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História I Wanna Be Yours - Toda a culpa que podemos sentir


Escrita por: bianca_bane

Notas do Autor


Olá cocadinhas, estou mais uma vez aqui, essa semana estou inspirada kkkkkk
(eu observei um certo padrão que eu tenho de só postar cap de madrugada, acho que é pq meu sono é todo desregulado)
Espero que gostem s2s2<3

Capítulo 13 - Toda a culpa que podemos sentir


P.O.V Gelda

As coisas ficaram bem estranhas depois do baile do Arthur. Rosabella sumiu, passou três dias sem dar as caras, ninguém sabia onde ela estava, até hoje, quando ela repentinamente entrou na sala de aula cinco minutos atrasada e simplesmente se sentou em silêncio em sua mesa usual e continuou em silêncio desde então. Claramente tem algo estranho acontecendo entre Arthur e Merlin, eles dois parecem extremamente desconfortáveis só de estarem no mesmo ambiente, eles não trocaram nem duas palavras desde o baile, e aparentemente estão tentando ignorar a existência um do outro.

Zeldris tem estado notavelmente ansioso nos últimos três dias, pelo menos eu estou notando, mas talvez seja simplesmente pela culpa de estar com o caderno dele e não o ter devolvido ainda, mesmo sabendo que é um objeto extremamente pessoal e que ele provavelmente se sente mal por tê-lo perdido, bem, não é que eu não tenha tentado entregar, é só que eu não encontrei o momento certo pra isso, eu nem sequer li nada além das primeiras páginas, por mais que estivesse curiosa não conseguia deixar de lado a sensação de que estaria transgredindo de forma imperdoável a privacidade de alguém.

Estarossa e Matrona parecem estar mais próximos do que nunca, eu tenho certeza que eles estão totalmente apaixonados um pelo outro, ficaram lançando olhares discretos (que não foram tão discretos quanto eles pretendiam) um para o outro durante todo o período das duas aulas e meia que passaram até agora, e em alguns momentos chegaram a se encarar e sorrir abertamente. Não vou nem tentar ajudar eles a ficarem juntos, eles estão fazendo um ótimo progresso sozinhos, aposto que daqui a alguns dias eles vão finalmente nos contar que estão namorando.

Ainda não fiz progressos tentando juntar Ban e Elaine, mas eu entendo o porquê, o término deles não foi um dos mais amigáveis, mas eu tenho certeza de que, eventualmente, eu vou conseguir. King e Ren parecem ter se tornado bons amigos, alguém de fora até poderia achar que eles namoram, mas está claro para qualquer um que os conheça pelo menos um pouco que eles estão apaixonados por outras pessoas, Ren por Ben, que eu não vejo desde o baile, mas tenho certeza que ele ainda está aqui em Camelot, e King por Diane, estou considerando seriamente tentar juntar os dois, mas ainda não é momento para Diane.

Diane tem estado meio para baixo nos últimos dias, até porque, não importa o quanto Dylan tenha sido babaca, ela realmente gostava muito dele, e por mais que não o amasse com todas as letras, chegou bem perto disso. Ultimamente nós – e por nós quero dizer todas as garotas do grupo (exceto Rosabella, a desaparecida) – Diane não estava muito no clima de passar muito tempo com os meninos agora, estávamos tentando evitar que Diane ficasse sozinha a qualquer custo, íamos à casa dela durante a tarde, levávamos ela para o shopping, e estávamos planejando uma festa do pijama para essa noite. Devo chamar Rosabella?

Apesar de tudo ela também não teve momentos muito bons nos últimos dias, ela e Arthur eram, atualmente, o assunto mais comentado de todo o país, e provavelmente dos países vizinhos também, não a culpo por fugir, pelo menos ela voltou, eu não tenho certeza se eu voltaria. Acho que os últimos dias foram meio estranhos pra todo mundo, menos é claro para Elizabeth e Meliodas, eles estavam apaixonados como sempre estiveram e para eles tudo ainda vai às mil maravilhas, afinal, quando se tem amor se tem tudo não é? Suspirei.

 

***

 

Estávamos mais uma vez na cafeteria, eu estava me sentindo meio nostálgica em relação às coisas hoje, talvez eu esteja emocionalmente esgotada, mas tudo o que eu sei é que estar em um lugar comum e confortável com os meus amigos é bom. Bem, exceto pelo fato de que eu estava me sentindo tentada a puxar o cabelo de Rosabella, ela ainda não tinha falado comigo, estava de papinho com Roger, logo Roger, ela não podia vir falar com a melhor amiga dela antes não? Quem é o Roger na fila do pão? Até semana passada eles nem se falavam e agora ela já tava falando com ele antes de falar comigo? Isso é uma falta de respeito.

– Mais um pouco e a cara do Roger vai explodir com esse olhar que você tá dando pra ele. – Ban comentou comendo seu sanduíche natural do meu lado.

– Seria bem feito, quem manda a Rosabella falar mais com ele do quê comigo, ainda mais depois de ter sumido por três dias?

– Ah, entendi, você está com ciúmes.

– Eu não estou com ciúmes, eu não sou ciumenta, eu estou apenas, levemente, muito levemente, irritada.

– Se você diz. – dessa vez eu lancei a ele meu olhar fulminante.

– O que foi? Eu não disse nada!

– Hm.

– Gelda – a lindeza resolveu finalmente falar comigo – O que aconteceu?

– O quê? Não aconteceu nada, por que teria acontecido algo?

– Porque hoje você está especialmente mal-humorada, e você nunca fica assim sem um motivo específico. – Droga de amiga que me conhece bem!

– Não aconteceu nada não, eu só não dormi muito bem. – é, acho que conviver com o Ban está me transformando numa ótima mentirosa, não tenho certeza se isso é uma vantagem ou uma desvantagem.

– Ah, certo. – ela ainda parecia meio desconfiada, mas, ainda bem, os outros estavam concentrados demais em suas próprias conversas ou em sua própria comida para notar, eu conseguia lidar em mentir para um deles, mas para todos ao mesmo tempo não.

– Mas e você Rosabella, por onde você esteve nos últimos dias? E você sumiu por quê? – nisso as pessoas prestaram atenção, talvez ela ficasse com raiva de mim mais tarde, mas por enquanto ela tem algumas explicações a dar.

– Achei que o Roger tinha contado a vocês onde eu estava. – okay, essa menina está brincando com meus nervos.

– Ele sabia?

– Sim.

– Hm. E por que você sumiu mesmo?

– Porque, Gelda, ela queria fugir, é isso que ela faz, foge. – disse Arthur do outro lado da mesa, tenho a impressão de que essa foi a primeira coisa que ele disse em três dias, e essas não foram as palavras mais gentis ou sábias. Rosabella o encarou com um olhar magoado, meu coração doeu um pouco por ela, Arthur estava claramente descontando suas frustrações nela, e isso não era nem um pouco justo. A situação toda não era nem um pouco justa.

– Sabe? Achei que quando eu voltasse você estaria mais calmo, mas acho que você só acumulou mais rancor enquanto eu estava fora. Mas, para dizer a verdade, realmente eu fugi, fiquei sozinha nos últimos dias, para pôr minha cabeça em ordem, e criar um plano.

– Três dias? Esse foi o tempo que você levou para criar um plano? – perguntou sarcasticamente Arthur, agora todos na mesa estavam em silêncio observando a conversa dos dois.

– Pois é, talvez eu tenha um plano B ou um C, na verdade, está mais para um alfabeto inteiro de planos. E você? Tem algum plano?

Arthur abriu a boca para responder, mas depois de um tempo a fechou novamente e voltou a comer calado. Parece que Rosabella conseguiu calar ele, essa é minha garota! Por um momento até esqueci que estava com raiva dela por ela ter me trocado pelo Roger, mas lembrei novamente poucos segundos depois. Todos ficaram em silêncio, esperando alguém dizer algo, como ninguém disse nada, tomei como minha a obrigação de quebrar aquele silêncio.

– Então, está tudo muito bom, o clima aqui está ótimo, mas eu tenho que procurar algo. – essas palavras não saíram da minha boca, Zeldris falou antes mesmo que eu pudesse formular uma frase para dizer. Assim que percebi o que ele provavelmente iria procurar me senti extremamente culpada.

­– Então gente, vocês ouviram alguma música legal recentemente? – Meliodas falou, claramente depois de Elizabeth dar um chute leve na perna dele por baixo da mesa. Não é interessante a sutileza dos sinais entre os casais?

– Eu acabei de lembrar que tem algo que eu preciso resolver galera, vejo vocês depois. – eu disse após alguns momentos da saída de Zeldris da mesa. É agora ou nunca, se eu não devolver esse caderno eu vou morrer com a culpa.

Procurei Zeldris por algum tempo, até que o encontrei sentado no chão perto de uma árvore de olhos fechados, ele parecia cansado e também entediado. Ele não tinha me visto ainda, então considerei apenas deixar o caderno ali no gramado mesmo e ir embora, mas eu sabia que ele sabia que tinha perdido o caderno no baile, além disso, muita gente me viu com esse caderno nos últimos dias, é só uma questão de tempo até ele descobrir que quem achou o caderno foi eu. O melhor era falar logo de uma vez e não viver na ansiedade de esperar ele descobrir sozinho.

– Zeldris?

– O que você quer? – respondeu ainda de olhos fechados e eu revirei os olhos, se eu soubesse que ele iria agir assim... devia ter deixado ele sem esse caderno mais tempo para ele ter uma liçãozinha sobre boas maneiras e... Não, não Gelda, essa não é a hora de tentar fazer a justiça de Lily Aldrin, ele só está de mau humor porque perdeu o seu caderno, caderno esse que você encontrou.

– Eu acho que estou com algo que te pertence. – e quando eu disse isso ele abriu os olhos.

– E o que seria isso?

– Seu caderno. – e dessa vez ele me olhou com uma expressão muito surpresa e levantou. Devo admitir que valeu à pena o estresse emocional que eu passei e que vai continuar valendo, só por essa reação dele.

– Eu encontrei perdido em uma das cadeiras do salão de baile no aniversário do Arthur. – eu disse enquanto tirava o caderno da bolsa e o entregava a ele, me senti feliz ao ver a expressão de felicidade no rosto dele ao pegar o caderno de volta, ele não costumava esboçar muitas expressões, mas tenho certeza que o vi sorrir sinceramente quando pegou o caderno de volta, pelo menos por um breve momento.

­– Por que demorou tanto para devolver? Você não leu, leu? – e o breve momento acabou.

– Não, Zeldris, eu não li nada além da primeira página, belo poema inclusive, eu adorei, se tornou um dos meus favoritos. – sorri para ele – E eu não devolvi antes porque não tive nenhuma oportunidade, desde o dia do baile as coisas tem estado... agitadas.

– Tem certeza que não leu nada além da primeira página? – perguntou sério, estou começando a me arrepender seriamente por ter tomado a decisão “certa” e não ter lido, ele está me deixando muito curiosa falando desse jeito.

– Sim, tenho certeza absoluta, e eu só li a primeira página para descobrir quem era o dono.

– Bem, nesse caso, obrigado. – disse e sorriu para mim, um sorriso leve, mas, ainda assim, um sorriso, meu coração perdeu o compasso e errou uma batida. Não, não, não, nem pense nisso coração traiçoeiro, nós dois sabemos que não tem como isso acabar bem!

– Er, de nada, tchau. – saí dali o mais rápido que eu pude. Não importa quantos casais eu tente juntar, eu nunca estive nos meus planos viver um romance ou me apaixonar, essas são, claramente, péssimas ideias, ainda mais se eu for me apaixonar por alguém como ele. Isso não pode acontecer.

 

P.O.V autora (secrets I have held in my heart)

Rosabella ainda estava conversando com Roger, e sabia que grande parte dos seus amigos ainda estava esperando algum tipo de explicação, mesmo eles tendo continuado suas próprias conversas uns com os outros ainda lhe lançavam olhares esperando que ela falasse algo, mas sabia que eles não a perguntariam nada diretamente, não depois do jeito que ela falou com Arthur.

Estava se sentindo um pouco mal por isso, não queria ter soado tão ríspida daquele jeito, mas não pôde evitar, ela tinha sido paciente com Arthur, o máximo que conseguiu, mas, infelizmente, Arthur tocou no ponto fraco de Rosabella, a sua necessidade de fugir. Ela sabia que em muitas situações, todas as situações para ser sincera, aquela não era a melhor opção, mas isso simplesmente fazia parte dela, ela precisava lidar sozinha com as coisas antes de poder lidar junto de outras pessoas.

Sempre achou que as pessoas subestimavam a ideia de ficar sozinha, ela sempre tinha pensado melhor quando estava sozinha, não que ela não gostasse de ter seus amigos e sua família por perto, ela apenas precisava ficar um tempo sozinha para processar as coisas antes de poder discuti-las abertamente com outras pessoas. Tem sido assim desde que ela se entende por gente, e não tem como mudar isso do dia para a noite.

Então sim, Rosabella fugia quando as situações ficavam muito complexas, mas ela sempre voltava depois. Ela se sentiu terrivelmente magoada quando o seu melhor amigo jogou aquelas palavras na cara dela daquele jeito, ela sabia que ele provavelmente só estava dizendo aquilo porque estava irritado e triste e queria descontar em alguém, mas ainda assim aquelas palavram a magoaram. E ela se sentiu na obrigação de revidar.

Mas agora se sentia mal, pediria desculpas a Arthur mais tarde, ela sabia que eles dois teriam que conversar de um jeito ou de outro, precisavam definir que estratégia seguiriam para reverter aquela situação. O único problema era que antes disso ela devia algumas explicações aos seus amigos.

– Rosabella? Você está bem? – Roger perguntou e ela percebeu que divagar no meio da conversa.

– Sim, eu estou bem, Roger. – disse – Obrigada. – sussurrou.

– Disponha. – ele sussurrou de volta.

– Bem – Rosabella olhou para as pessoas em volta daquela mesa, seus amigos, e suspirou – Suponho que eu deva algumas explicações.

– Acho que algumas é só o começo, você deve toneladas de explicações. – Meliodas falou e Elizabeth pisou no pé dele por baixo da mesa.

– Okay, para começar, como todos vocês já sabem a essa altura, eu sou uma princesa. Sou, ou melhor, era, agora que eu estou noiva as coisas mudaram um pouco, a herdeira do trono de Ádria – as pessoas à mesa a olharam, confusas. – sim, eu sei, eu não sou um príncipe, e eu tenho um irmão mais velho, provavelmente o trono devia ir para ele, certo? Errado, no meu país as coisas não funcionam bem assim, mas isso não importa agora. O que importa, é que entre nossos dois reinos, Ádria e Camelot, há um acordo de paz, que determina que a cada cinquenta anos, dois membros da família real devem casar, como Arthur é filho único, e eu sou a única da família real do meu reino que está de acordo com as exigências do acordo, nós fomos os escolhidos para cumprir o acordo, e agora temos que encontrar um jeito de sair dessa. Eu tenho alguns planos em mente.

– O que você quer dizer com: única que está de acordo com as exigências? – Matrona perguntou.

– Isso, quer dizer que ela tem mais ou menos a mesma idade que eu e que meu pai a aprovou. – Arthur informou.

– E como assim seu reino é herdado por mulheres? – perguntou Estarossa.

–É uma longa história, mas em resumo, meus antepassados eram muito sensatos e alternaram a linha de descendência masculina para feminina, e também deram outra opção, testar as habilidades dos filhos e decidir qual deles é mais qualificado para governar o reino. Por enquanto, eu estou a frente, por ser a filha mais velha e por ter ultrapassado meu irmão nos nossos últimos testes.

– Interessante. – disse Estarossa.

– Realmente, é muito interessante descobrir o quão um país vizinho pode ser diferente do nosso, mesmo que o que nos separe seja apenas uma linha imaginária. – concordou Roger.

– Enfim, vamos ao que interessa. – interrompeu Arthur – Quais são os seus planos?

– Sobre isso, acho que deveríamos conversar em particular.

– De acordo – concordou ele, após um breve instante de reflexão. E os dois saíram do refeitório e foram até o pátio da escola, deixando seus amigos curiosos atrás deles.

Rosabella e Arthur procuraram algum lugar onde eles pudessem ter privacidade para conversar, o que foi um pouco difícil, considerando que eles eram o assunto do momento. Acharam um banco que ficava parcialmente escondido atrás de um salgueiro que parecia bem velho, sentaram-se e passaram algum tempo em silêncio, até que Arthur resolveu falar.

– E então?

– Antes de qualquer coisa, eu queria me desculpar por ter sido tão rude com você hoje mais cedo, e também por ter fugido, eu não queria te magoar, isso é só uma coisa que eu faço quando estou sob pressão. É muito difícil mudar hábitos que estão com você desde que você se entende por gente.

– Eu sei que você não fez por mal, a culpa é minha por ter falado daquele jeito com você, me desculpe, eu não queria te magoar. É só que você é uma das pessoas mais próximas de mim atualmente, e eu sabia que se brigasse com você, eventualmente você me perdoaria. Desculpe por ter sido um babaca, isso é o que eu faço quando estou sob pressão. Mas toda a culpa que eu posso sentir agora só prova que eu estava errado e que eu sabia disso.

– Tudo bem, eu entendo. Desculpas aceitas? – ela perguntou e estendeu a mão.

– Desculpas aceitas. – ele respondeu, e no lugar de apertar a mão dela ele a abraçou.

– Agora vamos deixar os sentimentalismos de lado e ir ai que realmente importa. – Rosabella disse e os dois riram, parece que, apesar de tudo, a amizade deles estava de volta.

– Sim, quais são seus planos?

– Bem, o primeiro é o mais óbvio. Falar com seu pai.

– Isso não vai funcionar. Próximo.

– Arthur, nós temos que tentar e você sabe disso. Todos os outros planos exigem uma elaboração muito maior, nós temos que começar pelo mais fácil e prático, e depois avançar para os próximos.

– Bem, meu pai não vai deixar que nós desfaçamos o noivado. Pelo menos não agora depois de toda essa polêmica e fofoca que isso gerou.

– Ainda assim temos que tentar, mesmo sabendo que não vai dar certo. É isso que nós chamamos de esperança não é? Saber que algo vai dar errado e mesmo assim tentar, só porque tem uma minúscula chance de que dê certo.

– Você tem que parar de ficar me refutando com essa coisa filosófica.

– Prometo que vou tentar parar. – riu.

– Mas  ainda assim, acho bom você ir logo preparando seu próximo plano, porque esse não vai dar certo.

– É, acho que vou ter que ir preparando os próximos dois pra falar a verdade, tem uma chance de que o B também n dê certo.

– Parece que você tem muito planeamento a fazer.

 

~^~

Diane sabia o que suas amigas estavam fazendo por ela, elas mal a tinham deixado sozinha em três dias, até Elizabeth, que estava sempre acompanhada de Meliodas, passou boa parte do seu tempo nessa meia semana com ela, Meliodas devia estar a odiando a essa altura por manter sua amada namorada longe dele por tanto tempo. Mas Diane não se importava, achava que era importante que esses dois se separasse por um tempo, parecia que eles estavam sempre juntos desde que começaram a namorar, às vezes ela sentia saudade de passar algum tempo sozinha com Elizabeth e as outras meninas.

Nesse momento Diane estava terminando de preparar a casa, juntamente com Elaine, para receber as meninas para a festa do pijama que elas tinham combinado. Elaine estava mais calada que o normal, agora que Diane parava para pensar, Elaine tem passado longos períodos de tempo calada desde o mês passado, como não tinha notado isso antes? Ah, é claro, ela estava muito ocupada se iludindo com a pessoa que quebraria seu coração para prestar atenção à amiga.

Diane começava a se perguntar se havia um limite de vezes para um coração ser quebrado, porque dessa vez ela não estava tão triste quanto tinha estado nos outros términos, talvez fosse porque suas amigas estavam ajudando tanto, ou talvez fosse porque lá no fundo, no seu subconsciente, ela já soubesse que aquilo não tinha como terminar bem, e havia se preparado emocionalmente para o término que podia avistar ao longe.

– Eu acho que é isso, agora é só esperar as meninas chegarem, colocarmos nossos pijamas, e estaremos prontas para a festa. – disse Elaine.

– Concordo, acho que terminamos tudo. – falou Diane pensativa – Elaine, tá tudo bem com você? As coisas têm estado tão loucas ultimamente que eu sinto como se não conversássemos há séculos. Tem algo que você queira me contar?

– O quê? Não, nada, nada de interessante aconteceu comigo nos últimos dias.

– Tem certeza? Você está mesmo bem?

– Tenho certeza sim, Didi, não precisa se preocupar. – falou para a amiga ouvir, e depois, mais baixo, só para si mesma – E se eu não estiver bem, logo vou ficar, deve existir um limite de tempo para um coração ficar partido.

– Você disse algo? – Perguntou Diane.

– Não, nada.

E nesse momento, as meninas começaram a chegar e a atenção de Diane foi desviada de Elaine para as outras convidadas, mas ainda assim não pôde deixar de lado a sensação de que Elaine escondia algo, e ela iria descobrir o que era, mais cedo ou mais tarde.

– Meninas, sejam bem-vindas a nossa pequena festa, teremos uma programação de: assistir filmes de todas as categorias, comer muita besteira e conversar sobre tudo que tem acontecido nas nossas vidas ultimamente.

– Bem, então eu acho que vou ter muitas histórias para essa noite.

– Tem mesmo senhorita Rosabella, e eu ainda quero saber o que está rolando entre você e o Roger, você acha que eu não notei o quão próximos vocês estavam hoje? – disse Gelda.

– Mas, não está acontecendo nada... – respondeu e corou.

– Pois é, todo mundo notou, e ele era o único que sabia onde você estava nesse período que você sumiu, tudo isso está muito suspeito.

– Mas...

– Não adianta tentar disfarçar querida, você vai ter que contar tudo para nós, nos mínimos detalhes.

– Realmente nada...

– Tudo bem, tudo bem, você pode nos contar mais tarde se preferir, mas não ache que nós vamos esquecer.

Elas todas entraram se colocaram em seus pijamas e tiveram uma noite muito divertida, com filmes de vários gêneros diferentes, muita pipoca, sorvete e todos os tipos de besteira, conversaram a noite toda, e continuaram perturbando a pobre Rosabella por muito mais tempo. Apesar de toda a loucura daquela semana, esse dia definitivamente ficou marcado para todas elas como o dia no qual elas tiveram a melhor festa do pijama que jamais poderiam ter.

 

~^~

Na manhã do dia seguinte Arthur e Rosabella foram falar com o Rei, na tentativa de desmanchar o noivado, mas, como Arthur esperara, o Rei negou, e agora eles estavam mais uma vez em uma situação complexa, talvez até mais complexa que antes agora que o pai de Arthur sabia que eles dois queriam terminar o acordo de noivado.

– O que nós vamos fazer agora? – perguntou Arthur.

– Bem, agora nós seguimos para o Plano B.

– E qual é o Plano B.

– O segundo mais óbvio.

– E você espera mesmo que eu adivinhe qual é o segundo mais óbvio?

– Meu caro Arthur, nós vamos para Ádria.


Notas Finais


Perdoem qualquer erro de português, deve ter passado batido enquanto eu revisava, principalmente considerando quanto sono eu tô sentindo agora
Espero que tenham gostado s2s2
sintam-se à vontade para comentar <3
boa noite cocadinhas <3 amo vcs s2s2s2


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