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História I Love Her Anyway - Melodia


Escrita por: noirdetails

Notas do Autor


AAAAAAH *desvia das pedras, tochas e forcados*
Então meus amores, não me matem tenhos muito motivos para não ter postado antes.
Semana retrasada eu estava fazendo prova, minha casa está em obra, teve o chá de bebê da minha irmã, estava com um baita bloqueio criativo e sem inspiração.

Agora, aproveitem o capítulo.

Capítulo 6 - Melodia


O vento batia contra o rosto moreno da garota. Sentada sobre a mureta ela observava o nascer-do-sol, os olhos azuis cobalto da mesma apreciavam a mistura de cores que se formava no céu. Refletido em seu simples gesto estava a verdadeira essência da mesma, a simplicidade que lhe trazia paz e sossego, de pouco em pouco o azul claro dava lugar ao azul mais escuro; a lua já despontava no céu, em sua fase minguante parecia o sorriso do gato do filme Alice no país das maravilhas. 

Um sorriso passou pelos lábios da mesma. Mesmo com tudo que acontecia ao seu redor poucas coisas eram capazes de abala-lá. Ela sentia-se feliz pela vida que levava com a mãe, gostava do rumo que a vida de ambas tomava. Sozinhas, tendo somente uma a outra como companhia era difícil brigarem, mas, não quer dizer que tudo na vida era flores. Ela sabia disso, já passara por tempos sombrios com a mãe, quando brigavam por conta da grande quantidade de bebida que a mesma ingeria e depois pedia desculpas dizendo que ia mudar, coisa em que nunca foi depositada muita fé por parte dela. Isis nunca acreditara em promessa alguma. Até o dia em que Elise quase morrera, havia muito álcool em seu sangue e nenhuma comida, o estômago da mesma estava vazio a dias, então uma gastrite se formou, porém, com o zelo da filha depois do susto Elise finalmente recuperou-se de vez do vício passou a frequentar o AA e estava livre a dois anos da bebida. 

A vida corria bem para elas. Porém, a felicidade dividia lugar com a tristeza. 

Cinco anos. Cinco anos que ambas haviam sido abandonadas por Bernardo, pelo pai de Isis que com a pressão e a insistência da esposa no vício alcóolico deixou a casa sem se despedir. Um ponto brilhante no céu chamou a atenção de Isis, não era uma estrela ela sabia disso, quando podia pesquisava por elas era adepta a astronomia e gostava do que descobria, sempre havia uma estrela não estudada ou uma nova a ser descoberta. 

Devagar ela desce e fica em pé novamente, com uma mão apoiada na mureta e a outra livre Isis cautelosamente toca no brilho amarelo que encontrava-se a menos de um metro do seu rosto. 

– O que é isso? – assim que o brilho se dissipa um pente amarelo com uma abelha cai nas mãos da garota.

 – Isso é brincadeira? Desde quando existe pente voador? Virando o corpo Isis põe o pente sobre a escrivaninha e se volta para o espelho no guarda-roupa.

 – Será que esse pente estranho consegue enfeitar meu coque? – ela deu de ombros, ignorando a própria pergunta Isis o põe entre o cabelo negro e se observa. – Ficou bonito. Mas, vai saber da onde isso veio. 

Ela sorri sozinha, admirando-se. 

Novamente o brilho amarelo se faz presente, ela fecha os olhos com força e os abre novamente quando o brilho diminui. Um grito sai da garganta da mesma, um figura pequenina flutuava ao lado dela. Parecia uma abelha, porém não era, não podia ser. 

O ser com no mínimo dez centímetros esfrega os olhinhos com as pequenas mãozinhas, os olhos azuis assim como os dela, só que mais escuros se abrem.

 – O que é você? – Isis diz. Estava escondidas atrás do espelho o segurando sem desviar o olhar da criatura a sua frente. Os olhinhos de estreitam. Ela não estava entendendo nada que aquela humana falava. 

Salut? – Isis entortou a cabeça, aquela coisinha falava francês. – Não me entende? 

Isis fechou a cara, isso só podia ser uma brincadeira de mal gosto de alguém conhecido. – Fala português coisa! 

 – Português? – ela repetiu. Português, era essa a língua da morena a frente dela. – Olá! 

Isis gritou novamente. 

– Pelo visto me entendeu agora. – a kwami flutuou pelo quarto enquanto ria. 

 – O-o que é você? 

 – Sou um kwami. Me chamo Pollen e você foi escolhida para ser portadora do Miraculous-abelha. 

– Kwami? Miraculous-abelha? 

Pollen suspirou. Seria mais uma longa história a se contar como em todas as vezes ao longo dos três mil anos de vida da mesma. 

*** 

Marinette estava em sala observando ou fingindo estar concentrada na aula, sentia-se confusa e para piorar ainda tinha Chat que estava lhe virando de cabeça para baixo transformando cada pedacinho de si aos poucos. Adrien também sentia-s.e da mesma forma. Queria saber quem era Ladybug, mas, também queria deixar-se levar pela doçura de Marinette, era algo muito complicado nem passavam tanto tempo juntos e já estava confuso em relação do porque seu coração ser tão indeciso. 

 Marinette ou Ladybug? 

 Chat ou Adrien ? 

As perguntas rondavam a cabeça de ambos novamente. 

Amor ou admiração?

 As respostas não vinham e quando chegavam acompanhavam ainda mais perguntas. 

– Hugh! – Marinette bufou. Estava se irritando consigo mesma, não amava Chat, sabia disso mas então porque não conseguia parar de pensar nele. Adrien que deveria invadir seus pensamentos como sempre fizera desde que ela o conhecera. Uma noite. Uma visita. Fora o suficiente para confundi-lá. – Professora? 

– Sim, Marinette. 

 – Posso sair, preciso respirar? Não me sinto bem. – no mesmo instante Adrien fixou os olhos na mestiça que parecia irritada e temerosa. 

– Sim, saia. – Caline disse virando-se novamente para o quadro. 

– Professora, posso acompanhar a Marinette? – Adrien perguntou. Marinette arregalou os olhos. Todos os alunos o encararam. 

– Sim, Adrien. Vá... Mais alguém quer sair? – ela perguntou. O silêncio fora sua resposta. 

– Ótimo! Agora abram os livros na página 234. 

– Nathanaël? – Sayad chamou pelo ruivo que estava imerso em seu mundo particular. 

– Sayad? O que foi? – ele estava preocupado. Sayad também não estaria se sentindo bem?

 – Está bem? 

– Sim, sim. Eu... Eu estou ótima. Mas e você? 

 – Eu? 

– Sim, você. 

 – Eu estou bem também, eu acho. 

– Parece triste... – Sayad pega na mão do ruivo, imediatamente Nathanaël a encara os olhos azuis escuros brilhando de um modo diferente. O que estava acontecendo dentro da cabeça dele? 

– Eu estou.... eu vou ficar ótimo não se preocupe. Ele põe a mão livre sobre a da morena e volta a encara-lá. – Eu tenho quase certeza disso.

 *** 

Marinette estava sentada do lado de fora do colégio, Adrien estava do seu lado observando-a bufar e bater o pé impaciente. Seria ele a causa disso? A irritação dela seria por ele não ter sequer tido a coragem de reagir a declaração? 

– Mari, está tudo bem? 

 – Está tudo confuso. Mas, vai melhorar. Relaxe. 

– Isso é minha culpa! – Marinette o encara. Adrien dá um sorriso triste e se senta ao lado dela.

 – Eu devo ter te deixado assim. 

– Do que está falando Adrien? – a confusão aumentara, cada coisinha mínima estava se tornando um furacão na mente dela. Deveria se afastar ou investir em um dos dois? 

– De ontem. Da sua declaração. E da minha incapacidade de conseguir responder. – de cabeça baixa o loiro prossegue. – Sou um inútil, por isso meu pai não me ama.

 – Não tem nada haver com isso. – Marinette põe a mão no ombro do loiro, tentava passar confiança a ele mas era difícil, como passar algo que não se tinha. – Você não é um inútil, Adrien. Lembre-se disso. Independente do que fazemos ou deixamos de fazer, nossos pais nos amam. É quase como uma regra. 

 Adrien abre um sorriso triste.

 – E mesmo que isso não tenha tanto valor assim. Eu te amo e estarei aqui para o que precisar. 

 – Isso tem grande valor para mim, Mari. – ele responde fixando os olhos nos dela. – Você é a primeira em anos que se preocupa comigo e com o meu bem estar. O resto nem liga para mim, só querem autógrafos ou um pouco da minha sombra de "modelo adolescente". Você realmente se importa comigo. 

– Nos importamos com quem amamos. 

– E como eu queria te amar da mesma forma que você me ama. Eu verdadeiramente queria retribuir tudo o que já fez por mim. 

– Sabe... tem uma coisa que você pode sim fazer por mim. – Adrien sentiu seu coração quebrar. Não podia ser. Marinette só dizia ama-lo e só se importava com ele por interesse? 

– D-diga.

– Deixe-me passar o dia com você. Nino me disse uma vez que você praticamente vive sozinho na mansão. Acho que uma companhia com eu, não ia ser notada. 

– Eu faço isso com o maior prazer, Mari. – o sorriso de Adrien torna-se feliz novamente. Passaria o dia com a garota que o amava, com a garota que ele também estava amando.

 – Podemos ir a pé até minha casa? 

– Por mim tudo bem. – ele responde. – Gosto muito dos seus pais. Eles são pessoas maravavilhosas. 

– Tenho certeza que seu pai também é. 

– Então acho que é a única. 

 – Adrien...– Marinette aproxima o rosto e começa a acariciar a face do loiro com a mão que antes estava no ombro do mesmo. – Não diga coisas assim. 

Os olhos de Adrien se fecham apreciando a carícia feita por Marinette, nunca desde que Amélie morrera ele recebera um carinho, era muito bom saber que alguém, pelo menos alguém se importava com ele de verdade. 

– Ah Marinette, – ele suspira pesadamente e abre os olhos. – eu queria que você estivesse certa sobre meu pai. Queria mesmo. 

– Talvez eu esteja. As vezes nos escondemos atrás de uma máscara, mas, elas nunca duram para sempre. 

– Algumas sim, outras não.– ele fala não só de Gabriel mas de si próprio, era estranho não poder ser verdadeiramente ele. – Depende das pessoas do que elas querem esconder, do que as impede de serem elas próprias. 

– Na maioria das vezes é medo. – Adrien sorri. Marinette sorri de volta. Era incrível como ambos se entendiam bem. – Temos medo do que as pessoas podem pensar ao nos ver de verdade. Mas, não devemos. Ninguém tem nada haver com isso.

 Ela faz uma pausa e desliza a mão pelo rosto dele vendo-o fechar os olhos. 

– O que está aqui – o dedo indicador dela apontava para o local onde o coração fica. – É somente nosso, é a nossa essência. Nosso verdadeiro eu e, o compartilhamos com quem quisermos. Eles não são obrigados a gostar, mas também não somos obrigados a esconder. 

– Você é incrível. – ele disse. Marinette baixa o olhar envergonhada. – Olhe para mim... por favor. 

Ela levanta o olhar, seus olhos carregavam um brilho diferente sentia-se renovada em seu peito o amor por Adrien parecia aumentar a cada segundo que passavam juntos. Para ele não era algo tão diferente agora, Marinette era tudo o que ele precisava para ser feliz, para ficar bem. 

– Preciso de alguém como você na minha vida. 

– V-você precisa de mim? – Adrien reprimiu um riso. Marinette era sem dúvidas incomparável, uma garota que merecia tudo de bom que o mundo tinha a oferecer. 

– Mais do que eu preciso de ar. 

 *** 

Bridgette encarava Félix irritada, a cada vez que sentia ele a encarar de volta imagens do passado estalavam em sua mente lembrando-a dos acontecimentos a qual fizeram-na sentir repulsa do loiro. Coisas simples, porém, que faziam Bridgette reprimir com todas as forças o sentimento que lutava com afinco para se libertar. O amor. 

Fu observava a troca de olhares com receio a faísca de ódio vinda dos olhos azuis da antiga Ladybug o preocupava. Não teria como realizar as coisas que tinha em mente com a tensão que pairava entre os dois. Félix, por outro lado, sentia-se incomodado e envergonhado, coisa rara em sua personalidade; sabia o motivo do olhar matador de Bridgette e mesmo falhando tentava fingir indiferença, coisa que seria facilmente realizada, se ele estivesse na presença de qualquer outra pessoa. Os olhos dela mesmo tomados de tanto rancor e mágoa continuavam belos como ele se lembrava, os cabelos negros estavam maiores e o rosto dela mudara pouco. Praticamente ainda era a mesma. 

 – Bridgette, Félix. – Fu chamou-lhes atenção. – Sinto que ainda não podemos conversar, não abertamente. Vocês estão... tensos e em desequilíbrio. Bridgette bufou irritada. 

 – Mestre, sinto muito, mas, se não vai nos revelar nada eu realmente preciso sair agora. – ela disse se levantando. 

Assim que virou os calcanhares para sair, a centímetros da porta, ouviu ele chama-lá. Um leve tremor percorreu toda a extensão do corpo de Bridgette, estar na presença dele já a deixava transtornada, agora, escutar o próprio nome sair da boca de Félix após tanto tempo, era perturbador. Anos e anos o ignorando, renegando o passado e agora, ali estava ele chamando por ela. 

– Estou com pressa. Au revoir. – ela respondeu sem ao menos virar-se para encara-lo. 

 – Mestre? – disse. Por trás de sua pergunta encontrava-se outra, uma que Fu entendeu muito bem. 

– Vá. Conversaremos depois, quando tudo estiver bem. 

Assim que Félix pôs os pés para fora da casa de Fu ouviu uma explosão, no passado ele sabia muito bem o que isso significava, um akuma estava atacando a cidade; 

Hawk Moth novamente fizera uma vítima. 

Ladybug e Chat Noir passavam rapidamente pelos prédios dirigindo-se ao epicentro da confusão, próximo da Champs-Elysée, o akuma uma garota de dezesseis anos transformou-se em Shifter, um ser metamorfo capaz de se transformar em qualquer coisa, desde materializar-se no medo das pessoas, como sugar a aparência delas e transforma-se nelas. Assim que Shifter tocou em sua primeira vítima absorveu a aparência da mesma, deixando a mulher que antes era linda e formosa como uma escrava sem rosto e sem forma definida. Ladybug ficou horrorizada, a akuma era muito diferente dos outros. Tinha um poder parecido com o da Chronogirl, só que ao invés de absorver a vida das pessoas era algo bizarro, como desfigura-las e tomar para si a aparência. 

– Então, my lady. O que faremos? – Chat perguntou mantendo-se escondido. 

– O que sempre fazemos, chaton. – retrucou determinada. – Vamos deter essa vilã. 

Ladybug finalizou a fala e partiu para a luta, colocando-se em um ponto que a akuma pudesse enxerga-lá a mestiça reparou nas roupas dela, um colant na cor azul, pele acinzentada, olhos vermelhos, cabelo roxo, um espelho na mão esquerda e uma espécie e cajado na mão direita. Era uma combinação estranha, porém, ela não tinha tempo para dar uma de estilista de akuma. 

– Deixe-me apresentar. – ela disse de modo irreverente. Dobrou as costas para a frente, esticou o braço esquerdo e colocou o direito na barriga, depois levantou a cabeça e disse. – Sou Shifter e vou transformar tudo o que mais tem medo em realidade. Afinal, não estou aqui para falhar. 

Ladybug e Chat Noir engoliram em seco. 

– Uhm então você é uma imitadora barata. – o felino provocou, vendo Shifter fechar a cara. – Afinal, você rouba a aparência das pessoas. É uma farsante. 

Furiosa Shifter lança uma rajada de magia em Chat Noir quase o atingindo, o cetro usado no golpe era feito de madeira com pequenos adornos em azul, Ladybug sentiu o coração apertar quando pensou que Chat seria atingindo, tinha que se concentrar na luta. 

Sem distrações. 

Não podia demonstrar muita preocupação com o gato, senão ele desconfiaria, afinal, a relação de ambos era apenas profissional. Pelo menos enquanto ela estivesse trajada de Ladybug. 

– Ladybug, cuidado! – Chat gritou. O coração do mesmo se apertou ao ver a mestiça ser lançada contra a parede e cair em seguida. Para a sorte de ambos os heróis os poderes macabros de transferência de aparência de Shifter só funcionavam como o toque da mesma. Sem pensar muito Chat correu em direção a Ladybug ajudando-a a se levantar. 

 – Relaxe, gatinho. – Chat sorriu, a mão da mestiça deslizou pelo rosto do mesmo fazendo carinho. A aflição de Adrien diminuiu assim que os dedos delicados de Marinette tocaram seu rosto. – Estou bem.

 Aproveitando-se da distração dos heróis Shifter lança mais uma rajada de magia separando-os. 

– Sinto atrapalhar os pombinhos, mas, Hawk Moth não espera. 

 – Chega de palhaçada. – Ladybug gritou. – Lucky Charm! 

 Ela joga o yoyo para cima e em sua mão cai um estilingue. 

– Ah! – ela grita irritada. – Odeio receber esses objetos sem sentido. 

– Se acalme, my lady. 

– Tem razão, Chat. – ela respira fundo e chama o felino. – Preciso que me ajude. 

– Sempre ao seu dispor. – ele responde. 

– Me ajude a distrai-lá. 

 – Okay. – Chat começa a correr em direção a vilã porém é pego por um ataque surpresa. Shifter vira o espelho na direção do mesmo e assim que os olhos verdes dele focalizam no objeto todos os medos passam a virar realidade. Uma imagem de Ladybug se aproxima e fingi que vai ajuda-lo. 

– Sabe o que você é, Chat? – ela pergunta. 

– Você é um idiota substituível. Um completo babaca. Os céus não podiam ter me amaldiçoado mais. 

Uma imagem de Marinette se forma. Ela se agacha ao lado do felino e Ladybug fica surpresa. Ele tinha um medo com relação a ela. 

– Sabe o que eu disse hoje? – ela fala virando o rosto dele para si. – Era mentira. Não existe inútil maior. Você é uma decepção. Para seu pai, para mim. Para todos. 

 Os olhos se Marinette se arregalam. Não havia falado com Chat hoje, mal falara com Alya. O único com quem realmente teve uma conversa fora Adrien. 

– Adrien? – ela fala baixo. Se ele fosse realmente o loiro não poderia sair espalhando a identidade dele para Paris. 

 Uma imagem de Amélie aparece, ela usava o vestido branco do dia em que saira de casa e sangue estava por toda a sua barra. 

– Sabe por que eu fui embora? Porque eu morri? – Chat estava abraçado aos próprios joelhos, chorava copiosamente. Eram medos demais para aguentar em um dia só. – Porque você só me deu desgosto. Você devia ter morrido no parto. Minha vida seria mais feliz sem você. Seu pai seria mais feliz sem você. Todos seriam. Ninguém te ama. 

 Uma imagem de Gabriel aparece. Ele estava como sempre. Bem arrumado e com sua expressão impassível. 

– Seu inútil! Nem para ser modelo presta. – ele disse. – Não te dou atenção por que te odeio, por que sua mãe me deixou por sua causa. Seu infeliz miserável! 

Ladybug estava quase tendo a certeza que precisava. Adrien era Chat Noir? 

– Não! Parem, parem... – ele gritou. Estava completamente esgotado. Seu emocional fora gravemente ferido. 

– Sua maldita! – Ladybug gritou. Corria em direção a Chat, queria tira-lo desse estado o mais rápido possível. – Chat? Chat! Olhe para mim. Eu... eu sou a verdadeira Ladybug. Você é incrível! Você não é inútil, é uma pessoa maravilhosa. 

O loiro tinha um olhar perdido não estava mais em seu perfeito estado. 

– Chat! Volta para mim. – ela o envolveu em um abraço. Desejava fortemente que ele voltasse ao normal. – Eu vou te tirar dessa.

 Ela respirou fundo. 

– Por favor, por favor. Funcione. – ela a aproxima do rosto do loiro e o beija, diferente da primeira vez o beija com vontade. Queria aquilo mais que tudo, precisava dele de volta. – Chat... Lágrimas desciam dos olhos da joaninha estava arrasada. 

 – Sua vadia! – ela gritou. Nunca tinha falado um palavrão, mas também nunca se sentira tão irritada. – Vai pagar por isso. 

Ladybug usa a visão mágica e mira uma pedra no espelho. Assim que o espelho se quebra o akuma é libertado. 

– Você já causou muito mal pequeno akuma.– Ladybug disse. – Eu te liberto do mal! 

 Ela suspirou. 

 – Bye bye pettit papillon. – a borboleta branca saiu do yoyo. – Miraculous Ladybug! 

Assim que ela gritou essas palavras todas as pessoas atingidas pelo poder de Shifter foram se recuperando aos poucos. 

– My lady? – Chat esfrega os olhos e os sente molhados. – O que aconteceu? 

– Chat! – ela corre na direção do mesmo e o abraça. 

– Eu tive tanto medo, tanto medo de te perder. Nunca mais faça isso seu gato idiota. 

– Prometo tentar. – ele sorri. Ladybug sorri de volta e aperta ainda mais o abraço. – O que foi isso? 

– Isso foi o medo de ficar sem você. – ela responde. – Afinal, você perturba como ninguém. 

Ele gargalha, amava aquela garota com todas as forças. 

 – Me encontre hoje a noite na Torre Eiffel. Preciso falar com você. 

 – Ao seu dispor, my lady. 

 – Bien joué, chaton. – ela faz o toque e se prepara pra sair. 

– Até breve. 

 – Até, mon amour. 

 *** 

Sayad encarou Nathanaël, estava preocupada desde a saída de Adrien e Marinette o ruivo ficara estranho, tinha alguma coisa acontecendo e ela iria descobrir. Sua ida para casa podia esperar. Tinha algo muito mais importante para fazer. 

– Nath? 

 – Sim... – Sayad olhos nos olhos azuis dele, a resposta fora seca e desinteressada, alguma coisa realmente o incomodava. 

– O que está acontecendo? – ela perguntou. Estava acompanhando-o como sempre fazia, já que a casa dela passava pela rua aonde ele morava virou rotina andarem juntos. 

– Não é nada.... só um mal estar. 

– Pare de ser seco assim. 

 – Como? – a surpresa dominava o corpo do ruivo. Sayad nunca houvera alterado seu tom calmo, mesmo quando era menosprezada pela Chlóe. 

– Não finja que está tudo bem. Sei que está mal! – ela respondeu, estava a irritando, coisa que nunca acontecia com frequência. 

– Então porque perguntou? – ele respondeu. A frase saiu mais rude do que deveria, Nathanaël sentiu-se arrependido de imediato. 

– Argh! – Sayad bufou. Nathanaël repetiu o ato. Os nervos de ambos estavam a flor da pele. – Não sei porque ainda tento te fazer falar. Sempre fica assim quando ela saí ou quando eles chegam ao mesmo tempo.

 Ele arregala os olhos. 

Sayad era quieta, parecia desinteressada mas, no fundo era uma pessoa muito observadora entendia de sentimentos como ninguém. Ainda mais quando se tratava de tristeza e dor. Nisso ela era uma verdadeira especialista. 

– Sei que a ama. 

– C-como percebeu? – Sayad suspirou, Nathanaël abaixou a cabeça no mesmo instante, odiava quando alguém percebia seus sentimentos. 

– Você disfarça pessimamente. – ela responde, um sorriso irratado passou por seus lábios, o ruivo era muito lerdo quando queria. 

– Tenho que começar a melhorar nisso então. – a piada quebrou a tensão que se formava, Sayad sorriu e balançou a cabeça negativamente. 

– Conte comigo. 

 Os braços da morena foram postos na cintura do ruivo, puxando-o para um abraço. 

– Pode ter certeza disso. 

 Nathanaël retribui o abraço encostando à cabeça na de Sayad, os cabelos da mesma tinham um cheiro doce. Chocolate. Ele inala mais profundamente, as narinas tomadas pelo aroma adocicado; a maciez dos cabelos castanhos da mesma encostavam na pele desprotegida do pescoço dele. Ele se permitiu sorrir, seu coração batera mais forte no momento que Sayad colocou ambos os braços no peitoral dele, puxando-a para mais perto ele apertou mais o abraço e depois a soltou. 

– Obrigado! 

 – Sempre estarei aqui, Nath. 

 *** 

Marinette andava pela mansão, Adrien estava do seu lado, agora no momento de calmaria sem lutas ou akumas, ela conseguiu reparar em casa detalhe da mansão, desde o grande quadro no hall de entrada até os mínimos e impercetíveis detalhes. Que a mansão era enorme ela já sabia, que ela era magnífica também, mas, o que sufocava toda a beleza do lugar era o extremo silêncio que fazia, era um lugar grande demais para Adrien e Gabriel, a distância os afastava e o tamanho da casa contribuía para as aflições do loiro. Não podia ouvir-se um só barulho a não ser o de passos. 

– Adrien? 

 – Sim, Mari! 

– Aquele piano ali é seu? – ela apontou para o grande instrumento e Adrien sorriu triste. 

– É meu objeto de estudo, não me pertence. – Marinette o olha confusa, ele sabia falar chinês, praticava esgrima e ainda tocava piano? 

– Você toca? 

 – Sim, toco. Aprendi a muito tempo e meu pai insisti em continuar com as aulas. Sem relevância alguma. 

– Poderia tocar para mim? – os olhos de Adrien encaram o rosto meigo da mestiça. Um pedido feito por alguém tão doce, não poderia ser negado. 

– Claro, toco sim. – Marinette sorri empolgada e ele dá um meio sorriso. 

– Que bom! Fico muito feliz de estar aqui. 

– E eu fico muito feliz dos seus pais terem deixado você vir. – ele estende o braço indicando o banco perto do piano. Marinette se senta e Adrien repete o ato. 

– Vamos, me mostre sua música favorita.– ela pede. 

– Tudo bem. 

Os dedos de Adrien deslizaram delicadamente pelas teclas, Marinette o observava centrada e admirada, era incrível a quantidade de qualidades que ele possuía. Adrien tocava desligando-se do mundo, as lembranças lhe invadem a mente trazendo um antigo sentimento a tona. Os flashs de quando ele era muito pequeno voltam, estava sentado sobre o colo de Amélie, ela tinha as mãos sobre piano e Adrien estava com as pequenas mãozinhas sob as dela, estava aprendendo a tocar uma das músicas favoritas de Amélie. Mais um estalo na mente dele e a volta para o presente lhe atinge. Para esconder a emoção, Adrien para de tocar suas mãos estavam paradas sobre as teclas, os olhos começam a ficar marejados. A mão dele vai para o rosto, sua cabeça fica baixa e um soluço involuntário sai de sua boca. 

– Adrien? – Marinette põe a mão sobre o ombro do loiro notando a mudança de semblante. Adrien se vira para ela, as lágrimas já escorrendo livres pelo rosto, mais um soluço. – Adrien! 

Marinette o abraça. Adrien enterra a cabeça no peito da mestiça deixando toda a saudade sair por seus olhos. 

Aquela simples melodia mexera com seu coração, assim como os atos sucessivos em relação a Ladybug e Marinette estavam fazendo.


Notas Finais


Então meu amores, deu para compesar? Gostaram? Qual a opinião de vocês?

Me falem.

"MORRAM DE AMORES, MATEM PELOS SHIPPS E CHOCOLATE É RECOMENDADO PELOS MÉDICOS. 💕"

Au revoir! 💕


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