História I hate you so much! - Team work

Capítulo 2- Team Work

Que ótimo. Logo depois que esbarrei naquele idiota ele não para de me encarar. Aí que droga, isso só me dava mais vontade de dar ele de comida pra tubarão. 

Eu juro que se ele não parar de me encarar, vou jogar ele num tanque cheio de piranhas. Hoje eu estou com uma certa fixação pro animais marinhos, ou melhor, de como matar o Marshall usando eles. 

O primeiro período era literatura, odeio a professora. Ela é daquele tipo que adora "juntar" as pessoas, pois segundo ela "a interação é muito importante". Como se ela fizesse idéia do tipo de "interação" dos alunos... 

Enfim, eu estava fazendo o de sempre. Tentando focar na aula sem pensar em idéias de matar Marshall, só sendo um bom aluno. Sim, totalmente nerd, mas sou eu. 

Ela estava falando algo sobre formas literárias, mas eu estava pensando em "formas de matar". Que ótimo, mais uma tendência psicótica. Assim vou conseguir uma ótima carreira em uma instituição mental. Vou até poder escolher qual que quero. 

-Caros alunos... -  Ótimo, vai começar mais um discurso chato. -  Decidi fazer um exercício para interação entre alunos. Vou deixar vocês em duplas. 

Que ótimo, não tinha dito que ela era a maníaca das duplas? Provavelmente farei dupla com um cara do time de futebol, como sempre. E incrível como adoram juntar as melhores notas com as piores. Eu já meio que estava esperando ir com alguém do time até que a tragédia aconteceu. 

-Gumball e Marshall Lee. 

-O que? - eu protestei, obviamente. 

-Ok... -  o idiota parecia estar bem com isso. Que raiva. 

-Bom, notei que vocês nunca interagem. Então é uma ótima idéia. - a maldita disse sorrindo. 

-Mas... Mas... E claro que interagimos, não é Marshall? - tentei mentir. 

-Não... 

Ai que burro, idiota, maldito, cretino... 

-Não adianta mentir, Sr. Gumball. Agora me deixe explicar o trabalho... 

Mais uma pessoa pra adicionar a minha lista de "tenho que assassinar enquanto dorme". Que raiva! Só me restava ouvir aquela baranga pra ganhar nota. 

-Vocês terão que escolher um livro e fazer uma crítica. E ainda farão uma redação falando como foi o trabalho em equipe. 

Que ótimo. "Trabalho em equipe" meu CU, não sou obrigado a ser legal com aquele idiota. Finalmente o sinal bateu, e não ia ter mais que escutar aquela velha por hoje. 

-Ei, colega de trabalho. - aquele babaca se deu o direito de falar comigo. 

-Não me chame assim, e evite falar comigo fora do trabalho. 

-Que frescura, rosinha... 

-Já disse pra não me chamar assim! 

-Nossa... Você tá vermelho de bravo ou é só sua cor natural mesmo? 

Bufei e sai andando. Podia ter xingado ele de várias coisas, mas na hora me deu branco. O idiota me seguiu, ai que raiva.

-Não me deixa no vacuo, rosinha. 

-Quantas vezes vou ter que falar pra você não me chamar assim? 

-Umas mil vezes, sou meio cabeça-dura. 

Virei os olhos e sai andando novamente. Ignorei ele me chamando, óbvio. Esse foi, realmente, uma dia de merda. Que raiva do mundo, queria apenas chegar em casa e dormir o resto do dia. Sem ter que ouvir minha prima irritante. Mas parece que é uma coisa impossível. Logo que cheguei em casa as perguntas irritantes começaram, sempre às piores por último. 

-Como foi a aula? - ela disse com aquela pitada de veneno na voz. Cobra.

-Ruim.-disse com minha melhor voz de tédio. 

-Alguma novidade? - perguntou aquele projeto de prostituta. 

-Pra você? Não. 

-Rude. Vou sair com a Marcy, ok? 

-Marcy? 

-Marceline , dã. 

-Por que eu deveria saber? 

-Porque é meio óbvio? 

Eu estava pronto ora começar uma discussão, até ouvir a campainha tocar. 

-Eu atendo! - e aquela chatice em forma de humana foi atender a porta. 

Era a "Marcy". Que ótimo, mais uma coisa pra piorar meu dia. 

-Oi, Gumball. Soube que vai fazer par com o Marshall. - disse Marceline. 

Ai que droga. Agora elas não largaram do meu pé. 

-E isso é da sua conta? 

-Aí que bonitinho, tá até bravinho.- disse a minha "querida prima" 

-Saiba que muitos relacionamentos começaram por trabalhos. 

-Não pretendo "começar um relacionamento"  com ele! 

-Claro que quer. Só não admite. - aquela vaca da Marceline riu. 

-Você poderia parar de opinar na minha vida? Obrigado. 

-Ai que mal-humorado... - reclamou a minha prima chata. 

-Claro, vocês só me enchem o saco. 

-Só tentamos te ajudar com o Lee. - disse Marceline meio desapontada.

-É? Mas nunca pedi sua ajuda. 

Subi para meu quarto e fiz a melhor coisa possível. Dormi. Nem jantei, só dormi e dormi. Pretendia  acordar no outro dia, mas aquele idiota tinha que me atrapalhar. Que ousadia a dele de me ligar. 

-Que foi? - disse mal-humorado mesmo, e daí? 

-Temos que marcar de fazer o trabalho, lembra? 

-Ah é, o trabalho. 

-Pode ser amanhã? 

-Amanhã! Eu vou ter que mudar toda a minha rotina de amanhã! 

-Para de drama, não é como se você fosse fazer alguma coisa importante. 

-E se eu fosse fazer? 

-Você pode remarcar. 

-E você acha que eu posso remarcar as coisas assim, do nada? 

-Claro, o trabalho e mais importante. 

-Olha aqui... Tá, eu posso fazer amanhã. 

Ouvi ele rir do outro lado da linha, que idiota. 

-Viu como não é difícil? 

Desliguei na cara dele antes que ele fosse falar alguma outra merda. Sim, sou rude mesmo. Decidi continuar a minha tarefa importante: dormir. E foi isso que fiz, dormi o resto do dia.