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História I still love you - Elas vão se matar


Escrita por: calzonatr_

Notas do Autor


Mais um capítulo fresquinho pra vocês. Espero que gostem! beijooos

Capítulo 10 - Elas vão se matar



             Callie

 

Ao chegarem em Nova Iorque, Sofia e Callie pegam um táxi até seu apartamento. O taxista ajuda ambas com as malas e elas entram no prédio cumprimentando o porteiro, eram ao todo 4 malas e sofia ainda carregava um urso nos braços. Ao entrarem no apartamento encontram Penny que estava no sofá assistindo sua série favorita. Ela tomava um chocolate quente e estava coberta da cintura pra baixo.

 

Chegamos! --- Sofia anuncia indo até Penny para abraçá-la.

e ai gatinha, aproveitou o dia de compras por mim?--- Penny diz ignorando Callie.

Aproveitei, mas trouxe umas coisinhas pra você também. --- Sofia diz e vai andando pro seu quarto.

Sofia leva logo suas malas pra não deixar bagunça na sala por favor. --- Callie fala pra filha.

e aí tudo bem? --- Callie diz sem jeito sentando-se no sofá ao lado de Penny que ignora sua pergunta. — Penny por favor fala comigo, a gente tem que conversar.  --- a latina diz e não há resposta da ruiva — tudo bem já que você não quer conversar, vou ver alguma coisa pra mim e Sofia comer já que viemos do aeroporto direto pra casa.

 

Callie vai pro quarto levando as malas e as coloca em um canto, ela resolve não desfazê-las. Ela troca de roupa e segue para a cozinha preparando uma macarronada que Sofia amava. Ela arruma a mesa que ficava na sala e seu olhar sempre ia pra Penny que se mantinha ou parecia entretida com a série. 

 

Penny você já almoçou? ah que ótimo. Tão maduro da sua parte ficar sem falar comigo.

Tão maduro da sua parte me fazer anos sendo trouxa.

Não é porque eu te disse ''não'' que eu te fiz trouxa. A gente precisa conversar e você fica aí dando uma de imatura, fingindo que eu não existo.

Eu não estou a fim de conversar, de falar com você agora. --- Penny grita e Sofia entra na sala fingindo que não ouviu nada. Mãe e filha sentam-se à mesa e almoçam em silêncio. O clima tava tenso e pesado. Depois que acabaram de almoçar, Callie com a ajuda de Sofia lava a louça  e depois vai pro quarto tomar um banho e tentar descansar um pouco.

 

Às 19:30h Callie acorda com Penny fazendo barulho no quarto, ela estava desfazendo suas malas e guardando as roupas dentro do guarda roupa. A latina a observa, não sabia por onde começar a falar. 

 

será que a gente pode conversar agora?

a gente não tem nada pra conversar. Eu te pedi em casamento e você disse que não podia aceitar. Penny rir irônica.

— Penny.. Callie tenta falar se sentando na cama.

Cala a boca! --- Penny grita. — que Penny o que porra, mas eu gostaria de saber o ''por que você não pode.'' Sério Dra. Torres a gente divide uma vida a mais de 5 anos, não são meses ou 1 ano e sim 5. Tudo bem que a gente nunca falou a respeito sobre trocar de alianças, mas ''eu não sei'' ta pensando que eu sou idiota ou o que? quando você disse que a sua ex mulher tinha te metido um chifre, eu te entendi e tava lá por você, naquele tribunal quando ela e Mark foram pra cima de você, quem era a trouxa que estava do seu lado? Eu estava lá. Quem ficou noites acorda com você chorando porque sentia falta de Seattle? eu tava aqui, eu sempre estive  aqui Callie. --- a ruiva cospe as palavras e Callie fica sem saber o que dizer. — Ai eu idiota que sou, acordo um dia numa viagem com minha namorada e penso: que tal propor a ela uma coisa mais séria? a gente já vive há anos juntas mesmo. Tomo toda a coragem do mundo pra te fazer a proposta e você me apunhá-la pelas costas. --- Ela grita a última parte. 

eu não aceitei o pedido de casamento porque eu não poderia me casar com você amando outra pessoa. --- Callie diz rápido e a ruiva vai pra cima dela na cama.

sua vagabunda, como você pode falar isso? como você pode fazer isso comigo? --- Penny diz enquanto tentava estapear Callie que tentava segurar seus braços.

Penny, para! você vai acabar se machucando e me maachucando também

eu quero te machucar como você me machucou naquele restaurante. Quem é a filha da puta? é alguma médica do hospital? fala Callie. 

é a Arizona. --- Callie fala e no mesmo instante Penny a acerta ao lado direto do rosto. 

Você ta maluca garota? --- Callie diz gritando

eu maluca? --- Penny sai da cama. — você ta maluca, sua filha da puta como você tem coragem de dizer pra mim que ama sua ex mulher. Aquela maldita sempre ta no meu caminho desgraça.

Penny você tem que se acalmar porque eu pretendo falar uma coisa muito séria com você e..

eu não quero me acalmar Calliope. Eu quero que você me deixe sozinha agora. Anda sai do meu quarto. --- Callie bufa, pega uma muda de roupa e sai do quarto. Callie entra no banheiro social e se troca, vai ao quarto de Sofia e ver que ela ta mexendo no celular. 

Sofia tô indo em um restaurante aqui perto pegar comida pra gente ta? --- a latina fala e Sofia ver a vermelhidão em seu rosto.

o que ta acontecendo? deu pra ouvir quase tudo daqui.

vai ficar tudo bem tá? não sai do quarto, não quero que você cruze o caminho com a Penny. Ela ta um pouco alterada.

ela te bateu? --- a filha pergunta preocupada — ta bem vermelho. Ta doendo?

ta tudo bem filha. Não se preocupe. --- Callie queria passar confiança pra sua filha. Mas por dentro ela tava uma bagunça só e seu rosto estava ardendo horrores.

 

 

Ao sair do prédio ela anda pelas ruas de Nova Iorque, se pudesse ela andaria até cansar, mas ela tinha que comprar a janta de Sofia. Ela entra em um dos restaurantes preferidos da filha e faz o pedido. Enquanto espera na mesa pela comida, ela olha ao redor e sente uma vontade enorme de chorar. As coisas não estavam saindo como ela esperava, Penny estava completamente descontrolada e agressiva não só com palavras mas fisicamente também. A latina passa a mão no rosto que estava começando a ficar dolorido. Ao olhar pra baixo ela sente seu celular começar a vibrar e fazer barulho, a latina pensa em atender ou não. Era Arizona e ela estava se segurando para não chorar na frente daquelas pessoas e sabia que se falasse com sua amada certamente cairia aos prantos. O celular para de tocar mas segundos depois volta a tocar. Ela respira fundo e atende a ligação sem dizer nada.

 


Ari — Callie o que está acontecendo? Sofia ligou pra mim chorando dizendo que ouviu uns barulhos, que estava uma gritaria em casa e que você estava com o rosto vermelho. --- A loira do outro lado diz nervosa e Callie fecha os olhos.
Calliope — Eu estou em um restaurante. Vim buscar a janta da Sofia.
Ari — o que aconteceu? --- a loira pergunta novamente
Calliope — Arizona eu estou no meio de um restaurante e se eu te falar o que aconteceu eu certamente vou chorar e eu não quero fazer isso aqui, não agora. --- Callie diz e as duas ficam  mudas só escutando o som da respiração uma da outra. 
Ari — seu rosto... --- A loira quebra o silêncio — ela te bateu?
Calliope — sim. --- Callie diz e uma lágrima escorre do seu olho direito. 
Ari — você bateu nela?
Calliope — não. Mas tive vontade.
Ari — Volta pra casa e tenta resolver sem a Sofia ta em casa está bem? ela tava bastante assustada e chorando. Ela nunca ligou pra mim chorando porque vocês duas  estavam brigando em casa. Então se isso aconteceu é porque a coisa foi séria.
Calliope — você tem razão. Chegarei em casa e ficarei no quarto de Sofia, essa semana em algum horário que ela tiver na escola eu tento falar com a Penny novamente.
Ari — Faz isso e não deixe de me mandar notícias tá? eu tô preocupada Callie, com você e com a nossa filha. 
Calliope — tudo bem. Tenho que ir agora, beijos.

 

 

Callie retorna pro apartamento e ver que continua tudo na mesma. Nenhum sinal de Penny na sala ou na cozinha, ela devia está dentro do quarto ainda. Callie ajeita a comida de Sofia e a chama pra ela poder jantar. A latina faz companhia pra filha que fala sobre voltar às aulas no dia seguinte e a morna tenta se concentrar na conversa mas fica difícil pois seus pensamentos sempre vão pra Penny que ainda estava enfurnada dentro do quarto. Será que ela tinha trancado a porta? Callie precisava pegar algumas coisas pra poder dormir no quarto de Sofia. Ao acabar de comer a mãe de Sofia diz pra filha deixar as coisas na pia e ir pro seu quarto que amanhã ela arrumaria a cozinha antes de sair pra trabalhar. De repente elas ouvem uma risada aguda vindo do quarto.

Penny ta rindo sozinha? --- Sofia exclama.

ou deve ta com alguém no telefone. --- A latina dar de ombros andando em direção ao quarto.

 

 

Ao abrir a porta ela fica petrificada com a imagem a sua frente: a maioria de suas roupas estavam no chão e rasgadas NÂO a mente dela grita e ela vai olhando ao redor, porta retratos quebrados, algumas coisas picadas no chão que ela não conseguia identificar ao certo e MEU DEUS ela não tinha feito isso? Penny tinha achado em algum lugar do guarda roupa o álbum de casamento dela e de Arizona e estava tacando fogo e picotando outras fotos. Ela imediatamente procura a CAIXA. Se ela tivesse achado a caixa esse era o fim de Penny e de Callie, pois a latina certamente mataria Penny. A caixa continha várias fotos, alguns presentes que Arizona deu pra Callie ao longo do relacionamento delas e era onde ficava guardada sua aliança e o cordão que tanto significava pra elas. Pelo que a morena viu a ruiva ainda não tinha encontrado a caixa, mas tinha queimado seu álbum de fotos, tudo bem que Arizona também tinha o mesmo álbum e nem tudo tava perdido mas PORRA era o seu álbum de casamento.

 

PENNY! --- Callie grita chamando atenção da ruiva que vira pra Callie rindo. — o que você ta fazendo sua maluca? minhas roupas, minhas coisas Penny. --- Callie diz tocando em algumas blusas que estavam rasgadas em cima da cama. — Você passou de todos os limites. A brincadeira acabou. Chega!

na verdade a brincadeira acabou de começar. Você pensa que ia jogar na minha cara que ama a sua ex e eu ia deixar barato? olha o que eu faço com isso aqui.. --- ela diz  rasgando umas das blusas preferidas de Callie com a tesoura. — Oii Sofia, não sabia que você estava ai. Conta pra ela Callie, conta que a Mama dela ainda ama a mulher que te botou um belo de um par de chifres na cabeça. --- Ela ia gritando totalmente fora de si.

Sofia vai pro seu quarto AGORA! --- Callie fala firme mas a filha parece que estava congelada no lugar assustada com o comportamento de Penny. — Sofia eu estou mandando você ir pro seu quarto, ANDA! --- A morena fala alto mais uma vez e Penny continua.

Imagina a minha situação Sofia, ter que ficar ouvindo sua mãe se lamentando por tanto tempo por ter sido corna e agora ela decide me apunhalar pelas costas.

Chega de cortar minhas roupas. --- Callie diz fechando as portas do guarda-roupa e tentando pegar a tesoura da mão de Penny. — Você ultrapassou todos os limites, você está fora de si e está assustando a minha filha. Dar pra você parar com essa porra de querer quebrar e rasgar tudo que ver pela frente? olha o estado que está esse quarto Penny, cheio de vidro no chão e papel picado. 

esse quarto ta cheio de mentiras. As mentiras que a gente viveu esse tempo todo sua vagabunda, tomara que a outra lá rir da sua cara quando você falar pra ela  que seu coraçãozinho latino ainda bate forte por ela. --- A ruiva diz debochada.

ela já sabe. --- Callie se descontrola. — ela já sabe e me ama também. --- Nessa hora Penny por sorte de Callie larga a tesoura e pega um vidro de perfume e taca na parede, Sofia dar um pulo na porta do quarto e começa a chorar nervosa. Callie vai pra cima de Penny pra tentar evitar que mais um perfume se espatife pela parede, a ruiva começa a se debater xingando Callie. 

Você e aquela vagabunda, vocês estavam rindo pelas minhas costas nessa viagem? aliás vocês ficaram juntas nessa viagem? --- a ruiva dizia gritando e se debatendo fazendo os braços de Callie ficarem todo arranhado. — Me responde! 

Ficamos caralho. É isso que você quer saber? ficamos sim e eu não me arrependo de ter ficado porque só agora eu descobri com quem eu me relacionei todos esses anos, uma maluca temperamental. --- Callie diz gritando e nessa hora Penny agarra no cabelo de Callie fazendo a latina soltar um grito.

eu vou acabar com a sua raça e com a raça daquela vadia. --- Callie agarra a parte de baixo do cabelo de Penny e puxa pra baixo fazendo a ruiva perder um  pouco a força e ambas caem na cama se batendo. Sofia olha pras duas e sai correndo pro seu quarto.

       

 

Sofia 
 

Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa quando voltamos de Orlando e Penny ignorou completamente minha mãe. Depois do almoço eu fui dormir um pouco e acordei com um barulho que vinha do lado de fora do quarto e pude escutar um pouco do que elas falavam. Penny estava aos gritos, eu não ouvi muito minha mãe, ela parecia mais contida mas depois escutei ambas gritando e meu coração começou a acelerar, eu estava ficando nervosa porque nunca elas tinham tido uma briga assim. De repente tudo fica em silêncio e eu pego meu celular pra me distrair um pouco quando a porta do meu quarto se abre e minha mãe entra muito séria e eu vejo que o lado direito de seu rosto está vermelho. Pergunto se ta tudo bem e ela se limita a dizer que tudo ficaria bem e estava indo buscar meu jantar. Imediatamente ligo pra minha mãe Arizona e conto o que tinha acontecido, ela fica preocupada e diz pra eu não sair do quarto que era pra eu esperar minha mãe voltar. Eu estava assustada e com um pouco de medo, confesso. 

Quando minha mãe voltou da rua trazendo a janta, a gente se senta em silêncio na mesa, ela quase não toca na comida. Tento puxar assunto falando da minha escola mas eu sei que os pensamentos dela estão em outro lugar. Depois que terminamos de comer, minha mãe vai mais à frente pro seu quarto e dar um grito, e eu curiosa fui olhar e NOSSA! Tinha várias roupas da minha mãe espalhadas pelo chão, estavam cortadas e tinha fotos também e alguma coisa tava sendo queimada. Tinha caco de vidro dos  porta retratos no chão. Penny estava como uma louca fazendo todo o serviço sujo. Me assustei quando ela falou comigo e disse que minha mãe tinha traído a mama. Será que foi por isso que elas se separaram? eu já perguntei mas elas disseram que na hora certa me contariam. Fui para o meu quarto correndo quando elas duas começaram a se bater a cena era assustadora e eu comecei a chorar nervosa sem saber o que fazer, olho pra minha cama e vejo meu celular. Pego-o com a tremendo e ligo pra minha mãe.


Sof: Mãe! --- Eu digo desesperada. — me tira dessa casa, me tira daqui por favor, eu quero ir embora.
Ari: Sofia você ta chorando? o que ta acontecendo? --- minha mãe diz preocupada
Sof: elas vão se matar mãe. Eu quero ir embora por favor vem me buscar.
Ari: como assim elas vão se matar? você está aonde? --- minha mãe começa a falar alto e eu sei que ela está nervosa.
Sof: eu agora tô no meu quarto... --- eu falo chorando. A Penny ta maluca, ela rasgou um monte de roupa da minha mãe, queimou e rasgou várias fotos, quebrou um monte de coisa. 
Ari: e a sua mãe?
Sof: ela tava tentando fazer a Penny parar de quebrar as coisas, ai a Penny começou a chamar você e minha mãe de vagabunda. Elas começaram a se bater lá no quarto e puxando o cabelo uma da outra. --- Arizona escutava o relato contado pro sua filha completamente assustada.
Ari: Sofia me escuta ta ok? respira fundo e tenta se acalmar. Você vai ficar ai no seu quarto e tentar colocar o máximo de coisas que você conseguir nas suas malas ok? não se preocupe que depois a gente dar um jeito e pega o resto. Mas pega tudo que você acha que vai precisar. Vou olhar aqui na internet e ver um voo pra Nova Iorque.

 

Finalizo a ligação e ouço a porta do quarto delas se batendo. Corro e tranco a porta do meu quarto assustada, Ai meu Deus! Como ainda não desfiz minhas malas de Orlando coloco elas perto da porta e pego minhas outras 2 malas e começo a tirar minhas roupas do guarda roupa e colocando de qualquer jeito dentro das malas, pego alguns tênis e sapatilhas também. Separo meu material escolar, não vou precisar disso tudo. Pego uns cadernos e boto na mala, já que minha mochila da escola já tem alguns cadernos. Escuto meu celular tocar e é meu pai preocupado, minha mãe contou pra ele o que estava acontecendo e ele disse que ia matar a Torres, vulgo minha mãe. Não daria pra ele vir pois tinha uma cirurgia no começo do dia e com o fuso horário ficaria difícil. Minha mãe demoraria a chegar, são 4h de voo, mas eu precisava deixar as coisas em ordem porque minhas horas nesse apartamento estavam contadas.
 

 

Callie 

 

Você vai me pagar por ter destruído minhas coisas, ta me ouvindo? --- Callie grita segurando os braços de Penny que tentava machucar a latina fisicamente a todo custo. A morena tinha mais forças que a ruiva, mas com a médica raivosa e totalmente fora de sí era quase impossível conseguir segurá-la completamente. Callie já tinha perdido a cabeça, não era pra ter sido assim, pois quando ela voltou do restaurante era queria só ficar com sua filha e tentar esquecer um pouco dos problemas, mas foi impossível com Penny destruindo tudo que via pela frente e tentando acertá-la pra machucar mesmo. Ela não queria medir forças com a ruiva, mas ela tinha que se defender afinal ela não era nenhum saco de pancadas.

Eu odeio você Callie, odeio você por ter me enganado todos esses anos, eu pensei que você me amava e você ria pelas minhas costas com aquela puta da Robbins.

Nada aconteceu até essa semana, eu não via Arizona há uns 3 meses. --- Callie se solta de Penny e sai pisando por cima das roupas rasgadas no chão, pega uma mala e a primeira coisa que ela pega é a caixa que tinha coisas pessoais dela e de Arizona, bota com cuidado ne mala depois enche a mesma com suas coisas. — eu tava me sentindo super culpada quando voltei de viagem, mas agora eu só sinto ódio tão grande de você e não me arrependendo de nada. --- Callie falava enquanto lágrimas de ódio caiam de seus olhos. — eu sabia que não ia ser fácil conversar com você, mas você me surpreendeu, tô com uma pessoa que realmente eu não conheço, não essa que está na minha frente. 

Pra você ver como ser passada pra trás muda as pessoas. Você e ela se merecem. Eu caí naquele seu papinho de coitadinha, de mulher traída e pra quê? me traiu com a mesma mulher que você me jurou que não sentia mais nada. Você ta fazendo o que? --- Penny observa Callie encher mais uma bolsa. — Você não vai a lugar nenhum. --- Penny tenta tirar as coisas que que estavam na mala quando sente um empurrão e tem que se segurar na parede pra não cair.

não chega perto de mim, ta me ouvindo? --- Callie fala alto e firme. — nunca mais você vai colocar essas mãos imundas em mim, olha mim. --- Callie diz e aponta pros seus braços que estavam arranhados, sua bochecha direita tinha três marcas de unhas. — como eu vou atender meus pacientes toda arranhada desse jeito?

— Como se eu estivesse diferente. --- A ruiva diz e sua aparência também estava horrível, toda vermelha nos braços, suas costas tinha as marcas das unhas de Callie.

Eu me defendi, você acha que eu ia deixar você me atacar e ficar parada? e só não fiz pior porque eu sei que você precisa do seu físico e da sua imagem pra trabalhar, porque eu juro Penny que se eu fosse tão temperamental como você, eu ia te moer todinha, pode apostar. Agora eu quero que você saia desse quarto e deixa eu arrumar as minhas coisas sozinha, SAI!

essa casa também é minha, eu não vou sair. --- Penny enfrenta Callie.

Se quiser ficar na sala que fique, mas do quarto você vai sair, porque se não eu te tiro a força. --- Callie olha pra Penny que não tinha se movido do lugar e  rapidamente pega a mulher pelos braços e empurra ela pra fora do quarto batendo a porta com força e trancando-a. 

Callie abre a porta, não se faça de vítima. Se você não abrir eu vou começar a gritar eu to falando sério. --- Penny diz e nada acontece. — Eu odeio você, eu odeio você. --- Ela ia dando socos na porta. — Por que você fez isso comigo? por que você fez isso com a gente? eu te amava. Mas agora eu te odeio e tenho vontade de acabar com você e com a raça daquela vigarista. 

 

Callie ouvia tudo o que Penny dizia enquanto arrumava suas coisas, ela ainda não tinha chorado pra valer, não sentia vontade pra isso naquele momento, ela estava oca por dentro e com um sentimento que não era nada bom, nada saudável. Ela ia ter que ir pra algum hotel com Sofia, já que naquele apartamento ela não ficaria mais. Quando ela se mudou pra Ny ela ficou com Penny em um apartamento pequeno, mas depois decidiram se mudar pra um maior. Aquele canto era delas, mas ela não queria levar nada dali, a não ser suas roupas e objetos pessoais. Enquanto ela esvaziava sua gaveta de calcinhas, escutou Penny dizendo qu ia pra casa de Steph, sua amiga que morava a uns 2 quarteirões da li. Ainda bem, ela não queria ver a cara daquela vagabunda nem tão cedo. Por sorte ela ainda não tinha desfeito as malas de Orlando, então arrumou mais uma mala e uma bolsa de viagem bem grande, ela ia dar um jeito de levar todas suas coisas naquela noite porque tinha medo de Penny destruir mais alguma coisa dela caso ela ficasse pra voltar e pegar depois. Como ela tinha bastante coisa foi pegando bolsas e sacolas de feira e enchendo de coisas. 

 

 

Depois de umas horas finalmente ela leva suas coisas pra sala e vai colocando no corredor pra descer pelo elevador e guardar tudo no seu carro. As coisas de Sofia certamente não caberiam mais dentro do carro, mas ela sabia que Penny não seria capaz de tocar nas coisas da menina. Apesar de tudo, ela gostava de Sofia ou pelo menos parecia gostar, ela não conhecia mais a ruiva. Depois de fazer a limpa nas suas coisas, ela confere pre ver se não tinha ficado nada pra trás. Não sabia se Sofia estava acordada ou dormindo, mas pelo que a conhece certamente estaria acordada mas não queria que a filha a visse naquele estado, ela queria tomar um banho mas não tinha forças, ela estava esgotada. Voltou pro quarto e viu o estado do lugar, estava um caos o chão... a morena ver seu celular piscando na cama, ela estava ferrada se Sofia tivesse contado pra mãe o que tinha acontecido. Ela olha pra tela e ver que tinha várias chamadas perdidas e de Arizona e Mark. Puta que pariu. a latina deita meio que sem jeito na cama, seu corpo estava um pouco dolorido, ela fecha os olhos e queria chorar pra extravasar mas a vontade não vinha. Uns minutos se passam até que ela exausta, adormece.
 

 

Arizona
 

 

Eu vou matar a Callie. --- Arizona fala com Mark que estava em sua casa. Ele levaria a loira até o aeroporto. — ela perdeu completamente o juízo Mark. Quando eu falei com ela no telefone, eu falei pra ela não fazer nada na frente de Sofia e o que ela me faz? sai aos tapas com a Penny na frente da minha filha. Arizona reclama puta da vida. 

você sabe como é o jeito da Torres e pra isso ter acontecido, a coisa ficou feia realmente. 

Sofia tava aos prantos no telefone falando que aquelas malucas iam se matar e que Penny tinha destruído as coisas da Callie. A voz de Sofia não sai da minha cabeça falando que queria ir embora, que era pra eu ir buscá-la. 

Eu disse pra ela não sair do quarto e que era pra me ligar se a situação piorasse. --- Mark diz e eles entram no carro dando partida pro aeroporto.

 Eu mal cheguei de viagem e já tô indo entrar no inferno de um avião. Eu quero matar a sua amiga e pode apostar que eu só estou indo pela nossa filha. --- Arizona diz olhando pro celular e tenta mais uma vez ligar pra Callie. — ao invés de atender a porra do celular, ela prefere ficar brincando de luta livre. A loira diz e Mark solta um sorriso.

— Que situação mais cômica. 

 

Ao chegar no aeroporto Arizona faz o check-in e espera a hora de seu voo, Mark já tinha ido pra casa pois ele teria uma cirurgia pra realizar no começo da manha. A loira tenta ligar pra Callie e nada, ela bufa com raiva. Ah Callie o que você aprontou? me tirar da minha casa e fazer eu entrar nessa lataria que eu odeio ficar dentro. A chamada do seu voo é feita e a loira se acomoda em sua cadeira pois seriam 4h longas pela frente.

 

Chegando em Nova Iorque Arizona pega um táxi que vai para o hotel que ela sempre ficava quando ia visitar Sofia, dessa vez ela tinha conseguido um quarto com cama de casal e uma de solteiro e um pequeno banheiro. Pelas fotos no site parecia aconchegante o quarto. Ela não pretendia ficar mais que uma noite naquela cidade,  por isso só estava com uma mochila nas costas e uma bolsa com seus documentos. Eram duas horas de diferença entre Seattle e Nova Iorque, já era madrugada e ela entra no quarto de hotel depositando sua mochila e bolsa na cama de casal, pega seu telefone e liga pra Sofia.

 


Ari: Oii filha, acabei de chegar no hotel. Como estão as coisas?
Sof: ai graças a Deus! --- Sofia diz esperançosa. — eu não sei mãe. --- Ela suspira. — ta maior silêncio agora e nem sei se minha mãe ta aqui no apartamento.
Ari: Não tem como eu ir ai com a Penny do jeito que você me disse que ela estava. Abre sua porta de vagar e ver se sua mãe está por ai. --- Arizona diz e Sofia levanta da sua cama destrancando a porta e abrindo a mesma. 
Sof: Ta tudo escuro, não tem ninguém na sala e nem na cozinha. --- Sofia ia passando pelos cômodos. — No banheiro também não. A porta do quarto delas ta fechada mas eu não quero abrir.
Ari: se a sua mãe saiu de casa e te deixou sozinha aí, olha.. eu nem sei o que eu faço. --- Arizona esbraveja e Sofia vai andando em direção ao quarto da mãe.
Sof: vou ver se a porta do quarto está destrancada. --- Ela diz e vira a maçaneta revelando Callie na cama dormindo de lado. — ela ta aqui... ta dormindo. --- Sofia fala baixinho. 
Ari: ela quem Sofia? 
Sof: a minha mãe. --- Ela sai do quarto e indo de volta para o seu. — ela ta dormindo e a Penny não está em casa, nenhum paradeiro dela ainda.
Ari: Estou indo pra ai, libere a minha entrada por favor.
Sof: eu te amo. Obrigada por vir me buscar.
Ari: eu também te amo. --- Arizona se limita dizer. — Agora vai se arrumar, já arrumou suas coisas?
Sof: não tudo porque é muita coisa. Mas tem 4 malas e minha mochila. Ainda falta uns livros e outros objetos e sapatos. 
Ari: vou falar com seu pai e ele vem pra cá essa semana pegar o restante ta bem? agora mamãe vai desligar. Já já eu chego, beijo. 

 

Arizona finaliza a ligação e sai do hotel. Ela poderia pedir um táxi pra levá-la mas a loira prefere ir andando pra acalmar os ânimos e não estourar a cabeça com Callie. Eram 2 quarteirões até o apartamento de sua filha, chegando lá ela chamaria um táxi pra levá-las para o hotel. Ao passar pela portaria, ela é informada que sua entrada tinha sido liberada minutos antes, então a loira entra no elevador aperta o botão do sétimo andar. Torcia para que Penny não tivesse voltado ou não aparecesse enquanto ela estaria ali ajudando sua filha com as coisas.

Sofia abre a porta pra mamãe, estou aqui fora. --- Ela fala ao telefone com a filha e espera a porta se abrir.

Nem acredito que você veio. --- Sofia a abraça apertado se pendurando no pescoço da mãe e Arizona fecha os olhos suspirando.

Você me chamou eu vim te buscar. --- Ela diz e Sofia dar espaço pra mãe entrar no apartamento.

 


 



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