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História I Need Your Love - Percabeth - Preocupação e Culpa


Escrita por: miadnights

Notas do Autor


OI meus bolinhos roxos! Turu bom?
Espero que gostem desse capítulo! Aproveitem! 💜

Capítulo 14 - Preocupação e Culpa


Fanfic / Fanfiction I Need Your Love - Percabeth - Preocupação e Culpa

Assim que entramos pela porta da Emergência, vários olhares foram direcionados a nós, todos olhavam fixamente para os pulsos de Thalia enquanto sussurravam e eu já estava ficando incomodada. Percy carregava ela no colo enquanto Jason correu para fazer a ficha dela.

– Você acha que ela vai ficar bem? – Percy perguntou.

– Ela vai – falei com convicção – Thalia é forte. Sem contar que eu já enfaixei, ela já parou de perder sangue, mas provavelmente precisará de uma transfusão.

Percy apenas concordou com a cabeça e ficou olhando o rosto pálido de Thalia.

– Ela é minha melhor amiga – Percy disse – Não posso perder ela. Acho que todos temos um primo ou prima favorita, a minha é ela.

– Ela também é minha melhor amiga – falei – Por isso precisamos ser fortes por ela.

– É estranho pensar que ela tentou... você sabe – ele evitou falar o óbvio – Quer dizer, quando eu mais precisei de apoio e quando me senti um lixo, era ela quem estava lá. Foi ela quem, evitou que eu fizesse uma besteira dessas e é horrível pensar que eu não pude fazer o mesmo por ela.

– Eu sei... – suspirei – Mas agora tudo o que nos resta é esperar e ver no que isso vai dar.

– Já fiz a ficha dela, vão trazer uma maca – disse Jason ofegante.

– Ok, você já ligou pro pessoal falando o que aconteceu?

– Já, eles devem...

– CADÊ ELA? – Luke gritou entrando na Emergência.

– Calma – fui até ele – Ela tá aqui, eu fiz um curativo no caminho pra cá e ela parou de perder sangue.

– Eu devia estar lá – Luke murmurou – Eu tava sentindo que algo ia acontecer. Tava sentindo! Eu deveria ter ficado com ela, deveria estar lá pra evitar essa merda toda!

– Luke, a culpa não é sua – Jason falou com uma calma enorme – A culpa não é de ninguém – ele olhou para mim e Percy, sabendo que nós estávamos nos sentindo culpados – Ela fez isso porque quis, estava triste e não sabia como fazer isso passar. Eu conheço a Thalia muito bem para saber que se ela não tivesse feito agora, provavelmente faria quando todos estivéssemos dormindo e aí sim nós estaríamos com sérios problemas.

– É, Luke... – falei e coloquei minha mão em seu ombro – Vai dar tudo certo, talvez ela só vá precisar de uma transfusão de sangue e depois vai ficar tudo bem, tudo vai voltar ao normal.

Falei aquilo mais pra mim do que pra ele. Eu precisava me convencer de que tudo iria ficar bem.

– Tá legal – disse uma enfermeira chegando com mais alguns colegas de trabalho, junto com uma maca – Vamos colocar essa mocinha aqui e levar pra uma sala. Ela vai ficar bem.

A enfermeira, que parecia ter uns 22 anos, sorriu e deu uma piscadela para Percy e eu me senti um pouco incomodada, principalmente quando ele sorriu de volta.

Tá aqui pra fazer seu trabalho ou pra ficar flertando com os outros, minha flor?, pensei.

– E aí? – falei atraindo a atenção da escrota de uniforme branco. Ela me olhou com desgosto.

– O que?

– Vai levar a gente pra sala ou vai deixar ela deitada nessa maca aqui no meio do corredor? – perguntei irônica e rude.

– Me sigam.

Fomos todos atrás dela.

– O que foi isso? – Percy sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei.

– Isso o que? – me fingi de desentendida.

– Sua grosseria com a mulher? – ele perguntou em um tom sarcástico.

– Ela tá aqui pra fazer o trabalho dela, e não ficar distraída.

– Acho que na verdade o problema não foi ela ficar distraída.

– Não? – falei e franzi o cenho, ainda me fazendo de menina inocente que não estava com raiva por aquela escrota ter deixado minha amiga no meio da sala de espera enquanto flertava com o meu possível (eu disse possível, então por favor, não se iludam) crush.

– Não. Acho que o problema é ela ter se distraído comigo.

Tem algum ser mais convencido que esse?

– Pois você está completamente enganado, Cabeça de Algas.

Ele pareceu um pouco decepcionado.

– Posso estar, mas também posso estar completamente certo, Sabidinha.

– Pense o que quiser – dei de ombros e comecei a andar ao lado de Luke.

Andamos um pouco mais, até que chegamos a uma sala completamente branca, onde eles posicionam a maca de Thalia bem ao meio.

– Bem, podem ficar aqui com a Rose – disse a enfermeira atirada, apontando pra uma das suas colegas de trabalho que já estava na sala quando chegamos – Que já já o doutor O’Connor chega.

A enfermeira atirada se retirou com os outros, mas em seguida voltou com um papelzinho e entregou a Percy. Quando eu ia falar algo, Rose me interrompe.

– O que aconteceu com ela? – perguntou a enfermeira.

– O que você acha que aconteceu? – Jason perguntou irônico e colocou as mãos na cabeça.

– Eu só acho que tá bem óbvio aqui que ela tentou se matar, minha senhora – Percy disse impaciente.

– Ok, desculpa, eu sei que foi uma pergunta estúpida, mas tinha que perguntar.

Eu apenas revirei os olhos com o que Rose disse.

Comecei a encarar as paredes brancas da sala onde estávamos. O medo de perder minha melhor amiga me invadiu, eu estava prestes a dar um pequeno ataque de pânico quando sinto alguém tocando meu ombro.

– Hey – Percy disse em meu ouvido. Eu me virei bruscamente e ele riu – Vai ficar tudo bem, ok? Disseram que ela vai ficar bem, não se preocupa.

– Você parece tão calmo – eu disse e ele colocou um sorriso sarcástico em seu rosto.

– É, eu sei. Minha mãe já passou bastante tempo em um hospital e com isso eu aprendi que não adianta se desesperar ou sei lá, porque não vai ajudar em nada e acaba não sendo bom pra gente.

– Acho que essa foi a coisa mais inteligente que você já disse na vida, Cabeça de Algas – nós rimos.

– Mas é sério, não se preocupa – ele deu uma piscadela e eu assenti.

Então ele passou um braço pelos meus ombros e eu passei o meu pela sua cintura e ficamos assim durante um tempo.

 

– Olá – disse o doutor chegando na sala – Sou o doutor O’Connor, prazer.

Ele apertou a mão de Jason e cumprimentou todos na sala e logo em seguida foi em direção à maca em que Thalia estava deitada e pegou uma ficha.

– Bem, essa mocinha vai precisar de uma transfusão de sangue e, talvez, uma visita no psicólogo.

– Como assim talvez? – Jason perguntou.

– Tecnicamente, nem a família nem o hospital podem obrigar ela à ir em um psicólogo, não acha? Isso pode piorar sua possível depressão.

– O senhor acha que minha irmã tem depressão?

– Bem, uma menina não tentaria se suicidar por qualquer coisa, não?

Jason ficou quieto.

– Doutor, – me pronunciei e O’Connor me olhou – Supondo-se que Thalia não queira ir ao psicólogo, o que podemos fazer?

– Tentar convencê-la. Ela não pode ser forçada, isso pioraria tudo.

Eu apenas assenti.

– Alguém aqui sabe o tipo sanguíneo da senhorita Grace?

Eu e os meninos nos entreolhamos.

– Ela me disse uma vez, mas eu não lembro muito bem e tenho medo que esteja errada, então acho melhor fazerem um exame, não quero que ela piore – falei.

– Tirar sangue dela agora é uma péssima ideia. Alguém aí viu as lâminas com que ela fez isso? Ou então sabem onde tem um pouco de sangue? – nós olhamos estranho para o doutor.

Esse cara é louco? – Percy sussurrou e eu ri.

Deve ser – sussurrei de volta.

– Qual é, gente! Vocês não acham que eu tô falando sério, né? – ele perguntou e nós assentimos – Não sejam caretas! Eu sou um doutor mas sei brincar. É claro que eu não pediria essas amostras de sangue de vocês, eu não sou louco! Só queria descontrair. Mas, enfim, teremos que esperar até mais ou menos amanhã para conferirmos o tipo sanguíneo da senhorita Grace. Enquanto isso ela ficará na Observação e nós precisaremos de alguém pra ficar aqui.

Eu já ia me oferecer, porém Percy me cutucou e disse:

– Acho melhor Jason ficar, ele é o irmão dela.

– Eu, eu poderia ficar – Luke disse.

– Não, Luke, acho melhor Jason ficar, ele é irmão dela e acho que é o que está em pior estado aqui – falei, reconhecendo que não seria legal ficar no lugar de Jason, já que, tecnicamente, a única família que ele tem é a Thalia.

– Então, quem vai ficar? – O’Connor perguntou.

– Eu, doutor – Jason disse.

– Ok, então os outros podem ir – ele disse.

Vou fingir que isso não foi grosseiro, pensei.

Só fui perceber que fiquei parada, encarando minha amiga com uma agulha no braço – por onde passava soro – e completamente pálida, quando Percy segurou de leve meu braço e disse:

– Vamos.

Eu apenas assenti e nós fomos para a sala de espera. Estávamos quase na saída quando eu digo:

– Vou ficar, vou dormir aqui na recepção.

– O que? Sem chance! Não inventa, Annie, você vai com a gente, o Jason já tá aí, se acontecer algo ele vai ligar, vamos pra casa.

– Não, eu preciso ficar com ela.

– Isso não vai fazer ela melhorar mais rápido – Percy disse me olhando nos olhos.

– É verdade, Annie, não vai adiantar de nada ficar aqui. Não somos médicos, vamos pra casa. – Luke disse.

– Luke, ela é...

– Sua melhor amiga, eu sei, ela é minha amiga também, mas não vai adiantar de nada ficar aqui, não somos médicos. Eu tô tão triste e acabado com você, eu sei que vale muito a pena ficar aqui pela Thals, mas... Se ficarmos aqui, acho que o sofrimento vai ser maior. O hospital não é o melhor lugar do mundo pra tentar lidar com algo, principalmente na Emergência. Aqui tem gente morrendo toda hora! Se fosse algo com que o médico dissesse que devíamos nos preocupar, pode apostar sua vida que eu ficaria aqui até ver ela sair bem daquela sala.

– Tá bom – suspirei – Vocês venceram.

Eles deram um sorriso e eu fui pro carro de Jason junto com Percy enquanto Luke ia em seu carro.

Fomos o caminho inteiro sem falar nada. Eu estava completamente imersa em meus pensamentos quando Percy diz:

– Chegamos.

– Mas já?

– Sabidinha, nós demoramos uns vinte minutos pra chegar aqui.

Tenho certeza de que a cara que eu fiz depois disso foi um tanto engraçada, já que Percy começou a rir.

– V-você pode entrar comigo e me ajudar a limpar o sangue? – perguntei depois que Percy parou de rir.

– Claro!

– Sério?

– Amigos são pra essas coisas, não acha? – ele deu um sorriso de lado e eu apenas assenti – Deixa só eu estacionar direito e...

– Pode colocar o carro na minha garagem – ele me olhou com uma cara de “tem certeza?” e eu ri – Minha mãe viajou, pode colocar aí que ela não vai nem saber.

– Se você diz... ok!

Então eu abri a garagem com o pequeno controle que eu carregava em meu bolso e ele “guardou” o carro lá dentro.

***

– Tá legal, eu tô morrendo – Percy disse assim que acabamos de limpar a sujeira.

– Nunca pensei que sangue seria tão difícil de limpar. Quer dizer, eu sei que não é tipo água, mas poderia ser um pouco mais fácil pra limpar, né?

Ele riu e deu de ombros.

– Bem, eu vou pra casa, preciso de um banho e da minha crush, vulgo, minha cama – ele disse e eu ri.

– Eu também – falei – Você vai levar o carro do Jay ou vai andando?

– Eu vou andando, minha casa é aqui no condomínio e não é muito longe da sua.

– Ok, deixa que eu te levo até a porta – falei e nós seguimos até lá – Valeu mesmo por me ajudar, Cabeça de Algas. Te devo uma.

– Você não me deve nada, Sabidinha – ele disse e tocou com o indicador a ponta do meu nariz – Já disse que amigos são pra essas coisas.

Eu ri.

– Acho melhor eu ir – ele disse – Já está tarde e eu realmente preciso de um banho.

Eu apenas concordei com a cabeça e ele virou de costas e saiu andando. No meio tempo em que ele andava até uma casa depois da minha eu senti algo dentro de mim, algo dizia que eu precisava de alguém, que eu precisava dele.

Eu sei que isso é estranho e talvez eu esteja um pouco carente, mas eu realmente precisava de alguém comigo. Com tudo o que aconteceu com Thalia eu acabei ficando com um pouco de medo de algo mais dar errado.

– Percy! – o chamei e ele virou rapidamente.

Acenei com a mão para que ele viesse até mim.

– Não consegue ficar longe de mim, né? – disse ele, se gabando falsamente.

– Ha-ha – ri ironicamente – Virou piadista?

– Se não precisa de mim por que me chamou?

– Na verdade, – falei – eu preciso muito de você hoje.

– Só hoje? – ele perguntou e eu revirei os olhos.

Ele riu.

– Não, Cabeça de Algas. Eu preciso de você todos os dias, mas hoje em especial. Preciso que você durma aqui comigo... – Abaixei a cabeça e comecei a encarar o chão– Mas se você não quiser eu entendo, é que eu...

– Sabidinha... – ele chamou mas eu continuei falando feito sei lá o que – Sabidinha! – ele falou mais alto e eu o olhei.

– Eu durmo aqui com você.

Olhei fixamente para seus olhos não acreditando no que tinha ouvido.

– O que?

– Eu durmo com você hoje – ele disse e riu.

– Obrigada! – falei – Obrigada, obrigada, obrigada.

Abracei ele fortemente e um cheiro de mar invadiu minhas narinas.

***

– Não acredito que tô vestindo um moletom seu – ele disse.

Percy teve que tomar banho aqui, então eu dei um dos meus moletons para ele vestir junto com uma calça de moletom do meu pai que eu não sei por qual milagre estava no meio das minhas coisas.

Acho que as parcas já estavam prevendo esse momento e, pela primeira vez, decidiram ajudar, pensei.

– Ué, eu comprei nos artigos masculinos e uns três tamanhos maiores que eu, então se não desse você deveria ser um monstro – falei.

– Sua sorte é que Stranger Things é uma das minhas séries favoritas.

– Sério? – perguntei sem acreditar.

– Sério, quer dizer, quem é o louco que não gosta dessa série?

– Tá legal, você é incrível – falei – Se um dia eu precisar de alguém pra falar sobre séries, saiba que você é o primeiro da lista.

– Me sinto honrado, milady – ele disse e fez uma pequena reverência e nós rimos.

– Tá legal, agora eu vou tomar banho, vê se não vai mexer nas minhas coisas.

– Não sou esse tipo de pessoa! – ele disse se fazendo de ofendido.

– Ha-ha – ri ironicamente – Tô falando sério, Jackson.

– OK, Chase.

Não sei por quê, mas o fato de ele me chamar pelo meu sobrenome fez meu corpo arrepiar e esquentar subitamente.

Fui pro banheiro e liguei a água fria na intenção de tentar apagar o fogo que tava subindo no meu corpo.

Se controla, Annabeth, nem inventa de crushar o primo da sua melhor amiga, me repreendi.

***

– Bem, acho que é isso – falei quando saí do banho já de pijama – Podemos dormir!

– Ótimo – Percy disse – Eu tô cansado.

– Eu também – falei e deitei em minha cama.

– Olha, se você quiser eu durmo no chão, porque o quarto de hóspedes tá ocupado com as coisas da Thalia e, os deuses que me livrem se ela voltar do hospital e souber que eu dormi lá.

– Pode dormir comigo – falei e ele pareceu surpreso.

– Sério?

– Claro! Não é como se fossemos transar, né? – falei e ele ficou vermelho e eu ri – Sem contar que estamos cansados, merecemos uma cama boa para dormir.

– Verdade – ele disse e se deitou do meu lado.

Cobri ele com uma parte do meu cobertor.

– Boa noite, Cabeça de Algas.

– Boa noite, Sabidinha.

 

 

CONTINUA...

 

 


Notas Finais


Foi isso! O que acharam? Comentem porque eu amo ler todos os comentários de vocês.
Avisinho: Agora vou postar com mais frequência, porque a semana de provas já acabou e, com isso, todo o conteúdo que os professores tinham que passar, então vou poder dar mais atenção à fic e às minhas séries, obv.
XOXO, Purple 💜


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