Uma única vez eu disse que aquilo era só uma máscara. Um disfarce petulante e deveras inconveniente. Você riu, como se o que eu havia dito fosse tão absurdo que despertava em você momentos de extrema diversão. Uma nova piada, uma gracinha diferente. Eu ri contigo, pois é difícil para eu demonstrar fraqueza. Você devia saber disso melhor do que ninguém, Kyungsoo.
A segunda vez em que eu sinalizei por ajuda, você começou a falar como não queria ser responsável por ninguém, o seu instinto de liberdade floresceu tão vívido para alguém aprisionado como eu. Apenas deitei a cabeça no teu ombro e murmurei que você estava certo. É, você estava, Kyungsoo, e eu não gostaria de te manter preso a alguém inútil como eu.
Na terceira, brincava com as músicas que eu cantava. Suas letras poderiam se conectar com o que eu queria que você soubesse. Você apenas respondeu que eram boas músicas e me indicou mais umas outras, sem pensar no que aquelas mensagens realmente significavam. Mas pudera! Não é tão fácil desconstruir a ideia de que eu sou muito feliz.
Afastei-me lentamente de todos. Um por um doeria mais, optei pelo processo mais rápido, recortar-me da imagem em que nos enquadravam e sumir pelo tempo que eu pudesse. Pare para pensar, Kyungsoo, você logo se acostumou com a minha ausência, assim como todos os meus amigos, no entanto eu continuo tentando respirar porque tudo parece tão presente, e a presença de vocês é tão sufocante que me despedaça.
Antes que você se vá de uma vez, Kyungsoo, estou sendo direto com você: Estou doente. Portanto, quando eu não passar de uma memória difusa e desagradável, não aja como se eu não houvesse avisado.
Não venha fingir que eu nunca tentei te alertar.
Não venha chorar no meu túmulo.
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