Eu não conseguia parar de pensar se não estávamos indo rápido demais, os últimos dois dias foram incríveis, só nós dois, nos conhecendo mais, já que íamos entrar de cabeça nisso precisávamos nos conhecer como casal, além do prazer carnal, e esse estava muito bem obrigada, e agora estamos aqui indo para Sheffild para a casa de seus pais, era um passo, definitivamente era, será que eu estava pronta para isso? Eu não sei, e esse pensamento não saia da minha cabeça, pra mim estava bom nos vermos quando dava, só nós dois, envolvendo alguns amigos aqui outro acolá, mas conhecer família, me deixava insegura, tinha acabado de me convencer em tentar esse relacionamento, será que ele espera conhecer minha família em breve? Não, ele bem sabe que isso vai demorar para acontecer... Onde eu estava com a cabeça para aceitar o convite de vir para o casamento com ele, nem roupa eu tinha...
-Está nervosa? - ele pergunta, claramente lendo meus pensamentos, e percebendo meus pés inquietos.
-Não, estou indo conhecer meus futuros sogros e estou absolutamente tranquila.
-Relaxa, eles vão te adorar. -Eu assenti, mas o que me preocupava é se eles iriam adorar uma mulher recém separada, cheia de filhos ainda por cima brasileira.
Depois de umas três horas na estrada chegamos em High Green, Alex estaciona em frente a sua casa de infância onde seus pais ainda moram, uma sobrado de tijolinhos, assim como todas as casas da rua, ele desce do carro, abre a porta para mim, e me puxa para um beijo antes de entrarmos, sua língua deslizou para dentro, movendo- se de um jeito que me lembrou o que tinha feito na noite anterior, e naquela manhã, gemi em sua boca, quando ele se afastou eu estava ofegante.
- Comporte-se. - eu disse.
- Como com você me beijando assim?
-Eu? - me fiz de inocente. - Quem começou foi você. A porta se abriu.
- Oh! Aí está você, Alexander. - Uma senhora de cabelos grisalhos quem imagino ser sua mãe, diz sorrindo, indo abraça-lo, e eu fico com aquele sorriso amarelo observando a cena.- Não vai me apresentar sua acompanhante?
- Ah sim, -ele me puxa para perto me dando as mãos. - essa é Isa, -ele diz para a mãe, e olha para mim -Isa, essa é Penny.
- Prazer Sra Turner, - Digo esticando o braço para um aperto de mão, ela retribuí com ternura, dizendo:
- Apenas Penny, vem, vamos entrar. - Ela diz empurrando a porta dando-nos passagem. Até que avistamos o Sr Turner vindo dos fundos da casa ao nosso encontro, ele dá um abraço no filho, e em seguida Al me apresenta.
- Vão se acomodar, depois desçam que eu preparei um almoço para nós. - Penny diz.
Subimos as escadas, e vamos em direção do quarto no final do corredor, Al abre a porta e me conduz dizendo:
- Esse foi o quarto que passei minha vida toda, vir aqui sempre traz um sentimento nostálgico, mas agora minha mãe está transformando em um santuário. - Ele acrescenta, enquanto eu passo os olhos por todo o quarto, com prêmios ganhos pelo Arctic Monkeys, revistas que ele está na capa em cima da escrivaninha...
- Então é aqui que você trazia as garotas. -Digo.
-Mais ou menos - ele diz com um sorriso. - Vem cá- ele diz me puxando pra perto, -nervosa ainda? - Ignoro sua pergunta e o beijo, ele corresponde com mesma intensidade, e passa para minha mandíbula, meu pescoço...
- Vamos logo, não quero deixar seus pais esperando. - digo entre beijos.
-Só mais um pouco, please - ele diz com seu forte sotaque fazendo biquinho. Dou mais um beijo nele e o arrasto para fora do quarto.
-Ai estão vocês, cansados da viagem?
-Não mãe, Isa revezou a direção comigo. - Ele disse dando uma piscadela para mim.
-Está gostando da Inglaterra Isa? Al nos falou que você é Brasileira ... Venha, - ela nos disse nos apontando para segui-la em direção a cozinha, Al puxou a cadeira para mim, nos acomodamos na Ilha enquanto ela cuidava da finalização do almoço, enquanto eu disserto o quanto estava gostando de seu país, rio por dentro com a ironia que na verdade passei mais tempo trancada na casa do filho dela transando com elebdonque conhecendo o país. Conversamos sobre o Brasil, e ela demonstrou interesse, o que me fez ficar mais a vontade sobre o fato de eu ser brasileira, mas ainda não tocamos no ponto de eu ser mãe de três crianças recém separada. Ela finalizou o almoço e sentamos a mesa para almoçar enquanto falávamos do prato sem proteína animal que ela havia feito especialmente para mim, pai de Alex questionou os motivos da minha escolha por não consumir animais , e eu expliquei as questões políticas, éticas e morais por trás da minha escolha porém sem me aprofundar muito para não acabar cometendo o erro de acabar julgando o tipo de alimentação deles.
-Alex me contou também que a alimentação dele está mais saudável, imagino que você tenha parcela de culpa nisso, de um modo bom, claro. - Penny diz.
-É ele comentou comigo. - respondo sorrindo orgulhosa para ele.
-Para quem trocava a refeição por um hambúrguer com refrigerante, fico muito feliz com isso- pai do Al diz rindo.
-Mudando totalmente de assunto, que horas termos que estar no Western amanhã?- Alex pergunta e seu pai responde, completando com um comentário sobre o clima do casamento.
-Que ideia de casar no frio, somente Ella mesmo para escolher essa data.
-Ainda preciso comprar um vestido - digo me direcionando para Alex.
- Nós vamos agora depois do almoço, love.
Terminamos de almoçar, subimos para trocar de roupas, colocar umas mais quentes para sair pois havia esfriado bastante, Al resolveu tomar um banho antes e eu deitei em sua cama para esperar, e acabei pegando no sono, acordei já estava estava escuro, o que não é difícil quando o sol se põe antes das cinco da tarde, lamentei internamente ter dormido a tarde toda, e ter que sair a noite para procurar uma roupa de festa, isso se as lojas de rua ainda estiverem abertas, levantei da cama preguiçosamente, e me deparei com uma caixa no meus pés com um pequeno papel com meu nome na grafia perfeita de Alex. Abro a caixa e dou de cara com um Valentino totalmente vintage, minha cara, eu não escolheria melhor, Alex tem muito bom gosto, salto da cama já tirando minha blusa de frio para coloca-lo, é quando ouço duas batidinhas na porta.
- Pode entrar, love. - Falo imaginado ser Alex.
-Licença querida, só vim deixar a roupa de cama. Lindo não é? - Ela diz se referindo ao vestido que eu segurava.
-Sim, Alex tem muito bom gosto. Sabe onde ele está?
-Sim, ele está lá em baixo com o Matt e sua esposa e filha, que vieram para o casamento.
-Ah o Matt no fim veio, Breanna tinha comentado que talvez eles não viriam.
- Eles cresceram todos juntos uma época, eram os três grudados, depois Ella se mudou com os pais e o afastamento foi inevitável.
-Alex comentou comigo, que é uma prima distante mas que ele nutre um carinho muito grande por ela.
-Ele nutre um carinho muito grande por você também. - ela disse sorrindo para mim
-Ele disse isso?
-Não foi preciso, a gente percebe que ele está apaixonado e feliz quando ele não deixa de sorrir quando fala de você, ele fala de você com amor e poesia Isa, com a mesma paixão de um autor admirado. -Ela diz enquanto Al a interrompe abrindo a porta.
-Acordou a bela adormecida, - ele fala dando um beijo na testa, e sua mãe sai fechando a porta nos dando privacidade.
-Ele é lindo- falo apontando para a caixa.
-Gostou?
-Claro, obrigada.
-Acho que a gente precisa ver se serve - Ele diz em tom de segundas intenções.
-Ah é, você acha? E vai deixar o Matt e a Breanna esperando?
-Não, eles já foram, só deram uma passada aqui pois estavam dando uma volta com a Amelia, eles vão vir mais tarde jantar conosco, os pais de Matt virão também.
- Então não tem como fugir de ter que ficar pelada com a desculpa de provar o vestido.
-Nope! - ele diz triunfante. Sentando na cama, se acomodando apoiando as costas na cabeceira de madeira, começo abrindo os botões da camisa que eu vestia, ficando somente com um sutiã preto transparente, ele sorria pra mim enquanto eu desabotoava a calça jeans, me peguei admirando aquele sorriso, percebendo cada dia mais o quanto eu estava apaixonada por ele, e o quanto eu poderia me decepcionar, mas a essa altura eu não me importava mais com os riscos, eu queria estar com ele.
-Ei, o que está pensando, com esse olhar?
-Que olhar?- digo sorrindo de canto de um jeito que eu sei que forma uma covinha em meu rosto que ele já comentou inúmeras vezes o quanto gosta, e brinca com ela sempre que ela aparece, subindo na cama engatinhando indo de encontro a ele, começo passando a língua nos seus lábios enquanto ele permanece sentado imóvel somente me observando com os olhos.
-Esse olhar de apaixonada.
-Estás muito convencido, porém não enganado, estava sim com olhar de perdidamente apaixonada por ti, e no minuto anterior ao que estamos eu estava admirando seu sorriso, o modo como você passa a mão no cabelo sorrindo de lado, com todo o seu ar de triunfo fazendo-me despir para ti. - falo de quatro sobre ele em seu ouvido, depois passando a língua em seu pescoço.
-Vem cá, - ele me puxa me abraçando fazendo-me sentar em seu colo e sentir sua ereção.
-A gente não vai fazer nada aqui na casa de seus pais Alex. - eu o advirto.
-Como não? Como vou dormir com você e não vamos fazer nada?
- Exatamente isso, ou você acha que vou fazer qualquer coisa sendo que o quarto de seus pais é colado no seu, na minha primeira visita? Nem pensar Alex.
-Ok. você quem sabe, mais isso não impede de eu tentar te convencer do contrario né?
-Não, mas você não vai me fazer mudar de ideia. - Ele revirou os olhos, e me puxou para um beijo, quando eu percebi eu estava em baixo dele com ele tapando minha boca para não gemer muito alto enquanto ele me chupava, quando eu estava mordendo a mão dele, puxando o cabelo dele, quase lá, ele subitamente para.
- Porque você parou?- Fiquei sentindo um vazio sem sua boca quente entre minhas pernas.
-Você quem não quer fazer nada aqui, lembra? -Ele diz sorrindo
- Ok. Vai fazer esse jogo baixo?!
-I'm sorry honey. - Ele diz irônico.
-Você mão vai me convencer com essas suas investidas Al, -Digo saindo de baixo dele vestindo o vestido.
-Está bem- Mais uma vez em tom de convencido que eu não resistiria aos seus encantos.
-Vou descer, ver se sua mãe quer ajuda na cozinha, você vem?
-Vou dar uns telefonemas, e já desço.
Coloco novamente a roupa que eu estava e desço em direção a cozinha. Onde acompanho a mãe do Alex na preparação do nhoque. Conversamos bastante sobre culinária, trocamos receitas, dicas, ela é uma pessoa bem bacana, logo Matt chegou com Breanna , Amelia e seus pais, e nos reunimos todos em volta da ilha, falando sobre assuntos nostálgicos para eles e tomando vinho...
Enquanto jantávamos Alex me provocou o tempo todo, ele sabia que eu estava a flor da pele, já que ele me impediu de chegar ao ápice, então qualquer toque dele me acendia, e ele tinha plena consciência disso, sentamos um do lado do outro ele na ponta depois eu, Breanna, o Pai do Al na cabeceira, Matt em seguida de frente para Breanna, depois a mãe de Matt de frente para mim, ao lado dela o marido, e na outra cabeceira da mesa Penny, Amelia já estava alimentada e brincava no chão. Al ficava passando as pontas dos dedos por cima do jeans que eu vestia, quando todos estavam distraídos ele aproveitava para subir a mão até minha intimidade, o que fazia eu olhar em tom de reprovação para ele, e ele se divertia com isso. Eu sei o que ele queria, ele queria me provocar até ser eu a ir atrás dos nossos momentos de luxuria, mas dessa vez eu não pretendia ceder, só que naquele momento eu já havia cedido, cedido aquele toque que me levava para outra dimensão...
-Não é mesmo Isa? -Jill mãe de Matt pergunta
-Como? Desculpe eu não estava prestando atenção, pode repetir? - e em seguida olho feio para o Al, que esta claramente se divertindo.
- Estava falando como as crianças crescem rápido, Breanna e Matt tem que aproveitar muito essa fase de Amelia.
-Sim, é verdade, parece que foi ontem que meus filhos nasceram, e a minha mais velha já está com quase 14 anos.
-E como eles reagiram a sua separação Isa? - Pai de Alex pergunta, me deixando apreensiva com o rumo da conversa.
-Até que reagiram bem, Sr Turner, uma separação nunca é fácil para ninguém ainda mais para as crianças que não entendem, mas na medida do possível estão passando por essa fase de adaptação.
-Imagino como deve ser além de perder o pai do convívio diário, perder você, com você viajando sempre agora, logo depois da separação, coisa que eles não estavam acostumados. - Senti como se fosse uma cutucada, estava tudo muito perfeito para ser verdade, senti também meu sangue correr mais rápido, ao perceber que meu receio estaria prestes a ser concretizado.
-Na verdade eles não sentem minha falta em casa pois eu só saio quando eles estão com o pai, estamos com a guarda compartilhada, cada semana eles passam com um dos pais, então eu aproveito minhas semanas sem eles para viajar. - Respondo da maneira mais meiga possível, sem esbanjar um pingo de ironia que gostaria de ter aplicado na minha resposta.
-Vou pegar a sobremesa, me ajuda Isa? - Penny diz, nos tirando daquela saia justa.
-Claro- levanto para acompanha-la.
Já estávamos nos arrumando para deitar após o jantar, eu estava tirando e jogando no chão o monte de travesseiros que tinha na cama do Al...
-Desculpe pelo meu pai, ele tem um pensamento retrogrado quanto a separação com filhos.
-É eu percebi- disse claramente chateada. Poderia ter me avisado.
-Eu não imagunava.... Ei, não fica assim - Ele disse deitando e me puxando para perto dele. - Eu não ligo para nada disso, o que importa é eu e você tá bem? O que importa é que eu acordo e durmo pensando em ti...
- Eu sei, mas seu pai tem um pouco de razão, sabia que seria julgada, afinal eu acabei de separar e já estou com outra pessoa.
-Isa, eu sei do sentimento que temos, você vai mesmo se preocupar com o que meu pai pensa ou deixa de pensar?
-Não é que eu esteja me importando Al... ah deixa para lá. -encerrei o assunto, antes que isso me chateasse mais. - E que história foi aquela de ficar me provocando por baixo da mesa?
-Ahhh você gostou!
--Claro que não, você quase me colocou numa saia justa.
-Então você não gostou do meu toque? -Ele disse direcionando sua mão pelo meu ventre até o meio de minhas pernas.
-Não! - disse com a voz entrecortada.
-Não gosta quando eu faço assim? -Ele disse tocando meu clítoris, e beijando meu pescoço.
-Se vai começar com isso então faça até o final até eu gozar.
-Não posso, lembra? Regra sua!
-Não senhor, a regra é não transarmos aqui, ainda mais com seus pais aqui do lado, não fala nada sobre me fazer gozar.
-Se você fosse mais silenciosa eu até faria, mas a regra foi feita devido aos barulhos, e você não consegue se controlar sob meus dedos ou sob minha língua, então...
-Vai se foder Alex! -Digo irritada virando de costas para ele, sinto ele dando risada, e logo adormeço. Acordo de madrugada de bruços, sonolenta sem calcinha com Alex em cima de mim.
-O que está fazendo? - Pergunto
-Nada de mais, só quero dormir dentro de você, fica tranquila não vou fazer nada, eu prometo.
- Tá bem. - respondo quase num sussurro de sono, e volto a fechar os olhos para dormir, enquanto Al permanece dentro de mim dando beijos em minhas costas e ombro.
-I love you Isa.
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