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História I Saved You - Epílogo


Escrita por: bcausehamavitti

Notas do Autor


Então, meus amores! Depois de ler e reler os comentários de vocês, eu decidi fazer esse epílogo que já é o meu xodó também! Não se assustem! Leiam até o final HAHAHAHA. Agora, nós chegamos, oficialmente ao fim de ISY! E sim, eu já postei um capítulo da nova fic, que eu vou deixar o link nas notas finais, ok?
Então, até Superstar! Amo vocês.

Capítulo 50 - Epílogo


1 ano depois... 

POV Rafael 

-Sorvete de abacate? - O homem simpático perguntou om um sorriso sarcástico no rosto, como se fosse a coisa mais absurda que ele já tinha ouvido na vida. 

-Desejo da minha esposa... - Dei de ombros e ele riu. 

-Esposa? Tão novo e já casado? - Assenti, encolhendo os ombros. - Bom, acho que nós não temos mas posso dar uma olhada aqui. - Ele disse, sorrindo enquanto se virava para o freezer. - Olha que sorte, esse é o último! 

-Sério? - Perguntei aliviado. - Que bom, meu Deus! - Exclamei e ele me deu o pote. Depois de pagar, entrei no carro, seguindo caminho de volta pra casa. Ao estacionar o carro, senti meu coração ir até a boca e voltar para o lugar. Eriberto e Marcelo carregavam Isabella aos berros pelo quintal. Minhas pernas tremeram mas com dificuldade, eu consegui sair do meu carro e ir até eles. - O que aconteceu? - Perguntei, desesperado. 

-Sua filha vai nascer, meu amor! - Bete disse, se aproximando enquanto carregava a bolsa que Isabella tinha escolhido para guardar as coisas da nossa filha. 

-Vem, Rafael! - Eriberto gritou enquanto colocava Isabella no banco de trás. Entrei no carro, pondo a cabeça de Isabella no meu colo. A loira apertava a minha mão tão forte, que eu espremia os olhos tentando não deixá-la ainda mais nervosa. Seu choro fazia meu coração apertar. 

-Eu consegui seu sorvete. - Falei, tentando sorrir mas Isabella deu mais um grito, apertando a minha mão. - Ok, você não está nem aí pro sorvete. - Isabella balançou a cabeça negativamente e eu beijei as costas da sua mão. - Eu posso te ajudar de alguma forma? 

-Não sai do meu l-lado... - Isabella pediu. Sua voz estava trêmula, a respiração descompassada e o rosto suado e molhado de lágrimas. 

-Nunca, meu amor. - Falei, tentando transparecer firmeza e deu um beijo na sua testa, enquanto Marcelo estacionava o carro. Com a ajuda de alguns enfermeiros, conseguimos colocar Isabella na maca. 

-Bella! - Dr. Ana apareceu correndo. - O que vocês estão esperando? Leve-na para a sala! - Ela gritou com os enfermeiros, que voltaram a empurrar a maca. 

-Dr. Ana. - Segurei-a pelo braço. - Eu posso ir? - Falei, enquanto observava a maca ficar cada vez mais distante. 

-Claro, Rafa! Vem comigo. - Ela disse e nós corremos atrás da maca para ir para a sala de parto. 

***

-Toma! - Dr. Ana me entregou uma máscara e eu a coloquei. Minhas pernas tremiam. Da entrada já dava para ouvir os gritos angustiantes de Isabella, que faziam meu corpo estremecer. 

-Doutora? - Chamei-a e ela me olhou, enquanto amarrava a máscara. - Vai dar tudo certo, não vai? - Perguntei a ela, sentindo meus olhos marejarem. 

-Vai. Nós vamos fazer de tudo! - Ela disse, pondo a mão no meu ombro. - Agora vamos. - Assenti e ela abriu a porta. Isabella estava deitada, com as pernas dobradas e vários enfermeiros ao seu redor. 

-Sente-se. - Um deles me mostrou a cadeira ao lado de Isabella e eu me sentei, passando a mão pela sua testa suada. 

-Está n-na hora... - Ela sussurrou, segurando a minha mão. 

-Shhhh... Não fala nada... - Pus o indicador nos seus lábios mas me afastei quando ela deu mais um dos gritos. - Eu estou aqui... 

-Eu t-te amo... - Ela sussurrou novamente e eu assenti, secando uma lágrimas que insistiu em cair. 

Os gritos da Isabella não paravam, provavelmente, era possível ouvir por todo hospital, de tão altos e estridentes que eles eram. Sua mão apertava a minha de uma maneira tão forte que eu sentia muita dor e seu choro era compulsivo, me deixando ainda mais nervoso, mesmo que parecesse impossível. Os enfermeiros davam todo apoio a Isabella, a incentivando a fazer mais força, dizendo que ela estava conseguindo mas não tínhamos nenhum avanço, apenas gritos de ambos os lados, choro e nervosismo. 

-Vai, meu amor! Você consegue! - Falei e ela se inclinou, dando um grito ainda mais alto, que fez meus ouvidos doerem e meus olhos marejarem. 

-Vai, Isabella! Você consegue, princesa! Eu já estou a vendo! - Dr.Ana gritou e eu me levantei. - Senta aí, Rafael! - Ela mandou e eu me sentei novamente. 

-Doutora? - Um dos enfermeiros a chamou e sua expressão mudou. 

-Tem algo errado... - Ela disse e eu segurei a mão da Bella mais forte. - Bella, por favor! Faça toda a força que você conseguir! - Ana gritou, me deixando assustada. - Eu não sei como mas o bebê está todo enrolado com cordão umbilical, inclusive no pescoço! Você precisa fazer toda a força que você conseguir pra manter a sua filha com vida! - Foi como se eu sentisse meu coração parar por um pequeno e rápido instante. O medo tomou conta de mim ao imaginar minha filha sem vida. 

-Você consegue, raio de Sol! Vai, salva a nossa filha! - Pedi e ela assentiu, impulsionando o corpo para frente. Nossas mãos estavam unidas, molhadas de suor de nervoso e dor. O rosto de Isabella ficava cada vez mais pálido, me deixando agoniada. Seus lábios rosados ficavam sem cor e sua mão gelava aos poucos. 

-Eu não v-vou... - Isabella disse, balançando a cabeça negativamente, enquanto gemia de dor. - Dói muito! - Ela disse, acompanhado de um grito e mais um aperto forte na minha mão. 

-Batimentos caindo... - Um dos enfermeiros disse. 

-Ai, meu Deus! Tira ele daqui! - Dr. Ana pediu e o enfermeiro me puxou. 

-O que? Eu não vou sair daqui! De jeito nenhum! - Gritei, empurrando o enfermeiro. - Me sol... 

Minha fala foi interrompida por um choro. Um choro estridente e alto. O choro que me fez ficar imóvel, observando a Dr. Ana inclinada sobre o corpo da minha esposa. Os olhos azuis de Isabella mostravam fraqueza mas ainda assim, ela sorria, me encarando. Empurrei o enfermeiro e me aproximei de seu corpo, secando o suor da sua testa. 

-Você conseguiu, meu amor... - Falei, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. 

-Eu preciso... Eu p-preciso... - Ela disse, pausadamente, com a voz fraca. Aos poucos, Isabella fechou os olhos e apagou. 

-Doutora! Doutora, ela apagou! - Gritei e me levantei. Dr. Ana encarava o bebê em seus braços com um sorriso bobo em seu rosto, me deixando ainda mais ansioso para ver o rostinho da minha filha. 

-Ela está bem... - Ela me olhou, sorrindo orgulhosa. - Ela está ótima, está apenas dormindo... A Bella está cansada... - Suspirei, aliviado. - Agora vai... Dê a notícia a todos. Quando puder vê-las, eu falarei com vocês.  - Assenti e saí rapidamente da sala, arrancando a máscara. Ao me ver, todos se levantaram com o olhar cheio de expectativa. 

-E aí? Rafael, fala alguma coisa! - Emanuelle pediu e eu não conseguia falar, o sorriso não saía do meu rosto. - Nasceu? A Bella está bem? - Assenti e todos sorriram aliviados. Meus pais e meu irmão vieram ao meu encontro e me envolveram num abraço coletivo. 

-Eu... Eu sou pai... - Sussurrei e meu pai assentiu. 

2 anos depois... 

POV Isabella 

Depois de um ano inteirinho, eu finalmente consegui dormir por uma noite direto. Meu corpo implorava por cama mas toda vez que eu deitava, um berro vindo do quarto ao lado fazia com que eu levantasse novamente. O Sol queimava meu rosto e meu corpo, me avisando que meu sono perfeito estava na hora de acabar. Abri os olhos, sentindo-os queimar e me levantei, vendo que o lado da cama de Rafael estava vazio. Em passos lentos e preguiçosos, andei até a sacada, abrindo a grande porta de vidro logo em seguida. Imediatamente, a brisa fraca vinda da praia bateu em meu rosto, me dando sensação de tranquilidade. Me debrucei na sacada, encarando a linda vista do meu quarto. Um sorriso foi desenhado em meus lábios lentamente quando me deparei com aquela linda visão. Três anos se passaram e Rafael continua o mesmo. Seus cabelos continuam perfeitamente cortados, deixando-o com a aparência mais madura e as atitudes de criança continuam as mesmas. Karina estava enorme, dando os primeiros passos, a pequena loirinha nos arrancava a sanidade todos os dias. Os dois vinham na direção de casa lentamente, meu marido segurava as mãos da Karina, ajudando-a a andar na areia, enquanto a mesma, olhava para cima, dando inúmeras gargalhadas junto com o pai. Depois de fazer a minha higiene, desci as escadas ao mesmo tempo que Rafael abriu a porta, carregando Karina no colo. 

-Olha só quem acordou! - Rafael exclamou, vindo na minha direção. Karina esticou os bracinhos na minha direção e eu a puxei para o meu colo. Rafael envolveu a minha cintura e me deu um selinho demorado. 

-Bom dia... - Sussurrei no meio do beijo, fazendo Rafael sorrir, enquanto Karina emitia sons estranhos com a boca. 

-O que acha de voltarmos para a praia? - Rafael perguntou, animado e Karina bateu palminhas, me fazendo rir. 

-Nossa, quanta animação! - Falei e Rafael riu, dando um beijo amassado no rosto da pequena, que o empurrou. - Você não trocou a roupinha dela, sujou tudo, Rafael! - Falei e ele sorriu, olhando para as mãos. - Nós vamos nos trocar. - Falei e subi as escadas, ainda carregando a Ka. As pequenas e desenhadas sardas em seu rosto, faziam com que eu a olhasse ainda mais encantada. Seus enormes olhos azuis encaravam os meus, como uma conexão que eu nunca tive com ninguém. 

POV Narrador 

Rafael deu graças a Deus quando ouviu os passos de Isabella pela escada e olhou apaixonadamente a esposa com a filha nos braços se aproximando dele. Não existia amor maior do que o amor que ele sentia por elas. Depois de envolver seus dedos nos da esposa, Rafael as guiou até fora de casa e eles caminharam lentamente até a praia. Mesmo depois de uma gravidez intensa, o corpo de Isabella continuava o mesmo: Encantador, apaixonante e surreal. Ele observava cada pequeno detalhe de Isabella e Karina, a única coisa que Karina puxou de Rafael foi os cabelos cacheados e as sardas que desenhavam pequenas constelações em seu rosto, porque o resto é tudo de Isabella, desde a cor dos cabelos, a cor dos olhos, a cor da pele e a personalidade forte. Aos dois anos, Karina demonstrava que daria mais trabalho que o esperado. 

Isabella se abaixou e segurou as pequenas mãozinhas da sua filha, deixando-a dar passos lentos, afundando os pés na areia fresca da praia deserta. Rafael parou de frente para as duas e se abaixou, fazendo sinal para que Isabella a deixasse andar sozinha. A loira se abaixou, segurando a filha pela cintura e dei um beijo em sua bochecha rosada. 

-Vem, princesa! - Rafael a chamou e Karina se soltou dos braços da mão, dando passos desajeitados e desequilibrados enquanto gritava animada. 

-Vai, meu amor! - Isabella a incentivou, sorrindo observando emocionada, os primeiros passos da filha. Karina continuou o caminho e quando encontrou os braços do pai, gargalhou feliz e Rafael a segurou em seu colo, inclinando-se, caindo na areia em seguida. 

A risada dos três ecoava pelo ambiente e a felicidade deles encantava as poucas pessoas que passavam por ali. Karina se interessou pela areia por um momento rápido e se sentou para brincar com os pequenos grãos, jogando-os para frente, tentando montar algo desconhecido. Rafael deu a mão para Isabella, puxando-a para próximo do seu corpo e a envolveu num abraço caloroso. Isabella acariciou o rosto de Rafael, encarando suas orbes amendoadas iluminadas pelo Sol e o puxou, colando seus lábios num beijo apaixonado. Rafael sorriu e a levantou, girando-a no ar mas perdeu o equilíbrio, porém, conseguiu segurar Isabella, que ria compulsivamente. 

-Salvei você. - Ele disse, com o olhar preso no oceano profundo dos olhos da esposa. 

-Você sempre salva. - Isabella sussurrou e beijou a ponta do nariz de Rafael. 

-E vou salvar pra sempre. - Ele disse e a envolveu novamente num beijo, enquanto Karina os observava, curiosa. 

-P-papai... - A pequena sussurrou, chamando a atenção dos pais. Rafael a olhou, emocionado, já que era a primeira palavra que Karina conseguia falar perfeitamente. Os dois se sentaram entre a filha, que continuava brincando com a areia. 

-Eu amo vocês... - Isabella disse, depois de dar um beijo na testa de Karina. - Pra sempre. 
 


Notas Finais




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