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História I kissed a boy - Drarry - Aproximação.


Escrita por: grvngotts

Notas do Autor


sim, eu voltei. E tenho quase certeza de que postarei logo logo na outra fanfic também. Sinto muito por deixá-los assim,do nada, mas eu precisava desse tempo para mim, um tempo para relaxar, deixar minha cabeça fluir.

Capítulo 3 - Aproximação.


O moreno cerrava os olhos com a luz do sol forte que batia em seu rosto e refletia em seus óculos,  e seus dentes castanholavam por conta do frio, o ar gélido o cortando no nariz. Ele, Rony e Hermione estavam na fila dos alunos para irem á Hogsmeade. 

Os amigos vestiam roupas de frio extremamente grossas, incluindo suéteres feitos á mão pela sra. Weasley, e cachecóis que lhe cobriam até a ponte do nariz. Harry estava entediado naquele momento, mas algo o despertou: o vulto de cabelos loiros que acabara de passar pela verificação. Ficou na ponta dos pés para enxergar mais, observando que o garoto andava sozinho, e com a cabeça baixa. 

Finalmente havia passado pela verificação, saindo na frente de Rony e Hermione e de vários alunos do terceiro ano. 

-- Harry! Aonde você vai!? -- exclamou Rony, franzindo o cenho quando ele passou correndo pelo ruivo. 

-- Eh, tem uma pessoa com quem eu quero falar, me esperem no Três Vassouras -- disse, dando um sorriso amarelo. Continuou seu caminho, procurando novamente os cabelos loiros. 

-- Ele vai falar com o Malfoy, não é? -- Perguntou Rony, se entreolhando com Hermione, enquanto observavam o amigo sair na frente, caminhando com uma certa alegria. 

-- Pode ter certeza que sim -- respondeu a namorada, com um sorrisinho malicioso no rosto, Rony retribuindo seu sorriso e a abraçando pelos ombros. 

Finalmente o encontrou, na aquecida Dedosdemel, lendo o rótulo de uma Pena de Açúcar de luxo. Sorriu ao vê-lo, sentindo seu rosto ruborizar, o motivo o qual ele não entendia muito bem. 

-- Malfoy? -- chamou Harry, bem próximo ao seu ouvido, tão próximo que pôde sentir a respiração do garoto ofegar. Ele virou-se, mal percebendo que Harry estava tão próximo que ele podia ver o detalhe de umas cicatrizes minúsculas em seu rosto pálido, sentindo seu hálito, sua respiração. 

-- Eh..oi, Harry -- respondeu Draco, envergonhado, se afastando um pouco e sorrindo para ele. -- Você me assustou -- disse, rindo. 

-- Desculpa por isso -- o moreno sorriu de volta, mordendo o lábio inferior e passando a mão nos cabelos negros e rebeldes. -- Mas eu queria falar com você, sabe. Vi você sozinho, e pensei em fazer companhia -- continuou, se balançando nos pés, as mãos enfiadas no bolso. O loiro deu mais um sorriso envergonhado:

-- Onde estão Rony e Hermione? -- indagou, erguendo a sobrancelha. 

-- Provalvemente no Três Vassouras, juntos. Não gosto muito de sair assim com eles, sempre fico de vela -- contou, dando ombros. 

-- O que acha de não ficar de vela hoje? -- perguntou Draco, com um sorriso de canto, diminuindo o tom de voz. 

-- Como? -- Harry franziu o cenho, Malfoy ficando vermelho e coçando a garganta. 

-- Digo, se você quiser, podemos andar juntos por aí, sabe -- gaguejou ele, olhando para os própios joelhos.

-- Ah, sim, sim. Eu quero andar com você -- confirmou o moreno, com um sorriso de canto. Os dois saíram da loja, voltando para o frio cortante. 

Por incrível que pareça, tinham gostos em comum. Assim como Harry (obviamente) Draco adorava quadribol, e agora ele não criticava as jogadas de Harry, como anos antes, e sim as elogiava. Dizia que ele era um capitão brilhante; gostavam de torta de caramelo, e de DCAT, Draco admitindo ter começado a gostar assim que descobriu o verdadeiro lado de Voldemort.

-- Como assim você não torce para nenhum time de quadribol? -- indagou o loiro, com uma expressão de indignação no rosto. 

-- Foi mal, mas eu nunca fui fã de nenhum. Pior é você, que não gosta de cerveja amanteigada -- retrucou o moreno, lhe esbarrando com o ombro em tom de provocação, Draco revirando os olhos:

-- Eu já disse: é doce demais! A com álcool até vai, mas a sem é muito nojenta. Uísque de fogo é muito melhor -- disse, enquanto tirava os cabelos do rosto, Harry parando para observá-lo. 

-- Ok, qual seu sabor de feijão mágico favorito? -- questionou o moreno, tentando manter o assunto. Draco riu, olhando para a marca que seus sapatos deixavam na neve. 

-- Sei lá. Gosto do de melancia. Mas o pior é, com certeza, o de vômito -- disse, arregalando os olhos e colocando a língua pra fora, demonstrando nojo. Harry gargalhou, Draco o acompanhando. 

-- Por quê não anda mais com o seu pessoal da Sonserina? -- indagou Harry, imaginando que aquilo fora uma pergunta pessoal, por isso desviou o seu olhar para uma folha que estava sendo coberta de neve. 

-- A veneração deles pela Artes da Trevas continua sendo grande, e eu não gosto disso. Pansy está mais legal agora, mas os outros continuam sendo podres. Então, prefiro ficar conversar só com a Pansy, ou andar sozinho mesmo -- respondeu, dando ombros. 

Parecia que estavam conversando por horas, nem vendo por onde andavam, indo parar na cerca que separava a pequena estradinha coberta de neve do enorme campo onde ficava a Casa dos Gritos. Draco olhava  fixamente para a casa abandonada e com aspecto de podre, apoiado na cerca, como se tivesse pensando. 

Mordia o lábio e cerrava os olhos, Harry apenas o observando, a neve caindo com um pouco mais de intensidade e se camuflando no meio dos seus cabelos. 

-- Eu gosto de você, Harry -- sussurrou o loiro, em voz baixa. Harry sentiu a respiração acelerar, suas bochechas esquentarem, e uma coisa se revirar em seu estômago. -- e não é como um amigo..-- continuou, baixando a cabeça, seus olhos ficando vermelhos.

-- Não espero nenhuma reciprocidade disso, mas quero que você entenda. Faz alguns meses que eu tenho sentimentos por você, e sentimentos fortes. Não faço a mínima idéia do porquê agora, mas no fundo eu sempre soube que eu não te detestava. Só sentia ciúme de você, só que eu não entendia o motivo. Mas agora eu acho que entendo. Acho que, na verdade eu tenho certeza, eu sou gay -- Draco tinha um tom sério na voz, ele virando -se para encarar Harry, que continuava a ter sua respiração acelerada. 

-- Esse sentimento é..romântico e s-sexual? Sabe, você gosta de mim assim como Rony gosta de Hermione, não é? -- indagou Harry, se aproximando de Draco, que engoliu em seco, confirmando com a cabeça. 

-- E isso não é estranho, ou é? -- perguntou Draco, parecendo nervoso e envergonhado. Harry chegou mais perto: estavam tão próximos quanto estavam na loja, ele podia sentir sua respiração arfante em seu rosto,  o hálito de menta com hortelã, as pontas de seus narizes quase encostando. 

Harry tirou o cachecol, naquele momento mal se importava com o frio que fazia. Não fazia a mínima idéia do porquê estava fazendo aquilo, mas uma coisa dentro de si o dizia para fazer. 

-- Não tão estranho como eu achei que fosse ser..-- respondeu, em um sussuro, e, mal havia percebido, seus lábios haviam se encostado nos de Malfoy. A sensação foi como um fogo ardente surgindo no meio do seu peito: suas mãos se entrelaçaram no pescoço do sonserino, sentindo todos os pelos da sua nuca se eriçarem, e ele tinha certeza que não era por conta do frio. 

Sentiu mãos pesadas e firmes o envolverem pelas costas e cintura, o puxando pelo casaco, sentindo o seu corpo mais colado contra o seu. Draco era mais alto, Harry fazendo esforço para permanecer com os pés retos no chão. 

Seus lábios eram macios, o hálito era fresco de menta, o cheiro de loção pós-barba presente no seu rosto era forte, sua língua se movia com delicadeza e ao mesmo tempo timidez em sincronia com a sua, o loiro passando uma de suas mãos e segurando o rosto de Harry, que sentiu os dedos frios e compridos tocarem sua bochecha. 

Seu coração batia acelerado contra o peito, não queria parar aquele momento nunca, a suavidade da sua boca era tão boa, sentia como se tivesse desperdiçado isso sua vida inteira. 

Ofegou ao sentir a mão direita do garoto loiro deslizar pelas suas costas, chegando no final cautelosamente,Harry a puxando para mais baixo, a mesma permanecendo em sua bunda, Draco instintivamente sorrindo malicioso entre seus beijos, sentindo as carícias de Harry em seu cabelo e em sua nuca. 

Não queria parar aquele beijo nunca, e desejava que ninguém o interrompesse. Mas o seu tempo não era tão longo assim. Seus lábios se separaram, Draco encerrando um beijo com selinhos e beijos em seu rosto. Harry permanecia próximo aos seus lábios, com vontade de retomar o beijo. 

Draco mordeu o lábio, sorrindo, seus olhos azul-cinzentos se encontrando com os verdes esmeralda, que até aquele momento se concentravam em seus lábios rosados por conta da intensidade do beijo. 

-- Eh..isso foi..bom. -- disse Harry, em voz baixa, o loiro rindo baixinho. 

-- Sim, foi. Acha que isso pode repetir? -- indagou, acariciando o rosto de Harry com o polegar, erguendo a sobrancelha. 

-- Claro que sim -- respondeu, tentando deixar a sua certeza bem expressada na frase. 

-- Então...você..? -- Draco franziu o cenho, um sorrisinho de canto em direção a ele. 

-- Sim, eu tenho sentimentos por você. E como eu disse tão sabiamente á alguns minutos atrás, romanticamente e..-- Não completou sua frase, pois sentiu-se tímido em revelar as inúmeras coisas que sentia pelo homem á sua frente. 

-- Entendi. Então..vejo você por aí, Harry?-- perguntou o loiro com um ar de maldade na sua voz. 

-- Pode apostar que sim..-- respondeu, em um sussurro, lhe dando um último selinho. Afastou-se, dando uma piscadela antes de dar as costas á Draco, que permaneceu reencostado na cerca. 

Fez seu caminho de volta para o colégio, mal acreditando no que havia feito. Ele havia beijado Draco Malfoy. E havia gostado, e muito. Não havia dito nenhuma mentira, realmente tinha sentimentos por Draco, sentimentos que ele desconhecia mas tinha vontade de experimentar. 

Fez o habitual caminho para a Sala Comunal da Grifinória, encontrando Rony e Hermione sentados a lareira, se aquecendo. Largou-se na poltrona ao lado de Rony, que deu um pulo de susto.

-- Oi, Harry! Como foi sua tarde? -- perguntou Hermione, com um sorriso radiante no rosto, que tinha Bichento no colo e acariciava o gato, que ronronava em suas pernas. 

-- A melhor de todas -- respondeu ele, sorrindo bobamente, não parava de reviver aquele momento. 

-- O que aconteceu de tão especial? -- continuou Mione, com um tom travesso em sua voz, e um sorriso largo nos lábios. 

-- Eu beijei Draco Malfoy -- contou, Rony arregalando os olhos e levantando as mãos pro alto:

-- FINALMENTE! -- exclamou o ruivo, que logo depois olhou em volta se havia alguém além deles na sala. Harry riu, e Mione lhe lançava um olhar feio, que logo depois se transformou em uma gargalhada.

-- Como assim? -- indagou Harry, confuso. 

-- Ah, Harry, acho que você foi o último a perceber. Draco definitivamente tem algo por você, e você por ele -- retrucou Hermione, demonstrando sua esperteza de sempre. 

-- É, você tem razão -- concordou, dando ombros. 

-- E aí? Como foi? Ele beija bem? -- interrogou Rony, parecendo empolgado, assim como a namorada. 

-- Foi ótimo, aconteceu na cerca que separa da Casa dos Gritos, e sim, ele beija muito bem -- respondeu Harry, um certo orgulho e felicidade na sua voz. Hermione o abraçou, arrepiando seus cabelos:

-- Estou muito feliz por você, Harry! -- a amiga o deixou mais empolgado do que realmente estava.

-- Valeu, Mione. Esqueci um detalhe..-- o amigo continuou a frase em voz baixa, sussurrando no ouvido de Hermione, como uma criança contando um segredo para outra, enquanto Rony olhava confuso para os dois. 

-- Ele pegou na minha bunda -- continuou, Hermione arregalando os olhos e permanecendo boquiaberta.

-- O que foi? -- perguntou Rony, franzindo o cenho, curioso. Hermione riu, assim como Harry. 

-- Enquanto se beijavam, Malfoy pegou na bunda dele -- contou ela, Rony sorrindo malicioso para ele, lhe dando um soquinho no ombro. 

-- Você são tão bobos -- retrucou o moreno, fingindo raiva. 

--  Bobo é esse seu sorrisinho, pensando nele -- disse Mione, retorquindo sua frase e o fazendo rir mais ainda. 

Os três permaneceram ali, pareciam crianças, Harry contando os detalhes, os dois amigos rindo baixinho. Seu pensamento se desviava toda hora para Draco, nos seus lábios, no seu cheiro, nos seus olhos, nas suas mãos pesadas e cada detalhe do seu rosto. É, mais uma vez, Hermione tinha razão. 



Notas Finais


Obrigada pro ler, até a próxima!


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