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História I Love You, Idiot Elf! - A Súplica de um "Eu Te Amo" Proibido


Escrita por: ArqueiraDaLua

Notas do Autor


Hello Cookies de Morango (>^-^)>

Um aviso triste: para quem riu e se divertiu no capítulo anterior... SINTO MUITO. Mas tive que voltar para as lágrimas diárias que é escrever essa fanfic, nunca chorei tanto em escrever algo.

Sinto muito novamente.

OBS: O choro a seguir é livre para todos os públicos.

OBS 2: Não sei quem é o(a) artista da fanart, mas achei linda demais! Créditos para essa pessoa maravilhosa!

Capítulo 19 - A Súplica de um "Eu Te Amo" Proibido


Fanfic / Fanfiction I Love You, Idiot Elf! - A Súplica de um "Eu Te Amo" Proibido

      Palavras tem poder. Um "Eu Te Amo" errado pode causar grande sofrimento ou trazer o mais perfeito prazer.

                              (***)

Os pergaminhos de aprimoração de poções pesava sobre os finos braços de Lua que tentava a todo custo não derrubá-los novamente no chão, por descuido havia tropeçado e espalhado os diversos papéis tendo que juntá-los sozinha perto da Biblioteca por conta disso não queria cometer o mesmo erro duas vezes. Cansada por passar horas carregando coisas de lá para cá a mesma se via apenas com uma última tarefa: entregar os pergaminhos para Ezarel. O som de seu nome saíndo dos lábios trazia uma estranha sensação doce e amarga ao mesmo tempo. Assim como o próprio elfo. Receiosa por encontrar seu chefe não percebera o rubor tomar conta de sua face ao relembrar o pequeno "momento caliente" que tivera com ele no Laboratório, seria mentira se dissesse que não havia gostado, ser tocada de uma maneira tão excitante pelo elfo trouxera não só prazer mais também um desejo até então desconhecido para si.

Pare com isso, Lua. Esses pensamentos vão apenas te deixar paranoica. - reprendendo a si mesma a garota caminhou em direção ao quarto do alquimista, tendo em vista que não o encontrara em lugar nenhum. Batendo algumas vezes na porta esperou que ele viesse atender, infelizmente, nenhum som saiu do local.

- Ezarel, você está ai? - chamou alto o suficiente. - Vim entregar seus pergaminhos, posso deixar aqui na entrada?

O cair do silêncio a fez suspirar. Droga. Onde ele estava? Não querendo carregar os papéis por mais tempo tocou na maçaneta abrindo a porta suavemente, sabia que Ezarel não permitia que ninguém entrasse em seu recinto pessoal então precisava ser rápida. O quarto de cores claras e decoração em madeira rústica e plantas retorcidas em detalhes naturais deixava o local com um aspecto reconfortante, como olhar uma paisagem da floresta. Deixando os pergaminhos na cama feita de uma folha aberta com algodão branco de colchão a garota caminhou em direção a porta quando seus olhos encontraram algo luminoso encima da cômoda de madeira nobre, curiosa com o estranho objeto se aproximou notando que era um colar de pingente de vidro, onde em seu interior continha uma pequena flor amarela de brilho intenso. Hipnotizada pelo acessório a garota tocou-o levemente com a ponta dos dedos notando pelos detalhes do cordão que era um colar feminino.

- Mas o que pensa que está fazendo aqui?! - o som de uma voz claramente irritada invadiu seus ouvidos assustando-a, voltando-se para o lado encontrou um elfo de expressão nada contente na entrada. - Quem te deu permissão para entrar em meu quarto? RESPONDA!

- S-Sinto muito... e-eu... eu... - o tropeçar em sua própria língua a fez engolir em seco ao ver a fúria depositada nos orbes turquesas do alquimista. Se aproximando da garota em passos rápidos o mesmo a afastou para logo em seguida guardar o colar luminoso em uma gaveta.

- FORA DO MEU QUARTO! SUMA DAQUI! - gritou Ezarel fora de si. Assustada com o ódio em sua voz a faeliana pediu desculpas saindo do recinto rapidamente. Atrás de si o som da porta sendo fechada com violência fez seu corpo estremecer completamente. Havia o deixado zangado. Mas por alguma razão sua mente vagava em curiosidade sobre o estranho colar e sua dona misteriosa.

(***)

- Ezarel! Preciso de uma remessa de garras entorpecidas. - a voz fina levemente estridente ecoou nas orelhas do elfo que sem se virar esperou que a figura adentrasse o recinto para então vociferar contra ela.

- O que eu disse sobre atrapalhar o meu trabalho? - perguntou mais seco que o habitual. A sereia engoliu em seco pedindo desculpas. - O pacote com as garras estão na estante à direita. Tome cuidado para não quebrar nada desta vez.

Assentindo com a cabeça, Alajéa caminhou até a prateleira indicada pegando o conteúdo desejado, pelo canto dos olhos observou disfarçadamente o chefe alquimista colocar em um recipiente algumas gotas de um estranho líquido verde que não pôde identificar, estava completamente concentrado. Como sempre. 

- Ouvi dizer que hoje de manhã você expulsou Lua do seu quarto, é verdade? - perguntou "inocentemente" a garota colocando o pacote no devido lugar. Ezarel permaneceu na postura, continuando a executar sua tarefa.

- Isso não é da sua conta, Alajéa. Cuide da sua vida que eu cuido da minha. - a voz grave e autoritária do elfo provocou um arrepio temeroso na moça quase a fazendo calar, isso se não fosse sua curiosidade acima de qualquer medo.

- Desculpe a intromissão, mas, você sempre puniu as pessoas que invadiam seu quarto sem permissão, e pelo que soube Lua ficou imune ao seu erro, se isso se espalhar pelo Q.G. todos vão começar a achar que você gosta dela. - ao terminar sua frase a sereia se pôs para fora sem perceber que Ezarel interrompera seu trabalho. Isso não. Respirando fundo o mesmo se levantou, decidido.

(***)

Lua suspirou mais uma vez acariciando a cabeça de seu Sabali que descansava contentemente em seu colo, a manhã passara rápido e felizmente não encontrara Ezarel, não queria discutir nem mesmo deixá-lo mais irritado do que já estava. Sabia que havia errado entrando em seu quarto sem permissão mas ao mesmo tempo sabia que ele havia exagerado ao gritar com ela. Será que fora por causa do colar?

Acariciando a crina de cor azul-esverdeado do seu mascote, repensava novamente no estranho objeto que encontrara. Por mais que fosse simples a beleza e fragilidade do acessório revelava pertencer a uma perfeita dama, com certeza de alguma mulher importante para Ezarel. Pensar nisso fez seu peito doer imensamente, lembrava das palavras de Madame Purriry sobre ele ter rejeitado todas as moças que o cortejavam, se era assim qual a dama que conquistara seu coração? 

Talvez seja alguém da família? - refletiu consigo.

Enquanto vagava em seus devaneios uma figura adentrou bruscamente em seu quarto a fazendo sobressaltar. Azul emitiu um relincho furioso antes de se esconder embaixo da cama. 

- Ezarel? - indagou a mesma se recuperando do susto. - Não entre dessa forma, quase me fez gritar de pânico. - olhando para o rosto inerte sem qualquer expressão do elfo a faeliana engoliu as palavras, seus olhos esverdeados estavam nublados por uma estranha frieza. - O que houve? Se veio falar sobre o ocorrido do seu quarto eu peço desculpas novamente.

- Na verdade é exatamente sobre isso que vim aqui. - respondeu num tom seco e cortante antes de caminhar até ela segurando seu pulso com força. - Vai aprender a não entrar em meu quarto novamente sem permissão.

Antes que pudesse dizer algo, Lua se viu bruscamente puxada por Ezarel que a obrigava a lhe acompanhar em seus passos apressados, transtornada com o ato violento a garota tentou fazê-lo parar puxando seu pulso mesmo sabendo que era em vão devido a sua força e tamanho.

- Ezarel, está me machucando! - gemeu sentindo o elfo apertar ainda mais seus dedos entorno do seu fino pulso. - Me solte! Para onde está me levando?

O alquimista não respondeu puxando a albina que protestava em direção as escadarias que levavam para as Masmorras. Correndo para acompanhar seus passos e não tropeçar nos degraus, Lua gemeu novamente devido a dor que sentia, notando a reclamação silenciosa da mesma Ezarel afrouxou um pouco o aperto continuando a descer as escadas até que chegassem no fim delas.

- Não! Por favor, este lugar não! - os gritos de Lua aumentaram de tom ao ver que o elfo a arrastava para a cela no qual ficara presa quando chegara em Eldarya. Odiava as Masmorras. E ele sabia disso. Abrindo a porta enferrujada da cela o alquimista jogou com brutalidade a garota para dentro, trancando a porta tão rápido quanto abrira.

- Por favor, não me deixe aqui... eu te imploro. - suplicou a faeliana agarrando as grades, o elfo apenas a encarou com um brilho amargurado nos olhos antes de se afastar. - Por favor, eu tenho medo desse lugar... - sussurrou antes de cair de joelhos no chão frio daquela velha prisão. Mesmo estando longe, foi impossível de não escutar aquele lamento torturante.

(***)

Deitada no fundo da pequena cela, Lua permitia que suas lágrimas saíssem livremente enquanto encolhia-se ainda mais em posição fetal. Por quê? Por que se apaixonara por ele? Como alguém podia ser tão ruim ao ponto de jogar uma pessoa no lugar que mais temia? Por quê? O cheiro de ferrugem e água podre invadiam suas narinas causando náuseas, olhando perdidamente para o lago a frente a mesma esperava que o Mascarado viesse para libertá-la como da primeira vez, infelizmente, ele não veio.

Como alguém poderia amar Ezarel? Maldito coração. Maldito amor. Com tantos rapazes a sua volta fora se apaixonar pelo mais irritante, provocador e maldoso deles. Não compreendia seus sentimentos. Em meio aos seus mares de pensamentos que a carregavam nos mais profundos devaneios suas pálpebras foram se fechando, levando-a para um sono talvez reconfortante e consolador de tantas perguntas. 

(***)

O negrume da escuridão era tomado por formas coloridas que mostravam em flashs imagens desbotadas e confusas. Estava sonhando? Podia ver sua família contente, embora não estivesse ali. Onde estava? Por que não sentiam sua falta? Mais imagens passaram diante de seus olhos. Conseguia ver a si mesma... mais velha? Estava com duas crianças nos braços, mas quem era o bonito homem ao seu lado? Por que não podia vê-lo? 

De repente todas as imagens se apagaram deixando-a novamente na escuridão, sentia alguém lhe tocando. Reconhecia o toque, tão quente e macio...

Acorde humana.

Acorde, por favor...

Lua abriu seus olhos lentamente notando a terrível dor que tomava conta de seu corpo. Onde estava? Esperando que sua visão se focasse a mesma admirou as belas orbes cor de água observando-a com preocupação, podia sentir um forte braço a apoiando nas costas enquanto uma mão macia acariciava sua face enxugando vestígios de lágrimas restantes.

- Ezarel?... - murmurou. Sua garganta queimava em secura suplicando por água. O elfo suspirou, aliviado.

- Shii... Não diga nada, tome. Precisa beber. - o rapaz trouxe um copo até seus lábios fazendo-a engolir o refrescante líquido. Ao terminar, Lua respirou fundo olhando ao redor, estava na cela, deitada e apoiada por Ezarel que a fazia descansar sobre seu colo. - Fiquei preocupado, você estava desacordada sem sequer se mover.

As palavras doces atingiram em cheio a albina, como podia ser tão falso ao ponto de estar com ela quando ele mesmo a trancara? Tomada por uma forte tristeza deixou que algumas lágrimas escorressem por seu rosto antes que fosse imediatamente secadas pelos dedos do rapaz.

- Preocupado? Quando você mesmo me jogou nessa cela imunda, mesmo sabendo que eu odeio esse lugar? Mesmo quando pedi desculpas pelo meu erro e você me arrastou a força para cá? 

- Por favor, eu... - começou o alquimista antes de ser interrompido por Lua que fazendo força, levantou-se mesmo sentindo fortes dores devido a posição que estivera deitada. Secando as lágrimas restantes a garota notou seu pulso vermelho com as marcas dos dedos de Ezarel. Seguindo seu olhar, o elfo se surpreendeu com as marcas que deixara nela. Havia a machucado. Levantando-se tentou toca-lá, contudo, ela se colocou rapidamente para fora da cela. 

- Quanto tempo me deixou aqui? - indagou num sussurro.

- Quatro horas. - suas orbes azuis se arregalaram com a resposta. Por quatro horas ele a deixara ali, trancada e sozinha, não se surpreendia com o fato das dores e secura na garganta. Por quatro horas havia estado naquela maldita cela. Olhando para Ezarel que fixava suas pedras turquesas em si de uma maneira arrependida, a albina derramou outras lágrimas, desta vez de raiva e desprezo. 

- Como você pode ser tão ruim? O que foi que eu te fiz para merecer isso? Quando eu acho que estamos bem, que finalmente vamos nos acertar você sempre dá um jeito de me machucar novamente. - a mudez do elfo a fez cerrar os punhos, dominada por uma raiva incontrolável. - Eu não entendo como eu posso...

Amar você. - sussurrou nos pensamentos antes de secar as últimas lágrimas.

- Eu sinto muito... - disse Ezarel sentindo uma grande tristeza no peito, não entendia o motivo de se machucar tanto com as palavras da moça. Afinal, por que se incomodava com ela? Logo ele... o mais orgulhoso, insensível, brincalhão e egoísta de toda a Guarda de Eel. Não fazia sentido.

- Não, Ezarel... - suspirou a jovem o olhando novamente - Eu que sinto muito...

Por você e eu.

Dizendo isso a mesma caminhou em direção as escadarias, deixando para trás um elfo mudo e selado por seu próprio orgulho.

(***)

Pelos dias que seguiram- se o assunto mais comentado por sussurros e cochichos era a prisão de Lua, todos comentavam sobre a ignorância e maldade de Ezarel em trancar por seis horas sua "salvadora", levando até mesmo os Chefes da Guarda conversarem sobre isso mesmo sem tocarem no assunto na presença de ambos os envolvidos. No decorrer dos dias o elfo era sempre visto com um mau humor terrível, ninguém se atrevia a encará-lo nem perguntar sobre Lua que por um dia inteiro se trancou no quarto quase trazendo Miiko a loucura.

O clima pesado apenas aumentou quando finalmente a moça saiu do quarto realizando normalmente suas atividades diárias. Seu pulso enfaixado gerou novos cochichos, mesmo assim a mesma apenas os ignorava mostrando para todos um belo sorriso - já que considerava as lágrimas o maior sinal de fraqueza -, por isso se via obrigada a se mostrar bem para não dar esse gostinho da vitória para Ezarel. Ao longo de uma semana os comentários finalmente cessaram mesmo assim nenhum dos alquimistas trocaram uma única palavra. 

- Lua, está me ouvindo? - a faeliana piscou algumas vezes saindo dos seus devaneios. 

- Sim, Ewelein? O que dizia?

A enfermeira suspirou, preocupada. Não era a primeira vez que a encontrava perdida em pensamentos, parecia até refletir consigo mesma. Enfaixando as novas bandagens no pulso da garota que continuava com hematomas, a elfa abriu um sorriso amigável.

- Estava dizendo para não se esforçar tanto, já que desse modo seu pulso não vai melhorar. Além de hematomas está inchado pelo grande número de coisas que tem carregado essa semana.

A garota deu de ombros como se não se importasse.

- Não é um ferimento que vai me parar, Ewelein. - mencionou em sinceridade. - Tenho que cumprir minhas obrigações. 

- Tem certeza que não está fazendo isso para impressionar Ezarel? - a pergunta da enfermeira a fez emudecer. - Eu sabia. Está tentando mostrar à ele que é forte suficiente para não se intimidar depois do ocorrido das masmorras. A pergunta é, por quê?

- Talvez eu queira mostrar que ele está errado, mostrar que não sou fraca e inútil como pensa e que não vou me abater mesmo que deseje me afastar. Ou talvez... mostrar que o amor que eu sinto por ele é maior do que qualquer obstáculo. - confessou, tristemente. A elfa sorriu, tocando em seu rosto para lhe chamar atenção. 

- Isso sim é uma grande prova de amor, você não só o salvou como também não desiste de amá-lo mesmo passando por tribulações. 

- As vezes eu acho que sou a maior idiota da face dos dois mundos por persistir nisso. Qualquer um desistiria na primeira decepção. 

- Isso minha querida, se chama amor verdadeiro. - Lua olhou para ela por alguns breves instantes antes de abraçá-la. Ewelein era sábia e gentil, e ainda era alguém em que podia confiar. Uma amiga de verdade que em muito se lembrava com aquela que estava na Terra. - Sempre que quiser pode conversar comigo, sou da mesma raça que Ezarel e sei como é lidar com o orgulho élfico.

- O fato é que você é completamente diferente. - confessou, divertida. De repente a porta da Enfermaria se abriu e uma figura de belos cabelos azuis adentrou o recinto sem esboçar qualquer expressão. No mesmo instante um silêncio caiu sobre o lugar assim que ambos se olharam. O sorriso de Lua morreu.

- Vim pegar algumas Flores de Centeia. - comentou o elfo ao quebrar o contato visual. 

- Deixa que eu pego para você. - a enfermeira saiu do lugar às pressas antes que alguém retrucasse. O silêncio aumentou de intensidade deixando o casal nervoso, Lua baixou a cabeça, sentindo suas bochechas ruborizarem em vergonha.

- Como está o seu pulso? - a pergunta repentina de Ezarel provocou um sobressalto na albina, principalmente devido a proximidade que estavam um do outro. Desde quando ele estava tão perto de si?

- Um pouco marcado, mas vai melhorar.

- Está doendo? - sem pedir permissão o rapaz tocou em suas faixas recentemente trocadas, averiguando se a mesma reclamasse de dor ao contato.

- Não muito... - murmurou Lua, tentando passar confiança nas próprias palavras. O alquimista afastou os dedos de si, como se temesse machucá-la novamente. Nenhum dos dois sabia o que dizer, um misto de sensações estouravam em seus peitos como fogos de artifício, infelizmente, não permitiam que mostrassem esses sentimentos um para o outro. - Você não vai acompanhar a Ewelein para pegar o que procura?

- Prefiro esperar por ela, desde modo minhas pernas descansam. - seu comentário debochado durou poucos segundos antes de retornar a expressão séria. - Eu queria conversar com você...

A jovem assentiu, temerosa. Por mais que doesse sabia de qual assunto ele falaria.

- Desejo que me perdoe pelo que fiz à você. Não deveria ter te prendido naquele lugar, não sabendo que odeia as Masmorras. Eu me arrependo muito, não pensei que chegaria nesse ponto. - lamentou, observando o pulso machucado da moça. - Eu... vou entender se não quiser me perdoar, mas preciso...

- Eu te odeio. - o murmúrio de Lua o assustou em diversos sentidos, não sabia se havia entendido bem. Contudo, novamente ela repetiu, desta vez em alto e bom som: - EU TE ODEIO, EZAREL!

Gritando e sem mais conseguir conter as lágrimas, a garota se lançou bruscamente em sua direção fazendo com que ambos caíssem no chão. O assombro do seu ato atordoou o elfo que dolorido nas costas com o impacto, gemeu ao sentir ela cair em cima de si o abraçando sem aviso prévio, imerso pelos cabelos prateados da moça que rodeavam o chão devido ao comprimento, Ezarel ficou completamente em choque ao ouvi-la chorar com o rosto escondido em seu peito enquanto o abraçava fortemente, sem importar-se com a dor no pulso. 

- Eu te odeio, Ezarel... - sussurrou novamente em meio as lágrimas - Como eu te odeio por não conseguir me afastar de você, como eu te odeio por não me abater mesmo que seja a pior pessoa que já conheci, mesmo quando me fere com suas palavras e brincadeiras ou quando me incomoda de um jeito insensível... como eu te odeio por não conseguir te odiar!

Eu te amo.

Eu te amo, Ezarel.

Vamos, diga logo! Conte depressa, sua burra!

- Eu te... 

- Não, por favor... - pediu o elfo, suplicando num desespero angustiante.  - Não diga isso, por favor... não quero, eu não posso... Lua, eu não posso te amar... eu... por favor... não ouse dizer isso... 

- Sempre soube que poderia acabar assim... - sussurrou, provida de determinação. - Mas a verdade é que eu me apaixonei... eu te amo, Ezarel... 

As palavras ecoaram por todo o recinto atingindo em cheio o peito do alquimista que disparou em batidas frenéticas. Sem atrever-se a olhar para cima, Lua apenas se manteve encolhida, deitada sobre o coração de Ezarel que continuava a martelar em retumbantes batidas aceleradas. Um sacolejar no corpo do elfo fez a mesma se assustar, mas antes que tivesse a oportunidade de se levantar braços a puxaram novamente para baixo, abraçando-a da forma mais serena que podia. Sem conseguir admirar a face do alquimista, a jovem não pode ver as pequenas lágrimas que desciam lentamente desde os olhos cianos até o chão frio.

Estava feito.

Me perdoe, Luzzie... É tarde demais.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


* deitada em posição fetal comendo sorvete enquanto choro *

Não sou capaz de opinar...

Kiss de Prata (>^-^)>


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