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História I know he's married - Tão linda quando fica com raiva


Escrita por: mydarlingzayn

Notas do Autor


HOLA MIS AMORES!
PRIMEIRAMENTE muito obrigada pelos comentários e favorito, se continuarmos assim já já batemos mais um record hein? Estou muito feliz com o crescimento da fanfic e com a interação que estamos tendo. Isso é muito especial, tem sido maravilhoso.
Mas eu também gostaria de me desculpar, sei que tenho demorado mais que o comum para postar. Mas você sabem como é o segundo semestre, sempre uma correria e eu estou em período de provas então está sendo bem difícil escrever, mas fim meu máximo para entregar ainda hoje.
Espero que gostem.

Capítulo 14 - Tão linda quando fica com raiva


Acordei com o barulho do celular vibrando no criado mudo. Inferno!! Quem é o filho da puta que ousa ligar essa hora para alguém? 

Pensei em deixar tocar, mas como o barulho estava me irritando e podia ser uma emergência com os olhos fechados tateei a mesinha até acha-lo e desbloqueei a tela. Levei o celular ao ouvido. 

— Alô? — Minha voz soou rouca e baixa. 

— Buenos dias para mais nova espanhola — eu conhecia aquela voz, mas estava com muito sono para raciocinar. 

— É uma emergência? 

— Porra Mia! Você ainda ta dormindo sua vagabunda?

— Quem está falando? — A voz feminina toma ar.

— Não! Eu não acredito que você não está me reconhecendo. Só um ano sem nós ver e você já se esquece de mim? — Coço os olhos e começo a ligar a voz a pessoa, superando minha preguiça pela curiosidade. 

— Ahhhhh — grito. — Am que saudade! — Ouço ela rir do outro lado. 

— Se eu não tivesse com tanta saudade eu te matava por não reconhecer minha voz.

— Da um desconto, eu tava dormindo. E você sabe como eu sou quando acordo — ela ri, podia a ver revirar os olhos. 

— Se sei. 

— Se bem que você mudou de número? 

— Mudei, sabe aquele meu namorado australiano? 

— Uhum.

— Eu terminei com ele e ele ficou me perseguindo, decidi mudar.

— Nossa! Ele parecia tão normal — passo as mãos nos cabelos. 

— Parecia né? Até ele começar com um ciúme possessivo e estranho, até com meus amigos ele implicava. 

— Meu Deus Am...faz quanto tempo isso?

— Uns dois meses, mas vamos falar de coisa boa. Quero te ver. 

— Então vai ter que vir para Madrid? — Brinquei e ela riu. 

— Mas eu estou em Madrid meu anjo. — Quê? 

Gritei me sentando na cama.

— Mentira sua cachorra, você chegou quando? — Ela riu.

— Ontem de noite, vim tirar umas férias. 

— E você nem me avisa? 

— To avisando agora, ué — reviro os olhos. — Vamos fazer o seguinte, imagino que você tenha que trabalhar agora, mas quero almoçar contigo para saber todas as novidades e imagino que tenham muitas, não?

— Ótimo, já tenho um lugar para irmos. Nem acredito que vou te ver — fazemos sons estranhos, coisas de amigas.

— Nem eu, to ansiosa. Me manda uma mensagem com o endereço, ta? Te amo amiga.

— Também te amo amor — mando beijos para ela. — Até mais tarde. 

Não acredito que essa doida está aqui e nem que ela me acordou para falar isso. 

Olho no relógio e noto qua faltava apenas meia hora para me acordar mesmo, então decido voltar a dormir. Porque para dorminhoco meia hora é uma noite inteira de sono. 

Depois que o celular apita novamente, eu faço minha higiene matinal, tomo meu banho e visto minha roupa de academia. 

Tomo um sumo de limão antes de fazer trinta minutos de exercício para fazer um detox. Após o treino volto para o quarto e peço o café da manhã. Enquanto tomo banho o café é posto na minha sala, conheço a copeira, Dafine, ela é um amor. Como, troco de roupa e sigo para a sala de recuperação. 

Asensjo já está me esperando. Vou repetir, Asensio já está esperando (?). 

— Está atrasada, doutora — ele tem os braços cruzados como uma mulher que vê o marido chegar tarde em casa. 

— Eu não estou nada, você que está subitamente adiantado — digo seguindo até a branquinho e colocando minha garrafa de água ali. 

Ele funga e mostra a tela bloqueada do celular para mim. Nove e vinte cinco. Ok, estou bem atrasada.

Ps: A foto de capa dele era dele em um jogo correndo para a torcida. Típico, mas a foto era linda. 

— Desculpa, Marco. Eu não olhei o celular, acho que esquecida as horas no banho. E-eu.. — o camisa 20 sinaliza para que eu pare.

— Você fica muito fofa quando fica nervosa sabia? — Ri guardando o celular no bolso. Fecho a cara. — Suas bochechas ficam vermelhas e seus olhos mais brilhosos, parede que vai chorar — ele provoca.

— Será que vai me achar fofa quando eu ficar com raiva? Porque eu não acho que vai querer ver isso Asensio — cerro os olhos e ele me fita, esquadrinhando-me. E com um sorriso provocador diz, erguendo o queixo:

— Olha a doutora ta putinha — zomba risonho e isso só me faz ficar com mais raiva dele. 

Marco abaixa o rosto no meu e olha nos meus olhos. — Vai chorar Miazinha? — Faz bico, começo a respirar alto.

— Olha aqui Marco Asensio, você não me provoque — aponto o dedo na cara dele. Ele morde o lábio e da um risinho. 

— Você fica mais fofa ainda com raiva, como pode? — Então começa a dar passos para frente, vou recuando. Seus olhos castanhos nos meus. 

— Marco...Marco... — ranjo os dentes e seu sorriso aumenta. — Você não tem medo do perigo? — Então da uma risada grave. 

Mas de repente sinto algo nos meus joelhos me impedindo de continuar andando e fazendo-me desequilibrar. 

Estou prestes a cair quando sinto as mãos do jogador na minha cintura, ele me puxa para si para que eu não caísse e consequentemente ficamos próximos, mais do que é permitido profissionalmente. 

No entanto que não consigo me mover, fico estática quando seus olhos encontram os meus tão próximos, e sinto a respiração dele contra meu rosto. Começo a sentia uma áurea diferente nos envolver, então a porta se abre com um barulho estrondoso e nos viramos para para ela.

Marcelo está parado nos encarando com a boca entre aberta meio que sorrindo. 

Me afasto de Asensio imediatamente, minhas bochechas ardem com em brasas.

— Eai? O que houve? — Tento parecer natural, não dá certo. Marcelo permanece em modo estátua e com um sorriso na porra do rosto. 

Asensio com as mão no quadril pigarreia e ele desperta. 

— Ah deixa! Depois eu falo — da um sorriso malicioso e eu tento explicar o que aconteceu — está claro que ele não entendeu — mas ele da as costas e fecha a porta. 

— Ele entendeu tudo errado — falo dando uma risada nervosa passando as mãos nos cabelos presos. 

Marco olha para mim. 

— Relaxa, eu falo com ele depois — e olho, ainda um pouco envergonhada. Será que ele percebeu que eu talvez quisesse te-lo beijado...tipo, bem lá no fundo? — Você fica tão fo...

— Nem se atreva a completar essa frase — o interrompo e ele ri. — Vamos! Paga 15 de isometria de quadril — falo ríspida para camuflar minha insegurança com a situação. 

— O que quiser doutora.

 

P.O.V James 

 

Fizemos uma pausa do treino de bolas paradas e eu estava bebendo água quando Marcelo apareceu subtilmente ao meu lado. Ele estava com uma cara de quem descobriu algo que ninguém jamais poderia imaginar, eu o conhecia bem demais. 

— Onde estava? — Pergunto e ele bebe água. 

— Fui chamar a Mia para a festinha de sexta — só de falar o nome dela eu já ficava meio tenso. Era estranho e incompreensível. Mas havia algo mais aí.

— Sim... — ele espremeu a garrafa e um jato de água espirrou na sua boca, dando os ombros em seguida. 

— Só — ergo as sobrancelhas e desvia o olhar. 

— Qual é? Vai querer entrar nesse jogo de eu fingir que não te conheço? Desembucha pisha — Marcelo não pondera, ele era muito fofoqueiro para isso. Então olhando para os dois lados como se ninguém pudesse saber ele diz: 

— Quando abri a porta da sala de recuperação, simplesmente vi o Sr. Asensio prestes a beijar Miazinha — eu que bebia água quase engasgo. 

O QUÊ?  

— Essa foi uma reação também — ele diz com aqueles olhos arregalados e apontando a gafara para mim. 

QUÊ? 

Eu ainda estou em choque. 

Marco e Mia? Como assim? 

— Apesar de que já havia imaginado que ele estava de olho nela, eu não esperava que ela estava afim também — murmura. 

Afim também? Mia afim de Marco? 

Marco não fazia o tipo dela. Ele é criança demais, meio imaturo para ela. E eu sabia que Mia já tive uma experiência com um cara imaturo, ela sofreu e pelo o que eu vi da nova Mia...ela não parecia do tipo disposta a sofrer novamente. Ou seja, ela nunca daria bola para ele. 

— Mas ela queria beijar ele? — Pergunto sem pensar, ainda bem que Marcelo não percebe o quão estranha era essa pergunta vinda de mim. 

— Como vou saber? Eles estavam bem próximos — ergue a sobrancelha e da os ombros. 

— Ta, mas ela estava com as mãos nele, ou só ele nele? — Ele franze o cenho, parece pensar. 

— Ah sei lá James! — Estala a língua.

— Ué! Eu só estou tentando decifrar a situação — ele revira os olhos. 

— De qualquer forma, vou ter a certeza sexta-feira. Se tiver pintando um clima, vai rolar lá — joga a garrafa próximo ao cooler e corre para o campo voltando ao treino. 

Vai rolar? VAI ROLAR? 

Eu duvido, mas eu duvido mesmo. 

De qualquer forma, eu não tenho nada haver com isso mesmo. Se ela quiser ficar com ele, quem sou eu para dizer o contrário, não é? 

Joguei a garrafa também e voltei ao treino. 

E seria mentira se eu dissesse que não parei de pensar no que Marcelo disse.  Mas era só porque aquilo não fazia sentido na minha cabeça. Não havia outro motivo. 

 

No almoço fiquei esperando que ela aparecesse e sentasse ao lado dele como ontem, queria analisar e ver se capitava algo, mas o único que apareceu foi Asensio e ele parecia bem felizinho. 

— A festinha de sexta vai gerar, hein!? — Diz Nacho se sentando ao lado de Vazquez. 

— Com certeza, precisávamos de um pós férias — diz Cristiano. 

— A Georgina vai? — Bale pergunta. 

— Claro, você sabe que ela pode ta grávida, doente, de pé quebrado, mas não perde uma festa — rimos. 

— E a Daniela, James? — Marcelo pergunta.

— Não sei, se ela tiver afim — dou de ombros. 

Daniela não frequentava todas as festas, ela geralmente estava cansada ou não simplesmente não estava afim. Eu não insistia, ela faz o que quiser, não vou obriga-la. Mas em algumas festas eu sentia falta de uma companhia, quando todos estavam com suas esposas e eu estava sozinho. 

Uma coisa que eu conheço sobre a minha esposa é: ela só faz as coisas quando ela quer, não faz questão de agradar ninguém, nem a mim mesmo principalmente depois de anos de casamento. 

— Acho bom você convidar mais gente, viu Celo? Porque eu to solteiro e preciso de algo para apreciar e poder tocar né? — Diz Nacho. 

— Pode deixar Nachitos, convidei maior galera. Só gente bonita — diz, o camisa 12.

— Aí sim hein!?

— E a Mia, vai? — Isco indaga, já sinto sua intenção no ar. 

— Acho que ela vai — responde Marco. 

— Como você sabe se eu nem convidei ela ainda? — Rebate Marcelo, como um investigador curioso. 

Os outros trocam olhares.

Marco apoia os braços na mesa e se inclina para frente. 

— Conhecendo-a, eu acho que ela vai ué — eu tive vontade de rir. 

Conhecendo ela? Ele conhece ela há duas semanas e acha que já conhece ela? Esse cara tem a cabeça aonde? 

— Bom, parece que sua resposta é sim por enquanto Isco — Marcelo diz com um sorriso cheio de segundas intenções. — Em falar na Mia, porque ela não vem hoje, Marco? — Inflama o jogador.

Marco o fita e há uma troca cúmplice de olhares entre eles. 

— Ela foi almoçar com uma amiga — responde, por fim.

De canto de olho vejo Marcelo abaixar a cabeça para o prato e sorrir. 

Observo tudo. 

— Ta tão quieto James — comenta Sergio próximo a mim. — Aconteceu alguma coisa?

Eu abro um sorriso. 

— Não, cara. Eu to ótimo — ele sorri unindo as mãos, com os cotovelos sobre a mesa.

— Ainda bem, você estava com uma cara de quem ia ficar puto. 

Quê?

Rio com a ideia dele.

— Que nada, coisa da sua cabeça capita — dou batidinhas nas costas dele, o segurando do meu total relaxamento. 

Porque eu iria ficar puto? 

 

P.O.V Mia 

 

Deixei Valdebebas e segui até o centro da capital espanhola. No bairro de Universidad ficava o Ochenta Grados, uma casa secular cor de rosa clarinho de esquina com uma árvore na frente. Assim que entrei a hostes me recebeu e eu falei mesa para dois, mas ao passar os olhos encontrei Am com seus iconicos cabelos dourados sentada já me esperando. 

Assim que me viu Am acenou e se levantou para me dar um abraço caloroso. 

— Ah meu Deus! — Ela falou durante o abraço. 

— Que saudade — falei a apertando e depois nós separamos olhando uma para outra buscando as mudanças, as novidades já visíveis. — Você continua baixinha — ela faz careta enquanto nos sentamos. 

— E você continua a mesma chata de sempre — eu rio. O garçom vem imediatamente e me pergunta o que vou querer hoje. 

Peço apenas um drink sem álcool, porque voltarei ao trabalho logo.

— Mas me conta tudo, o que aconteceu nesse ultimo ano? 

— Bom, para começar estava tudo muito bom, terminamos a temporada em dezembro e em fevereiro começamos a treinar para o próximo espetáculo que estreia em setembro. Foi em que abril as coisas começaram a ficar entranhas. Pete implicava com os outros bailarinos, e quando ele não foi escalado para fazer meu par...aí as coisas pioraram. Já que eu tinha que passar muito tempo com Ivan, que é o russo que faz meu par, e ele simplesmente morria de ciúmes dele. Foi um inferno Mia, eu tentei manter a relação por um mês ainda, mas quando ele arrumou uma briga com Ivan no meio de um ensaio eu terminei tudo e ele acabou sendo demitido da companhia. — Fiquei pasma. — Isso é um resumo, ta? 

— Gente, que cara louco. E você sofreu muito por terminar? 

— Ah claro, eu gostava dele. Até abril estava sendo um sonho, 7 meses de namoro. Mas no fim eu vi que foi o melhor para mim, e também notei o quanto eu abdiquei das coisas que eu gostava por ele quanto ficamos juntos, só eu não percebia que estava num relacionamento abusivo — ela fala com a naturalidade de quem já havia superado. Gostaria de ser como ela, Am sempre foi muito realista e objetiva com o que queria. 

— Queria ter estado lá para te ajudar, porque não me ligou, não me falou nada? 

— Porque eu sabia que você estava terminando a pós graduação. E sei como você é, já ia querer pegar uma avião e ficar comigo. Eu não podia deixar que você se prejudicasse por mim, além do mais eu podia me cuidar bem. 

— Você ta parecendo comigo hein? — Ela da um sorriso e beberica seu coquetel. — Mas quero que saiba e coloque nessa sua cabeça, que quando precisar de mim não importa como eu esteja ou aonde eu esteja, pode falar comigo, ouviu? — Ela estica a mão e aperta a minha por cima da mesa. — Eu sou mais que sua amiga, sou sua irmã. Me deve isso, sua vagabunda. 

Sorrimos. 

— Nunca mais esquecerei, vadia — ela afasta a água dos olhos e diz:

— Mas e você, eu soube que esta morando em Madrid, mas está trabalhando aonde? — Dou uma risada. 

— Quando eu contar você cai para trás, Am — ela se inclina para frente, curiosa que só ela. 

— O que está esperando! Me conte — também me inclino para frente e falo devagar:

— Real Madrid — ela da um grito fino e todos do restaurante se viram para nós. Com os olhos verdes arregalados ela coloca as mãos na boca, notando a atenção em demasia. 

— Meu Deus! Sua louca — rio e ela fica vermelha rindo também. 

— Mia do céu! Simplesmente o melhor e maior time do mundo — eu anuiu orgulhosa. — Parabéns amiga, fico tão feliz por você — sorrio. 

— Está sendo incrível, eu nunca achei que fosse chegar tão longe — ela ergue as sobrancelhas castanho-claro. 

— Eu sempre acreditei no seu potencial — aos poucos seu rosto vai enrugando, e ela finalmente pergunta: 

— O James ainda está jogando lá? — Anuo devagar. Ela tapa a boca para trás outro grito dessa vez abafado. — Como assim Mia? Vocês já se viram? O que aquele desgraçado falou? Adoraria ver a reação dele quando te viu, deusa maravilhosa superior — eu rio. 

— Ele levou uma bolada quando me viu, ficou tão chocado que não viu a bola e "puft!" — minha amiga gargalha. 

— Eu daria tudo para ter visto isso.

— Eu só o vi ontem, durante as semanas que fiquei sempre havia um desencontro. Mas ele foi conversar comigo e... — contei tudo o que a ela. 

— Ele não esperava por uma você tão madura e fria. Adorei, amiga. Que orgulho do meu bebê — pisco os olhos sorrindo. 

 

Após o almoço maravilhoso com Amanda, eu volto direto para o CT. Não teria treino a tarde com Marco, e depois do que aconteceu mais cedo eu fiquei meio sem jeito com ele, então ainda bem. Fico na minha sala, estudando e analisando os exames e as melhora tanto de Asensio quanto de Kroos. 

Então alguém bate na porta. Meu sangue gela, porque da ultima vez que isso aconteceu foi James que apareceu. 

— Pode entrar — falo após respirar fundo e a porta se abre, revelando o camisa 12.

— Boa tarde doutora — ele diz com malícia na voz, se apoiando no encosto das cadeiras à minha frente. 

— Marcelo sobre o que viu... — minhas bochechas ficam levemente roborizadas. 

— Relaxa, Miazinha. Marco me disse que foi tudo um engano — mas eu ainda sentia a malícia na sua voz. Anui mesmo assim. 

Ainda bem! 

— Mas não foi sobre isso que eu vim falar — me encosto no encosto da cadeira prestando atenção. — Vai rolar uma festinha sexta na minha casa, e você está convidada. 

— Uma festinha, o que vamos comemorar? 

— O que quiser comemorar, a vida, o trabalho, o amor... — reviro os olhos no final. E ele ri. 

Eu não sei se era uma boa ideia, talvez fosse parecer que eu quisesse misturar as coisas. Uma coisa ela ser amiga deles, tem uma boa convivência no trabalho, outra é do lado de fora da casa.

— Bem, obrigada pelo convite...

— Ah não! Eu não aceito um não doutora — adianta minha resposta. 

— Marcelo eu trabalho com vocês, mas não faço parte do time — ele entendeu o que eu quis dizer, mas responde:

— Você faz parte do time sim, ta louca? É minha convidada de honra, além do mais ir a uma festa nossa é quase um ritual de passagem — eu rio e pondero. 

Por fim suspiro e digo:

— Tudo bem, eu vou

— Ae doutora! Não vai se arrepender — pisca e eu sorrio. 

— Até amanhã Marcelo. 

Ele está passando quando eu o chamo.

— Posso levar duas amigas minhas?

— Quantas quiser — meus lábios se curvaram automaticamente.

 

… 

 

 

Sexta-feira chegou rápido, principalmente porque fiquei cheia de trabalho durante os dias seguintes. A festa, segundo Marcelo, começava as nove. Então depois de sair as cinco da trabalho fui correndo para casa para me arrumar. Ainda bem que fiz as unhas ontem, se não chagaria na festa manhã. Ajeitei meus cabelos e os alisei. Coloquei um vestido curto de cetim azul daqueles que te deixam com um corpão. Am e Sarah me convenceram a usar um salto. Então peguei um dos poucos pares de salto que eu tinha, nude fosco. Fiz um maquiagem nude e coloquei meu velho amigo, os cílios postiços. 

Estava me olhando no espelho quando recebi uma mensagem de Sarah para descer. O fiz e entrei a parte de trás do uber. Juntas passaríamos no hotel de Am, que era no caminho para a casa de Marcelo em La Finca. 

As duas se adoraram desde a primeira palavra, elas eram extremamente parecidas e eu me senti levemente excluída quando começaram a conversar para se conhecer, achando muito em comum. 

— Ah mais a Mia me falou muito de você, e quando ela disse que somos parecidas eu não acreditei muito — diz a ruiva. 

— Eu senti a mesma coisa, e fiquei até com ciúmes de tão bem que ela falava de você — elas riram. 

— Agora que vocês duas já são melhores amigas, já viram que eu sempre estou certa já podem dar atenção a mim, obrigada — elas duas olharam para o meio do banco onde eu estava e fizeram um: Own! 

— Ela ta com ciúmes — ambas me abraçaram e eu revirei os olhos. 

— To mesmo, sabem que eu gosto de atenção — faço bico. 

— Dios mio, já perceberam que somos: uma loira, morena e ruiva? — Questiona Am. 

Gritamos assustando no motorista que ta um espasmo e rimos. 

— É o destino bebês — falo. 

 

Para entrar no bairro de luxo tivemos que passar por uma portaria, e o porteiro checou nossos nomes da lista. Muita segurança, mas também com o a quantidade de gente importante com a conta bancária recheada que morava aqui, não era para menos. Sarah dava os detalhes sobre a burocracia que era morar em La Finca. Não era simplesmente ser rico, você tinha que ter uma baita segurança financeira para morar ali, fora o círculo social em que estava metido, o estilo de vida e as recomendações. Era quase como passar por uma entrevista para ter uma casa aqui. 

O fato é que quase todos os jogadores do Real moram aqui e cruzar todo centro para chegar aqui demorou um pouco, então chegamos um pouquinho mais tarde. 

Em uma rua larga cheia de mansões enormes cercadas por altos muros e com belos jardins na frente está a casa de Marcelo. Entre duas colunas estava um portão branco que quando usamos o interfone foi aberto. 

A casa era branca com listras horizontais e um esquilo clássico de moderno, havia um jardim bem cuidado na frente, e dava para ouvir a música da festa do lado de fora. 

Descemos do carro e pagamos. A porta da frente estava aberta então já fomos entrando. 

Havia algumas pessoas espalhadas pelo foyer, mas foi quando adentramos mais a mansão do jogador que tomamos nota da proporção da festa. 

— Eu sabia que não me decepcionaria — digo vendo toda a sala dominada pelos convidados até a área da piscina na parte de trás do terreno. 

— Doutora! — Ouço alguém gritar, sigo a voz e vejo o dono da festa caminhado até mim com um copo na mão. 

— Cupuaçuzinho — ele me abraça dando um beijo na minha bochecha. 

— Está linda, nem parece aquela médica seria — Marcelo diz se separando de mim. Eu rio. 

— Essas são minhas amigas, Amanda e Sarah — ele sorri para eles encostando a bochecha na bochecha de cada uma.

— É um prazer meninas, sintam-se a vontade — diz com um sorriso simpático, então uma mulher de cabelos escuros e belos olhos verdes aparece ao lado dele. 

O camisa doze a abraça pela cintura e ela olha para nós com um sorriso. 

— Clarisse amor, essa é Mia, a nova fisioterapeuta do time — ele me apresenta, e os olhos de sua esposa e arregalam como se ele já tivesse falado sobre mim. 

— Ah sim. É um prazer conhecê-la — ela me abraça. 

— O prazer é meu — sorrio. 

— E essas são... — ele aperta nos olhos. 

— Pelo visto o álcool já está fazendo efeito — ela diz e nós rimos.

Eu já adorei ela. 

— Perdoem ele. É um prazer meninas — elas se cumprimentam. 

— Relaxa, coisas de homem — diz Am, Clarisse ri e fala:

— Aproveitem a festa, o bar está do lado de fora, tem comida na cozinha. A casa é de vocês — eles seguem para o outro lado e nós vamos para o jardim. 

No bar nos pedimos bebidas. Eu estava muito inclinada a não beber nada, mas as meninas me convenceram que não tinha nada haver minha encanação com isso de preservar minha imagem profissional diante dos meus colegas de trabalho. Ou melhor, me convenceram pela metade. Não tinha chance alguma de eu sair bêbada dessa festa. A água seria minha melhor companhia. 

— Qual é a regra meninas? — Grito erguendo meu copo com gim e tônica. 

— Gim, vodka e tequila — grita sobre a música Sarah erguendo o copo assim como Am.

Abençoadas sejam vadias — berramos em uníssono e goleamos nossas bebidas.

Eu não fazia ideia do que aquela noite ainda me reservada. 


Notas Finais


LEIAM AS NOTAS DO AUTOR!
Eai amores? Eu sei que sou má, mas você me amam então não desistam de mim. Kkkk ME CONTEM O QUE ACHARAM!! O James estava com ciúmes da Mia? MIA E NOSSO BEBÊ ASENSIO, VAI ROLAR NESSA FESTA? A DANIELA VAI? COMO O JAMES VAI LHE DAR COM ISSO? COMO A MIA VAI LHE DAR COM ELE? Eles vão resistir?
Isso tudo no próximo capítulo bebês.
Besitos 😘😘


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