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História I Wanna Be Yours - Esse será nosso segredo


Escrita por: bianca_bane

Notas do Autor


oláaaa meus amados leitores (me sinto muito chique escrevendo assim) aqui temos um capítulo fresquinho que eu acabei de terminar de escrever para vocês s2
zero revisei, tô com sono demais pra isso, acabei de terminar de fazer um trabalho de espanhol e um de matemática, então se houverem erros gramaticais me perdoem, por favor
enfim, não vou prender vocês aqui, boa leitura amores, espero que gostem <3s2

Capítulo 14 - Esse será nosso segredo


P.O.V autora (things fall apart, but nothing breaks like a heart)

Arthur encarava Rosabella perplexo, como ela pretendia levar eles para Ádria? Não é como se o pai de Arthur fosse tranquilamente deixar o seu filho, e príncipe herdeiro, sair vagueando para um país estrangeiro sem nenhum tipo de explicação, ele nem sabia como a mãe dela tinha a deixado ir para outro país, afinal, ela não tinha dito que era princesa herdeira ou coisa assim? Talvez a mãe dela fosse mais tranquila porque tinha três descendentes ao contrário do pai de Arthur que só tinha ele como sucessor.

– Então, minha querida Rosabella, em algum momento você pretende dizer como vai conseguir me levar para Ádria com você?- perguntou curioso, após alguns momentos de silêncio. Ela tinha arrastado ele para os jardins do palácio, onde a possibilidade de alguém ouvi-los conversando era menor.

–Pretendo sim, caro Arthur. Vou te dizer agora mesmo.

– Sim? – gesticulou para que ela continuasse a falar.

– Nós vamos inventar uma belíssima mentira sobre a necessidade de você conhecer um pouco da minha cultura antes de nos casarmos, relações políticas entre os reinos e todas essas coisas.

– Até que não é uma má ideia, mas ainda assim a possibilidade do meu pai deixar é mínima.

– Não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso.

– Você tem pelo menos alguma ideia do que você vai fazer?

– Eu não, mas ele tem.

– Ele? Que ele Rosabella? Tá delirando agora é?

– Aquele ele. – disse ela apontando para algo atrás de Arthur.

– Acho que vocês estão falando de mim. – disse Ben, o irmão de Rosabella, surgindo aleatoriamente do nada, Arthur olhou para os lados tentando adivinhar de que buraco aquele ser tinha saído, mas não avistou nenhum lugar possível, e por fim só aceitou o fato de que ele tinha aparecido do nada sem aviso nenhum.

– Bem, na hora irmãozinho. Agora vai lá e faz sua mágica, se você não voltar aqui com bons resultados nós dois sabemos o que vai acontecer, então, por favor, faça um bom trabalho.

– Claro, Vossa Alteza Real. – disse ironicamente e saiu andando tranquilamente pelo gramado, seus cabelos castanhos claros refletindo como uma auréola à luz daquele dia ensolarado.

– Eu não sei o que eu faço com esse garoto, não é possível ele ser meu irmão, ele tem de ser adotado.

– Acho que todas as pessoas que tem irmãos pensam assim.

– Acho que isso não se restringe só a irmão, é a família toda no geral, muita gente deve ser a “pessoa estranha” da família e se perguntar: meu deus, esses são mesmo meus parentes?

– Verdade, é raro você se identificar totalmente com a sua família, acho que isso é bom, nos ensina a tolerar as diferenças de todas as pessoas.

– Não sei, acho que isso depende da família também, numa família onde as pessoas podem se expressar livremente é muito mais fácil aprender a tolerar e a conviver com as diferenças dos outros, já numa família onde as pessoas são oprimidas e não tem o direito de formar suas próprias opiniões as pessoas só acabam odiando qualquer pessoa que seja diferente, às vezes odeiam até mesmo as pessoas que são parecidas com ela.

– Nossa! Como você tá filosófica hoje, devia escrever um livro “frases inspiradoras para momentos inoportunos” seria um ótimo nome, não acha?

– Ah Arthur, cala a boca, se você fosse escrever um livro o título seria “coisas inúteis e baboseiras estúpidas para momentos aleatórios”.

– Primeiro que esse nome é grande demais para ser o título de um livro. Segundo que tudo o que eu digo é brilhante e memorável.

– Brilhante e memorável, até parece, pode até ser memorável de tanta vergonha que você passou, mas brilhante é outra história.

– Mas vem cá, por que é que você tá implicando tanto comigo hoje?

– Não sei, estou me achando no meu direito de noiva rebelde.

– Te enxerga Rosabella, de rebelde tu não tem nada, só esse cabelo bagunçado.

– Você não fala do meu cabelo que eu arranho tua cara.

– Mas gente, ela tá atacada hoje.

– Atacada não meu amor, eu faço tudo na base da calmaria e da classe.

– Uhum, sei, realmente né? Muita calmaria e classe sair correndo do seu baile de noivado quando ainda nem terminaram de te cumprimentar pelo seu acordo feliz.

–Feliz, hum. Tá mais pra acordo inútil.

– Ai! Machucou.

– Machucou nada Arthur, você tá louco pra se livrar de mim pra ir atrás da Merlin, para de se fazer de sentido, palhaço.

– Eu? Jamais. Mas me diz, o que você tem hoje? Tá mais agressiva que o normal.

– Agressiva? Quem tá agressiva? Eu tô cem por cento normal, você tá é imaginando coisa, vai lá tomar seu remédio vai, você já tá delirando.

– Sério Rose, me conta o que aconteceu.

– Okay – suspirou – eu sinto saudade de casa e da minha mãe, e da minha irmã, e de todo o meu reino, afinal não há lugar como o lar não é mesmo? Mas ao mesmo tempo, lá eu vou ter que ser outra versão de mim, a versão princesa. Não que isso seja uma coisa terrível, é só que eu já estava habituada a ser só mais uma pessoa aleatória aqui em Camelot e agora vou ter que voltar para Ádria e ser uma “pessoa importante” de novo.

– Hm – meio suspirou meio concordou – eu entendo, às vezes eu também queria conseguir levar uma vida normal e tranquila, como qualquer outra pessoa no mundo, parece que eu já nasci cheio de responsabilidades, não estou reclamando de ser o Príncipe Herdeiro de Camelot, porque esse é um grande privilégio, eu só queria alguns dias no anonimato.

– Quem sabe você não consegue alcançar sua nobre meta em Ádria? Eu te ajudo.

– Por falar nisso, quando a gente vai se despedir do resto do grupo?

– E quem falou em se despedir?

– Ué? A gente vai embora sem dar tchau?

–Não né? A gente vai levar eles com a gente.

– Como?

– Querido, você é O príncipe, futuro rei e, por enquanto eu sou a futura rainha.

– Sim, mas como a gente vai levar eles?

– Eu não acredito que vão deixar você governar um país Arthur, você é lento demais pra isso.

– Olha só, você me respeita que eu sou seu futuro marido.

– Ah, cala a boca. O ponto é, ninguém negaria um pedido nosso, nem a diretora da escola, qualquer coisa nós falamos umas coisas sobre ser uma oportunidade única de conhecer a cultura e o cotidiano de um país vizinho e aliado do Reino, tenho certeza que ela vai aceitar, no máximo vai passar um seminário pra eles apresentarem sobre a cultura de Ádria quando eles voltarem.

– Realmente Rosabella, você é o cérebro da nossa relação.

– Arthur, qualquer um é o cérebro numa relação com você.

 

P.O.V Gelda

Eu estava tranquilamente passeando de mãos dadas com meu lindíssimo namorado, Gilbert Blythe, numa lindíssima vereda cheia de belas e encantadoras flores, ele me olhava, eu olhava de volta para ele e bem no momento que nossos lábios iam se encontrar...

– GELDA! ACORDA!

Acordei no susto, morrendo de medo de alguma coisa grave ter acontecido, já estava calculando quanto tempo eu ainda teria para fugir da casa antes que ela toda pegasse fogo e eu morresse carbonizada antes mesmo de terminar a minha fic (os leitores nunca iriam me perdoar, era capaz de eles irem perturbar o meu descanso eterno), quando olho para o lado e vejo Rosabella e Elizabeth as duas me encarando como se estivessem esperando alguma reação minha, funguei para ver se tinha algum cheiro de queimado, não senti nada, então tomei a decisão que qualquer ser sensato que tivesse dormido menos de duas horas na noite anterior teria tomado, dei as costas à elas, me enrolei e me preparei para voltar a dormir.

– Fala sério! Você vai mesmo nos ignorar e voltar a dormir? – ouvi a voz aguda de Elizabeth enquanto eu escondia minha cabeça embaixo do travesseiro.

– Hm. – concordei. Claro que eu iria voltar a dormir, eu não ia desperdiçar um belo sonho com Gilbert Blythe pra ouvir o que essas loucas tinham a dizer, se elas quisessem falar comigo que voltassem depois de eu acordar.

– Vamos lá Gelda, não me faz ir a cozinha buscar um copo d’água pra jogar na tua cara. – ameaçou Rosabella. Zero liguei eu estava quentinha e confortável embaixo dos meus cobertores e não havia motivo sensato para que eu saísse de lá.

– Gelda, você faltou aula hoje?

– Hm-hm. – neguei.

– Então por que tá dormindo uma hora dessas?

– Ela deve ter ido dormir tarde ontem fazendo alguma coisa e apagou assim que chegou em casa.

– Hm-hum. – confirmei.

– Bem que Ban estava certo, você é uma bela de uma preguiçosa Gelda. – disse Rosabella, e nesse momento eu vi uma boa razão para sair do meu abrigo quentinho, e essa razão era defender minha honra.

– Olha só, dá licença que eu só tô dormindo agora porque eu só dormi duas horas noite passada e agora eu estou exausta. – me defendi com a voz grogue e provavelmente com o cabelo todo bagunçado.

– Ninguém mandou ficar acordada até tarde escrevendo. – reclamou Elizabeth – Você devia dormir mais cedo, dormir tarde faz mal pra pele.

– Minha inspiração é maior durante a madrugada e também tem menos gente pra me interromper, além disso, eu bebo muita água, então minha pele está linda e hidratada.

– Hum, tá bom. De todo jeito, aproveita que você já levantou e vai tomar banho e arrumara a mala. – me joguei para trás de volta para meus lindos e confortáveis travesseiros e comecei a me espreguiçar.

– Mala? Que mala? Por que eu preciso de uma mala? Eu detesto fazer malas.

– Nós vamos viajar.

– Vamos é? Pra onde? – murmurei quase cochilando de novo.

– Ei! Pode ir acordando mocinha, você dorme no jatinho.

– Hm, que chique um jatinho. De quem é esse jatinho? E pra onde vocês estão tentando me arrastar na minha hora da soneca?

– Esse jatinho é da família real de Ádria, ou seja, da nossa queridinha Rosabella aqui, e você está indo para Ádria, assim como nós. Agora pega aqui essa toalha e vai tomar banho enquanto eu vou agilizando essa mala aqui pra você.

– Tá bom.

Finalmente comecei a ir para o banheiro, depois de muita enrolação, deixa só eu encontrar uma oportunidade, vou passar a noite toda importunando essas pestes, pra elas verem como é bom quando alguém interrompe seu cochilinho da beleza. Peguei meu celular para escutar minha playlist maravilhosa. Enquanto lavava meu cabelo comecei a pensar em algumas perguntas para fazer às meninas assim que eu saísse do banheiro.

A maioria delas ia por esse caminho: por que diabos nós estamos indo para Ádria? Por que com tanta pressa? Eu vou ficar sem estudar lá? Nós temos licença pra faltar aula? Quanto tempo nós vamos ficar lá? Por que eu não perguntei tudo isso antes de entrar no banheiro e interromper minha capacidade de comunicação com aquelas desmioladas com o som alto das minhas músicas? Bem, agora vai ter que esperar, elas não vão fugir daqui mesmo, ou será que vão?

De todo jeito eu só iria conseguir falar com elas quando saísse do banheiro. Será que todo mundo do nosso grupinho vai? Cabem quatorze pessoas num jatinho? Acho que sim, nunca andei num, mas se tá indo é porque cabe né? Ou será que só vai uma parte do grupo? Sei lá, vou perguntar à Rose quando eu sair daqui.

– Eai gatas? Vocês vão sair pra eu trocar de roupa ou vão continuar aqui e eu vou ter que me trocar no banheiro? – falei quando voltei ao quarto depois de ter terminado meu banho maravilhoso e refrescante.

– Mas é muita cara de pau mesmo n? A gente aqui fazendo sua mala por você e você querendo expulsara a gente só pra trocar de roupa? Vai trocar no banheiro logo vai. – disse Elizabeth.

– Ai tá bom, eu não queria expulsar você, você que me interpretou mal. – só quis expulsar elas quando elas me acordaram, mas agora já tô acordada mesmo né? Fazer o quê? Fui me trocar no banheiro para não incomodar as belezinhas.

– E então queridas, vocês querem me contar essa história direito agora? – voltei do banheiro, mais uma vez, vestida com meu moletom de dormir, tomara que não demore muito pra nós irmos para esse jatinho, não vejo a hora de ir dormir e tentar continuar meu sonho com o lindo do Gilbert Blythe.

– Basicamente, eu e o Arthur não estamos muito afim de nos casarmos, pedimos ao pai do Arthur para nos separarmos, mas ele zero deixou, então estamos indo pedir reforços à minha mãe.

– E como você tem tanta certeza de que ela vai deixar você se separarem?

– Digamos que eu tenho um certo instinto para essas coisas.

– E por que nós temos que ir também?

– Porque eu sei que minha mãe vai dar um jeito de me fazer ficar lá com o Arthur por pelo menos um mês, e eu quero levar vocês comigo, para apresentar-lhes meu lindíssimo país.

– Mas quem tanto vai?

– Todo mundo ué.

– Todo mundo do nosso grupinho?

– Isso mesmo.

– E vão caber catorze pessoas num jatinho?

– Na verdade são dezesseis, e sim, vai caber, a capacidade máxima é de dezoito.

– Dezesseis?

– Ren e Bem vão voltar com a gente.

– Ah, verdade, tinha esquecido que eles são de lá. Por falar nisso onde eles ficaram nesses últimos dias?

– Eu sei lá, acho que num hotel.

– E Ren não tava fazendo intercâmbio? Ela mal passou uma semana aqui.

– O intercâmbio era só uma desculpa pra ela me ver.

– E como vão ficar nossas aulas? Nós temos licença pra faltar tantas aulas?

– Bem, vocês provavelmente vão ter aulas com meus professores particulares no palácio, e sim, já pedi uma licença pra vocês.

– Realmente ser uma princesa garante muita coisa né? Pedir licença doas amigos na escola, um jatinho, casamentos reais e outras coisas.

– Realmente, tem seus benefícios, mas também tem um lado negativo, embora o lado positivo com certeza compense o negativo.

– Enfim, no seu reino falam outro idioma?

– Sim, e não.

– Eu agradeceria uma resposta menos objetiva e mais explicativa.

– Basicamente, somos bilíngues. Falamos tanto o idioma de vocês quanto o nosso.

– Que coisa legal, adorei, mal vejo a hora de conhecer seu país, culturas novas são sempre muito interessantes.

– Fico feliz que pense assim. – respondeu toda régia, menina, o lado princesa dela tá se revelando.

– Você vai com essa roupa Gelda? – Elizabeth, que estava calada até então, perguntou.

– Claro, pretendo dormir durante o voo, eu tô caída de sono, e vocês me obrigaram a acordar. Por falar nisso, de que horas nós vamos?

– Daqui a mais ou menos uma hora, você é a única que não estava pronta ainda, porque não atendeu nenhuma das minhas ligações, nem respondeu as mensagens, então vim aqui pra checar se você ainda estava viva, e Elizabeth resolveu vir comigo.

– Ah, bom. Os outros já estão esperando então?

– Sim, provavelmente alguns deles já estão no aeroporto nos esperando, daqui a pouco um carro vai vir nos buscar. Você já separou seus objetos de higiene pessoal?

– Não, mas eu tenho um kit separado para viagens, sempre perco minhas coisas quando viajo, então sempre tenho um kit desses.

– Sabe, eu costumava achar que eu era avoada, mas você dá de dez a zero em mim.

– O que eu posso fazer? É um talento. – ri.

 

~^~

 

Chegamos ao aeroporto, e eu me senti levemente envergonhada, só tinha gente arrumada ali e eu estava, praticamente, de pijama. Mas, apesar da vergonha de ser a única usando um moletom que provavelmente era uns três números maior que eu, e que era claramente roupa de ficar em casa, eu estava me sentindo muito confortável, então só ignorei toda a vergonha, meio que me escondi atrás de Elizabeth e fui andando com elas.

– Vocês demoraram tanto que eu já estava prestes a voltar pra casa. – disse Estarossa.

– Você quase nunca fala e quando fala é pra falar uma besteira dessas?

– Não liga pra ela, ela só tá dizendo isso porque foi a causa do atraso. – disse Rosabella.

– Traidora. – resmunguei.

– Traidora não, querida, apenas justa. – disse ela jogando o cabelo.

– Agora que a senhorita virou princesa tá assumindo uma nova personalidade né?

– Eu não virei princesa, eu sempre fui, só não contei...

– Claro, porque isso torna a situação muito melhor.

– E essa personalidade é a minha de sempre –continuou ignorando totalmente meu comentário – você só tá falando isso porque tá mal-humorada porque eu te acordei.

– Que bom que você está ciente disso.

– Mas então galera? Quando é que a gente sai? Dá tempo de ir comprar um lanchinho? – perguntou King.

– A gente vai sair agora, e você não precisa comprar lanchinho, no jatinho vão te dar algo pra comer.

– Assim, eu sempre soube que minha família tinha uma boa condição, pelo menos minha mãe, mas nunca me imaginei andando de jatinho com uma princesa e um príncipe. – disse Estarossa.

– Você nunca se imaginou viajando com o Arthur? Como você acha que ele viaja? – perguntou Rosabella curiosa.

– Claro que eu nunca me imaginei viajando com Arthur, é a primeira vez que ele sai do país, esse ser nunca viajou na vida, nem sei pra quê tem passaporte.

– Todo mundo tem que ter passaporte, é obrigatório por lei no nosso reino, e você sabe disso, mas sobre isso de viajar, eu ia viajar pra onde? Não é como se eu pudesse sair por aí viajando o mundo e vivendo aventuras, sempre iria ter alguém comigo pra puxar o meu pé e dizer o quê eu deveria fazer e o quê eu não deveria.

– Sim, sim, Arthur, todos nós sabemos que você é um príncipe sofredor, mas agora vamos ao que interessa, eu preciso por algumas horas de sono em dia.

– E eu preciso me alimentar. – continuou King.

– E eu quero terminar de ler meu livro. – disse Elizabeth.

– E eu não quero nada disso, só não quero ter que ficar ouvindo as reclamações do Arthur mesmo. – disse Ban, e uma grande parte do grupo concordou.

– Eu devia processar vocês por danos morais e desrespeito.

– Como se alguém fosse acreditar nisso. – disse Merlin, e por um momento todos nós nos calamos, ela não falava diretamente com Arthur há dias, okay, tudo bem que ela também não tinha falado diretamente agora, mas já era um grande progresso se comparado aos últimos tempos.

– Tá bom cambada, já chega de discussões sem sentido, vamos embora logo que eu tô ficando cansado desses estranhos me encarando por culpa de vocês, passar vergonha tudo bem, mas passar vergonha no aeroporto não, eu me recuso. – disse Ben, o irmão de Rosabella acabando com o climão com sua noção inexistente, acho que ele e Meliodas vão se dar muito bem.

Por fim entramos todos no jatinho e nos acomodamos, muito bem por sinal, aquele lugar era maravilhoso, a cara da riqueza e de gente importante. Eu reclinei logo minha poltrona mega confortável e Rosabella pediu para algum tipo de aeromoça de jatinho (será que o nome também é aeromoça, ou tem outro nome mais chique por isso ser um jatinho e não um avião?) me trazer um cobertor, amo essa garota, nunca critiquei perfeita demais. Após alguns momentos, eu dormi, não deu tempo nem de ver a decolagem.

 

P.O.V autora (could I be more obvious?)

No fundo do jatinho Diane estava sentada ao lado de Matrona e elas estavam tendo uma conversa agradável, sobre qualquer que fosse o assunto, até que Diane fez uma certa pergunta que deixou Matrona paralisada por alguns segundos.

– Algum dia você pretende me contar o que você e o Est fizeram na noite do baile quando vocês desapareceram do nada? – perguntou Diane, com um tom de voz que Matrona considerou extremamente alto.

– Fala baixo! Tá com um megafone na garganta é?

– Hmmm, olha mesmo, ela ficou toda nervosinha ela. Não vai me contar o que aconteceu não?

E nesse momento, Matrona começou a ter um flashback muito detalhado dos acontecimentos daquela noite.

Matrona estava parada ao lado de Estarossa e eles tinham acabado de ouvir o anúncio do noivado, e futuro casamento, de Rosabella e Arthur. Ela olhou para Est, e viu que ele pareci tão chocado quanto ela, nenhum dos dois jamais imaginaria que Rosabella era um princesa e que ela havia sido prometida em casamento a Arthur por algum tipo de acordo centenário entre os dois reinos.

Bem, na verdade, todos pareciam muito surpreso, mas ninguém parecia mais chocado com aquele anúncio do quê os próprios noivos. Arthur encarava o pai estático e Rosabella estava com uma expressão tão desolada e desesperada que parecia que seu pior pesadelo tinha acabado de se tornar realidade bem diante de seus olhos. Matrona tinha dificuldades em descobrir qual dos dois estava numa situação pior. O Príncipe, por se ver obrigado a casar com alguém que ele não ama e desistir do seu verdadeiro amor ou a Princesa que tinha saído da torre para experimentar um pouco de uma vida normal e acabara, de alguma forma, se tornando a vilã de um conto de fadas que nem era o seu.

Ela olhou para Estarossa e ele parecia pensar o mesmo que ela, ou pelo menos algo na mesma linha de raciocínio. Logo o novo casal começou a dançar, abrindo espaço no salão para os outros casais também se perderem em rodopios elaborados ao som das doces e melódicas notas que ecoavam pelo salão. De alguma forma, ela não estava muito certa de como tinha acontecido, ela se vira em meio aos outros casais no centro do salão girando e rodopiando com Estarossa.

Os olhares deles se encontraram e por um longo e doce momento foi como se no mundo todo, só existissem eles dois. Ela esqueceu da revelação bombástica que eles tinham acabado de ouvir, das expressões tristes e desoladas de seus amigos, e até mesmo de seus próprios pensamentos, e se perdeu naqueles belos olhos, que a encaravam tão intensamente que ela pensou que a qualquer momento arderia em fogo. As notas do piano e do quarteto de cordas pareciam atravessá-los lenta e docemente, guiando seus passos entre todos aqueles outros casais. Ela sentiu um arrepio na espinha, e soube, que jamais, em toda a sua vida, se esqueceria daquele momento.

Desejou que aquela música nunca acabasse e ela pudesse permanecer para sempre naquele mundo doce e iluminado, onde as estrelas pareciam brilhar mais forte a cada batida de seu coração e onde ela poderia sentir eternamente os braços calorosos dele guiando-a pelo salão enquanto ela ficava inebriada pelo seu perfume que parecia ao mesmo tempo muito atraente e, de algum modo perigoso, como atravessar um rio pulando as pedras que cortam a superfície da correnteza tendo a plena consciência de que apesar da beleza e da diversão ela poderia escorregar em uma das pedras e se machucar seriamente à qualquer momento.

Então, assim como veio, de forma abrupta aquele belo momento foi interrompido e ela sentiu um choque percorrer todo o seu ser, como se seus sentidos tivessem se retirado para descansar perto de uma fogueira quente e aconchegante, mas alguém tivesse ido acordá-los com um banho de água fria. Eles passaram alguns instantes se encarando, como se relutassem em sair dos braços de um sonho que pareceu tão real quanto o mais sólido ouro. Por fim, ao perceber que os outros casais já dançavam outra valsa e eles eram os únicos parados no meio do salão, ela corou e ele balançou levemente a cabeça, como se para manter-se acordado.

– Err, vamos dançar essa também ou... – começou ele, mas Matrona estava olhando em todas as direções como se procurasse algo.

– Acho que nós perdemos dos nossos amigos, você vê algum deles?

– Não. – respondeu ele, após fazer uma breve varredura do salão com os olhos. – O que vamos fazer agora?

– Procurar eles. – ela disse e sentiu um incômodo no estômago – Mas, primeiro, procurar algo para comer, eu estou com fome.

– Também estou, mas já devem ter acabado com todos os melhores canapés das mesas, provavelmente não sobrou nada bom e... – de repente um brilho travesso acendeu em seu olhar – Tive uma ideia.

– Que ideia?

– Vamos pegar aperitivos na cozinha.

– Aperitivos é? – Matrona disse, meio zombeteira, meio interessada.

– Sim, o que você acha? Entramos lá, roubamos um pouco de comida e corremos e nos escondemos?

– Eu achei essa uma excelente ideia. – sorriu tão travessa quanto ele, se não mais.

– Ah se a Diane te visse nesse momento.

– Ela absolutamente não pode conhecer esse lado meu. Alguém tem que ser a responsável da família.

– Claro, claro, ninguém vai ficar sabendo, esse será nosso segredo. – e eles trocaram um sorriso, o tipo de sorriso cúmplice que só se pode trocar com alguém que te conheça bem o suficiente para saber de todos os seus segredos e compartilhar os dele com você.

Matrona não se lembra bem de como eles conseguiram encontrar a cozinha, entrar “discretamente” e sair de lá correndo com as mão cheias de doces e salgados de festa. Tudo o que ela lembra é de se esconder com ele em uma parte do corredor quando um dos chefs da cozinha veio atrás dos dois. E ela se lembra, muito, muito claramente, do beijo longo e doce com gosto de tortilha de merengue de morango que eles trocaram depois.

Matrona acordou do flashback com Diane estalando os dedos em frente ao seu rosto.

– Alôoou? Terra para Matrona.

– Desculpe, me perdi em pensamentos por um momento.

– Hmmmm, será que esses pensamentos tem algo a ver com o nosso, ou melhor, seu queridíssimo Estarossa? – Matrona corou levemente.

– Claro que não! – respondeu ainda corada.

– Me contaaaa. – retrucou Diane, claramente sem acreditar na palavra da prima.

– Já disse que nada aconteceu.

E elas passaram o resto da viagem assim, Diane tentando retirar alguma informação de Matrona e Matrona negando até a morte que algo aconteceu. Afinal, fora ele que dissera, aquele era o segredo deles.


Notas Finais


enfim, é isso que temos para hoje, vocês queriam saber o que aconteceu na cozinha? bem, agora vocês sabem kkkkkkk
boa noite meus amores, durmam bem, esta autora está exausta e precisa das cinco horas de sono que restam
espero que tenham gostado s2s2
sintam-se à vontade para comentar <3
beijooossss, boa noite <3<3<3s2s2s2


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