Zayn P.O.V
Jason tentou me convencer várias vezes de que isso não iria dar certo e que a melhor coisa a se fazer era eu desistir desse plano maluco e perguntar o que eu queria para James, mas acontece que depois que descobri que a minha irmã talvez esteja viva e que ele quase me fez matar ela algo me diz que não posso confiar nele, não como antes.
Deitei na cama e desliguei as luzes do dormitório assim que o relógio marcou dez horas, Philips o "vigia" olhou dentro do nosso quarto para garantir que estava tudo quieto e depois saiu, ele ficava vigiando a noite para que não fossemos pegos desprevenidos enquanto dormimos ou para evitar que enxeridos como eu, bisbilhotem coisas que não deveriam. Levantei da cama e Jason também, o plano era algo simples porque foi bolado as pressas mas ele é tão ruim que nem merece ser chamado de plano, mas eu preciso descobrir toda a verdade que foi escondida de mim.
Vou até a sala de vigia enquanto Jason vai ligando o macbook e o tablet para elaborar o plano, pego dois comunicadores e volto ao dormitório. Philips vigia o lado de fora do "acampamento" ele vigia o lado de dentro a cada duas horas, ou seja, eu tinha menos de duas horas para perguntar tudo o que eu queria para Jack, eu sei que não é tempo o suficiente, então terei que dar prioridade para as perguntas mais interessantes. Dei um comunicador para ele e coloquei o outro no meu ouvido, o plano era o seguinte: Jason iria fazer as câmeras gravarem fitas repetidas dando a impressão de que tudo está calmo no corredor, assim ninguém vai saber que saí andando por aí de noite, todas as câmeras desde o nosso quarto até a sala da verdade gravariam fitas repetidas por uma hora e o resto era comigo, ir até a sala da verdade, conversar com Jack e voltar sem ser pego parecia mais fácil na teoria.
- Tudo pronto Zayn. - concordei com a cabeça e respirei fundo, era tudo ou nada.
Sai do quarto e olhei para os dois lados do corredor, as próximas duas salas têm a porta de vidro, eu teria que passar devagar por elas pra não ser pego uma era a sala de emergência, onde ficava os medicamentos e o equipamento que Isa usa para remover a bala das que são atingidos no fogo cruzado, nunca poderíamos ir ao hospital, fariam perguntas demais e isso poderia levar a nossa organização à tona, na segunda sala ficam as drogas, a porta é de vidro para garantir que ninguém pegue um pouco para uso próprio, até funcionava, ninguém ficava na sala de emergência mas na sala das drogas sempre têm alguém se eu der sorte, talvez não tenha ninguém.
Olhei pela lateral da porta e não vi ninguém na primeira sala, nenhum sinal de vida, passei pela primeira sala e fui para a segunda, ninguém também, assim que me movi para o lado vi um movimento dentro da sala. Era o cara do café, na verdade acho que ele se chama Cassius mas o chamamos de cara do café porque ele é muito viciado em cafeína, ele não iria sair da sala a menos que tivesse vontade de tomar café, droga. Tentei pensar em algo mas nada me vem a cabeça, o tempo está passando e eu estou perdendo ele por coisa simples até que algo me veio a cabeça.
Fui até a sala de emergência e peguei uma caixinha de comprimido e arremessei para o no corredor causando o mínimo de barulho possível, mas que desse para ele escutar, quando o vi levantar entrei na sala de emergência de novo fechei a porta e me sentei no chão do lado da porta eu vi quando ele foi para a esquerda o lado que ficava o meu quarto e pegou a caixinha em mãos fazendo uma careta ele foi em direção a máquina de café e pegou um copo se preparando para beber mais um pouco do que ele tanto gosta, aproveitei o momento para poder sair da sala em silêncio e rápido e fui em direção á saída. Bom, já consegui sair do dormitório sem ser visto, agora só preciso ir até o pátio e depois para a sala de James.
Me senti aliviado por um momento, eu estava prestes a descobrir a verdade sobre tudo e se Jack não colaborasse eu iria fazê-lo falar a força.
Vi Philips por entre as árvores e me escondi atrás de um tronco quando ele se virou para olhar em minha direção, assim que ele desviou o olhar eu corri até o pátio e entrei, silêncio total no ambiente, a única coisa possível de se ouvir eram as cigarras cantando ao longe. Suspirei de ansiedade e fui até o corredor que dava na sala de James, as câmeras não estavam com as luzes vermelhas ligadas o que significava que estavam desligadas e que Jason tinha conseguido mais uma vez depois que eu obtiver tudo o que eu quero eu e ele vamos cair fora disso aqui e vamos viver uma vida normal, ou pelo menos tentar. Jason ainda tem apenas quinze anos apesar de não parecer por causa da altura, ele precisa terminar o ensino médio eu sei que ele é tão inteligente que não precisa de uma escola para provar isso, mas ajudaria ele a se sentir normal igual aos outros adolescentes e isso é uma promessa que faço desde que nos conhecemos, ele merece ter o que não tive.
Balancei a cabeça afastando os mil pensamentos que borbulham em minha mente e segui o corredor calmamente, assim que cheguei até a sala e peguei a cópia da chave em meu bolso, abri a porta e depois a tranquei de volta, coloquei a chave de volta em meu bolso e entrei na sala que Jack está, assim que ele me viu sorriu. Seu rosto já não estava sangrando, sua aparência está limpa e ele parece ter acabado de acordar não acredito que ele conseguiu dormir estando amarrado a essa cadeira dura de madeira ele é durão mesmo, não têm cara de soltar informação assim tão facilmente.
- Zayn! - disse alegre e sorriu - Sabia que você viria, mas demorou muito. - ele virou a cabeça para os lados esticando o pescoço como se quisesse estralar os ossos, talvez tenha ficado com torcicolo.
- Preciso conversar com você, e quero que não minta para mim. - disse me sentando na cadeira a sua frente, ele riu e concordou com a cabeça.
- Não tenho motivos para mentir... não mais. - ele olhou para o lado e ficou encarando a parede, mas depois me olhou e balançou os ombros - O que quer saber?
Olhei no relógio, eu ainda tinha uma hora e meia para falar com ele e ir para o meu quarto antes de Philipis vigiar o dormitório novamente.
Liam P.O.V
Me encostei no batente da porta e a observei andar de um lado para o outro em seu quarto, Valerie sempre foi cautelosa e nunca deixou suas emoções tomarem conta de si e é por isso que ela é tão boa, o profissionalismo dela e o foco são sempre maiores do que qualquer sentimento que possa afetar em suas escolhas e resultar em más consequências, mas olhando agora para ela andando pra lá e pra cá aflita e pensando no que fazer eu consigo perceber seus sentimentos tomando conta dela, sufocando e fazendo ela agir sem pensar. Quando penso em dizer algo ela vai até o guarda roupa e pega uma mala de alça que parece ser um pouco antiga, ela abre a porta do guarda roupa e pega duas mudas de roupas e três pares de lingerie, não acredito que ela vai agir de cabeça quente e ir para Wolverhampton.
- O que você pensa que está fazendo? - senti seu olhar sobre mim quando ela me olhou por cima do ombro enquanto colocava as mudas de roupa dentro da mala. Em silêncio ela saiu do quarto e eu apenas suspirei esperando ela voltar, as coisas iriam dar muito errado se ela continuasse assim, Valerie fica cega quando está com raiva ou quando o assunto envolve James.
- Eu vou fazer o que fui treinada para fazer, matar. - ela passou por mim com duas maletas cinzas nas mãos e colocou sobre a cama ao lado da mala, me aproximei para ver o que ela estava fazendo - James deve ter achado ele e o capturou para chamar a minha atenção, e olha só, ele conseguiu. - Valerie abriu as maletas, em uma delas tem duas armas silenciosas e a outra munição - Eu encomendei essas armas e essas balas à alguns anos atrás apenas pra matar James, as balas tem a minha inicial nelas, quando eu matá-lo eu quero que as pessoas que trabalham para ele saibam que fui eu quem acabou com a vida daquele desgraçado. - respirei fundo, seria difícil convencer essa cabeça dura a parar pra pensar um pouco sem sair daqui hoje mesmo e agir por impulso, boa sorte pra mim.
- O que você está pensando em fazer exatamente? - ela se virou para me olhar e revirou os olhos como se fosse óbvio, pensei um pouco antes de falar, eu tenho que usar as palavras certas senão vou ser obrigado a ir junto com ela nessa viagem suicida - Digo, qual é o seu plano? Você não têm noção do que vai encontrar lá, como é o terreno, quantas pessoas têm lá, se ele realmente está com James ou se ele quer algo em troca pela vida dele, você simplesmente quer sair daqui e ir para um território desconhecido, sem ajuda, sem informações e sabe que vai acabar metendo os pés pelas mãos. - reconheci quando seu olhar de raiva se tornou um olhar culpado ela sabe que estou certo e odeia admitir isso, fiquei com vontade de rir e me segurei para não estragar tudo o que acabei de falar, mas para ela sempre era doloroso estar errada. Coloquei as mãos sobre seus ombros e me aproximei colando seu corpo no meu e dei um beijo em sua testa - Vamos pensar direito antes de agir, por favor, essa é a sua única chance e aposto que você não quer desperdiçá-la. Vamos fazer isso juntos e do jeito certo, apesar de matar alguém ser algo errado. - ela deu um sorriso e nesse momento eu soube que eu tinha conseguido convencê-la a não fazer algo estúpido.
É claro que eu ainda não concordava com o fato de que ela matava pessoas e de que ainda mataria, mas depois de termos sidos capturados por aqueles cara eu cheguei a conclusão de que ela sempre esteve certa, se você não matar seus inimigos eles vão matar você. Como advogado eu sempre pensei que acordos seriam o suficiente para parar com a vingança dos parentes das vítimas de homicídio mas acontece que no final nem sempre dava certo, cerca de dez por cento das pessoas para quem trabalhei para defender os assassinados se revoltavam e tentavam contra a vida dos parentes dos assassinos. Eu não posso dizer que ainda entendo cem por cento dessa vontade de matança, mas sei porque isso importa para Valerie, ela não quer que isso aconteça com outras famílias e nem consegue dormir pensando nas que ele já destruiu depois da sua e já que a justiça não fez nada por ela a única opção é ela fazer justiça com as próprias mãos, e já que eu não consigo fazer ela desistir dessa ideia a minha única alternativa é deixá-la sóbria pra não ter agir de cabeça quente e ser morta por besteira.
- Desde quando você é esperto assim, hein? - ela ri enquanto abraça minha cintura e beija meu pescoço - Merece até um prêmio.
- E qual é? - Valerie pegou minhas mãos e entrelaçou meus dedos ao dela, se olhos verdes penetraram nos meus como se estivesse olhando minha alma e mais uma vez ela sorriu, mas dessa vez foi o sorriso de quem vai aprontar. Ela saiu correndo pela porta se ao menos falar uma palavra e eu franzi a testa, certo, isso foi confuso.
Depois de algum tempo ela passou pela porta com uma cadeira em mãos e a colocou no centro do quarto, Valerie mantinha o sorriso safado no rosto e apesar de não saber o que estava acontecendo eu estava gostando, tudo que envolvesse nós dois seria bom, o perigo acompanhava ela assim como eu, talvez fôssemos o triângulo amoroso perfeito. Depois de pegar um pedaço de corda numa caixa em cima do guarda roupa ela veio em minha direção e me empurrou até eu sentar na cadeira e eu ri sabendo exatamente o que ela iria fazer agora, a ideia é realmente boa, em partes, porque a parte de eu ficar amarrado e sem tocá-la não parece boa pra mim. Nas vezes em que fizemos sexos sempre fomos lentos, quero dizer, uma transa demorada pois queríamos conhecer o corpo um do outro e ainda têm muitas coisas que quero descobrir sobre o corpo dela, mas o que quero dizer é que, a cada transa fomos diminuindo a agressividade na cama indo mais devagar quase como se estivéssemos apaixonados, e talvez isso seja um pouco verdade, espero que sim.
Valerie pegou na barra da minha camiseta e levantou passando ela pela minha cabeça e jogando-a no chão, ela puxou meus braços para trás e amarrou as minhas mãos senti seus lábios molhados deixando dois beijos em meu pescoço e eu fechei os olhos absorvendo a sensação, eu sempre iria querer sentir o os beijos dela, nossos corpos se encaixam tão bem que seria um pecado nunca mais transarmos, ela deveria saber isso, quero que ela se sinta como eu me sinto.
- Você é louca. - falei assim que ela vendou meus olhos e sorri, certo, isso é melhor do que ir atrás de um bandido.
- Eu gosto de aproveitar a vida. - sua voz estava um pouco distante mas permaneci parado, não fiquei com medo, apesar de não termos o mesmo sentimento além da atração em comum, eu sabia que no funfo ela não iria me machucar. Depois de algum tempo senti a venda sendo tirada dos meus olhos e pisquei algumas vezes antes dos meus olhos se acostumarem com a claridade do ambiente, céus, essa mulher ainda iria me matar. O quarto estava escuro e só era iluminado pela fraca luz do abajur, seu short já não estava mais em seu corpo, ela ficou somente com a blusa branca quase transparente e por debaixo da blusa eu conseguia ver seu conjunto de lingerie preta de renda, meus olhos devem ter brilhado com a imagem dela a minha frente porque assim que eu a olhei de cima abaixo ela sorriu, caminhou até o abajur e mexeu em algo que parecia uma caixinha de som, depois de começar a tocar uma música ela veio até a cadeira e parou na minha frente.
Primeiro ela andou em volta da cadeira e parou atrás de mim, as mãos pequenas e macias descendo pelo meu peito, indo até a barriga e chegando até o cós da calça moletom que estou usando, lambi os lábios ansiando para as mãos descerem mais um pouquinho mas ela apenas subiu as mãos com as unhas arranhando desde a minha virilha até a minha barriga, senti um arrepio fraco atiçando o meu corpo olhei para cima encontrando o seu sorriso safado. Guardei mais essa imagem na minha mente, provavelmente quando nos separássemos eu iria lembrar dela todas as noites antes de dormir por um tempo indeterminado.
Seu jeito, seu corpo e sua confiança são o meu vício, como eu poderia viver sem?
Ela deu completou a volta e ficou de frente pra mim. Suas mãos desceram de cima para baixo em seu próprio corpo e eu imaginei minhas mãos no lugar da dela, primeiro deslizando pelos seios, depois pela barriga, quando chegou no meio das pernas ela se abaixou e dobrou os joelhos sobre tapete, o cabelo dela ficou um pouco bagunçado quando ela abaixou a cabeça e depois levantou rapidamente a expressão confiante e o lábio inferior preso pelos dentes. A excitação explodindo em meu corpo me fez mexer os braços mas não consegui, estão amarrados, sorri olhando para ela que apenas piscou pra mim, suas mãos foram lentas em tirar sua própria camisa, logo depois de jogá-la para o lado ela ficou de quatro e engatinhou até chegar perto de mim.
Meu corpo tremeu em excitação quando ela pousou as mãos em meus joelhos e subiu o rosto devagar pelo meio das minhas pernas, seguindo o ritmo da música, mas nesse momento não existia mais nada, sem música, sem relógio, sem nada para nos atrapalhar, apenas eu e ela dentro de uma bolha.
Seu rosto passou perto do meu pau e seguiu reto, lambendo a minha barriga e subindo beijos pelo meu peito, ela apoiou as mãos na minha coxa e me deu um selinho. Mexi minha cintura quando ela sentou em meu colo, procurando obter mais contato com o seu corpo ela começou a rebolar em meu colo, tudo se encaixando nossos corpos, a música, o momento.
Ela soltou minha mãos e se sentou em meu colo de novo, mas agora de costas pra mim. A música dizendo exatamente o que iriamos fazer daqui a alguns minutos.
Puxei seu cabelo e sua cabeça pendeu para trás, olhei para seu rosto e vi quando ela umedeceu os lábios com a língua coloquei minha mão aberta em suas costas e a empurrei para frente e ela voltou a rebolar, senti meu pau endurecer sob o moletom, meu desejo por ela só aumentou a necessidade dos nossos corpos se encaixando se tornou absurda, como se estivesse lendo os meus pensamentos ela se levantou me puxando junto com ela e me beijou.
Meu corpo pareceu mergulhar nos comandos do lado obscuro da minha mente, eu não senti vontade de ser cuidadoso, senti vontade de foder com ela de um modo que se lembrasse de mim no dia seguinte, e no outro, e no outro, que sempre lembrasse de mim quando pensasse em uma transa boa. Peguei em sua bunda e a levantei, ela entrelaçou as pernas em minha cintura sem parar de me beijar, pressionei ela contra e parede e agarrei seu seio com uma das mãos, Valerie separou sua boca da minha e encostou na parede, os lábios entreabertos. Desci ela e me preparei para abrir a porta, ela me olhou confusa e eu soltei um "o quê?".
- Vamos para o meu quarto. - ela me olhou revirando os olhos e eu a olhei sem entender nada, sempre transamos lá. Ela tirou tudo que tinha em cima da cama e caminhou até mim
- Você é um estraga prazeres. - minhas costas bateram contra a parede quando ela me beijou e pressionou seu corpo no meu. - Vamos foder na minha cama hoje. - Valerie mordeu meu lábio inferior e me empurrou até a cama, senti minhas pernas baterem nela e me deitei, ela tirou minha calça junto com a cueca e sorriu, ela se sentou no meu colo e arrumou meu pau se encaixando nele.
Ficamos uns segundos nessa posição até ela começar a rebolar, coloquei as mãos na cintura dela pra ajudá-la a descer e subir mais rápido. Foi nesse momento que eu percebi que somos melhores juntos, desde cumprindo as "missões" ilegais dela até a nossa transa mas tudo que é bom acaba, né? Mas ainda não é a hora da despedida, é a hora de desfrutar. Levantei Valerie e a coloquei de quatro em cima da cama, a respiração ofegante, o corpo suado e o cabelo colado na nuca, ainda assim ela continuava sexy e meu desejo por ela parece crescer a cada segundo. Ela deitou o rosto de lado no colchão e empinou a bunda entendendo o recado, penetrei ela devagar e puxei seu cabelo, comecei com movimentos lentos e fundos, seus gemidos baixos me incentivaram a ir mais rápido e mais forte, ela arfou em meios aos gemidos e agarrou os lençóis da cama se empinando cada vez mais, parecia insaciável. Gozamos juntos, caí ao seu lado na cama e sorri quando ela finalmente abriu os olhos.
- U-a-u. - disse pausadamente e eu ri. - Sério! A gente devia tentar mais essa posição... entre outras. - ela umedeceu os lábios e balançou os ombros.
- Segundo round? - ela concordou e se levantou da cama.
- Primeiro você vai ter que me pegar. - ela correu até o banheiro, pelada.
Céus, será que ela não percebeu que é a minha obsessão?
Zayn P.O.V
- Qual o nome da garota que James quer morta? - ele riu fraco e balançou os ombros, apesar de eu não gostar de Jack ele me passava confiança, e com certeza deveria ser melhor do que o irmão.
- Sabe Zayn, vou-lhe contar uma história, só não me bata quando eu acabar porque se você deixar minha cara arrebentada James vai saber que você esteve aqui e nós dois sabemos que isso não vai ser nem um pouco agradável. - fiz um aceno com a cabeça e ele respirou fundo antes de começar. - Era um vez dois irmãos um certinho e o outro totalmente o oposto. Acabaram entrando para o ramo das drogas e portes de armas como, digamos: revendedores, com chefes conhecidos e com toda uma hierarquia já montada. Depois que os pais do irmãos morreram, ele acabaram se aprofundado no lado obscuro sem ninguém pra mantê-los na luz. - cruzei os braços pensando nessa história sem pé e nem cabeça dele, ele estava falando de mim e Valerie ou dele e James? - Você sabe que em uma matilha, quem mata o alfa vira o novo líder e foi assim que aconteceu, James planejou matar o nosso falecido chefe e conseguiu ficou com todos os negócios do cara e eu me juntei a ele, eu era o segundo a comandar tudo, o braço direito dele.
Analisei Jack, as palavras dele fluíam naturalmente o que me fez acreditar que ele estava dizendo a verdade, mas ainda havia uma pulga atrás da minha orelha.
- O que houve?
- O que houve? - ele riu irônico. - Houve que meu irmão é um merda de um obsessivo por dinheiro e não liga para nada e nem ninguém. Quando descobri as coisas absurdas que ele estava envolvida além das drogas e das armas eu caí fora junto com todos que não concordavam com ele e que eram leais a mim. Consegui ganhar fama e meu nome foi ganhando credibilidade, ele descobriu que eu seria rival dele, então desde esse dia somos inimigos.
- E o que isso tem a ver com a gente? Sabe, não consegui ligar nem um ponto até agora.
- James matou seus pais e forjou a morte da sua irmã para você, forjou a sua morte para todos e ainda subornou os policiais do caso para que fossem encerrado imediatamente. Seu pai pegou uma grana emprestada com ele, éramos amigos de escola, então seu pai achou que seria confiável pedir dinheiro para James e não o ajudei porque não tinha a grana que ele precisava. - senti a raiva tomar conta de mim, imaginei um milhão de coisas e a minha cabeça parecia fumegar com a embreagens fazendo esforço para descobrir todos os porquês das minhas perguntas. - Preste atenção está bem? - concordei e ele continuou. - James deu um prazo de seis meses para o seu pai pagar o que devia, faltava uma pequena parcela para ele terminar, eu falei com James e pedi para que aceitasse o meu dinheiro mas ele simplesmente não quis, e quando o prazo acabou ele decidiu matar todos vocês, tipo, todos mesmo, nem sei porque você e sua irmã estão vivos.
- Ele disse que quer que eu fique no lugar dele, que eu continue o seu legado e disse também que foi você quem matou meus pais. - Jack revirou os olhos, talvez ele já tivesse imaginando que essa seria a minha reação, mas a verdade é que eu acreditava nele, mas queria ter cem por cento de certeza.
- Claro que disse, James sempre se aproveitou dos outros, nunca construiu nada próprio o pra chamar de seu e ele sabia que você se você descobrisse a verdade você o mataria igual ele fez com o chefe dele, estou errado? - neguei.
- Mas e quanto a minha irmã? - ele sorriu com ternura, por mais que as circunstâncias não fossem boas, ele demonstrava afeto por ela.
- No dia que ele matou seus pais eu fui até a casa de vocês, mas quando cheguei lá a polícia já tinha levado ela, só mais tarde a conheci e comecei a cuidar dela, foi escolha dela ficar comigo.
- Você está querendo dizer que... - caminhei até ele rapidamente sentindo a raiva fluir e o segurei pelo colarinho da camisa.
- Jesus! Não! Temos uma relação de pai e filha, deixe de bancar o irmão ciumento. - soltei a camisa dele e forcei uma tosse. - Se for bater em alguém por tocar nela bata no Liam, devem ter transado bastante até agora. - ele riu e eu revirei os olhos.
Parei para pensar nas vezes que nos encontramos, deu em cima da minha própria irmã, dar em cima não é bem a palavra certa, na verdade só irritei ela, apesar de ser um irritar no sentindo sexual. Então quer dizer que assim como eu tinha Isa que não entrava em campo e só cuidava dos feridos, ela também têm alguém que espera por ela em casa?
- Sei o que está pensando, não é bem assim, eles não são um casal porque sua irmã complica demais o amor mas o rapaz está tentando, sabe?
Então é isso, minha irmã está viva, sabe se cuidar e foge do amor ao contrário de mim, o quão ferrada psicologicamente ela é a mais do que eu? Será que Liam a trata bem? Ela é alcoólatra e fumante igual a mim? Quero tanto saber o que aconteceu com ela até os dias de hoje.
- James tem filhos? - perguntei. Minha vontade é de matar a todos a quem ele ama igual fez comigo, mas duvido que ele ame alguém mais do que a si próprio.
- É claro que ele nunca me contou nada, mas sempre estive investigando ele e ele sempre deposita uma quantia absurda de dinheiro em uma conta na suécia, pode ser algo. - concordei. Agora só faltava eu falar com Valerie e dizer que somos irmãos e depois matar James, esse seria o nosso felizes para sempre.
- Porque está contando tudo isso? - apoiei as mãos na mesa e olhei em seus olhos, ele parecia cansado e irritado, ser irmão de alguém como James o deixara assim, ou foram todos os acontecimentos em sua vida?
- Porque James não vai me matar enquanto não acabar com Valerie, você acha que ele não me matou porque eu sou o irmão dele? Errado, ele não me matou ainda porque quer eliminar o último da mentira sobre eu ter matado os seus pais, eu sou apenas uma isca.
- Uma isca? - fiquei reto olhando para a parede, o que James estaria planejando agora? - Droga! - soquei a parede. - Ele quer usar você para pegar a Valerie e matá-la, aquele filho da puta. - passei as mãos no cabelo.
Jack poderia ter um pouco de culpa no assassinato dos meus pais, mas em comparação a James ele era um santo, o cara é um psicopata.
- Valerie é vingativa, mas jamais viria até aqui estando em desvantagem, então...
- Então ela vai tentar matá-lo no leilão. - disse pensativo, mas que grande droga. - O desgraçado vai armar pra ela no leilão.
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