1. Spirit Fanfics >
  2. I Really Like You >
  3. Chapter 9: The real Julio

História I Really Like You - Chapter 9: The real Julio


Escrita por: lalanger

Notas do Autor


Oi, oi gente.
Aqui esta mais um glorioso capítulo, espero que gostem.
Boa Leitura.

Capítulo 9 - Chapter 9: The real Julio


Fanfic / Fanfiction I Really Like You - Chapter 9: The real Julio

(Anelise Carvalho Pov’s)

(...)

-Eu preciso de uma estante no quarto. –Rafael se jogou no sofá ao meu lado. –Tem muita coisa nas caixas.

-A gente pode comprar hoje. –Bloqueei o celular e me virei pra ele. –Quero comprar algo pra decorar meu “cenário”.

-E eu quero outra coisa. –Ele se aproximou e me beijou, por muito tempo.

-Eu preciso respirar. –Me sentei e parei por um tempo. –Sabe, eu estava pensando. –Rafa se sentou e me olhou. –O que exatamente é isso?

-Isso? –Ele fez um bico fofo.

-Isso de você e eu. –Sua expressão foi de surpresa com “eu não sei o que falar”. –Eu sei que não deveria tocar no assunto mais, sei lá, quero pelo menos tentar entender.

-Eu também quero entender. –Ele pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos. –Olha Ane, não vamos nos preocupar com nada não. –Concordei com a cabeça. –Deixa tudo rolar, o que tiver que ser, vai ser.

-Eu sei. –Sorri. –Por enquanto somos...?

-Namigos. –Ele disse eu ri alto. –O que foi?

-Namigos Rafael? –Continuei rindo e ele fez uma cara feia. –Que coisa mais idiota.

-Idiota é você. –Mostrei língua. –Quem mostra língua pede beijo. –E ele me agarrou, me deitando no sofá e me beijando.

-Ok, ok. –O empurrei e me levantei. –Vou tomar um banho e a gente sai.

-Posso ir com você? –Me virei e o encarei. –To falando serio.

-Claro que não. –Sorri sarcástica. –Essa parte não ta inclusa no contrato de amizade colorida.

-A gente pode anexar agora. –Ele se levantou e veio ate mim. –Ou fingir que nunca aconteceu.

-É? –Aproximei meu rosto do dele. –Não precisamos fingir, porque não vai acontecer. –Roubei um selinho e sai da sala.

Entrei no banheiro, tomei um banho demorado e sai. Quando entro no quarto me deparo com Rafael, em frente umas caixas de roupas, segurando uma camisa preta. Rapidamente ele soltou a mesma de volta pra caixa e se virou pra mim, me olhando de cima a baixo.

-Algum problema? –Ele pegou a camisa novamente.

-Não sabia que você usa roupa de homem. –Ele esticou a mão. –E nem que você gosta de Iron Maiden.

-Eu posso explicar. –Peguei a camisa da sua mão. –Lembra quando a gente veio pro evento e eu tava sem mala? –Ele concordou com a cabeça. –O Lukas me emprestou essa camisa e eu me esqueci de devolver. –Parei por um tempo. –Mais por que você tava mexendo nas minhas coisas?

-Não sei, eu só... –Ele respirou fundo e coçou a nuca. –Só me desculpa. –Concordei. –É que ela tava ai em cima da cama e eu não sei o que deu em mim, mas isso me incomodou.

-Ficou com ciúmes de uma camisa? –Ele negou com a cabeça. –Ficou sim. –O abracei de lado. –Rafa, você lembra o que conversamos?

-Eu lembro. –Ele suspirou e me olhou. –Acho melhor a gente dar um tempo nessa coisa de amizade colorida.

-Claro. –Disse e o soltei.

-Vou comprar a estante pela internet. –Ele disse e saiu.

Me sentei e fiquei pensando nisso. Claro, nos não estávamos com nada serio, mas, sei lá, acho que tava começando a ter sentimentos por ele. Não entendo direito isso, mas não tem motivos pra ele ficar assim por causa de uma droga de camisa, afinal, só estávamos apenas nos ‘pegando’ de vez em quando e sem nenhum compromisso. Talvez seja melhor não insistirmos nessa historia, pra ninguém sair machucado.

Respirei fundo e me deitei na cama, pegando no sono logo em seguida. Acordei com o celular apitando, eram seis da tarde. Notei que peguei no sono de toalha mesmo e ri da minha idiotice. Me levantei e troquei de roupa, pegando o celular logo em seguida e na notificação uma mensagem de um numero identificado como Júlio Cocielo. O que esse garoto quer?

Cocielo -_-: Fiquei sabendo que ta em SP.

                   Vai rolar uma balada top em Osasco, passo ai umas 7 hrs pra te pegar, abç.

Eu: Não vai dar pra ir, tenho muita coisa pra organizar, obrigada pelo convite.

Cocielo -_-: Passo ai as sete.

Apenas visualizei e sai do Whats. Garoto idiota acha que manda em mim? Mas, acho que não seria ruim sair um pouco de casa, por mais que eu não suporte esse Cocielo, seria ótimo ver gente nova e conhecer a famosa Oz. O que poderia dar errado? Eu vou.

Respirei fundo, me levantei e fui até o guarda-roupa, escolhi um vestido preto e acessórios, sapatos dourados. Depois que terminei de me arrumar fiquei um tempo sentada, pensando. Eu e Júlio saindo juntos? Ele mesmo disse que me achava uma patricinha metida e hoje me chama pra sair? Não sei se isso é estranho demais ou só coisa da minha cabeça.

-Ane? A gente tem que conversar. –Rafael entra no quarto e paralisa, me olhando surpreso.

-Rafa, a gente pode se falar depois? –Me levanto e vou ate a porta.

-C-claro. –Ele pigarreia. –Vai há algum lugar?

-Vou sair com o Cocielo. –Abro a porta e Rafael me olha surpreso ao passar por mim.  –Ele já ta subindo.

-Ah claro. –Nos dois saímos do quarto.  

Rafael e eu fomos para sala, onde ficamos sentados por um bom tempo. Já eram sete e meia e nada do Júlio. Só falta aquele idiota ter me dado um bolo. Se for isso que aconteceu, eu mato aquele infeliz com minhas próprias mãos, sem do nem piedade. Me virei para Rafa, que estava me olhando. Quando ele abriu a boca pra dizer algo, a campainha tocou. Me levantei e fui ate a porta, a abrindo e lá estava, Júlio Cocielo, que me olhou com uma cara de surpresa.

-Desculpa o atraso. –Concordei com a cabeça. –Tava um transito horrível.

-Achei que não viria mais. –Sorri e dei um beijo em seu rosto e ele me olhou com uma cara estranha.  –Já quer ir?

-Claro, vamos lá. –Passei por ele e fechei a porta.

Caminhamos até o elevador em silencio. La dentro ficamos cada um em um canto, sem dizer absolutamente nada. No térreo, saímos, ainda sem falar nada e fomos até o carro dele.

-Você ta linda. –Ele disse e eu sorri.

-Obrigada Cocielo. –Ele ficou me olhando por um tempo, mas logo deu partida no carro.

Fomos todo o caminho em silencio. Apenas o radio estava ligado, com umas musicas de funk, que particularmente não me agradam em nada. Quando chegamos ao local, Júlio pediu pra eu ficar no carro enquanto ele ia comprar as entradas. Ele não demorou muito lá e quando voltou estava com uma cara péssima.

-O que foi? –Ele me encarou por um momento.

-Não tem mais entradas disponíveis. –Ele me encarou novamente. –Desculpa.

-Não tem problema Júlio. –Tentei sorrir

-Tem sim. –O encarei. –Eu tinha planejado tudo e ai essa droga da errado.

-Planejado tudo o que? –Perguntei.

-Toda essa noite. –Ele fez uma pausa. –Implorei por essas entradas e os babacas falaram que tava reservada, ai eu chego e o filho da mãe diz que já ta esgotado. –Ele me encarou, por um bom tempo.  –Queria mudar o seu jeito de pensar sobre mim saca? –Concordei com a cabeça.  –Queria mostrar pra você que não sou aquele babaca que você conheceu há uns meses atrás. –Ele respirou fundo. –Queria te mostrar o verdadeiro Júlio.

-Você acabou de fazer isso. –Eu sorri. –Obrigada Júlio. –Ele me encarou e sorriu e que sorriso esse canalha tem. –A gente poderia comer algo, to faminta.

-Claro madame. –Ele deu partida e saímos dali.

 Fomos para um Mc Donald’s que tinha ali perto. Júlio e eu éramos os únicos clientes lá. Estranho, o Mc nunca é tão vazio, mas fazer o que ne? Comemos e ficamos jogando conversa fora um tempão. Ele não é pessoa que eu achava que ele era. Júlio é gentil, engraçado e todos os bons adjetivos existentes.

-Ainda são nove horas. –Júlio parou e me olhou por um tempo. –Já quer ir?

-Ainda são nove horas. –Repeti. –Podemos fazer outra coisa.

-A gente pode ir lá pra casa. –Júlio sugeriu e eu o encarei.

-Pra fazer o que? –Perguntei e ele deu um sorriso malícioso. -Você é ridículo. –Me levantei. –Achou mesmo que ia conseguir transar comigo fácil assim? Que era só dar uma de cavaleiro que eu ia abrir minhas pernas pra você? Nem pensar! –Me virei e sai de lá.

-Anelise. –Júlio correu atrás de mim e me puxou pelo braço, me virando para si.

-Me solta? –Tentei sair, mas ele me segurou mais forte.

-Você esqueceu o que eu te falei? –O encarei. –Em momento algum achei que iria transar com você, só te convidei pra ir lá pra casa pra gente fazer alguma coisa.

-Que coisa?

-Você é paranoica garota. –Ele riu da minha cara. -O que você quiser, um filme ou vídeo game, você escolhe.

-Ta bom. –Ele me soltou e pegou minha mão, me levando até o carro.

Júlio e eu fomos o caminho todo em silencio. Agora nem o radio estava ligado. Eu acho que o meu pequeno surto de loucura o deixou meio assustado. Eu não devia ter tirado conclusões absurdas sobre o Júlio, mas é que uma amiga Youtuber, que já ficou com ele, disse, que, toda garota que ele ficava, ele levava pra cama, inclusive ela. Só espero que, agora essa não seja a intenção dele.

-O que quer fazer? –Júlio me tirou dos meus pensamentos.

-A gente já chegou? –Ele assentiu. –Nem percebi.

-Você tava longe. –Ele me fitou. –Algum problema?

-Só tava tentando imaginar o que você tem em mente. –Ele arqueou as sobrancelhas. –Quer dizer, o que você quer fazer.

-Só assistir um filme, comer pipoca e tomar uma cerveja. –Ele sorriu. –Topa?

-Um refri pra mim. –Disse e sai do carro e ele saiu logo em seguida.

Nos subimos, arrumamos as coisas e começamos a assistir um filme qualquer, que eu não lembro o nome, só sei que esse filme parecia que nunca ia acabar. Fiquei tão entediada que apaguei no chão da sala mesmo. Acordei e lembrei que estava na casa de Júlio. Me arrastei até minha bolsa e peguei meu celular.

-Puta merda! –Júlio apareceu na porta da cozinha.

-O que foi? –Me levantei rapidamente.

-Eu to ferrada. –Júlio me olhou com uma cara de quem não entendeu nada. –São quase onze horas e eu tinha um compromisso importantíssimo às nove. –Respirei fundo e comecei a andar de um lado para outro. –Você é burra Anelise, muito burra. Se existe alguém muito burro, é você.

-O que foi? –Júlio segurou minhas mãos.

-Eu ia com o Rafa buscar nosso filho. –Júlio me olhou com uma cara assustada. –A gente ia adotar um gatinho e combinamos de ir hoje, as nove, e eu fiquei aqui. –Me sentei. –Você pode me levar pra casa? O Rafa precisa de desculpas.

-Claro, só vou pegar as chaves.

Júlio me deixou na porta do prédio. Eu sai em desespero e nem me despedi. Subi o mais rápido possível, tentando ao máximo não ser vista no meu estado pós ‘noitada’. Respirei fundo umas quinhentas vezes e abri a porta e lá estava ele, deitado no sofá, dormindo. Me sentei no sofá e o cutuquei e ele acordou assustado e me encarou.

-Que horas são? –Ele pegou o celular. –Puta que pariu! –Ele se sentou rapidamente. –A gente perdeu a hora.

-Eu liguei pra lá no caminho e a Ana disse que a gente pode ir depois do almoço. –Rafael me encarou. –Eu também perdi a hora.

-Você nem veio pra casa ontem. –Não entendi se aquilo era uma pergunta ou uma afirmação, então apenas concordei com a cabeça. –Vocês se divertiram?

-Diversão não é a palavra certa. –Ele balançou a cabeça. –A gente só assistiu a um filme, e eu, como sempre, peguei no sono e perdi a hora.

-Tudo bem. –Ele me olhou com uma expressão vazia. –Você não precisa contar detalhes da sua vida pessoal pra mim.

-Pelo contrario. –Me sentei mais perto. –Eu acho que você é a única pessoa que tem que saber isso, porque eu não quero que você imagine coisas que nunca vão acontecer.

-Ane, você não precisa falar as coisas só pra me fazer sentir melhor. –Ele deu uma pausa. –Você tem todo o direito de fazer o que quiser e não me deve satisfação nenhuma. –Ele se levantou. –Se arruma pra gente comer e depois sair. –Ele saiu da sala, me deixando paralisada no sofá.  


Notas Finais


Bom, é só isso.
Um beijo e tchau!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...