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História I still love you - Eu senti saudade de nós!


Escrita por: calzonatr_

Notas do Autor


Boa noite pessoal!!
como vocês estão?

Quero agradecer pelos comentários do cap. anterior e fico lisonjeada pelo carinho. ♥
Arizona teve a ideia de levar a Callie para o campo e o cap. de hoje está bem família.
Meu desejo é que curtam mais esse capítulo e até a próxima atualização.
:))

Capítulo 104 - Eu senti saudade de nós!


Fanfic / Fanfiction I still love you - Eu senti saudade de nós!

Arizona

 

 

Era inexpressível o que estava sentindo naquela madrugada. Por vezes buscou em sua mente o momento que tinha dado errado, buscando por alguma faísca de culpa para que fosse tradada daquela forma pela mulher que amava. Foi falha em todas as tentativas e quando desistiu de buscar alguma brecha que a levasse entender os atos de Callie, subiu as escadas e entrou em um dos quartos de hóspedes pegando um colchão de solteiro, mas acabou fazendo barulho e Alice que tinha o sono leve levou susto começando a iniciar um choro. A pegou antes que acordasse sua irmã e quando arrumou o colchão pegando uma manta grossa e um travesseiro, colocou Alice ao seu lado e deu-lhe a chupeta começando a ninar sua filha até que ela dormiu novamente com o rostinho escondido em seu peito.

 

Passou a quinta-feira enfiada em seu quarto. Só saiu para preparar o almoço, pois a babá precisava se alimentar e não era culpada pelos problemas de sua vida conjugal. Wilson tinha ido cedo à sua casa informando que Callie tinha ligado e falado para ela ir examinar sua mão e estava fora de questão para ela ir ao hospital. Tinha caído de mal jeito e por isso sua força foi colocada toda em sua mão esquerda que estava dolorida. Só iria ao hospital se achasse necessidade, ela não teria paciência para qualquer tipo de exame naquele momento. Agradeceu a sua amiga e ignorou durante todo o dia as mensagens de Mark, April e Teddy. Será que Callie tinha comentado alguma coisa com eles?

 

No fim da tarde quando Sofia chegou em casa, deu o máximo de si para dar toda atenção que a filha merecia mesmo que interiormente estivesse se sentindo péssima. Por vezes ouviu a pergunta da filha: ‘’mãe, está tudo bem’’? E mesmo respondendo da boca para fora que tudo estava bem, seu coração dizia ao contrário.

 

Após as crianças dormirem, Callie a chamou para conversar e ela sabia que tinha alguma explicação, só não sabia que era tão grave e assustadora. Calliope já tinha passado por uma situação quase parecida no passado, era um período em que elas não estavam bem, estavam separadas e mesmo querendo ver o bem de sua esposa, ela não pôde apoiá-la como merecia. Callie tinha lhe machucado, mas naquele momento ela se pôs em seu lugar e a abraçou. Era tudo o que podia fazer naquele momento e se pudesse ter o poder de tirar toda a dor que Callie estava sentindo, ela tirava. Odiava vê-la tão perdida e amuada não só por seus problemas no trabalho, mas também por se martirizar dizendo que não a merecia. Muito do que sua esposa falou de ruim sobre ela mesmo, era notório que falara apenas no calor da emoção. Callie era forte e determinada e jamais a deixaria pensar ao contrário, pois estaria ao seu lado até o fim de seus dias.

 

Naquela noite de quinta-feira, a latina dormiu em seus braços depois de ficar fazendo um cafuné em sua cabeça. Ela tinha demorado a cair no sono, por vezes ouvia seu choro baixinho e ela apenas sussurrava que tudo iria ficar bem, que elas já estavam bem. Ela daria um jeito de ajudar sua mulher, seja estudando ou até entrando na sala de cirurgia para auxiliá-la no que precisasse. Não deixaria que o medo, o temor e ansiedade fizesse com que ela se sentisse incapaz de reverter o caso de seu paciente.

 

Na sexta-feira, ela não pôde operar por conta da sua mão. Mas trabalho era o que não faltava naquele hospital. Durante o período da tarde, recebeu seu primeiro buquê de rosas e não conseguiu conter o sorriso ao ler o pequeno cartão com a caligrafia perfeita de sua mulher. Ela só não acreditava que chegariam mais quatro a cada meia hora com vários tipos de flores e a cada cartãozinho, seu coração falhava uma batida antes de encher de amor novamente por sua linda e bela latina. Se Callie estava disposta a lhe paparicar para ter seu perdão, mesmo já estando perdoada, certamente estava no caminho certo.

 

Naquela noite elas iriam para o interior, tinha conseguido alugar uma casa e mesmo não sendo a mesma, era linda e bem maior. Mostrou as fotos para Sofia que amou a ideia de passar o final de semana fora de casa, e inclusive chamou sua inseparável melhor amiga. Qualquer dia ela teria que comprar uma van caso fossem ter mais filhos e eles quisessem levar seus amiguinhos. No mercado depois de ter saído do hospital, ela olhava para a lista das coisas que teria que comprar para levar para a viagem e era a primeira vez que estava feliz por estar em um mercado, no início da noite depois de um dia exaustivo de trabalho. Tudo valia apena para ver não só sua mulher feliz, mas sua família também.

 

 

Sofia, a gente vai passar o final de semana fora e não uma semana. --- entrou dentro do quarto da filha vendo a quantidade de roupas em cima da cama, e ela parecia querer enfiar tudo dentro de sua mochila.

 

Eu já disse isso para ela, tia. Mas essa daí não sabe ser nenhum pouquinho prática. --- Zola estava sentada na cadeira acolchoada que a filha usava de apoio para estudar e Alice estava em seu colo.

 

— Mas acontece que lá faz sol de manhã e frio a noite. Vocês querem que eu use só roupa de verão ou só roupa de inverno? --- bufou prendendo seu cabelo em um coque.

 

— Dramática igual a mãe. --- revirou os olhos antes de sair do quarto sentindo Laura puxar seu cordão. A filha rir vendo sua careta e com cuidado tira o cordão da posse de sua mão dizendo que não podia puxar. — Assim você vai machucar a mamãe, não pode filha. --- os olhos azuis ficam atentos a ela que a coloca dentro do berço por alguns minutos até que conseguisse finalizar a arrumação da bolsa das gêmeas.

 

 

As compras já estavam dentro do carro junto com as bagagens. Só faltava Callie chegar para que pudessem sair. Para facilitar e ajudar sua mulher, separou algumas peças de roupa e colocou em cima da cama e o que ela desejasse, levaria. Estava dando o jantar de Laura e Alice quando a porta se abriu e a latina entrou apressada reclamando que estava atrasada, mas não demoraria. Tanto ela quanto as meninas riram da cena, vendo a morena passar como flash pela entrada da sala e subindo as escadas correndo. Agora mais durinhas, já começavam a comer seus alimentos no cadeirão apropriado e facilitava muito já que no carrinho elas não paravam quietas por um segundo.

 

Com Callie já pronta e as crianças a bordo, inclusive Jade, passaram no drive-thru antes de seguirem viagem. A latina dirigia para que Arizona desse suporte para as filhas caso elas acordassem e esperava que elas apenas abrissem seus olhinhos quando as duas horas de viagem acabassem.

 

— Nossa, que casa linda! --- Callie disse encantada logo após levarem todas as coisas para dentro e agora, estavam explorando o interior da bela casa.

 

Mãe, tem um piano! --- Sofia comemorou apertando algumas teclas onde o piano de calda estava localizado na sala de jantar.

 

Tem uma sala de jogos também.... --- Zola gritou vindo do lado de fora e se jogou no sofá. — Eu quero morar aqui. --- concluiu de braços abertos.

 

Meninas, há quatro quartos lá em cima, mas como sei que vocês vão dormir juntas... --- pegou sua bagagem com a ajuda de Callie. — Fiquem à vontade. --- subiram as escadas deixando as gêmeas que ainda dormiam no bebê conforto na sala de estar ao lado de Zola que mexia em seu celular.

 

A casa era cercada de muito verde e tinha um ar puro de serra. Era tudo muito confortável e a casa era bastante mobiliada, e a decoração era incrível do jeito que Callie gostava, o rústico se fazia presente em todos os cômodos. Assim que entraram na suíte e deixaram as bagagens em cima de uma mesa redonda de madeira, Arizona observou a latina olhar encantada para fora da enorme janela. A abraçou por trás lhe apertando e dando beijos molhados por sua nuca e a morena mal virou o pescoço, e Arizona invadiu sua boca a abraçando pelos ombros e caminharam devagar até sentirem a cama, e a loira caiu sobre a latina deitando-se em cima dela. Era visível a felicidade estampada no rosto de sua mulher e ficava feliz por trazer um pouco de paz a ela devido a tanta confusão.

 

— E aí, o que achou da casa? --- buscou saber salpicando beijos pelos lábios latinos. — A única coisa que complica é que não temos água quente. --- brincou e segurou a risada vendo os olhos arregalados de sua mulher.

 

— Sério? E você alugou a casa mesmo assim? --- ela entendia o desespero da latina que estava com um semblante um pouco assustado devido a informação de ‘’não água quente’’ na casa. — Logo você que não gosta de banho frio nem no verão.? --- indagou.

 

Amor, eu estou brincando, fica tranquila. --- sorriu sendo agarrada pela latina que inverteu suas posições na cama.

 

— Eu aqui já fazendo mil cálculos para esquentar água para todo mundo. --- negou com a cabeça antes de morder levemente o queixo da loira. — Até porque tem as meninas, e você jamais deixaria passar uma coisa como essa. --- refletiu. — Estava tentando tirar uma com a minha cara, esposa? --- cerrou o olhar encarando os azuis cintilantes.

 

Consegui? --- sorriu travessa. Colocou alguns fios do cabelo da esposa atrás das orelhas e pincelou com os dedos sobre a maçã do rosto latino. Callie fechou os olhos por alguns segundos recebendo seu carinho e com calma aproximou seus rostos. Os lábios famintos se encontraram num beijo necessitado e o corpo da morena desceu gradualmente até que estivesse metade sobre o dela, as mãos da loira acariciavam os fios negros e o rosto enquanto suas línguas dançavam e as bocas se encaixavam.

 

Ari, temos adolescentes acordadas pela casa. Mas se você quiser, eu posso fechar a porta. --- seu suspiro dizia que a latina estava tão excitada quanto ela. Os lábios desceram para seu queixo e depois para seu pescoço, mas o moletom que usava não estava ajudando muito e não dava a liberdade necessária para que Callie pudesse explorar sua pele.

 

— Mãeee!! --- Sofia abriu de vez a porta que estava meio aberta e levou um susto. Callie imediatamente saiu de cima de Arizona que sentou na cama ajeitando seu cabelo. — A gente não pode deixar vocês por um minuto sozinhas que ficam se agarrando? --- reclamou com Laura em seu colo. — Vim chamar vocês porque essa chatinha aqui acordou e me parece que está batizada. --- fez uma careta indo entrega-la que desviou e apontou para a latina.

 

Ela é toda sua, meu amor. Eu irei arrumar as compras na cozinha e boa sorte. --- desejou antes de sair do quarto ouvindo Sofia gargalhar da cara de sua mãe.

 

 

A noite estava agradável, do sofá amamentando as gêmeas Arizona ria da discussão das três crianças sentadas no tapete da sala de estar discutindo sobre um jogo de cartas. Na verdade, as três discutiam mais que jogavam o que gerava muita risada vinda da parte dela. Céus, Callie era competitiva demais, Sofia odiava perder e Zola preferia se manter reservada para atacar pelas costas, o que deixava as outras duas com raiva. Quem já jogou uno sabe que essa brincadeira pode acabar com a amizade de qualquer um.

 

Estava tudo escuro, mas não se tratava de uma escuridão desagradável, ela apenas não estava acostumada pois não era a sua casa. Enquanto descia as escadas que pareciam intermináveis, sentiu-se em um filme esperando pelo acontecimento que decidiria seu destino na trama. A ansiedade retardava tudo e, sorriu olhando brevemente para baixo e fitou a seda vermelha que cobria boa parte de seu corpo. Não era a mesma que tinha usado na fiasca noite, essa era longa e com uma fenda na perna. Segurou o corrimão com mais força quando sua audição conheceu aquela primeira nota e assim que as escadas acabaram, conseguiu identificar uma sombra em uma das paredes e mais notas foram tocadas no piano. Seus pés descalços faziam o típico barulho no chão de madeira e ela parou na entrada da sala de jantar e apenas esperou, soltando um risinho discreto, mas Calliope percebeu.

 

O ambiente se tornou silencioso e Callie deixou o piano de lado e virou-se para lhe olhar, permitindo que um sorriso tímido desse as caras. Ela apenas ignorou e caminhou até o piano, tentando parecer charmosa ao pegar um leve impulso e se sentar sobre a cauda do mesmo. Cruzou as pernas permitindo que a fenda da camisola de abrisse mais e uma delas ficasse exposta por completo. A luz do cômodo estava baixa e a latina lhe analisou, primeiramente, com a felicidade brilhando em seus olhos, depois subiu seu olhar e fez se encontrar com os azuis dela. Quando aqueles olhos castanhos deixariam de fazer parecer que poderiam sugar toda sua energia?

 

Em um gesto esperado, Callie se levantou de supetão de onde estava sentada, batendo com um dos dedos uma última vez nas teclas e produzindo um som esganiçado que a fez sorrir. Não teve mais tempo de pensar em outra coisa, já que no segundo que se passou, a latina já tinha dado um jeito de descruzar suas pernas e depositar seu corpo sobre elas, deixando que os dedos espertos deslizassem pela perna descoberta. Poderia parecer um momento qualquer, um simples jogo de sedução entre um casal... Mas era bem mais que isso.

 

O acontecimento da quarta-feira feira à noite, de certo modo tinha afetado sua relação com Callie. Arizona tinha medo de decepcioná-la e acabar com o encantamento que Callie tinha por ela e do outro lado, a latina tinha medo de machucá-la, tinha receio e temor. Mas naquela noite, apenas na companhia do piano, teriam a chance de voltar a serem elas mesmas. Ela mal podia sentir a latina tocar sua pele que já entrava em estado de loucura querendo cada vez mais. Percebia que sua esposa também ansiava por aquele momento e, com todos aqueles pensamentos em mente, mordeu o lábio inferior e levou seus dedos até a nuca da latina, segurando o local com firmeza.

 

Você não sabe tocar, Calliope. --- soltou as palavras de maneira bem baixa e arrastada com a intenção de provocar mesmo. Chamas lhe atingiram quando em resposta, a mulher apertou uma de suas coxas e aproximou mais seus corpos, chocando sua boca com o seu pescoço.

 

Arizona claramente ficava em estado de desespero toda vez que Callie a tocava, e naquela noite a situação pareceu piorar. Ela precisava de sua latina, e precisava no sentido sujo mesmo. Arfou e a assistiu retornar à posição anterior, deixando que as íris castanhas ofuscassem o resto de seu mundo e desse apenas um foco a ele. Surpreendida, respondeu com um gemido que escapou de sua garganta quando os dedos de Callie driblaram sua camisola e já escorregaram para o interior de suas pernas, apenas fazendo menção de tocar o lugar.

 

— Ah, eu não sei? Você tem certeza? --- se chamasse o sorriso que Callie lhe lançou de malicioso, estaria sendo muito modesta. A latina aproximou suas bocas, mas não a beijou, apenas roçou os lábios. Arizona a abraçou pelos ombros querendo trazê-la para mais perto. — E Alice e Laura? --- perguntou baixinho.

 

— Herdaram o sono da mãe e capotaram rapidinho. Parecem uns anjinhos... --- sorriu abertamente. Callie afastou-se um pouco e a fez descer do piano com uma violência devassa, segurando seu corpo frágil pela leve queda com determinação. Ela virou o pescoço e olhou para além das escadas, voltando a lhe olhar mordendo os lábios. — Amor, eu tive tanto trabalho para descer as escadas. Você vai me fazer subi-las de novo?

 

— Você está preocupada com as escadas? Se eu fosse você estaria se preocupando com o que pode lhe acontecer depois que nos trancar naquele quarto. --- o arrepio foi inevitável, assim como a forte mordida que seus dentes deram em seu lábio inferior.

 

Está tentando me assustar, Dra. Torres? --- Callie não disse nada, tudo que fez foi lhe puxar pela mão e seguir até a escada. Arizona estava vibrando por dentro e cada célula do seu corpo parecia comemorar com as outras, formando uma grande festa que lhe obrigava a soltar o ar com afinco, já que seu coração batia intensamente.

 

Perdida em todos aqueles devaneios que a deixavam ainda mais excitada, foi se dar conta que a porta do quarto estava aberta, esperando que os corpos passassem por ela e cumprissem seu destino. Elas duas riram ao trocar um olhar cúmplice e Calliope pediu com um gesto para que ela entrasse primeiro. Assim que o fez ainda de costas para a latina, ouviu o barulho da porta se fechar e amaldiçoou os incessantes arrepios que recebia cada vez mais frequentes. Duas mãos correram para sua cintura formando um abraço firme, lábios quentes e macios encostaram-se na pele de seu pescoço e subiram em câmera lenta, chegando até uma de suas orelhas. Maldita, era seu ponto fraco. Manteve os olhos fechados, controlando as chamas que faziam queimar seu corpo por dentro. Callie soltou sua voz rouca, presenteando-a com palavras que quase obtiveram efeito semelhante a um orgasmo. Ela disse quase.

 

Você sempre me deixou louca a beira do abismo. Tem ideia do que tenho vontade de fazer com você, Arizona? Eu espero que não tenha. Ser pega de surpresa vai deixa-la ainda mais sexy... --- sua língua encostou no lóbulo da orelha da loira e seus dentes o seguraram. Os lábios de Arizona se abriram e foi pelo nome da latina que eles expulsaram um gemido preso na garganta. Seu amor não tinha pena de sua alma e sua aparência charmosa e sexy não tinha pena de sua visão.

 

Mencionar que o beijo de sua mulher era maravilhoso seria mais clichê que o sol nascer todas as manhãs, então apenas restava aproveitar pelos sons de satisfação e ao mesmo tempo de agonia que a morena já começava a soltar com os lábios, mesmo quando estavam colados aos dela. A obrigou a lhe soltar e caminhou até o meio do quarto, descendo as alças de sua camisola e a deixando cair sobre o chão.

 

Não vai dizer uma única palavra? Nada? --- questionou afastando a delicada peça de com os pés e dando passos a sua frente.

 

— O que você quer que eu diga? Eu elogiaria sua lingerie se existisse uma. --- sorriu marota não conseguindo desgrudar os olhos de sua pele desnuda. Segurou a mão da esposa a levando até a cama, deixando que ela apreciasse toda a parte de trás de seu corpo.

 

Quanto mais Callie fosse provocada, melhor era para ela. A jogou na cama sem cuidado e a latina a olhou inconformada e vingativa. O tipo de olhar que sempre a divertia. Subiu na cama e puxou-a pela barra de seu baby-doll aproveitando para tira-lo de vez, apenas para deixar claro que ela também iria brincar naquela noite e não apenas seria o brinquedo.

 

Callie não conseguia parar de olhar para seus seios e isso dava a sensação de controle, de tê-la na palma da mão. Recorreu a mesinha ao lado da cama e pegou um frasco que atraiu sua atenção. Sorrateiramente, a empurrou pelos ombros até que seu corpo ficasse completamente deitado na cama e se colocou por cima. Se remexeu bem em cima da intimidade de sua mulher e ela gemeu, o que a fez rir malvada.

 

Calliope, o que me diz de uma massagem especial? --- perguntou como se aquela fosse a opção mais degustavel de um cardápio refinado. A mulher agarrou seus quadris e fechou os olhos por um momento, os abrindo em seguida e balançando a cabeça negativamente.

 

O que me diz de parar de me provocar, esposa? --- sentiu o aperto das mãos que desceram para suas coxas.

 

— Desculpe, amor. Mas não vai dar... --- informou com um risinho arteiro, então Callie se levantou com ela invertendo suas posições e tomando o frasco de suas mãos.

 

Sem esperar e com certa pressa, a latina o abriu e colocou um pouco do óleo com perfume deliciosamente agradável em uma de suas mãos, juntando as duas depois e espalhando o conteúdo por elas, deixando o frasco de lado. Logo suas mãos quentes a tocaram e o efeito provocado pelo óleo ou talvez o próprio toque da latina, já começava a fazer delirar. A massagem iniciou-se calma e comportada, mas as coisas definitivamente passaram do limite quando seus seios foram tocados e bem tratados, massageados como se fossem algo precioso demais para receber uma atenção inferior àquela. E ela sabia o porquê, tinha meses que eles não eram tocados por sua mulher.

 

Estava começando a ficar irritada ao ver sua mulher ainda com o short de seu baby-doll, então levantou seu tronco e começou a despir e livrá-la de todo tecido que não fosse parte de sua pele. E que aroma embriagante a pele de sua mulher emanava. Ela teve que encostar seu rosto na curva do pescoço latino por alguns segundos e aproveitar melhor. Callie aproveitou esse momento para segurar seu quadril com uma de suas mãos mais uma vez e levar a outra até sua intimidade, massageando-a sem que ela desse permissão. Os dedos habilidosos foram beneficiados pela lubrificação natural que ela revelava em sua intimidade e dois dedos escorregaram para dentro dela. Callie movimentou algumas vezes, impetuosa. Arizona não se controlou e deixou que sua mulher notasse toda sua satisfação por aquele toque, contribuindo para que sua expressão se tornasse a de uma selvagem e para que a latina tocasse como se ela fosse a mais vulnerável presa.

 

— Ari, senti saudades de você. --- Calliope sussurrou.

 

Eu também senti saudades de você, amor. --- devolveu captando o segundo sentido daquela revelação. Sem temor, sem medo, apenas elas duas. — Eu senti saudades de nós.

 

 

Os corpos nus se contorciam na cama que já se encontrava bagunçada com travesseiros no chão e lençóis revirados. A massagem continuou, uma massagem simultânea. Lábios com lábios e muito sexo. Uma combinação refinada de aromas e as peles ardentes se uniram, e tudo passou a fazer mais sentido.

 

 

A madrugada tinha sido intensa, mas isso não a impediu de acordar Callie com uma trilha de beijos até lá embaixo e lhe fazer feliz. Arizona estava faminta, e a morena foi seu café da manhã naquele momento. Fizeram amor de forma bruta e serena, forte e suave e, acima de tudo, inesquecível.

 

 

Elas tomaram banho juntas e após se vestirem, a morena informou que providenciaria o café da manhã e Arizona se dirigiu para o quarto ao lado encontrando Alice já acordada, com o corpinho virado de bruços e ela tentava chamar atenção de sua irmã que ainda não dava nenhum sinal de que iria acordar. Se uma coisa que Laura tinha puxado de Callie, era o sono pesado. Decidiu que não iria falar nada para não chamar atenção de Alice, então apenas riu encostada no batente da porta observando seus atos. A pequena bolota loirinha se arrastava pelo colchão que estava no chão e sua atenção estava voltada agora pelo chocalho colorido que estava ao lado da cabeça de sua irmã, mas do outro lado. Sorriu ao ver o esforço de sua coordenação motora tentando dobrar os joelhos e esticar as mãos, mas acabou caindo por cima do corpo de sua irmã que levou um susto e pronto, tanto uma quanto a outra começaram a chorar.

 

— Hey, minhas princesas.! --- chamou atenção para si e as duas viraram o pescoço para ela. Nenhuma lágrima, filhas da mãe. — A mamãe chegou, foi apenas um susto. --- Pegou Laura primeiro que esticava as mãozinhas para ser pega no colo. Depois fez o mesmo com Alice. Céus elas estavam ficando cada vez mais pesadas. — Que tal um banho antes de mamar, hein? --- levantou com as duas em cada lado de seu braço e saiu do quarto entrando na suíte que dividia com Callie e as colocando em cima da enorme cama. — Não se mexam, por favor. Quietinhas! --- apontou para as duas e saiu do quarto correndo pegando tudo que precisava para dar banho e vesti-las logo em seguida. Quando retornou para o quarto, as duas não tinham se movido e estavam encarando-a, deitadas ainda no travesseiro e ela riu, aquela cena era cômica demais para ser verdade. — Obedeceram a mamãe direitinho, foi? --- Alice lhe lançou um sorriso, pena que ela sabia que era apenas uma fase.

 

 

Quando estava acabando de vesti-las, Callie entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã e sorriu para a morena, ao ver que tudo tinha sido preparado com tanto carinho e amor. Amamentou as gêmeas enquanto dividia as guloseimas da bandeja preparada por Callie e conversavam sobre o que fariam durante àquela manhã.

 

Esperaram Sofia e Zola se arrumarem para sair pelo pequeno vilarejo, e as adolescentes tiveram a ideia de pegar dois dos quadriciclos que tinha na casa. As bebês estavam em seus carrinhos que um era empurrado por ela e outro por Calliope. O verde tomava conta do lugar, as ruas eram de pedras e podiam escutar claramente o som dos variados pássaros. Caminharam até chegar num lago e tinha algumas crianças acompanhadas por seus pais dentro de barquinhos pequenos, outras faziam stand-up e olhando mais à frente observou as adolescentes que estacionavam os quadriciclo e vieram correndo com os capacetes na mão.

 

Nossa, fazia muito tempo que eu não andava disso. É muito legal, vocês têm que experimentar. --- declarou Sofia ao lado de um dos carrinhos de bebê. Ela e Callie estavam sentadas em um pequeno banco de madeira.

 

Eu passo, boa sorte Calliope. --- mirou a esposa que a olhou como se duvidasse de sua capacidade de dirigir aquela coisa.

 

Está duvidando de mim? --- ergueu uma de sua sobrancelha. Formou um bico em seus lábios, tomou o capacete da mão de Sofia e se dirigiu para pegar um dos quadriciclos.

 

— Eu não acredito que ela vai mesmo fazer isso. --- Zola encarou sua tia andando ao lado de uma Sofia saltitante que explicava para a mãe como funcionava a máquina.

 

— Zola, faça o que sua tia está te pedindo, e por favor... prepare a câmera de seu celular. --- a menina na mesma hora pegou o celular no bolso de seu short e ligou a câmera quando Callie ia ainda devagar pela rua de pedras.

 

 

Enquanto Callie andava com a máquina pela rua, Sofia andava ao seu lado e começou a acelerar e conhecendo as duas, gritou pedindo para não irem longe nem correrem. Mas não foi ouvida e pelo que parecia as duas estavam apostando corrido, só que Sofia freou antes de Callie que invadiu o espaço onde ficava o lago fazendo algumas pessoas gritarem. Arizona levantou assustada e gritou para que ela apertasse o freio. Mas a morena parecia ter esquecido onde era os comandos e estava assustada gritando pela filha que exclamava: ‘’mãe é do lado direito, aperta’’. Quando a roda encostou na água, Arizona fechou os olhos e dando um tranco por causa da freada busca, o corpo de Callie fora jogado para o lado e a latina caiu dentro da água.

 

— Meu Deus, tia!! --- Zola gritou desligando a câmera e correu em direção a água onde estava Sofia e mais dois homens que ajudavam sua mulher a se levantar e tirar o quadriciclo do local.

 

Arizona queria ir até lá, mas não deixaria suas filhas sozinhas ali. Olhou para os lados vendo algumas pessoas olhando para sua mulher e teve vontade de gargalhar, mas não faria isso agora, pois Callie ficaria chateada. Os homens levaram a máquina para fora, e Calliope veio amparada por Zola e sua filha, e conhecendo bem a filha que formava um bico risonho nos lábios, sabia que estava na mesma situação que ela. Callie encarou seus olhos quando já estavam mais perto e ela deu espaço para a morena sentar-se no banco toda ensopada.

 

— Você está bem, amor? Se machucou? --- ela só fez uma pergunta, mas as adolescentes não aguentaram e sentaram no chão gargalhando. — Não ligue para elas. --- mirou sua mulher que passava a mão pelo cabelo.

 

Eu sei que você também quer rir. --- fez uma pequena careta. — Eu nunca mais ando nessa porcaria --- bufou.

 

— O mais importante de tudo, é que a Zola filmou e eu mostrarei para todo mundo. --- fez um righ five com as meninas.

 

Parecia até que a senhora sabia que isso ia acontecer. --- Zola constatou.

 

Só não esperava que ela fosse cair dentro do lago... --- Arizona rompeu numa gargalhada levando até Callie junto.

 

 

 

Arizona arrumou a mesa do almoço na beira da piscina. Tinha preparado um filé de frango empanado, fritas para as duas magrelas que insistiram, arroz branco e para as gêmeas uma papinha de chuchu, cenoura e batata. Quando depositou a jarra de suco de uva na mesa, as chamou para comerem. Callie vestiu sua saída de praia após sair da piscina e pegar as filhas que estavam distraídas na sombra brincando com os inúmeros bichinhos pendurados em seus carrinhos. Arizona pôde observar que ela estava mais relaxada e risonha, e ficou feliz já que essa era sua intenção. A morena andava tensa demais e aquele final de semana faria muito bem para ela que voltaria a trabalhar pesado na segunda-feira.

 

 

Ajeitou Laura com cuidado para que pudesse continuar a dormir de maneira agradável e verificou se tudo estava realmente bem com ela. Alice já dormia há alguns minutos no colchão ao seu lado. As bochechas das duas estavam vermelhas devido ao calor que estava do lado de fora, e por mais que não tivessem ficado expostas ao sol, era inevitável a vermelhidão.

 

Assim que saiu tranquila do quarto onde as filhas dormiam, entrou no dela e puxou o vestido que usava para cima e voltou a ficar de biquíni se dirigindo até o banheiro. Passou pela porta e enxergou Callie dentro do box de costas para ela. AH, aquele corpo! Calliope fazia com que ela se apaixonasse por ela quantas vezes quisesse e em cada uma sua fórmula parecia ficar mais precisa. Abriu o vidro a surpreendendo roubando um sorriso de seus lábios. Como de praxe, o olhar que trocaram fora mais que apaixonado. Principalmente depois de uma noite como a anterior. Arizona a abraçou sem dizer nada e a latina retribuiu o abraço. Encostou o queixo em seu ombro e ficou olhando para o nada, gostando da sensação de ter a pele de sua esposa encostada na dela. Callie também permaneceu em silêncio, mas beijava seu ombro.

 

Como é possível que eu possa me apaixonar até pelo seu silêncio? --- desfez a falta de som no ambiente, exceto pela água caindo e a questionou com a voz bem calma, mantendo os braços em volta de seus ombros.

 

Às vezes elas faziam aquilo: permanecer sem dizer nada, mas abraçadas ou com as mãos dadas como se conversassem e compartilhassem momentos e lembranças através de pensamentos em comum.

 

Arizona beijou seu ombro apenas uma vez e elas se soltaram um pouco. Callie levantou o rosto deixando a água cair por todas as partes, a loira ensaboou suas mãos e as passou pelo corpo latino, em carinhos leves. Depois trocaram um olhar em silêncio mais uma vez e a morena apenas lhe deu um selinho. Callie não tinha respondido sua pergunta, então ela percebeu sua inquietação e resolveu se manifestar.

 

— Arizona, você disse que estava se apaixonando pelo meu silêncio. Então vou continuar quietinha porque não quero que sua motivação vá embora. --- Arizona sorriu de sua justificativa e elas continuaram daquela maneira por alguns minutos até terminarem o banho e deitarem na cama para tirar um pequeno cochilo durante a tarde.

 

 

A brincadeira da noite era just dance. As mulheres da casa riam mais que dançavam, mas era tudo tão divertido. Pediu uma pausa para que ela e Callie fossem até a cozinha preparar alguns petiscos e nossa, dançar mesmo que seja por brincadeira dar uma baita fome. Uma música continuava a tocar e risadas eram vindas da sala até as mulheres escutarem um grito desesperado de Sofia e saírem correndo deixando tudo para trás.

 

 

Mãe, corre!! --- Sofia gritou e ela procurou com o olhar o que estava acontecendo. — Mãe, a Laura está engatinhando. --- apontou para o chão e abriu a boca surpresa ao seu lado sua mulher não estava diferente. — Zola, filma. --- a filha pediu.

 

Laura tentava acompanhar os passos de Jade que balançava o rabinho e sempre que a loirinha chegava perto, a cachorrinha corria para o outro lado do tapete fazendo Laura gargalhar e soltar seus habituados gritinhos. Um sorriso escapou de seus lábios e uma lágrima solitária caiu de seus olhos. Estava emocionada vendo sua bebê engatinhando por toda a extensão do tapete e um filme se passou na sua mente para quando ela ainda estava grávida e a que mais chutava e ficava inquieta em sua barriga era Laura. Foi a primeira a vir ao mundo, claro, sempre foi impaciente e tinha uma bela garganta, pois tudo se resolvia aos gritos. Se estava com fome, gritava, se tomava banho, gritava e agora se demorassem a pegá-la no colo, ela balançava os bracinhos e ficava vermelha. Agora sua pequena bebê estava crescendo muito rápido e dando seus primeiros passinhos para engatinhar e parecia não cansar nunca. A graça que ela via em Jade em correr, tentava fazer o mesmo. Por vezes olhou por sua do ombro como se olhasse para Alice dizendo ‘’você não vai vir me ajudar?’’ mas Alice apenas tinha olhos para a cachorrinha e a seguia com seus olhos sem sair do lugar.

 

Meu Deus, amor.! Ela não para nunca. --- Callie ao seu lado declarou com a voz embargada. Chegou próximo ao tapete e se agachou chamando a filha com os braços esticados. Laura olhou para Jade que latiu e levou um susto. Um bico se formou em seus lábios e ela abaixou a cabeça como se estivesse sofrendo. Olha o puro drama aí... — Vem filha, vem com a mamãe! --- a morena a chamou mais uma vez e com os bracinhos um pouco tortos no chão foi se equilibrando até estar no colo de sua mãe que a acolheu limpando as lágrimas sofridas de seus olhos.

 

— Eu sabia que ela ia ser a primeira a engatinhar. --- Sofia comentou risonha beijando a cabecinha de sua irmã.

 

— Oh, meu amor. A mamãe está tão orgulhosa de você. --- beijou a mãozinha gorducha e Laura escondeu o rosto no peito de Callie fazendo elas rirem.

 

Alice deu um gritinho chamando atenção para ela. Parecia questionar o porquê todo mundo estava apenas falando com Laura e não com ela. Arizona prontamente a pegou no colo dizendo que também estava orgulhosa dela e qualquer dia ela estaria engatinhando como sua irmã.

 

Agora vai começar uma nova fase. Oh, Arizona... prometa que você vai dar conta porque eu já estou velha para correr atrás de duas de uma vez dentro de casa. --- o comentário da latina fez com que as outras rissem de sua piada. As gêmeas olharam para elas que riam e abriram um sorriso juntas como se concordassem que iriam aprontar bastante.

 

 

“No amor e na confiança vê-se algo lindo desabrochar dentro do coração de duas almas que esperaram por sua vez de ser feliz, por isso não desista: o inesperado pode surpreender quando menos esperar.”

 

 



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