1. Spirit Fanfics >
  2. I hate you so much >
  3. Capitulo 24

História I hate you so much - Capitulo 24


Escrita por: Gregoria_Light

Notas do Autor


E aí, gente bonita??
Bora para mais um cap.

Capítulo 24 - Capitulo 24


~*~

Depois de tudo preparado é que o choque de realidade bateu na porta de Sesshoumaru. O que raios ele estava fazendo? Aquilo era ridículo, a pior forma possível de entregar uma notícias daquela. Mas já estava tudo preparado, ele já estava lá, e não havia mais como fugir.

Ele se levantou, foi até a cozinha de Rin e bebeu um pouco de água. O que ele queria na verdade era um pouco de rum, licor, conhaque ou qualquer outra bebida forte. Ele sentia que precisava se embriagar o quanto antes, mas ao mesmo tempo sabia que não podia.

Ele voltou para o sofá de Rin e observou o pacote de madeira finamente decoradora. Ridículo, agora ele se sentia ridículo pela sua tentativa de trazer algum consolo em seu coração, se sentia ridículo por querer transformar o momento em um evento único e memorável. Não haveria consolo, afinal, nem ele se sentia confortado de alguma maneira. Com impaciência ele mandou mais uma mensagem para ela, perguntando se ela havia saído do trabalho. Ela respondeu que sim, que já estava no Uber e perto de casa. Ele suspirou, estava nervoso, e Sesshoumaru não era de ficar nervoso. Ao menos não sem motivo.

Na medida que os minutos foram passando ele foi ficando cada vez mais angustiado e uma dor tomou conta do coração dele. Seria desespero esse medo infundado que ele estava sentindo? Ele não sabia, não fazia a mínima ideia do que estava sentindo. Era engraçado imaginar o rumo que sua vida havia tomado, imaginar que sempre que ele pensava que as coisas estavam indo de acordo com o que ele planejava, ele se surpreendia. A vida tinha mania de dar rasteiras nele o tempo todo, como se quisesse mostrar para ele que não, ele não tinha o controle de absolutamente nada.

Quando ele ficou sabendo da notícia um misto de sentimentos se apossou dele, sendo o primeiro, raiva. Muita, muita raiva e vontade de quebrar tudo. Mas ele fora controlado, quebrando apenas alguns objetos com a mão. Depois que a raiva passou, ele conseguiu pensar direito e chegou à conclusão de que tudo era culpa dele, afinal de contas. E aí ele se sentiu culpado, muito arrependido de suas atitudes. Depois a consciência do que estava prestes por vir bateu de frente com ele o sentimento foi desespero e desolação. E medo, muito medo de tudo aquilo.

Quando a porta abriu e Rin adentrou o pequeno apartamento Sesshoumaru suspirou pesado. Ela olhou para ele preocupada, já notando que havia algo errado, e muito errado. Sua namorada sempre fora muito perceptiva com as coisas, era óbvio que ela iria perceber logo de cara.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou desconfiada.

- Precisamos conversar. – Sua voz saiu grave e preocupada, e Rin arregalou um pouco os olhos temendo o conteúdo daquela conversa.  

- Sobre? – ela colocou sua bolsa em cima da mesa de centro e se sentou ao lado dele. Sesshoumaru estava tão aflito que nem ao menos se lembrou de cumprimenta-la com um beijo, indo direto ao assunto.

- Tudo. – Rin engoliu em seco, o seu semblante de repente se tornou sombrio e preocupado, assim como o de Sesshoumaru estava. Ele até tentava manter a normalidade, mas seu rosto deixava claro que algo terrível havia acontecido e Rin já começava a se sentir apavorada com as várias possibilidades.

- Tudo o que, exatamente? –  Tudo era muita coisa, tudo era uma amplidão de assuntos intermináveis e a mente dela já estava começando a criar várias teorias. Cada uma mais terrível que a outra.

- A gente, exclusivamente nós. – Rin engoliu em seco novamente, não era normal ver Sesshoumaru nervoso e ele estava exalando nervosismo por cada poro. E mais uma vez, “nós” era uma amplitude enorme de assunto, ele teria que ser mais específico se quisesse que ela entendesse alguma coisa.

- Sesshoumaru, eu estou ficando preocupada. – Ele não queria assustá-la, mas sabia que não havia como anunciar o que precisava ser anunciado sem fazê-lo.

- Rin, o que eu vou te dizer vai mudar nossas vidas para sempre. – Ela arregalou os olhos. – Eu quero que você saiba que independente de qualquer coisa eu te amo. Eu sempre vou te amar.

 - Isso está parecendo uma despedida. – disse Rin franzindo o cenho. – Por acaso está planejando ir embora? O que aconteceu? Não me diga que vai precisar fugir do país por causa do julgamento, ou que...

- Não, droga. Deixa-me tentar de novo. – disse o youkai respirando fundo. Este não era o momento para mal entendidos. – Bom, não tem outro jeito de eu te dar a notícia.

- Que notícia? -perguntou Rin preocupada, ela agora amassava freneticamente a bainha da blusa.

- Só abra isso. –  Sesshoumaru pegou uma pequena caixa de madeira e entregou a Rin. A garota ficou tão preocupada com o comportamento estranho do namorado que nem vira a caixa do lado dele. Ela a pegou e colocou em seu colo, sentindo as mãos trêmulas de nervoso devido a ansiedade do mistério. Se ela bem conhecia Sesshoumaru, nada de bom vinha de dentro das caixinhas de madeira dele, da última vez ela encontrou cartas e cartões da época da carochinha. E um desenho humilhante avaliado como um C-.

Ela abriu a caixinha e o conteúdo era tão estranho quanto o da outra. Dentro dela havia um macacãozinho verde de bebê. Rin o olhou sem entender nada. Sesshoumaru estava doido? Oh, não! Rin olhava dele para o macacãozinho diversas vezes.

- E o que significa isso? – perguntou com a voz fraca. A cor dela foi sumindo pouco a pouco e Sesshoumaru começou a se preocupar.

- Abra o envelope. – Rin pegou o envelope e reconheceu que eram seus exames. Ela o olhou assustada. Não era possível. Ela olhou do envelope para o youkai uma dezena de vezes e de repente ela não tinha mais coragem de encarar nem um, nem outro.

Reunindo todas as suas forças ela o abriu e passou os olhos pelos vários exames realizados até encontrar a linha referente ao beta HcG. E lá estava: Grávida!

Nããããããããããão! De repente o ar faltou, era como se ela tivesse sido chutada da Terra para Marte em questão de segundos. Grávida. Grávida antes do casamento. Pior, grávida com apenas 3 meses de namoro. Sua tia Louise ficaria muito satisfeita por suas previsões terem se concretizados.

- É o meu nome que está aqui. – disse Rin apontando para o exame. Aquilo deveria ser uma pegadinha de péssimo gosto.

- Sim. – disse Sesshoumaru a olhando preocupado. De repente a cor dela havia sumido de vez e ela começou a suar. Sem dizer uma palavra ela se levantou, trêmula, e correu para o banheiro onde vomitou. Sesshoumaru foi atrás dela e a ajudou, ela estava abatida e gelada, e o youkai a guiou novamente para o sofá.

- É o meu nome, e isso quer dizer que é o meu exame de sangue. – A voz dela saiu vacilante e cortada.

- Sim, Rin. Este é o seu exame de sangue. – Os olhos de Rin se encheram de lágrimas e Sesshoumaru sentiu muita dó dela. Dó e inveja, ele queria poder chorar também, mas sentia que seria vergonhoso um homem do tamanho dele gastar lágrimas com aquilo.

- É por isso que você não voltou para a empresa com os exames? – Todos da editora fizeram exames de rotina, Sesshoumaru ficará responsável por busca-los, mas não voltou com os malditos.

- Sim. – Rin sentiu que a sala de repente começava a rodas, as paredes se moviam de maneira muito rápida como se ela estivesse com labirintite.

- É mentira isso, não é? Você deve estar fazendo hora com a minha cara. Sesshoumaru, isso não tem a menor graça, eu vomitei de nervoso. – disse com a voz embarcada de esperança. O youkai fez que não com a cabeça e Rin soltou um gemido sôfrego de desespero. – Tem certeza que não está trocado? Eles não estão confundindo as bolas?

- Infelizmente não, princesa. Não há nenhum engano. – Ele a olhou com carinho, aquela coisinha pequena e branca feito papel. Ele mesmo havia agido assim quando abrira deliberadamente o exame dela para checar se estava tudo bem. Sesshoumaru havia aberto o exame de todos da família que trabalhavam lá e não ficou surpreso ao constatar que Inuyasha estava com o colesterol um pouco alterado. O hanyo estava comendo bobeira demais. Mas ao ver o exame de Rin ele quase teve um ataque do coração.  

Primeiro ele sentiu as pernas ficarem trêmulas, o que era ridículo, ele não era o tipo de homem que bambeia as pernas. Depois o coração dele acelerou, as mãos ficaram frias e ele viu tudo ficar momentaneamente preto a sua frente. Depois ele oscilou entre vários sentimentos, raiva, desespero, angustia, medo, desespero, desespero, desespero, vontade de chorar, angustia, arrependimento e mais desespero. Por sorte ele conseguiu se tranquilizar fazendo uma série de respirações lentas e ligando para Kagura. A maldita teve a coragem de rir dele.

- Como você pode ter certeza? Eu não deveria repetir o exame? Eu não posso estar grávida, somos prevenidos demais para isso. - Ele gargalhou, pelo jeito não foram tão prevenidos assim.

- Você está rindo! – Rin parecia incrédula. – Você disse que não queria filhos, mas agora está rindo.

- E não quero mesmo, mas pelo visto não temos escolhas quanto a isso. Gostemos ou não uma criança está a caminho para cuidarmos – Ela engoliu em seco e arranhou as bochechas com as unhas. Sesshoumaru tirou suas mãos do rosto e a fitou bravo. – Não faça isso.

- Eu preciso de uma água – Disse Rin tremendo. Sesshoumaru correu até a cozinha e trouxe uma garrafa para ela que bebeu tudo de uma vezada só. – Eu não acredito que estou grávida, nem espaço no apartamento eu não tenho.

- Teremos que morar juntos, Rin. Teremos que comprar outro apartamento, ou uma casa. – Ela pareceu considerar aquilo. De repente um pingo de empolgação surgiu no coração de Rin e ela pensou: listas. Uma gravidez iria render várias listas para seu blog, listas eternas pelo resto de sua vida. Mas ela logo caiu em si e voltou a se angustiar.

- Como você está se sentindo? – perguntou Rin preocupada.

- Honestamente? Eu não sei. Não faço ideia de como me sinto, porque estou ansioso demais com a notícia. Mas não estou triste, se é o que você quer saber. Não era o planejado, claro que não. Mas aconteceu e pretendo dar meu melhor para essa criança. Talvez eu até fique feliz depois que me acalmar. – Ela suspirou aliviada, ao menos alguém estava bem com aquela notícia. Ela não estava de fato feliz, afinal, nunca tivera vontade de ter filhos, nunca sentiu o desejo de ser mãe. Mas triste ela também não estava. Só um pouco ao pensar em todos os seus planos frustrados. Mas ao menos ela teria várias listas para fazer. Lista do que seria necessário para a casa nova, lista do que seria necessário para o quarto do bebê, lista de exames pré-natais, lista de enxoval, lista de material escolar, lista de escolas e... Ela balançou a cabeça e respirou fundo, estava devaneando demais.

- Que bom que você não está bravo comigo – ela disse em um sussurro e Sesshoumaru riu em descrença. Como ele poderia estar bravo com ela? Não foi culpa dela, os dois fizeram aquilo. E muito bem feito, se ele se recordava bem.

- Seria hipocrisia eu ficar bravo com você por isso, tenho certeza que esse embrião não se formou sozinho – Rin não conseguiu segurar o sorriso.

- De fato não! Sabe, eu vou te contar as fases do desenvolvimento embrionário...

- Não, não, amor. – Sesshoumaru a beijou para calá-la. – Eu realmente não quero saber isso.

- Eu estou em choque. – Ela disse sorrindo. – Estou grávida.

- Sim. – Ele segurou as mãos dela e beijou. – Seremos pais, Rin. Por isso eu falei que a partir de hoje nossas vidas nunca mais seriam as mesmas.

- Buchuda, prenha, barriguda, cheia, gestante... Grávida. – Rin colocou uma mão na altura do ventre. – Um bebê. Eu nunca pensei em ter um bebê.

- Eu também não. Fique tranquila, eu já tenho um estoque de sermões preparados. – Zombou ele e Rin caiu na gargalhada.

- Nunca me passou pela cabeça ter um desses. – disse ela o fitando séria. – Você me imagina com um bebê?

- Para falar a verdade eu não consigo mesmo imaginar. – Ele deu um meio sorriso para ela, ao menos ela estava reagindo melhor do que ele imaginou.

- Eu também não consigo te imaginar com um. – Rin imaginou Sesshoumaru trocando uma fralda e a imagem não pareceu ser algo passivo da realidade.

- Mas eu consigo imaginar Izayo e Helena sendo avós. – disse Sesshoumaru. – Elas vão pirar.

- Seu pai também vai ficar doido. – disse Rin rindo de nervoso. – Talvez a gente fique doido.

- Eu já estou doido. – disse a beijando na bochecha. – Vamos dar conta.

- Não temos escolha. – disse olhando para ele com seriedade. – Os antigos dizem que os filhos nascem o dobro de levado que os pais.

- Vamos torcer para estarem errados, o mundo não aguentaria uma criança assim – Sesshoumaru sempre foi um garoto quieto, mas Rin era completamente endiabrada, uma criança três vezes pior que ela destruiria o planeta sem sombra de dúvidas.

- Um bebê. – disse Rin olhando para o macacãozinho.

- Um bebê. – Repetiu Sesshoumaru pegando a mão dela. – Filho único.

- Com certeza filho único. – Afirmou Rin com convicção.

- Com certeza – reafirmou Sesshoumaru.

***

- Trigêmeos? – Rin apertou as mãos de Sesshoumaru e o olhou apavorada. – Como assim trigêmeos? O que isso significa?

- Significa que são três bebês. – Disse Inuyasha como se fosse óbvio. E de fato era.

- Vocês querem uma água? – perguntou a médica. Sesshoumaru e Rin estavam em choque, a cara dos dois era deprimente de se ver. O youkai parecia que nem respirava, os olhos vidrados na tela de ultrassom, como se entendesse alguma coisa. Ele ficou tão pálido, mais tão pálido que suas marcas agora gritavam como se estivessem pintadas no papel mais alvo.

- Parabéns, filhão, você é bom mesmo hein. – Touga bateu nos ombros do filho. Sesshoumaru o olhou com raiva, era muito atrevimento do velho. – Meu orgulho.

- Boa é a Rin, ela é fértil como minha avó que teve quadrigêmeos. – Ethan passou a mão na cabeça da filha que mais parecia um animal acuado. – Bom trabalho, princesa.

- Princesa, estou tão feliz por vocês! É um sonho que se realiza, três netinhos de uma só vez. – Disse Izayo com um sorriso largo. Os olhos de Rin se encheram d’água. Três, três, três bebês de uma só vez.

- Quais as chances de ao menos um desses bebês ser uma menina? – perguntou Satori.

- 37,5%  de ser dois meninos e uma menina – Rin era boa em calcular a probabilidade.

- Vocês não deveriam ficar com essas caras, filhos são bençãos – disse Spring. Sesshoumaru olhou de maneira irônica para a tia, ela mesma não havia tido filhos, não por falta de oportunidade, mas porque não quisera mesmo.

Ele sacudiu a cabeça e olhou para todos seus familiares. Era realmente necessário que toda aquela gente acompanhasse o ultrassom? Ele precisava raciocinar ali, um filho não planejado já era assustador demais, agora 3?! Ele sentia que iria desmaiar.

Os olhos de Rin cheios de lágrimas partia seu coração, pobrezinha, tão pequeninha e frágil, como iria aguentar 3 hanyos de uma vez sugando sua energia? Sesshoumaru não sabia o que pensar, muito menos o que fazer.

- Filha, vocês vão dar conta. Sei que não planejaram ter filhos, mas vocês podem contar com o apoio da gente. – Rin colocou os lábios para dentro da boca na vã tentativa de não chorar. Ela estava apavorada, era muito assustador saber que estava grávida, mas saber que estava esperando trigêmeos era um outro nível de desespero. Três bebês, três criaturinhas que seriam eternamente responsabilidade dela e de Sesshoumaru.

- Amor, você está bem? – Sesshoumaru se inclinou para observar sua noiva. – Está com medo?

- Apavorada – ela disse com a voz trêmula.

- Eu também estou com medo, mas vamos dar conta – ele beijou a cabeça dela. – Teremos que trocar de casa, a que compramos é pequena demais.

Mais essa ainda, Rin bem que sentiu em seu coração que eles deviam esperar um pouco para se mudar. Mal soube a noticia da gravidez o youkai já tomou a frente de tudo, comprou uma casa, colocou o apartamento dela para alugar e marcou o casamento. Rin não se importava dele ter tomado todas essas decisões praticamente sem consulta-la, no fundo ela entendia que ele estava desesperado e queria proteger e prover a família. Mas agora eles estariam ainda mais ferrados, porque usaram todos os fundos de reserva para dar de entrada na casa.

- Quero marcar uma vasectomia – todos olharam chocados para Sesshoumaru, menos Rin. Rin olhou para ele com muito amor e gratidão. – Para esta semana ainda.

- Você não pode estar falando sério – disse Touga o olhando de maneira severa.

- Estou falando muito sério. – Sesshoumaru olhou para a média. – Consegue horário para esta semana?

- Consigo. – Ela pegou um tablet e agendou um horário.

- Sesshoumaru, não precisa ser tão drástico. – Disse Satori.

- Olha quem fala, a mulher que se sentiu satisfeita com um único filho – Satori rosnou.

- O que não quer dizer que vou me sentir satisfeita com apenas 3 netos – Rin deu uma risada nervosa.

- Está decidido, se quiserem mais bebês que façam vocês mesmos – Sesshoumaru entregou os documentos para a médica já agendar o procedimento cirúrgico. Rin suspirou e passou a mão na barriga que nem aparentava ter três crianças ali.

***

Kagura: Mas isto é ótimo para você aprender a ter paciência, Sesshoumaru, do que adiantou ser tão afobado? Só causou problemas.

Sesshoumaru: Eu não te liguei para ser julgado, e sim para te avisar que são três, não um.

Kagura: Fico muito feliz por vocês.

Sesshoumaru: As vezes você é cínica demais para uma professora de yoga.

Kagura: Minha profissão não necessariamente precisa interferir em minha personalidade. Pense pelo lado bom, vocês são ricos, imagina se fossem pobres.

Sesshoumaru: Não sou tão rico quanto você está imaginando, Kagura, e se você não se lembra eu gastei todo meu dinheiro comprando uma casa perto da Editora, que foi caríssima devido a localização. E ainda tem o maldito julgamento daqui um mês e meio, não sei quanto de dinheiro terei que pagar de indenização para o maldito do Naraku.

Kagura: Eu sei que você vai brigar comigo, mas você sabe que você tem um pai e um sogro com muito dinheiro para ajudar vocês.

Sesshoumaru: Eu não vou pedir dinheiro a eles, eu me recuso a fazer isso.

Kagura: Você é tão orgulhoso, Sesshoumaru. O que você pretende fazer? Pelo que me falou está sem dinheiro nenhum, e uma casa com quatro quartos não vai ser fácil de achar e nem barato.

Sesshoumaru: Eu sei disso, mas estou pesquisando. Eu estou ficando louco, e olha que elas ainda nem nasceram.

Kagura: Eu honestamente não vejo o motivo do desespero. Rin está de quanto tempo?

Sesshoumaru: 9 semanas.

Kagura: Pois é! Vocês têm 30 semanas para se organizarem.

Sesshoumaru: Dificilmente ela vai chegar a 39 semanas, se você não percebeu, ela está grávida de hanyos e três ainda por cima. Izayo não conseguiu segurar por 8 meses Inuyasha, e ele era apenas um.

Kagura: Confie no universo seu cabeçudo.

Sesshoumaru: Confiar no universo? Ele só me fodeu até agora.

Kagura: Você está sendo muito negativo, por isso as coisas não dão certo. Você é precipitado, se não tivesse comprado uma casa antes da hora teria o dinheiro para investir em outra, mas não, você tinha que fazer tudo correndo. Agora ao invés de esperar e relaxar, você está fazendo o quê? Se afobando de novo. Você já colocou a casa antiga em venda, espere, logo aparece um comprador e você recupera o dinheiro.

Sesshoumaru: Eu estou com pressa, se você não sabe estou tendo que morar na casa dos meus sogros e isso não é nada agradável.

Kagura: Para de ser orgulhoso, Sesshoumaru, aceite ajuda, aceite que você não é autossuficiente e detentor de todo poder. Aproveite o momento, Rin só vai ficar grávida uma vez, você só vai ter essa experiência e depois acabou.

Sesshoumaru: Eu realmente espero que sim.

Kagura: Vou desligar agora, manda um abraço para sua noiva e cuida dela.

Sesshoumaru: Você não precisa me pedir isso.

Kagura: Beijo na bunda.

Sesshoumaru: Beijos.

Sesshoumaru olhou para a janela do escritório e suspirou. Ele realmente precisava se acalmar e pensar mais racionalmente, desde que descobrira a gravidez de Rin ele havia agido de maneira afobada e o resultado fora mais dor de cabeça do que o necessário.

Ele coçou a cabeça e respirou fundo enquanto observava o céu ser corado de um laranja forte, o crepúsculo estava chegando e o expediente próximo de acabar. Ele desligou o computador, decidido a buscar Rin para irem embora mais cedo para a casa.

***

- Ethan fez muito bem em levar Rin imediatamente até a delegacia, com o boletim de ocorrência, o depoimento dela e as fotos que foram tiradas para o caso, com certeza Naraku ficará sem defesa – disse o advogado. – O que é um soco no nariz vindo de um humano quando se é um hanyo. Ele pode até tentar usar a agressão dela como justificativa pra ter batido nela, mas as fotos e o exame de corpo e delito deixam muito claros que ele pretendia estuprar ela.

Sesshoumaru fechou os olhos por um segundo, ouvir aquilo não era fácil para ele independente de quanto tempo passasse.

- Ela vai ter que responder as perguntas do advogado dele? – perguntou Touga, a voz preocupada.

- Sim, ela terá – os advogados pareciam muito tranquilos. – Mas eu garanto que não há motivos de preocupação, nada do que ela disser poderá prejudicar Sesshoumaru, ou dar vantagens há Naraku. Ela perdera a cabeça e fora até a casa dele. Ela não invadiu a propriedade dele, muito pelo contrário, ele a puxou para dentro e tentou, agrediu ela e tentou estupra-la.

Sesshoumaru ficou mais tenso na cadeira, ele já não mais suportava ouvir aquilo. Sim, ele sabia que não havia motivos para se incomodar, mas o fato deles falarem do quase estupro de Rin de maneira tão fria e calma, quase que felizes por ela ter passado por aquilo, o incomodava e muito.

- Agora você, Sesshoumaru, só precisa dizer que usou mais força do que realmente gostaria, que na hora da emoção não conseguiu medir bem. - Disse o advogado mais velho. – Ninguém irá te culpar, qualquer homem em seu lugar teria agido da mesma forma.

- Então estamos certos de que as chances dele ter que pagar pelos seus crimes na prisão são nulos? – perguntou Ethan de maneira preocupada.

- Completamente nulas, senhor – disse o advogado mais jovem. – Ele não matou o hanyo, ele só agrediu. E o hanyo tinha cometido muito mais crimes do que ele. Tudo dará certo, provavelmente será apenas um dia de julgamento, e um julgamento bem rápido, não há testemunhas fora vocês.

- Eu realmente queria saber se há necessidade de Rin participar disso. – Todos os olhares se voltaram para Sesshoumaru. – Há o depoimento dela detalhado no boletim de ocorrência, vocês não podem simplesmente entregar para o juiz? Ela tem mesmo que ir para um fórum depois de tudo que passou? Ela tem mesmo que olhar para a cara daquele desgraçado, estando em uma posição tão desfavorável? Se vocês não perceberam ela não vai estar lá para acusa-lo de nada, ela estará para se defender, para me defender.

- Eu entendo que você queria proteger sua mulher, Sesshoumaru, mas não podemos arriscar – Ele revirou os olhos.

- Se for questão de dinheiro eu realmente não me importo de pagar uma indenização maior ao maldito – Touga colocou a mão no ombro do filho. – Rin está grávida, uma gestação complicada, trigêmeos e hanyos. Vocês conseguem entender isso? Conseguem entender o tormento que será para ela reviver tudo aquilo?

- Ela também está sendo processada. – Sesshoumaru arregalou os olhos e Ethan colocou a mão na cabeça.

- O quê? – a voz dele saiu em um ofego.

- Vocês não contaram a eles? – os advogados perguntaram para Touga e Ethan.

- Não vimos necessidade de preocupa-los mais, eles já têm muitas coisas para resolver. – Sesshoumaru observou o pai e o sogro de maneira ofendida. Como eles esconderam isso dele?

- Ele está processando Rin? Depois de tudo que ele fez, ele tem a coragem de processá-la? Pelo que, pelo amor de Zéus, pelo que ele a está processando? – De todos os absurdos que Sesshoumaru já ouvira naquela sala, este era com certeza o pior e o que mais o tirou do sério.

- Falso testemunho, calúnia e agressão.

- Agressão? Eu devia ter matado o maldito.

- Não diga isso na frente do juiz.

- Eu não sou idiota, está bem? – Sesshoumaru passou as mãos pelo cabelo. – Não sou um retardado como vocês claramente estão pensando. E Rin não deveria ter que passar por isso de forma alguma, consigam uma limiar, qualquer coisa para que ela não tenha que enfrentar um julgamento.

- Não tem como, Sesshoumaru, se houvesse a gente já teria feito – disse o homem mais velho. – Eu sei que você está preocupado com a saúde dela, mas se acalme. Não vai demorar, o caso não vai se estender e tudo dará certo. Confie na gente.

Confiar, esta era uma palavra que Sesshoumaru se sentia incapaz de pôr em prática. Olhando para os dois homens a frente ele não sentia confiança alguma, mas eles eram os advogados da família e eles eram bons. O mais velho era o mesmo que fora convocado quando ele agrediu e quase matou o youkai maldito que tentou se aproveitar de Rin a anos atrás. Mesmo assim, confiar não era algo que Sesshoumaru pretendia fazer. 

 

 


Notas Finais


Estamos próximos do desfecho final.
E aí, como vocês acham que vai ser esse julgamento?

Não esqueçam de COMENTAR e FAVORITAR.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...