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História I still love you - Vocês sabem para onde nós vamos amanhã?


Escrita por: calzonatr_

Capítulo 140 - Vocês sabem para onde nós vamos amanhã?


Fanfic / Fanfiction I still love you - Vocês sabem para onde nós vamos amanhã?

Arizona Robbins

 

 

O quarto estava escuro, o único mínimo barulho que podia ser ouvido era das respirações de Callie e Arizona que se misturavam no ar enquanto ressonavam. Era madrugada, a loira dormia em seu canto esquerdo, de lado, sendo sorrateiramente empurrada mais para ponta por causa da mulher espaçosa ao lado que além de querer tomar praticamente todo o espaço da cama para si, agora dormia com um belo travesseiro para grávidas. Arizona já tinha perdido as contas de quantas vezes reclamou com Callie por acordar quase caindo da cama, porém de nada adiantava. A cama era grande o suficiente para três pessoas dormirem tranquilamente, e não ousava em dizer que até quatro pessoas dormiriam ali apertadas, mas dormiria. Como só Calliope e seu bendito travesseiro tinha o poder de empurrá-la para fora?

 

Um barulho vindo da babá eletrônica detectou um baque sendo seguido por um choro sôfrego de uma de suas filhas. Sabe aquela sensação de ser acordada por um maldito susto ou pesadelo? Era horrível. Arizona sobressaltada, sentou na cama um pouco desnorteada e Callie remexeu-se ao seu lado com os olhos castanhos bem arregalados. Passando as mãos no rosto e no cabelo ao mesmo tempo, tentou recobrar a consciência até mais um choro surgir. Olhou de relance para o criado mudo onde ficava a câmera da babá eletrônica e seu coração saltou quando viu um dos berços vazios.

 

Sabe quando parece que quanto mais você corre, nunca chega ao lugar desejado? Foi o que sentiu ao pular da cama xingando todas as gerações possíveis, até abrir a porta de seu quarto e dar passos apressados até alcançar o quarto de suas meninas. Estava ofegante quando acendeu a luz do cômodo e avistou Laura chorando no chão, com Jade ao seu lado e Alice sonolenta chorava de dentro do berço. Não pensou duas vezes antes de pegar a filha no colo que soluçava, podia sentir seu coraçãozinho acelerado. Callie chegou mais devagar ao quarto, Alice ficou de pé erguendo os braços para que pudesse sair do berço.

 

— Oh, meu anjinho. O que aconteceu com você? --- sentou na pequena poltrona do quarto infantil e colocou Laura sentada em suas coxas. Limpou as lágrimas da filha com uma toalhinha e depositou um beijo sua testa. — O que a minha bebê estava fazendo fora do berço? --- quando fez a pergunta, a criança voltou a chorar mais forte e Callie fez um sinal que iria levar Alice para fora. A pequena deveria ter acordado no susto com a irmã chorando.

— ‘’Fez dodói!’--- depois de alguns minutos em silêncio, onde passou a afagar os cabelos e esfregar levemente as costas de Laura, ouviu-a dizer em meio a soluços. Quando ouviu o choro da filha pensou que ela estava tendo outro tipo de pesadelo, mas quando a detectou fora de seu berço a única explicação era que ela tentava sair do berço mais uma vez, só que dessa vez a sorte não estava ao lado de sua filha.

— Aonde está doendo? --- preocupou-se e a bebê apontou para seu pezinho. Certamente caíra de mal jeito. Não estava vermelho ou com nenhum tipo de arranhão, não estava inchado. Tocou e examinou superficialmente, mas pediria para Callie olhar em meio a dúvidas. — Você caiu de uma altura considerável já que as grades não são fáceis de serem escaladas, sua bebê fujona. --- olhou para Laura que tinha os olhos vermelhos e bochechas rosadas. — E não adianta fazer esse bico dengoso para mim. Quantas vezes a mamãe falou para não sair do berço?

‘’Quelia dumi com minhas mamas’’ --- passou o dorso da mão nos olhos, e piscou algumas vezes deixando outras lágrimas caírem. — ‘’Agola tô dodói’’. --- Arizona ergueu uma sobrancelha e sorriu interiormente ao ser testemunha de todo aquele drama.

Talvez o seu corpo esteja doendo um pouquinho mesmo, mas a mamãe irá beijar cada pedacinho para que a minha bebê fique curada do dodói. --- pegou as duas mãozinhas e beijou tanto a palma quanto o dorso, depois depositou nos beijos braços, bochechas, testa e quando chegou no pescoço, Laura soltou uma risada gostosa ao sentir cócegas. — Huuum... vejo que aqui a minha anjinha fujona não está dodói. --- beijou mais uma vez e a mine Robbins tentou se esquivar. — Vamos lavar esse rostinho e voltar a dormir. Daqui a pouco amanhece e a mamãe tem que ir trabalhar. --- levantou com a filha em seu colo e caminhou até o banheiro da suíte onde lavou o rostinho vermelho.

‘’Já é meu nivesálio?’’ --- perguntou quando a luz do banheiro fora desligada e Arizona foi até o berço onde remexeu na manta e avistou a chupeta da filha.

— A mamãe não disse que seria seu aniversário quando amanhecesse? Então. Quando o dia clarear, será seu aniversário e da sua irmã. --- respondeu entregando-a chupeta e chamou Jade para que saíssem do quarto. — Não acredito que meus chaveirinhos já estão completando três anos de vida. É muito para a minha cabeça. --- falou consigo mesma. — Mamãe ama muito essa bebezinha sapeca. --- a apertou em seus braços ao mesmo tempo que se deparava com o cômodo escuro ao entrar em seu quarto.

‘’Eu também ama’’ --- murmurou a pequena com a chupeta na boca. A luz fraca do abajur fora acesa por Callie que mantinha Alice ao seu lado já dormindo como um anjo.

— O que aconteceu? Ela estava tentando fugir novamente? --- a latina perguntou em um tom baixo, sentando-se na cama.

Sim, disse que queria dormir conosco. --- observou a cadelinha deitar em cima das pantufas quentinhas que Callie usava. — Mas está tudo bem. Ela reclamou de dor no pé, mas parece que não foi nada demais. --- tocou o pé de Laura para ver se ela reclamava de dor, e para seu alívio a criança não esboçou emoção.

‘’Mama...’’ --- estendeu os braços para Callie.

Oii, princesa. Você deu um baita susto na Mama que até o seu irmão acordou. --- Arizona a colocou no colo da latina. Era quase impossível fazê-la sentar em suas pernas por causa de sua barriga. Mas para um filho, tudo tinha jeito.

— ‘’Acodô?’’ --- colocou a orelha bem de encontro a barriga da mãe e depois beijou por cima da blusa. — ‘’Não pecisa sustá mingau, eu só fiquei dodói, mas aí a mommy deu beijinho e tô bem.’’ --- as duas mulheres não aguentaram o nível de fofura e inocência, acabaram rindo da filha.

Ele irá voltar a dormir quando todas nós dormirmos também, filha. --- Callie beijou o topo da cabeça de Laura. — Vá se deitar ao lado da sua irmã que o sono chegará rapidinho. --- pediu e a pequena foi engatinhando até se deitar ao lado de Alice.

— Acho que não podemos mais adiar a compra da cama delas. --- Arizona soltou um suspiro, pesado. Esfregou o rosto com as mãos e deitou na outra ponta da cama. — Nossa que susto, e já são quatro horas da manhã... --- acendeu a tela de seu celular para verificar as horas. Callie desligou a luz do abajur e Arizona passou a fazer carinho no cabelinho da filha até ela pegar no sono novamente.

 

 

 

Saber que seria mãe de gêmeas foi algo inexplicável, pois nunca imaginou que seria duplamente abençoada. Com o passar desses três anos essa felicidade só aumentou e hoje pode dizer com muito orgulho que tem duas filhas lindas e inteligentes que só lhe dão motivos para sorrir e continuar a ser feliz. Às vezes fica pensando como podem duas pessoas ser tão semelhantes no físico e tão diferentes na essência? Assim são suas lindas princesas, duas peças iguais e ao mesmo tempo tão únicas e especiais.

 

— Arizona?? --- saiu do seu transe quando guardou seu jaleco no armário e olhou por cima dos ombros, logo detectando a presença de sua melhor amiga. — É a terceira vez que eu te chamo. Aonde está com a cabeça, criatura? --- a ruiva sentou no sofá com o tablet o qual trabalhava em seu colo.

— Oh, me desculpe April. Só estava pensando no quanto a Alice e Laura cresceram. --- pegou a blusa de crepe preta com detalhe de renda na manga e vestiu-se. — Parece que foi ontem que planejávamos tudo para a chegada das duas, agora estão completando três anos e deixando eu e Calliope com os cabelos brancos. --- tirou sua calça jeans do cabide e passou por sua amiga até chegar ao banheiro, deixando a porta meio aberta.

Nem me fale minha amiga, não ver a Harriet? Onze anos de idade. Essas crianças não param nunca de crescer. --- ouviu a amiga dizer enquanto vestia sua calça jeans stretch preta com listra vermelha e saiu descalça sentando-se ao lado da amiga calçando seu salto alto básico preto. — Você deveria estar vestida com uma roupa colorida e não parecendo que vai para um enterro toda de preto.

— Alguém vai para o enterro assim? --- brincou com sua vestimenta chique demais para ir ao cemitério e April fez uma careta. — Essa calça estava passada juntamente com essa blusa, pois eu iria usá-la para a viagem. Mas como a Laura caiu do berço enquanto tentava sair as quatro horas da manhã, acordei atrasada sem tempo de escolher roupa. --- explicou ao conferir se seu bipe e celular estavam dentro da bolsa.

— Ainda voltará para o hospital? Passarei mais tarde em sua casa para parabeniza-las e Harriet quer entregar os presentes das meninas. --- enquanto falava ouviu vozes do lado de fora, a porta da sala dos médicos se abriu e elas puderam ouvir a voz de Callie.

 

‘’Não foi isso que eu disse. É melhor você fazer o que eu mando, porque aposto que nosso serviço será mais eficaz’’

‘’Sim, dra. Torres’’

 

— Imbecil... --- a latina entrou na sala xingando e sua feição mudou ao avistar April e Arizona. — Estou muito atrasada? --- pediu espalhafatosa, indo até o armário e tirando suas roupas de dentro. — Me dê cinco minutinhos, só cinco minutinhos. --- murmurou. — Tenho que esvaziar essa bexiga que parece que vai explodir a qualquer momento, tirar essa roupa horrível para colocar outra mais horrível ainda. Odeio roupas de grávidas.... --- reclamava enquanto fechava a porta do banheiro.

— O humor dela vem oscilando assim todos os dias. Tem sido pior que você quando engravidou. --- April zombou, mas falou baixo com medo que Callie a escutasse e fizesse uma tempestade.

Se até o Mark disse que ela está pior que eu, não sou quem irá descordar. Só tenho pena de quem trabalha diretamente com ela. --- riu e arregalaram os olhos ao ouvir Callie falar alto que ‘’era muito bom esvaziar a bexiga’’. — Mas eu volto no período da tarde para uma cirurgia. E estou torcendo para não sair daqui muito tarde. --- concluiu.

— Tudo bem... espero lhe ver ainda hoje. --- abraçou a amiga em despedida. — Tenha um bom almoço com as aniversariantes do dia. --- sorriram.

Obrigada e me deseja boa sorte! --- apontou para o banheiro e April soltou uma gargalhada antes de sair da sala e a deixar sozinha com uma grávida em oscilação de humor.

Já estou pronta! --- minutos depois, distraída mexendo em seu celular Arizona sorriu ao avistar sua esposa saindo do banheiro. Usava um macacão azul marinho, era um pano leve e confortável de mangas curtas. — Eu queria estar em um dos meus melhores dias, mas não estou... não estou. --- murmurou indo fechar o armário e pegou sua bolsa.

Está sentindo algum incomodo ou alguma dor? --- perguntou antes de saírem da sala dos médicos.

Eu estou inchada, feia e meus pés doem por ficar muito tempo em pé na sala de cirurgia. E ainda estava com uma paciente quando chegou uma emergência e esses incompetentes olhaaa.... --- rugiu ao parando em frente ao elevador. — Meu trabalho nessas condições seria melhor se as pessoas fizessem seus trabalhos corretamente. --- as portas do elevador se abriram e Arizona, sabiamente, preferiu ouvir do que retrucar com a latina.

Não falarei nada sobre o seu trabalho, porém você não está feia. Pelo contrário, está linda, maravilhosa e carregando em seu ventre o nosso filho tão esperado. --- repousou uma das mãos no rosto da latina e com os dedos pincelou a pele delicada. — Farei uma massagem nos seus pés e pernas quando chegar em casa, prometo. --- sorriu e salpicou os lábios latinos com três selinhos seguidos.

Uma massagem? Aaah já disse que te amo hoje? --- Callie passou o braço por cima do ombro de Arizona quando as portas do elevador se abriram no primeiro andar. — Nossa, uma massagem é tudo que eu preciso. --- a loira sorriu pela fala mansa da mulher. Parecia até outra pessoa.

— Ainda não, mas é sempre bom ouvir... --- caminhavam abraçadas até o estacionamento. Arizona destravou as portas de seu carro e as duas entraram no veículo. — Ainda temos que buscar o bolo antes de irmos para casa. --- avisou.

— Huuum o bolo com recheio de chocolate e coco... --- ao ver de Arizona, Callie estava salivando ao seu lado. — Já disse que amo o gosto para doces de nossas filhas?

— Addison e Charlotte disseram que os bolos que encomendaram são de abacaxi e beijinho e outro de doce de leite. --- ligou o veículo após se certificar que Callie estava com o cinto de segurança. Ela dizia se sentir incomodada, sempre.

Aí não vejo a hora de chegar amanhã e estarmos na Califórnia. --- suspirou, contente. — Sem falar que veremos nossa filha. Parece que tem séculos que não vejo Sofia. É horrível toda essa distância.

— Nem me fala, Calliope... nem me fala. --- murmurou à medida que prestava atenção na avenida. Criar filhos e deixa-los ir para o mundo era difícil para seu coração de mãe. Sofia estava trabalhando como garçonete na cafeteria dos Robbins, estudava e agora estava frequentando uma academia. Tinha reclamado que ainda não tinha achado uma boa academia com aulas de jazz, e por isso estava fazendo musculação para não deixar seu corpo cair na monotonia. — Porém as duas vão pirar quando chegarem lá e verem Sofia fazendo surpresa. --- sorriram. Sabiam que as três irmãs sentiam falta uma da outra.

 

 

 

 

Não demorou muito e logo Arizona estacionou o carro em frente a garagem de casa. Pegou a caixa que continha o bolo do colo de Callie e lhe entregou as chaves para que ela pudesse abrir a porta. A latina bufou sabendo que sua mulher não queria que ela carregasse o mínimo de peso possível. Ao entrarem em casa, estranharam o silêncio a não ser pela cadelinha que já vinha como um canguru pulando em suas pernas. Arizona agachou para que pegasse a peça branquinha e peluda em seu colo e deu um beijo na cabecinha de Jade antes de passa-la para os braços de Calliope.

 

Ao colocar o bolo sobre a ilha da cozinha, conferiu que sua encomenda de petiscos infantis já tinha chegado e que Francine tinha arrumado tudo com delicadeza. Cones com frutas – uma variação com casquinhas de sorvete – chamava atenção com as frutas de cores diferentes. Muffin de abobrinha e ricota, Pop Cake – bolo no palito de chocolate e granulado colorido em volta e por fim dentro de uma caixa estavam pequenas pizzas em formatos diferentes. Teria que leva-las um pouco ao forno. 

 

Callie, você nem esperou as meninas verem a surpresa. --- com uma das mãos, deu um tapa no braço da mulher que já estava mastigando seu delicioso muffin.

Amor, me desculpe. Mas não dar para resistir a isso aqui. --- estava como uma criança, fechava os olhos gemendo em satisfação a cada mastigada e com a boca ligeiramente suja.

Vou ver onde essas criaturinhas se enfiaram. --- largou tudo na cozinha, passou pela lavanderia e a porta de correr que dava acesso para a área externa estava aberta. Dentro do pula-pula um pouco afastado podia ver Alice chorando, sentada no colo de Francine e Laura ao lado segurava o tablet.

Eu vou matar o Sloan! --- assustou-se com o rugido da esposa atrás dela. — Arizona, ele praticamente ofuscou o nosso presente. --- só então ela tirou os olhos da filha que chorava para a enorme casinha rosa de plástico. Seus olhos se arregalaram, observou que ao lado estavam as bicicletas ainda com laçarote que haviam deixado na sala antes de saírem para trabalhar. — Eu disse para ele não comprar essa casa, é enorme.

— Uau! É linda! --- disse ao mesmo tempo em que Callie xingava todas as gerações de Mark Sloan. — Mas aposto que elas gostaram muito da bicicleta, amor. --- tocou o braço da latina e observou mais a frente Francine ajudar as filhas a saírem de dentro do pula-pula.

— Espera só até eu encontrar esse cara... --- resmungou e Arizona acabou rindo. Apesar da implicância da esposa com o presente, tinha amado aquela casinha e não via a hora de explorá-la juntamente com as filhas. Claro que Callie não precisava saber de suas ideias naquele momento.

‘’Mamas, meu nivesálio!’’ --- Laura vinha correndo, saltitante. — ‘’Sosô falou com eu e com a Ali. Me deu palabéns e aí Ali chorô e a Fan abaçô ela porque ficô tiste.’’ --- Arizona não se conteve e a pegou em colo. Beijou sua bochecha e a pequena se esticou até abraçar também Calliope que andava evitando pegar as gêmeas no colo.

— Prontinho, suas mamães já chegaram e agora você pode ficar feliz. Não é? --- Francine disse tentando animar Alice em seu colo. — Sofia fez uma chamada de vídeo com elas, riram bastante, mas quando Sofia disse que teria que desligar, Alice não aceitou muito bem a ideia de não ter a irmã aqui hoje. --- mesmo cansada, Callie pegou a filha em seu colo a enchendo de beijos. — Consegui tirar um print muito lindo delas no meio da conversa, salvei no tablet. --- as duas mulheres olharam pra a babá, agradecidas.

Eu quero mesmo saber se vocês gostaram da bicicleta que ganharam? --- Arizona levou Laura ao chão novamente, a filha saltitou em comemoração e correu até a casa rosa.

‘’E tem também uma casa de pincesa que o titio Maiiiike deu.’’ --- Laura se expressou com os braços abertos acenando para que chegassem mais perto.

— Eu disse que o maldito Sloan iria ofuscar nossos presentes. --- a latina deixou Alice descer de seu colo quando a mesma balançou as perninhas pedindo para ir ao chão. A mine Arizona correu até ficar ao lado da irmã e começaram a mostrar tudo o que tinha na casa.

Elas ficaram super animadas quando desceram e viram as bicicletas ao pé da escada. Queriam andar pela casa, mas não deixei para não arranhar o piso. --- Francine comentou, sorrindo. Arizona ajudou as meninas a sentarem em suas bicicletas que gargalhavam para fazer força e mover o brinquedo. — O dr. Sloan chegou pouco tempo depois que vocês duas saíram para o hospital. Gastou um bom tempo montando tudo e quando as meninas apareceram, foi só festa. --- Arizona precisou ajudar as filhas, empurrando-as, já que era mais difícil por conta do gramado do quintal. — Ele ficou para participar do café da manhã com elas e disse que quando chegar de seu consultório, aparecerá com a dra. Lexie e as crianças. --- concluiu.

— Me lembra de comprar o melhor presente que Hannah e Dave podem pensar em ter. --- Callie tocou o braço da esposa, assim que a mulher parou ao seu lado e gritava coordenadas para as pequenas. — Ele pensa o que? Que pode chegar na minha casa e comprar as minhas filhas com essa casa de plástico.

— Ela é bem bonita... --- a fala de Francine saiu mais alto que ela mesmo esperava. Se dando conta do olhar mortal de Callie, arregalou os olhos. — Que... quer dizer, menos funcional que as bicicletas, não é?

Boa saída!! --- a loira sussurrou, observando sua mulher adentrar a casinha rosa. — Meninas, que tal entrarmos para comerem muitas coisas gostosas? E tem um bolo lindo para vocês.

— ‘’Mommy, é de chocoiate?’’ --- Alice, espertamente desceu de sua bicicleta e passou por ela correndo já para o interior da casa.

— Pode apostar que sim, meu bebê gigante!

 

 

 

Arizona não sabia identificar quem estava mais feliz entre suas gêmeas e sua esposa. As três estavam melecadas por chocolates, conversavam entre si, gargalhavam e não se importavam de falar com a boca cheia. Perdeu as contas de quantas vezes chamou atenção delas por isso, mas apenas davam de ombro e entravam em seus mundos novamente. Tinha arrumado a bela mesa de jantar com toda as comilanças e vendo a gratidão nos olhares e risadas de suas bebês, não se sentiu menos feliz por Sofia não estar presente, pois a mais velha odiaria que o aniversário das irmãs passasse em branco por causa de sua ausência.

 

 

Meninas! --- chamou-as, Laura tinha um pedaço de pizza em sua mão e Alice estava distraída comendo muffin e balançava a pulseira colorida em seu pulso.

‘’Oi, mommy?’’ --- Laura pergunta sem lhe encarar e Alice para de balançar o braço para lhe dar a devida atenção.

Eu e a mamãe temos uma surpresa para vocês. --- os olhinhos azuis pairaram sobre os seus, em expectativa ao ouvirem a palavra ‘’surpresa’’

— ‘’O que mommy? O mingau já apaleceu? Cadê ele?’’ --- foi a vez de Alice perguntar e o som da gargalhada de Francine e Callie se misturaram, e ela negou com a cabeça.

Ainda não meu amor, ainda falta um pouco. Tenha paciência. --- pediu sabendo que a ansiedade aumentava a cada dia para a chegada do irmãozinho.

‘’Sofi vai vim pá casa no meu nivesálio?’’ --- ergueu uma sobrancelha vendo que Laura acertou uma parte muito importante da surpresa.

— Huuum... sabe para onde nós vamos amanhã? --- esfregou as duas mãos uma na outra fazendo um som de ‘’tantantantan’’. E se batesse na tecla que Sofia não iria aparecer, as fariam chorar e seria muita maldade com suas bebês.

‘’Páia!!!’’ --- as duas levantaram os braços ao mesmo tempo, deixando os dentes sujos de chocolate a mostra.

Fala logo pelo amor de Deus, elas vão falar todas as coisas possíveis... --- a impaciente mulher ao seu lado murmurou.

— Deixa de ser chata! --- deu um pequeno belisco no braço de Calliope.  — Amanhã nós vamos ver suas dindas Addie e Charlotte, vamos na praia e depois vamos para a Disneyland. Vocês não queriam conhecer o castelo?? --- exclamou, animada.

— ‘’O catelo Lala, o catelo...’’ --- as duas sempre pediram para ir conhecer o castelo. Na verdade, a mais apaixonada pelas princesas era Alice e isso sempre foi muito notório. Laura apenas dava a mão para a irmã e a acompanhava no embalo. Eram melhores amigas. — ‘’Vamos logo, mommy pufavô! Lá onde mola muitas pincesas, pode botar minha ropa de pincesa?’’

— É um bom dia para irem vestidas de princesas. Boa sorte! --- Callie a cutucou com o ombro. Alice demoraria uma hora para escolher sua melhor fantasia para vestir.

‘’Mama, num vai ter a paia?’’ --- os olhinhos tristes de Laura foram detectados e Callie a levou para sentar-se em suas pernas.

— Claro que vamos a praia meu amor. É quase impossível irmos para a Califórnia e não levarmos vocês para conhecer tudo né? Vai ser o melhor fim de semana de aniversário das minhas sapequinhas. --- beijou a bochecha suja da filha e logo depois fez cócegas em sua barriga, fazendo-a voltar para sua cadeira.

— Falar nisso, a Sofia disse que não precisa esperarem ela no aeroporto já que o voo dela pousará entre uma hora ou uma hora e meia depois do de vocês. --- quando falou no nome de Sofia, Francine teve que sussurrar para que as gêmeas não ficassem sabendo que a irmã também iria na viagem.

— Ligarei mais tarde para combinar certinho, não vejo a hora de ver nessas carinhas a surpresa de vê-la lá também conosco. --- emocionou-se. Ela fica ali, perdida, olhando para as duas e acaba chorando silenciosamente. Não conseguia conter as lágrimas que caiam sem pedir licença. Callie percebe e segura sua mão e a beija.

 

 

Arizona estava cansada, era como se toda a carga da semana estivesse finalmente fazendo peso em suas costas. Depois de ter corrido para lá e para cá com as filhas no quintal, as deixou brincando com Francine e sentiu seus pés doloridos ao subir os degraus da escada de sua casa. Calliope tinha se retirado após o almoço alegando cansaço e precisava dormir. Ela estava dormindo muito mais agora na gestação de Miguel. Estava levando um chá para que ela pudesse beber e relaxar um pouco junto a massagem prometida. Porém o que ela queria mesmo era se afundar na banheira cheia de sais.

 

Arizona não sabia por quanto tempo Callie estava tirando seu digníssimo cochilo, mas a acordou acariciando suas pernas e sentiu o perfume cítrico que ela usava pairar pelo quarto. Colocou a xícara de chá no aparador ao lado da cama, retirou sua calça jeans jogando-a em cima da poltrona e fechou a porta do quarto. Tudo o que mais queria era poder deitar ao lado de sua esposa, mas teria que voltar para o hospital.

 

— Huuum... --- Callie não abriu os olhos, mas sorriu para que ela soubesse que estava acordada. Arizona subiu na cama e engatinhou até esposa.

Hey, minha ursa dorminhoca. Trouxe o chá que pediu. --- sussurrou, acariciado a barriga da latina e correu sua mão por cima do tecido da calcinha. — Entrar no nosso quarto e te ver dormindo apenas de lingerie é muito para o meu pequeno coração.

 

A morena soltou um gemido preguiçoso quando ela começou a acariciar sua entrada, invadindo o tecido da delicada lingerie.

 

— Sabe o que eu queria fazer agora, amor? Queria mesmo beijar todo o seu corpo. Mas daqui a pouco as meninas invadem esse quarto. --- mordeu o lóbulo da orelha da mulher para em seguida lambê-lo. — Mas também não sei se faria isso agora, alguém nessa casa tem que ir trabalhar.

 

Enquanto falava, os dedos de Arizona trabalhavam na carne da latina, deixando-a molhada e ansiosa para mais. A loira mordiscou o pescoço de Calliope, a língua provocava em sua pele arrepios e a carícia entre suas pernas lhe incendiava de dentro para fora. Estavam de lado, como em conchinha e Callie empinou a bunda para trás em busca de mais contado, roçando em sua intimidade.

 

A morena não queria abrir os olhos, pois a sensação de estar sonhando a deixava ainda mais excitada. Isso porque ela sabia que Arizona estava ali, em uma tarde onde ainda tinha que ir trabalhar e era de fato real.

 

Ari... amor... --- Arizona gostava quando Callie falava aquilo para ela, chamando seu nome com a voz desejosa. Era como um código, convidando-a para pertencer a ela mais uma vez e ali, naquele momento, Calliope estava fazendo o convite. Ela tentou captar qualquer barulho do lado de fora do quarto, qualquer sinal que indicava que suas filhas bateriam na porta e quando não captou nada, ela aceitou.

 

 

A latina sentiu a renda da calcinha roçando entre sua pele sensível enquanto Arizona a retirava. Seus sentidos estavam aguçados, privando-a da visão, sua audição e olfato estavam atentos ao perfume e toda a movimentação que Arizona fazia.

 

E mesmo baixinho, os gemidos se uniram e se confundiram quando estavam pele a pele, o encaixe era perfeito da forma mais íntima que as duas eram capazes. Aquela conexão, uma soma de tesão, carinho e sempre tinha algo a mais. Foram pegas de surpresa sentindo a forma intensa a reação física de seus corpos e a química de suas almas.

 

----

 

Depois de um banho rápido, já estava vestida devidamente para voltar ao hospital. Seu cabelo agora estava preso em um tradicional rabo de cavalo e a maquiagem leve apenas para disfarçar as olheiras da noite mal dormida por conta de suas filhas. Callie agora perecia estar de bom humor, tomava seu chá na cama e as duas sapequinhas encontravam-se sentadas ao seu lado na cama brincando.

 

— O dever me chama. --- piscou para Calliope se aproximando da cama e beijou suavemente os lábios latinos. — Eu te amo, Calliope. Mas acho que suas filhas conquistaram mais meu coração. --- abraçou-as à medida que ia fazendo cocegas em suas barrigas. Callie sorriu bebericando um pouco de seu chá. — Mais tarde a April disse que irá aparecer, o Mark também deve vir. Eu não sei conseguirei pegá-las acordas ainda, então você pode conferir as malas para mim? Ver se está tudo certo... se não esquecemos nada.

— Se o Mark aparecer, eu jogo um pedaço de ovo cru na cabeça dele. --- fez uma careta e logo surgiu um bico nos lábios da morena. Arizona sorriu com a cena. — Ele vai ver, vai ter troco.

— Aproveita combina o horário direitinho para irmos para o aeroporto amanhã. Diga para a Grey que eu não tolero atrasos. --- beijou mais uma vez as filhas e a testa da esposa já se preparando para sair do quarto.

— Como se não te conhecêssemos... até parece que alguém vai ousar em se atrasar. Nem Sofia que está em Washington. --- zombou e Arizona jogou um beijo no ar antes de partir para o hospital.

 

 

Dia seguinte...

 

 

E então gatinha, está animada para andar de avião de novo? --- Mark perguntou ao sentar na cadeira ao lado de Alice. Estavam no Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma, o voo estava previsto para sair as 6h20 da manhã.

Sim titio Maiiiike. Ele faz assim oh.... Zum, zum, zum e ponto chegô. --- disse Alice imitando o barulho do avião e mexendo seu ursinho de pelúcia como se fosse um.

 

De onde estavam dava para ver vários aviões estacionados, Alice encostava a testa no vidro sorrindo e encantada com o tamanho dos aviões. Ao contrário dela, Laura, Hannah e Dave estavam dormindo nos bancos do aeroporto ainda vazio. Lexie estava no meio dos dois filhos que repousaram as cabeças em suas pernas e Laura dormia em seu colo já que Callie ao seu lado, estava também no mundo dos sonhos.

 

— Amor, chamaram o nosso voo. --- sacudiu de leve sua mulher que estava odiando ter sido acordada ainda pela madrugada. — Não quer lavar o rosto rapidinho? --- a latina negou com a cabeça.

— Só quero entrar no avião e dormir. Já até coloquei minha meia calça apropriada. --- murmurou fazendo um pequeno esforço para levantar da cadeira.

— Animação, Torres. Você não ama a Califórnia? Era para ser a mais animada dessa viagem. --- Lexie pronunciou-se acordando os filhos que estavam quietos devido a sonolência.

— Depois que eu chegar e dormir por umas duas horas no quarto de hotel, a gente conversa sobre animação Lexie. --- pesou sua bolsa e deu a mão para Alice já que Arizona carregava Laura em seu colo.

Essa viagem vai ser inesquecível, morena. --- Sloan beijou a lateral de seu rosto e assim que mostraram seus documentos, a passagem para ir ao avião havia sido liberada.

 

 


Notas Finais


Me desculpem pela demora!
Minha vida está bem corrida, mas fico feliz de ter conseguido ao menos atualizar hoje.
Muito obrigada pelos comentários e pela paciência.
♥♥


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