1. Spirit Fanfics >
  2. I Live for You >
  3. Onde tudo começou

História I Live for You - Onde tudo começou


Escrita por: Syatha

Notas do Autor


Oi pessoal! Esta aqui mais uma nova história para vocês, espero que gostem!

Boa leitura!

Capítulo 1 - Onde tudo começou


-Olha minha quirk mãe!-Eu mostrava animado as explosões em minha mãos. Logo vi Deku se aproximando da minha casa, ele tinha voltado do médico.-Oi Deku!-Falei sorrindo e fui até ele.-Olha o que eu aprendi a fazer!-Fiz várias explosões formando um show de mini fogos de artifício.

-Legal Kacchan...-Ele disse disanimado. Tia Inko tinha se afastado, estava nós observando com minha mãe de longe.

-O que aconteceu? Está desanimado.-Perguntei preocupado e afastando mexas do seu cabelo e as colocando atrás da orelha, seu cabelo estava grande, ele disse que vai cortar amanhã.

-Eu não tenho uma quirk...-Ele sussurrou e dei um passo para trás surpreso.-Você não gosta mais de mim né?-Ele começou a chorar e eu suspirei. Me aproximei e o abracei.

-Eu gosto de você sim Deku, mesmo não tendo uma individualidade. Sempre vou ser seu amigo, independente do que eu faça com você entenda que eu faço isso para o nosso bem.-Falei no seu ouvido.-Sempre vou estar ao seu lado, ok?-Me afastei sorrindo pequeno.

-Obrigado Kacchan!-Ele sorriu grande e secou as lágrimas.

-Vamos entrar, mamãe fez bolo de chocolate e comprou novos brinquedos do All Might!-Falei animado e corremos para dentro de casa.

Aquela tarde me responsabilizei de animar Deku, fiz de tudo para deixá-lo com um sorriso a cada segundo. Até que ele teve que ir embora, a casa dele é perto então não faz mal ir a noite.

-Tchal Kacchan!-Ele me abraçou e retribui.

-Tchal Deku.-Falei um pouco cansado.

Os dois Midoriya's saíram e fechei a porta, fui até o sofá e sentei no mesmo. Logo papai apareceu e me colocou sentado no seu colo, me acomodei no seu colo e fechei os olhos cansado.

-O que houve querida?-Papai perguntou e senti o socar afundar ao meu lado, mamãe deve ter sentado aqui.

-Ele brincou a tarde toda com Izuku, não deixava ele ficar sem sorrir por um minuto se quer!-Mamãe disse orgulhosa.

-Ele já sabe que Izuku não tem quirk?-Masaru perguntou.

-Sim, ele reagiu melhor do que imaginamos!-Mitsuki respondeu.-Vá colocá-lo na cama, ele provavelmente não vai jantar hoje.

Papai me levou para o meu quarto e me deitou na cama, me cobriu e deu um beijo na minha testa.

-Nós noite filho...-Ele falou baixinho.

-Boa noite pai.-Falei sorrindo pequeno.

Bom, vocês viram né? Deku não pode ter individualidade. Depois que as crianças da escolinha onde estudamos souberam do Deku tentaram bater nele, mas eu sempre o protegia.

Até que completamos 6 anos, eu estava na praça com meus pais, o Deku e a tia Inko. Eu e Deku brincávamos na beira de um laguinho, meus pais nos observavam de longe.

-Vou chegar do outro lado primeiro!-Gritei rindo.

-Não Kacchan! Me espera!-Ele gritou e correu para me acompanhar. Olhei para trás e só deu tempo de ver ele caindo no laguinho. Arregalei os olhos.

-DEKU!-Gritei e nossos pais vinham correndo. Ele estava se afogando e eu entrando em desespero. Eles estavam demorando para chegar e arregalei os olhos quando a mão de Deku desapareceu da minha vista.

Pulei no laguinho, ele era um pouco fundo. Vi Deku deitado no chão, estava desacordado e saia sangue da sua cabeça, o peguei e com dificuldade voltei a superfície. Joguei Deku primeiro e afundei sem força.

Senti alguém pegar minha mão e me puxar para fora, era meu pai. Ele me deitou no chão e logo tossi água, me sentei meio tonto e olhei para o lado vendo Deku sendo colocado na ambulância, ela chegou rápido.

-Deku...-Sussurrei o olhando.-Ele vai ficar bem não é?-Perguntei para mamãe. Tia Inko entrou na ambulância e logo ela se afastou.

-Sim filho, vamos ver ele em alguns dias.-Mamãe falou e eu apenas afirmei. Papai me pegou no colo e fomos para casa, assim que chegamos na residência fui para o meu quarto.

Eu me sentia culpado, sinto que foi minha culpa Deku ter caído, se eu não tivesse provocado ele não tentaria correr para me alcançar...

Por fim dormi com esses pensamentos.

-Acordei Katsuki!-Mamãe me balançava.

-Hum... Bom dia mãe.-Falei e ela me deu um beijinho na testa.

-Bom dia querido. Inko me ligou e disse que poderíamos ver o Izuku hoje mesmo. Ela vai nos contar o que aconteceu lá.-Ela falou e eu afirmei empolgado. Vou ver o Deku e ainda por cima perder um dia na escola!

Saímos de casa, eu e minha mãe, já que meu pai já estava no hospital por trabalhar lá. Quando chegamos no local eu deci animado, entramos e encontramos meu pai na recepção. Ele nos guiou até o quarto que o Deku estava e vimos a tia Inko e um médico na frente do quarto.

-Olá, iria falar com Inko agora mesmo sobre o estado de Izuku.-Ele disse.-Bom, começando... O menino está bem, com um ferimento na cabeça e no olho, ficou cego do olho esquerdo e perdeu uma parte da memória. Mas não sabemos quanto ou o quê. Só quando o pequeno acordar saberemos.

-Ele ficou cego de um olho?-Inko murmurou.

-Sim, não temos um doador no momento, muito menos alguém que sacrificaria um dos olhos pelo menino.-O médico disse com um pesar na voz.-O melhor seria fazer uma transplante de olho de outra criança, assim seria mais fácil. Conseguiríamos fazer com que o olho do Izuku voltasse ao verde esmeralda de sempre já a outra criança eu não sei. Se algum doador aparecer o quanto antes melhor.-Quando ele falou aquilo sorri pequeno e olhei para o papai, ele me olhou e arregalou os olhos.

-Katsuki...-Se ajoelhou na minha frente.-Tem certeza disso filho?-Ele perguntou como se lesse minha mente.

-Do que está falando Masaru?-Mamãe se aproximou e eu fui até o médico.

-Você já tem um doador moço, só falta a permissão dos meus pais mesmo.-Falei sorrindo pequeno e ele me olhou surpreso.

-Ok!-Escutei um quase grito da minha mãe.-Se você tiver certeza absoluta disso filho, tudo bem, dou minha permissão.-Minha mãe falou com os olhos marejados e sorri grande.

-Oh querido...-Tia Inko chorava, me abraçou e retribuí.-Muito obrigada!-Ela me deu um beijinho na testa.

-Bom, vou preparar a sala de cirurgia.-O médico saiu de lá.

Depois de um tempo eu já estava deitado na maca, mamãe e papai estavam ao meu lado. Olhei para Deku e sorri, logo depois fechei os olhos por conta dos mesmos estarem pesando de mais para permaneceram abertos.

Abri os olhos devagar, vi mamãe e papai dormindo e olhei para a janela, estava de noite. Me levantei cambaleando e peguei o celular de mamãe. Eram exatas 01:30 da madrugada. Saí do quarto em silêncio, fiquei andando pelo hospital, me escondendo dos médicos e quando achei o quarto do Deku fui ver se ele estava bem.

Abri um de seus olhos com os dedos e vi o verde esmeralda de sempre, abri o outro e vi a mesma cor. Sorri e saí do quarto voltando para o meu. Fui até o banheiro e liguei a luz de olhos fechados, abri os mesmos e vi meu olho... Cinza? É isso?

Ao menos o Deku vai ser feliz. Isso que importa para mim. Saí do banheiro e voltei para a maçã, deitei na mesma e dormi novamente.

-Mãe?-Chamei ainda de olhos fechados, podia sentir os raios de sol batendo no meu rosto.

-Katsuki? Já acordou?-Ela perguntou e senti suas mãos alisarem meu cabelo. Abri um dos olhos e vi ela sorrindo, abri o outro aos poucos e não vi diferença alguma, é como se um dos meus olhos estivessem bloqueados com algo, me impedindo de ver.-Como se sente?

-Bem, parece que tem algo tapando meu olho.-Ri fraco e ela me deu um beijo na testa.

-Vamos para o quarto do Izuku, ele pode acordar a qualquer momento.-Ela disse e afirmei pegando na sua mão.

Fomos até o quarto do Deku e assim que abrimos a porta vimos o esverdeado sorrindo enquanto conversava com a mãe.

-Izuku?-Mamãe chamou e ele olhou para ela sorrindo.

-Tia Mitsuki!-Ele disse animado.-Como vai?-Ele perguntou sorrindo e sorri também.

-Bem.-Ela sentou em uma poltrona e sentei no seu colo.

-Quem... Quem é esse garoto?-Ele perguntou e o olhei surpreso sentindo um aperto forte no coração.

-Não lembra dele? É o Katsuki querido!-Tia Inko falava.

-Não... Quem é você?-Ele perguntou me olhando.

Engoli a seco e me levantei da poltrona da mamãe, fui até o Izuku e lhe dei um beijinho na testa.

-Não sou ninguém importante na sua vida, não se preocupe. Vou indo, ainda não vi a Naomi.-Saí do quarto  devagar.

Encontrei Naomi enquanto andava. Ela tem 11 anos e é uma ótima amiga.

-Katsuki!-Ela correu até mim atraindo olhares. Me abraçou e retribuí no mesmo instante.-Fiquei sabendo do Izuku, ele está bem?

-Sim, ficou cego de um olho e estava precisando de uma transplante.-A olhei sorrindo pequeno, por algum motivo me sentia cansado apenas de tentar fazer isso.

-Ooh! Ele já conseguiu alguma transplante?-Ela perguntou e eu ri afirmando, tirei os fios de cabelo do meu olho esquerdo e ela arregalou os olhos.-Você doou seu olho a ele?!

-Sim. Acabei de sair do quarto dele...-Me sentei em um banco qualquer e ela sentou ao meu lado. Alguns médicos conhecidos passavam pelo local, eu conhecia todos.-Izuku não lembra de mim.-Eu disse e fiquei com os olhos marejados começando a chorar.

-Não fique assim Kat...-Ela falou me abraçando e logo alguns médicos se aproximaram, incluindo um enfermeiro muito conhecido meu, o tio da Naomi, Rayden.

-O que aconteceu?-Yuri perguntou se ajoelhando na minha frente.-Foi com o Izuku? Soube que ele ficou cego de um olho.

-Izuku não lembra do Kat.-Naomi foi direto ao ponto. Eu estava de olhos fechados ainda chorando.

-Fique calmo Katsuki, talvez ele volte a lembrar de você. Tenha esperança. Você tem que torcer também para ele achar um doador, não é fácil achar alguém disponível a dar um dos olhos.-Rayden disse e eu ri sem emoção. Abri os olhos e olhei para ele.

-Ele já achou.-Falei e todos arregalaram os olhos surpresos.

-Filho?-Ouvi a voz de mamãe e olhei para o lado. Ela e tia Inko estavam ali, me olhando atentamente.

-E-Eu tô bem...-Falei forçando um sorriso e senti uma fisgada na cabeça, como se alguém tivesse batido nela, é algo estranho.

-Querido, não precisa mentir para sua mãe.-Mitsuki se aproximou e comecei a chorar novamente.-O médico disse que ele tinha chances de esquecer o causador do acidente, ou seja, o que o cérebro do Izuku acha que foi.

-Então é minha culpa ele está assim?-Me afastei dela chorando mais ainda.

-Não querido...-Ela tentou falar.

-Eu quero ir pra casa!-Falei chorando forte.-Agora! Me leva pra casa mãe!-Pedi e ela apenas afirmou com os olhos marejados.

Me pegou no colo e fomos para o carro. Quando chegamos em casa em fui diretamente para o quarto. Durante os outros dias eu não comia muito bem e não saia do meu quarto.

-Katsuki?-Ouvi a voz da tia Inko e abri a porta. Ela entrou e fechei a porta com a cabeça baixa. Notei ela olhar o quarto, ele estava destruído, eu o destruí, afinal, é assim que me sinto por dentro.-Ooh querido... O que você fez...-Ela disse e veio até mim.

-Só me expressei... Afinal, é assim que me sinto.-Murmurei.

-Destruído?-Ela perguntou e eu afirmei devagar.-Você precisa ir ao psicólogo Katsuki.

-Eu sei, pede a mamãe para marcar uma consulta, eu vou sem problemas, tenho que sair de casa não é?-Perguntei e ela sorriu afirmando.-Tia Inko... Me desculpa ok?

-Pelo quê Katsuki?-Ela perguntou me olhando preocupada.

-Eu... Eu não vou conseguir ficar perto do Deku, quero ele longe de mim. Assim nenhum de nós se machuca...-Falei triste.-Eu não sei o que eu mesmo posso fazer... Estou com medo de começar a bater nele apenas para tentar tirar essa dor no peito que eu sinto!-Comecei a chorar.

-Tudo bem querido... Não se preocupe, você cuidou muito bem do Izuku. Apenas me prometa, se machucar ele fisicamente, não o deixe inconsciente, ou gravemente ferido ao ponto de ir ao hospital.-Ela pediu e eu afirmei rápido.

Estranho isso né? A mãe do meu melhor amigo me deixou livre para bater nele... No dia seguinte eu fui para um psicólogo, foi bem chato, eu confesso, mas pude desabafar e me senti melhor.

Tanto que depois daquele dia eu ia uma vez por semana ao psicólogo. Era um amigo do papai, ele tinha uma filha, e eu já conhecia ela, Naomi. Sim, eu era bem próximo do meu psicólogo e sua família.

Quando Deku voltou a estudar o tratei mal, toda vez eu pedia desculpa a tia Inko e ela disse que não tem problema. O meu olho? Bom, passei a usar lente, ninguém sabe sobre ele além dos adultos próximos a mim.

O Deku? Ele é estranho... Mesmo eu o tratando mal ele vem atrás de mim. Isso continuou por anos. Agora, com nossos 14 anos ainda estudamos juntos, ele sempre tenta falar comigo mas nunca deixo. Também sorrio pouco, e ainda por cima pequeno.


Notas Finais


E aí, o que acharam? Eu gostei. Esperem, tem muito mais por vim.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...