagem que piscava na tela do celular de Tayla, e Manuel não havia entendido nada. 
Abriu o aplicativo e espionou as mensagens trocadas entre a sua namorada e June, a assessora de Tayla e amiga do casal, afinal ele parecia ser o único que não sabia de nada que estava acontecendo.

Manuel não acreditava no que lia, simplesmente porque achava impossível que o pior pesadelo da vida de Tayla estava acontecendo bem diante dos seus olhos e a pior parte era saber que ela não tinha lhe contado nada. Manuel sentia-se traído, e a sensação era horrível.

O pai biológico de Tayla havia sido encontrado em um hospital na Cidade do México, e havia sido diagnosticado com câncer no pulmão em estágio avançado. Pelo que entendia, não tinha muito tempo de vida.
Mas para Manu, o pior era que Tayla estava considerando a ideia de visitá-lo, sem ao menos consultá-lo. Estava furioso.

— O que você está fuçando aí? - perguntou a ruiva, nervosa ao flagrá-lo com seu celular em mãos. 
— Quando você ia me contar? - perguntou ele, jogando o aparelho na cama, que quicou no colchão e foi parar no chão para espanto de Loki que dormia no tapete felpudo ao lado da cama.
— Isso não tem nada a ver com você. - respondeu ela, enrolada na toalha, com os cabelos cacheados molhados, tentando ignorar o surto de Manuel.
— Eu achei que não existiria mais nenhum segredo entre nós dois! - berrou Manuel, perdendo a paciência com o cinismo de Tayla.
— Eu ia contar para você, depois daquela merda de jogo! - respondeu ela — Eu precisava de você naquele momento! - acusou Tayla, mostrando todo o ressentimento que guardava.
— Você não pode me culpar por algo que eu nem sabia! - vociferou Manuel, enquanto Loki latia aos seus pés.
— Pare de gritar, por favor! - pediu ela, pegando o cachorro nos braços. 
— Você não vai vê-lo. - afirmou Manuel, depois de alguns minutos de silêncio, num sussurro.
— Essa é uma decisão que só cabe a mim. - respondeu ela — E eu já decidi. - concluiu a ruiva, olhando nos olhos de Manuel, que demonstrava indignação.
— Tayla, ele não merece isso! - disse o loiro, sem poder se conter, pois estava claro para ele que ela iria.
— Mas eu mereço! - berrou ela, derramando-se em lágrimas — Eu mereço finalizar esse ciclo da minha vida! - continuou a ruiva, colocando Loki na cama de casal, que estava irritado — Ele é a única pessoa no mundo que tem as respostas que busquei durante toda a minha vida. - justificou-se Tayla, enquanto Manuel tentava compreender o raciocínio dela.
— Eu vou com você, então. - disse ele.
— Acho pouco provável que você consiga ir, mas não vou discutir. - disse a ruiva, entrando no closet de Manuel, pegando a primeira camisa dele que encontrou, vestindo-a e secando seu cabelo com a toalha, enquanto Manuel voltou sua atenção para o cachorro que esfregava-se em suas pernas, o pegando no colo, batendo a porta com força ao sair do quarto.


(...)

 


— Amor, isso não está funcionando. - disse Manuel, deitando-se ao lado de Tayla na cama. Já era tarde da noite e ambos não conseguiam dormir. 
— Nós estamos brigados Manu, você não pode me chamar de "amor"! - explicou ela, enquanto puxava o edredom para si, deixando Manuel descoberto.
— Esse é o ponto, Tay. - iniciou o loiro, virando-se na direção dela, que estava de costas para ele — Eu não quero estar brigado com você. - explicou ele, encarando-a nos olhos, com um sorriso nos lábios, ao vê-la se remexer na cama, desconfortável.
— Você me estressa e depois quer agir como se nada tivesse acontecido? - perguntou ela, demonstrando indignação ao virar-se para ele, e vê-lo com um sorriso largo.
— Você quer uma massagem relaxante? - perguntou Manuel, mal intencionado.
— Eu vou me arrepender disso? - respondeu a ruiva num tom de pergunta, enquanto retirava a camiseta para que ele massageasse as costas dela.

Manuel riu do estresse da namorada, a achava atraente de qualquer forma, mas a Herrera irritada era a coisa mais sexy que ele já havia visto em toda a sua vida. Abriu o fecho do sutiã que ela usava, retirando também as meias e a sua boxer que ela usava. Optou por começar pelos pés, já que queria fazer o serviço completo. Ou ele só queria ver aquele corpo que adorava, como se fosse algo sagrado, completamente nu?
Ele não saberia dizer.

— Você está tão sexy assim, amor. - disse Manuel, enquanto assistia a namorada suspirar com seus toques precisos, afinal, como fisioterapeuta que era, sabia bem como massagear alguém, conhecia o corpo da ruiva e usava isso ao seu favor.
— Cala a boca. - pediu ela, revirando os olhos para ele, que riu.
Manuel continuou a massagear o corpo de Tayla, desde seus pés até as costas nuas da ruiva, subindo suas mãos grandes pelo pescoço dela. 
Infelizmente, Tayla não estava relaxada coisa nenhuma. Tayla estava tensa, e sua situação ficava cada vez mais crítica, e Manuel estava se divertindo às custas dela.

 


(...)

 


Assistir o corpo de Tayla se contorcer com o prazer que Manuel lhe causava era a coisa mais erótica que ele tinha visto em toda sua vida. Ultimamente ele estava vendo muita coisa erótica vinda da sua mulher. 
Concluiu que Tayla era a melhor coisa que tinha visto em toda sua vida.
— Eu posso? - perguntou Manuel, referindo-se aos seios dela, que estavam expostos e enrijecidos, quando Tayla se pôs de joelhos na cama, encarando-o com as pupilas bem dilatadas, com raiva dele.

— Você está me pedindo para transar comigo? - perguntou ela, irônica.
— Eu quero amar você. - respondeu ele, sentindo seu corpo reagir rapidamente a aproximação repentina de Tayla, que sentou-se no seu colo.
— Então não é só sexo? - perguntou ela, com um sorriso travesso nos lábios.
— Nunca foi só sexo com você, amor. - explicou ele, sem entender de qual o ponto que ela queria chegar com aquelas perguntas. Ela sabia que ele a amava — Eu te amo. - disse ele, vendo Tayla sorrir para ele como nunca tinha feito antes, e sentiu-se feliz.
Tayla sorriu, envolvendo o loiro num beijo quente, enquanto retirava a calça de moletom que ele usava. 
Manuel era um péssimo profissional, porém um excelente amante, isso era inegável, pensou Tayla, esquecendo de todo o resto do mundo e de seus problemas, enquanto Manuel distribua carícias pela extensão de seu corpo curvilíneo.
O frio de Munique tentava se estabelecer no cômodo, mas os corpos unidos só liberavam calor. 
Ambos eram ardentes e intensos. 
Juntos, poderiam incendiar o mundo. 


Notas Finais


Vocês sumiram né? Eu sei que eu estou demorando mais que o costume para postar e tal, mas acreditem, estou bastante ocupada. Espero que entendam!
Voltem a comentar, gente!
Beijos, até o próximo! ❤️


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