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História I know he's married - Será pecado?


Escrita por: mydarlingzayn

Notas do Autor


Hola mis amores, mais um capítulo para vocês.
• Finalmente com a presença do nosso diamante colombiano, eu ouvi um glória a Deus?
Espero que gostem!!

Capítulo 3 - Será pecado?


Abri a boca meio atônita enquanto ele me examinava. Estava ali, bem na minha frente, James Rodriguez

— Me desculpe, eu não a vi — disse um pouco incerto, receoso. 

Cacei as palavras corretas em espanhol, mas estava impressionada demais em como a voz dele era sexy em seu idioma que acabei falando em português.

— Sem problemas — formulei um sorriso, mas ele continuava me encarando e havia um certo quê de curiosidade no seu olhar. 

— Me desculpe novamente, mas sabia que esse é o banheiro masculino? — Um pouco abobada me virei para a porta e vi o bonequinho homem colado em um placa bem visível. 

Minhas bochechas pinicaram de vergonha. Levei a mão a boca.

— Meu Deus! Eu não tinha visto — ri de nervoso, dessa vez o espanhol saiu. Nossos olhares ficaram presos um ao outro por alguns segundos, eu não sabia o que dizer, até que percebi que eu o impedia de passar pela porta. 

— Mas obrigada pelo aviso — falei enquanto me movia para a lateral, o deixando passar. — Mesmo que não tenha adiantado muita coisa. 

Ele sorriu, e me pareceu bem genuíno. 

Seu sorriso era lindo demais.

— De nada — falou entrando na mesma porta que eu saí. 

Com as bochechas corando eu voltei a festa e andei meio sem rumo ainda sem acreditar que tinha encontrado com ele aqui. Deus! Eu pensei que eles não pudessem sair da concentração.

— Mia! — Me virei para o lado. Issa me abraçou pelo ombro. 

— Você sabia que o James Rodriguez ta aqui? — Perguntei de prontidão. Ela ergueu as sobrancelhas.

— Ah sim, o vi com alguns jogadores da Colômbia. Porque? 

— Esbarrei com ele no banheiro, só isso — dei de ombros. 

— Um gato né? Dava tudo pra ficar com ele hoje — sorri.

Ah! Eu também...

— Mas eu acho que já vou indo — falei me virando para ela que negou com veemência.

— Ah não Mia! Não! Ainda são duas da manhã, tem tanta festa pela frente — disse segurando minha mão. 

— To meio cansada, Issa, e...

— Não! Não! Não vai desanimar não — suspirei. — Vem! Vou te dar uma coisa para ficar no ponto — ela me puxou na direção do bar, mas antes que pudéssemos chegar lá ela foi chamada pela produção. — Fica aí que eu te encontro rápidinho — falou enquanto se afastava.

Então fiquei sozinha novamente e debati comigo mesma se devia ficar ou ir embora. Olhei para a festa, as pessoas dançando, rindo, conversando. Tanta gente bonita e interessante, não que eu estivesse afim de conhecer ou ficar com alguém agora, pelo contrário. Mas pensando bem, foda-se. Vou aproveitar. 

Segui para o bar e me espremi para conseguir chegar ao balcão. Os baristas trabalhavam rapidamente servindo a todos e ouvindo os pedidos. Mordi o lábio e me empoleirei no balcão impondo meu corpo para frente, logo o barman veio até mim.

— O que deseja, senhorita?

— Me surpreenda — falei com um sorriso malicioso nos lábios. Ele retribuiu e começou a pegar os ingredientes. Fazendo malabarismos para chamar minha atenção o barman moreno e de ombros largos preparava minha bebida. 

Até enfim ele me entregou uma taça bojuda com um líquido rosado.

— Gim, tônica e suco de acerola com laranja — explicou. 

Provei.

— Esta incrível, obrigada — ele piscou e tornou a preparar os outros pedidos agilmente. 

Eu estava prestes deixar o bar quando vi ao meu lado o meia da seleção colombiana. Ele tentava pedir algo sem sucesso. 

Minha mente ficou tão conturbada, com vergonha, mas morrendo de vontade de falar até que por impulso soltei:

— O que quer beber? — Ele que se virou surpreso. 

— Um whisky duplo com gelo — ele falou um pouco confuso. Então eu me apoiei na bancada novamente.

— Ei! — Chamei o barman que havia me atendido e ele se virou enquanto colocava vodka no medidor. Com a mão pediu que eu esperasse um pouco. 

Assim que entregou o mojito para uma mulher veio até mim ignorando os outros pedidos. Com um sorriso de flerte perguntou:

— Não gostou da bebida? — Eu neguei.

— Não, é para um amigo meu — o moreno limpou a mão no pano no ombro e se apoiou na bancada.

— Então, o que ele vai querer? 

— Um whisky duplo com gelo — pedi. O vi erguer a sobrancelha antes de começar a preparar a bebida.

— Aqui está, linda — passou a mão na minha quando entregou o copo. 

Ignorei a tentativa de flerte e agradeci com um sorriso. 

— Prontinho — entreguei o copo ao jogador.

— Obrigado, acho que não sou bonito o suficiente para conseguir uma bebida por aqui — brincou e eu sorri. 

Isso foi um elogio? Não! 

— Acho que você só não é do sexo certo — digo sobre a música. Ele ri. — Prazer, Mia — estirei a mão para ele que a apertou. 

— James — disse, como eu já não soubesse disso. 

— É eu sei, vi seu jogo semana passada — ergueu as sobrancelhas escuras. — Você jogou muito bem por sinal, aquele gol foi lindo — James colocou a mão livre no bolso e as bochechas coraram levemente.

Ele era ainda mais bonito de perto. Será possível?

— Obrigado, foi um trabalho de equipe. 

Lindo e humilde.

— Como foi fazer um gol na copa? Deve ser incrível — eu realmente estava animada por conhecer um jogador. 

Ele respirou fundo e com com um sorriso ínfimo disse:

— Bom, é uma sensação única, foi muito trabalho para chegar aqui e fazer isso. É felicidade e satisfação, mas eu ainda não fiz tudo o que eu vim para fazer — ergui a sobrancelha.

— Ambicioso, gosto assim. Só espero que não peguem a seleção brasileira, aí é sem chance — ele riu. 

— Eu preferia pegar um time europeu ou asiático, fica mais fácil quando não se é tão próximo. Mas se acontecer, farei meu melhor.

— Eu entendo, mas eu devo estar insuportável só falando de futebol. Você já deve estar de saco cheio e querendo desaparecer — James negou goleando o whisky.

— Na realidade, você está sendo a melhor coisa nessa festa — opa! — Eu estou me sentindo meio deslocado aqui — sorriu sem graça. Franzo o cenho.

— Porque? 

— Fora o fato de não conhecer ninguém, eu realmente não estou no clima de festa — ele se apoiou na bancada já mais vazia e eu fiz o mesmo. 

— Jura? Pensei que estivesse super feliz com a vitória — ele suspirou.

— Não, eu estou, mas sinto falta da minha família — sorrio fraco.

— Deve ser difícil passar por tudo isso, receber essa pressão sem a família perto — falei e ele anuiu. Realmente não estava com aquela exuberância pôs vitória. 

— Eu estava meio pra baixo por isso e como hoje tínhamos permissão de sair a galera decidiu que vir para cá ia me ajudar de alguma forma — deu mais um gole e fez careta. — Nossa! Eu que devo estar sendo uma má companhia, te prendendo aqui para falar dos meus problemas. Juro que costumo ser mais divertido que isso — sorrio.

— Eu te entendo perfeitamente, também não estou no clima de festa. Achei que seria legal vir, mas me enganei — dou um gole grande na minha bebida.

— Um brinde a isso então! — Falou com tom de humor trágico e eu sorri brindando.

— Mas porque sua família não pode vir? Não é permitido? — Ele assentiu.

— Acham que vai atrapalhar o nosso foco, é uma regra.

— Que regra idiota. 

— Nem me fale, eu estou morrendo de saudade — seus olhos brilharam naquele momento e eu sorri com isso. 

Um cara família, isso é raro hoje em dia.

— Minha filha fez um ano a pouco tempo, foi difícil me despedir. 

Filha...

 — Você tem uma filha? — Perguntei, tentando disfarçar minha tristeza por ele talvez ser casado. Mais já? Ele parecia tão novo para isso. 

— Sim, Salomé — ele buscou o celular no bolso e mostrou algumas fotos dela, em uma delas ele estava ao lado de uma mulher morena de rosto fino. Provavelmente sua esposa.

Um homem desse tinha que ter algum defeito! Mas justo esse? Puta merda, viu? 

— Ela é linda, uma graça — falei genuinamente. Ela era realmente linda e risonha. Ele sorria bobo olhando para foto da menina, e eu consegui achar ele mais lindo só por aquilo.

Porque isso Deus?  

Deixei meu olhos deslizarem pelo seu corpo. Ele usava uma camisa social azul e calça jeans, parecia algo simples, mas com o corpo que ele tinha...ficou incrível. A manga apertadinha no braço, o primeiro botão aberto despojadamente. Lembro do seu abdômen no jogo e...

Balanço a cabeça para tirar aqueles pensamentos tão errados da minha mente. 

Casado! Casado! 

— Mas eu só estou falando de mim, sem querer ser intrometido, o que houve para entrar no banheiro masculino? — Eu segurei o riso.

— Eu juro por Deus que não vi nada e nem ninguém. Que vergonha! Imagina se estivesse cheio — ele riu na minha cara.

— De duas uma, ou achariam que você é transexual ou iriam te atacar lá dentro — eu fico mais vermelha e escondo o rosto. 

— Você pensou que eu fosse trans? — Ele negou rindo.

— Não, você tem feições muito femininas, mãos delicadas, curvas de mulher — ele tinha reparado tudo isso em mim? — Quer dizer, não tem como pensar que você é um homem — completou logo.

— Obrigada, eu acho — disse, um pouco confusa. 

— Você fugiu da minha pergunta, a não ser que não queira falar disso com um estranho — suspirei.

— Bom, é uma longa história e não é das mais divertidas — ele não respondeu e fez sinal para o barman. O rapaz barbudo veio até o atleta.

— Senhor? 

— Uma heineken — o barman foi pegar enquanto James puxava as mangas da camisa para cima em 3/4. 

Quando o barman o entregou a cerveja ele se virou para mim e deu um gole apoiando o cotovelo tampo da mesa. Meu coração disparou, os olhos traiçoeiros acompanhando o braço dele.

— Me cuento todo, Mia — o sorriso veio sem esforço e meu meio ficou bem húmido quando meu nome soou pelos seus lábios. 

Bem, eu precisava desabafar mesmo. 

 

… 

 

Eu não sei quanto tempo estávamos ali conversando, mas pareceu que nós conhecíamos a uma eternidade. James era divertido e odiou Nick de primeira o que me fez gostar mais ainda dele. Nossa conversa perpassou por tudo, família, futebol, viagens. Descobri que ele tem 23 anos, nasceu em uma cidade chamada Cúcuta, seu nome do meio é David e o ultimo é Rubio e que já foi apelidado de James Bond quando jogava em um time da Argentina. Atualmente ele joga no Mônaco e mora lá com a família, falei que queria muito conhecer aquela região e ele disse que eu iria amar, era lindo, as praias, a cidade, fora toda a atmosfera de luxo e elegância. 

— Amigo! — Ele sinalizou para o barman moreno que o olhou com uma cara não muito boa. — Mais duas — James apontou para a long neck vazia na sua mão. 

O barman se virou sem dar muita atenção. 

— Ele realmente está puto — comentou e eu franzi o cenho.

— Porque? — James sorri.

— Porque ele acha que eu estou te tomando dele — ele não me encara quando fala isso. 

— Me tomando? Nossa! — O barista veio trazer as duas heinekens, mas ao me entregar ele inclinou o rosto para o meu ouvido.

— O que eu preciso fazer para você da um pé nesse cara? — Olhando para James de canto o vejo erguer a sobrancelha e depois um sorriso desafiador surge nos seja lábios como se dissesse: eu disse. 

Me inclinei no ouvido dele também e sussurrei algo.

— O que disse para ele? — Perguntou, James. Eu gargalhei.

— Nunca vai saber, Sr. Rodriguez.

— Sr. Rodriguez, que formalidade — eu pisquei para ele e me virei na direção na festa que ainda bombava.

De repente eu tinha esquecido de completamente tudo, até que estávamos em uma festa. Mas a memória voltou com força assim que vi Nick e a garota ruiva saindo de trás do pavilhão da festa. Ele estava com a camisa amassada e os cabelos mais bagunçados que o normal, ela puxava a saia para baixo. Comprimi os lábios e notei o par de olhos castanhos me fitando, então abaixei o rosto para esconder a tristeza que sombreou meus olhos fingindo ajeitar o decote da roupa.

— Sabe, eu não to botando muita fé que você seja bailarina não — ergui o rosto, em seguida as as sobrancelhas para ele, que cerra os olhos e da um sorrisinho provocador.

— Isso é um desafio? — Ele deu os ombros e um gole no gargalo da longneck.

— Veja como quiser — deu os ombros.

— Pois eu duvido que você saiba, sequer, dançar — James solta uma risada gostosa e irônica. Ela me arrepia até os pelos da nuca.

— Vamos ver então — coloca a garrafa no balcão se afastando e erguendo a mão para mim. Eu dou um ultimo gole na minha e pego sua mão.

 

Bailando começou a tocar enquanto seguimos para dentro do pavilhão, entre as pessoas sob luz oscilante o puxei para mais perto do palco. Me virei para o jogador e comecei a dançar balançando os quadris no ritmo latino, levei as mãos a saia e brincando com ela e com os cabelos, eu realmente me divertia dançando esse ritmo. 

James não moveu o corpo, apenas seus olhos acompanhavam cada movimento meu. Tentei ignorar o que aquele olhar estava causando aqui dentro e sorri provocadora.

— ¿Se quedará parado, Rodriguez? — Falei sobre a música. Mesmo com a pouca luz eu o vi corar, mas ele deu um sorriso malandro e me chamou com o dedo indicador. 

Cerrei os olhos em desafio dando alguns passos até ele — mas mantendo uma distância respeitosa — que pegou o mesmo ritmo que eu rápido e me acompanhou. James batia palmas ao redor de mim fazendo palhaçada enquanto dançávamos. Nós riamos, nos divertindo de fato. 

James pegou minha mão e me girou duas vezes puxando-me para seus braços. Com corpos mais próximos começamos a dançar juntos. 

O ritmo fluía perfeitamente entre nós, parecia que tínhamos treinado. Ele me girou novamente, agora para longe de si e quando me trouxe de volta fiz um movimento de pêndulo com o corpo até voltar para ele. James sorriu para mim enquanto eu colocava uma mão na sua nuca e o olhando comecei a rebolar. Ele me acompanhou, as mãos na minha cintura. O olhei com ar de riso. 

Então sabia dançar mesmo o menino James.

Para testa-lo juntei um pouco mais nossos corpos para começar a descer, e para minha surpresa e a de geral, ele me acompanhou. Fomos até o chão juntos e só ouvi os gritos ao nosso redor.

— Ae carai!  

Gargalhei e notei que as pessoas assistiam.

— Parece que temos público — ele olhou ao redor sorrindo enquanto dançávamos.

— Vamos dar-lhes um show então — vi seu sorriso se verter em malícia.

E como se quisesse oferecer um um grand finale ao público, o meia deslizou a mão pela minha coxa e a puxou para sua cintura, senti até um arrepio — só não disse onde. Então o braço me deu apoio para que eu deixasse o corpo cair para o lado, me segurando na sua nuca.

James me fitou com o rosto a centímetros do meu e eu perguntei olhando nos seus olhos:

— Ainda duvida que eu sou bailarina? — Ele sorriu.

— E você, ainda duvida que eu saiba dançar? —  Comprimi os cantos dos lábios, em um sorriso malicioso.

Mas só então percebi o quanto estávamos próximos. Uma mão dele estava na minha cintura, e outra na minha coxa, a respiração levemente descompassada batia contra meu rosto. Por segundos parei de respirar, embora só tenha notado isso quando o barulho de aplausos e assobios preencheu meus ouvidos. 

James me puxou para cima e olhei ao redor vendo as pessoas aplaudindo em um círculo ao nosso redor. Minhas bochechas pinicaram. Eu gostar de atenção não significa que eu não fique um pouco inibida quando algo assim acontece. 

— Gracias, obrigado — ele gritou por cima da música, então me girou para todos como naqueles programas de dança. Eu entrei na brincadeira fazendo uma reverência ao público.

— Obrigada, obrigada — James me puxou de volta e seus olhos se prenderam ao meu rosto, que provavelmente devia estar vermelho como um pimentão. O álcool também ajudou no processo.

— Você está vermelha — revirei os olhos.  

— Muito bem observado, Rodriguez — isso o fez abrir um sorriso, notando minha inibição. 

— Você fica linda com vergonha — disse e eu o olhei nos olhos, eles tinham um brilho admirador. Minhas bochechas pinicaram muito mais agora e um pequeno sorriso ficou preso no canto dos meus lábios. Abaixei um pouco o rosto para esconde-lo. 

A próxima música começou a tocar. Continuamos dançando dessa vez dessa vez sem grandes passos, já havíamos provado o que queiramos um para o outro. Vez ou outra o garçom passava com shots da nova vodka da absolut e nós pegávamos virando. 

Só sei que depois de uns cinco eu já estava vendo tudo meio embaçado e ria de qualquer coisa que James falasse. 

O notei olhando para mim diferente, e em alguns momentos ele falava coisas que davam espaço para uma interpretação dúbia, eu retribuía sutilmente, sempre com o pé atrás e muita vontade na frente. 

Bella y sensual começou a tocar, e eu comecei a rebolar no ritmo da música passando as mãos pelo meu corpo. 

De repente senti um corpo trás do meu e todo meu corpo reverberou com o contato. Mordi o lábio e não parei se rebolar, pelo contrário. Não sei se foi a bebida ou o calor que ele me causava, mas fui escorregando por toda sua extensão até o chão. E assim que voltei o senti passar as mãos pelo meu quadril, gingando o seu junto ao meu. Algo em mim se despertou, quente e flamejante. 

— Quiero ser dueño de tu cama, tratarte como una dama — cantou uma parte da música no meu ouvido, e até mesmo o mal entendedor de espanhol poderia compreender o que dizia. 

Pude sentir o orgasmo chegar depois isso. 

Então empinei contra ele, sentindo sua ereção abafada pelo jeans. James, que já tinha as mãos no meu quadril, o apertou contra si com mais força. E eu sorri com isso.

Em um ato tão genuíno levantei um braço e levei minha mão para seus cabelos e surpreendi com a maciez. Nossos quadris assumiram um ritmo mais lento e ele abaixou o rosto no meu pescoço aproveitando as minhas carícias. Fechei os olhos e inclinei o meu rosto para a curva do seu pescoço sentindo aquele perfume amaneirado me preencher e me entorpecer. 

Eu sei que isso era errado, mas eu não me importava agora. Eu estava vivendo isso, eu desejava aquilo. O desejei desde a primeira vez que o vi. 

Abrimos olhos e nossos olharem se encontraram. Tudo ficou devagar. Só existíamos nós dois e uma atmosfera única nos envolvia. James me encarava com aqueles olhos castanhos intensos. Eu estava louca para beija-lo e algo me dizia que ela também estava.

Ele é casado Mia! Pare! 

Mas se ele não quisesse não estaria aqui e nem assim. Deus! Eu já estava pulsando por ele, meu coração tão disparado que pensei que fosse ter um arque cardíaco.

Foda-se!

Me aproximei, e abaixei os olhos para a boca dele, roçando meus lábios nos dele e deixando que nossa respirações se misturassem. James fitou meus lábios, mas não recuou então eu fiz.

Juntei nossos lábios em um beijo e de início James não ofereceu resistência alguma, mas também não retribuiu de imediato.

Eu pensei que recuar, mas agora eu já tinha beijado então vamos terminar isso.

Deslizei os lábios pelos dele e por incrível que pareça ele abriu a boca fazendo com que a minha abrisse também. Então sua língua me invadiu, explorando minha boca sem presa alguma. Dentro de mim algo explodiu.

Tomara que não tenha sido meu coração, amém. 

Meu corpo todo passou a formigar e pulsar.

Deslizei os dedos pelo cabelo aparado dele, acariciando da nuca e retribui seus movimentos. As mãos dele desleixavam pelo meu abdômen até a cintura.

Mas aos poucos beijo foi ganhando intensidade e ele me virou para si. Nosso lábios se juntaram novamente sem a mínima intenção de nós separar. Senti sua mão subir pela minha nuca entre meus cabelos, os puxando delicadamente, me fazendo gemer entre o beijo. 

Que pegada! Que homem! 

Abracei a nuca dele e mordi o seu lábio para tomarmos um pouco de ar, em seguida retomamos o beijo e ele me apertou contra si. Eu podia passar o dia todo fazendo isso. 

Mas minha festa acabou quando fomos separados. Foi rápido, eu só me vi sendo puxada pelo braço com força e tudo girar meio desfocado, até que a imagem do loiro se fixou na minha frente.

— Que porra você pensa que está fazendo Mia? — Rosnou Nick. Franzi o cenho confusa, havia ódio nos olhos dele, não raiva mais ódio. 

Então por cima do ombro dele vi James se erguer com a mão no maxilar.

Ele bateu em James? 

— Me solta Nicolas! — O loiro me apertava com tanta força que meu braço começou a doer, mas ele não cedeu. A respiração forte como um búfalo. — Me solta! — Tentei puxar meu braço.

— Solta ela — a voz veio de trás dele. Nick se virou saindo da minha frente, mas sem me soltar. 

Eu não estou entendendo, porque ele está assim? Porque ele me separou de James? 

— Tente encostar nela de novo e eu quebro essa sua cara.

Meu coração disparou. Isso era ciúme? Ele estava com ciúme? 

Para minha surpresa James sorriu. 

— Quem é você para mandar em quem encosta nela ou não? Pelo o que eu saiba ela está solteira. E você, o que é? O cara idiota que fica com todas, mas tem posse sobre o que nunca foi seu? — Minha boca se abre, pasma.

Ele não disse isso! 

Eu percebia a respiração de Nick ficando mais forte, o maxilar rijo trincado, segurando toda todo o ódio dentro de si. 

— Aceite que ela não te quer mais. Provavelmente porque teu rendimento na cama está tão ruim que ela teve que achar outro pra lhe dar o prazer que você não consegue.

Ouvi risadas e cochichos ao nosso redor. Só então percebi que as pessoas assistiam a cena abismadas. 

Deus! James devia estar muito bêbado para falar isso. Nós estávamos muito bêbados. 

Nick não perdeu tempo, ele voou na direção de James, mas o jogador desviou antes que fosse atingido pelo punho do loiro. Então o acertou no nariz. 

Eles estavam brigando feio e estava realmente chamando atenção, porque até a música parou.

Comecei a ir na direção deles para afasta-los, mas uma mão me impediu. Giva me segurou enquanto Hugo passou por mim direto e foi tentar separa-los, logo mais dois homens apareceram para ajudar. Eu os conhecia, um era atacante colombiano e outro era Cuadrado. 

Hugo puxou Nick e o segurou para ele não ir para cima de James novamente e os dois jogadores seguraram James do outro lado. Ele estava com o supercílio sangrando, e o canto do lábio também, seu olhar encontrou o meu, mas Hugo puxou Nick para fora do círculo e passando ao meu lado. A mão de James era boa porque o nariz dele parecia para o lado errado e o olho estava começando a ficar roxo. 

— Você está louco Nicolas? — Gritou Giva atrás do seu melhor amigo de infância. 

Pensei em ir até James e perguntar se ele estava bem, mas ele já tinha sumido na multidão que voltava a tomar conta do círculo. 

 — Deus! O que foi isso? — Am diz ao meu lado. 

Passei as mãos no rosto e bufei saindo dali. Passei por Giva que sentada com Nick limpando o sangue no seu rosto. Ele me fitou de longe e senti uma pontada de tristeza, meu coração apertou, mas eu o ignorei e segui procurando James pela festa. 

 

Ele já havia ido embora, tenho certeza. Então decidi ir também. Essa festa já deu o que tinha que dar. Peguei um taxi e voltei para casa de Hugo. 

No outro dia acordei com uma puta dor de cabeça e um puta enjoo, escovei e tomei um banho. Agradeci mentalmente que o vôo seria apenas a tarde. Coloquei uma short e uma camisa soltinha e desci para comer. 

Am, Giva e Hugo estavam na cozinha tomando café. 

— Bom dia — falei me sentando ao lado de Giva. 

— Bom dia — todos disseram e uníssono. Am pegou o copo na minha frente e despejou um suco avermelhado e grosso como vitamina. 

— O que é isso? — Perguntei enquanto me servia. 

— Para ressaca, receita especial do Huguito — o moreno falou e olhei para aquele líquido pastoso com receio.

Peguei o copo e levei ao rosto, mas assim que o cheiro preencheu meu nariz fiz careta. Tinha cheiro de tomate.

— Tapa o nariz e bebe! — Foi o que Giva disse e eu o fiz. Quando terminei soltei um grito empurrando água goela a baixo.

— Que negócio ruim da porra — falei assim que o gosto começou a de dissolver na quantidade de água que tinha engolido. — O que tinha ali dentro? 

Hugo engoliu um pedaço de pão e disse:

— Segredo, espera só uns minutos e você vai ta pronta para outra. 

— Coisa de cachaceiro mesmo — Giva riu ao meu lado. Hugo piscou sorrindo. 

— Preciso aprender essa receita, Hugo, por favor — Am implorou com as mãos unidas. Hugo a olhou com falso desprezo. 

— Vou pensar no seu caso, mas só porque é minha parceria — eles bateram as mãos.

Tomamos café e depois fomos lavar os pratos 

— Levei o Nicolas para o hospital ontem — Hugo comentou, lhe entreguei mais um prato lavado e ele começou a enxugar.

— Foi tão sério assim? — Lembro de ver seu nariz errado.

— Ele deslocou o nariz, mas passa bem — anui. 

Eu não tinha pena alguma.

— Eu não quero que pense que eu acho que ele está certo, porque eu não acho, mas procura entender o cara. 

— Entender o que Hugo? — Me altero. — Ele estava com uma garota na festa, eu o vi saindo com ela de trás do pavilhão, o que acha que ele estava fazendo? — Hugo parecia não saber disso e anuiu passando a mão no rosto em seguida. 

— Então você fez aquilo para provoca-lo, por causa dele? 

— Não, eu nem se quer me lembrava da sua existência. Fiz aquilo porque quis — ele suspirou, e deu um risinho. 

— Você sabe que aquela era o James Rodriguez, não sabe? — Suspirei.

— Sei e também sei que ele foi embora e eu não tive nem chance de pedir desculpas por tudo. 

— Ele joga amanhã aqui, no Morumbi — mordi a parte interna da bochecha. — Você poderia tentar se desculpar, eu tenho ingressos... — cerrei os olhos como se pudesse ler suas intenções por telepatia.

— Acho melhor não, mas obrigada.

Existiam um milhão de motivos para que aquela festa fosse uma das piores da minha vida, mas um, apenas um motivo me fez esquecer de todos. James.

Mas existiam outros milhões de motivos para não fazer o que Hugo sugeria. O fato de ele ser casado de eu tê-lo beijado e o feito entrar em uma confusão, são alguns deles. 

James era um tipo um vespeiro e eu estava louca para cutuca-lo, mesmo sabendo que aquilo nunca daria certo. 

Essa comparação foi péssima? Foi, mas passemos. 

Penso no beijo, suas mãos no meu corpo, nos meus cabelos, sua pegada... 

Que pegada, por Deus!

Penso na dança, seu corpo junto ao meu, o que sussurrou no meu ouvido. Tudo tinha sido tão bom, melhor do que eu poderia esperar. Mas ele tinha uma família, estava bêbado e eu o provoquei. 

Que merda eu fiz? 

Eu me aproveitei dele. 

Balancei a cabeça. Eu não queria pensar mais nisso. Sinceramente, eu gostaria ter o poder de bloquear determinados pensamentos e memórias na minha mente, só lembrar deles quando quisesse e não ficar assombrada por fantasmas. 

Terminamos de lavar a louça e fomos para a varanda. As meninas estavam estiradas no sofá e eu me sentei em uma das poltronas. Hugo sentou no chão e apoiou a cabeça no meu colo. Fiz carinho nos seus cabelos castanhos.

— Sabe, aquele seu suco detox da ressaca, deu certo mesmo — ele ri com superioridade.

— Segue o gênio. 

 

 

 

— Como é? — Am berra. — Garota, você pode ter beijado ele, mas ele retribuiu então você não é uma assediadora. 

— Ele estava bêbado Amanda, eu me aproveitei da situação. 

— E você também estava, pelo o que bem me lembro — suspirei e me levei a mão ao rosto. — Mia, pelo amor de Deus, pare de se culpar tanto. Ele queria, você queria, acabou.

Mas eu não contei a ela que ele era casado. Na realidade, ninguém sabia e eu não estava afim de contar, já bastava eu mesma me julgando por isso.

— Vai atrás dele, vai no jogo. Aproveita, não é todo dia que a gente fica com um jogador gostoso — a olhei seria, ela entendeu o significado do meu olhar. — Eu fui uma burra, ta bom? Não seja igual a mim.

— Ele nem vai lembrar de mim.

— Eu duvido muito, com o soco que ele levou...ninguém esquece de uma briga daquela, por mais embriagado que esteja. 

— Mas seria estranho demais, eu ia parecer uma perseguidora louca atrás dele. Não! Melhor deixar quieto — Am grita estirando os braços para me esganar.

— Porra! Para de ser lesada, eu sei que você quer ir, então para de pensar no que ele vai achar, só vai. O pior que vai acontecer é só você não consegui falar com ele e assistir o jogo todo para nada.

Mordi o lábio, ponderando.

Deus! Eu deveria mesmo ir?


Notas Finais


Será que ela vai? Me contem o que estão achando, gostaria muito de saber.
• Lembrando que a fanfic tem duas partes, tem muita histórica para acontecer e estou muito animada com tudo que planejei, creio que vocês vão amar.


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