História I want you to want me - Segunda temporada - Seção Reservada

POV DAVID

UM MÊS DEPOIS

- Ah, relaxa, David. Eu já fiz coisa pior com a filha do Gui Weasley - Teddy diz rindo.
- Quantos anos ela tem? Pelo jeito não estuda aqui... - Tina diz o olhando como quem julga um criminoso.
- Ela é um ano mais nova - Ele dá de ombros.
- Você é mal - Ela diz sorrindo balançando a cabeça.
- Bom, o malvado aqui precisa ir pro salão comunal. Boa noite! Lembrem - se de me encontrar na porta do salão comunal da Sonserina daqui a duas horas.
Observamos ele seguir para o salão junto seu grupo da Grifinoria.
- Não precisa se preocupar, David. Isso com o tempo vai parar de acontecer, segundo o professor Longbotton.
- Como assim? Não lembro dele dizer isso em aula...
- Eu perguntei a ele pessoalmente. Aconteceu bastante comigo na escola de trouxas.
- Ahn... - Sinto um incômodo. Porque conversar pessoalmente com o professor Longbotton?
- Vamos.

DUAS HORAS DEPOIS

Já não consigo escrever mais nada pra enrolar nesse trabalho de Trato de Criaturas Mágicas. Não tiro a loucura que vamos fazer hoje. Se formos pegos, nem imagino a cara de vergonha de meu pai principalmente.
- David? Já está pronto? Está na hora - Tina sussurra já perto de minha mesa. Todos já estão dormindo.
- Sim. Vamos.
Seguimos para a porta quase sem respirar temendo alguém nos ouvir. Ou o Barão Sangrento nos entregar. Os sapatos de Tina fazem barulho ao tocar no chão.
- Não tinha um sapato menos barulhento? - Pergunto sussurrando.
- Foi mal, esse acho que é o menos barulhento - Ela faz uma careta.
- Se apoie em mim e pise o mais leve que puder.
Ela assente apoiando sua mão em meu ombro. Sinto um pouco de frio na barriga. Mas que idiota.
- Como o veremos? - Tina pergunta nervosa.
- Só o ouviremos.
Quase perdemos o ar quando um dos retratos roncou mais alto.
- Psiu! Venham pra baixo da capa, rápido - Uma mão flutuante aparece nos puxando.
- Nossa, isso é tão estranho - Tina diz. Provavelmente por ver a mão flutuar.
- Certo, vamos logo. Quase topei com Filch. Foi por pouco... - Teddy suspira andando com a gente em seu encalço - Mudando de assunto, não vejo meu gato desde manhã... ele apareceu pelo salão de vocês?
- Não. Ainda bem que não. Ele faz uma tremenda bagunça - Tina comenta.
- Ikeni é um ótimo gato... - Ele diz ofendido - ...Apenas tem problemas com adestramento.
Pareceu uma eternidade baseada em nervosismo e medo de sermos farejados pela Madame Nora. Essa gata parece até imortal.
- Vamos nos separar, mas não vamos muito longe - Digo a eles baixinho.
- Lumus - Comando à varinha para iluminar as estantes olhando cauteloso para os lados.
Tina disse para procurarmos algo ligado à criaturas mágicas africanas. Só agora me lembrei que meu pai tem um livro de Newt Scamander, que ele disse que ainda o teremos na lista de materiais. "Animais fantásticos e onde habitam" pode nos ajudar. Depois de alguns minutos olhando para a estante sem sucesso, ouço um eco de um miado nos corredores.
- Madame Nora! - Corro para perto de Teddy e Tina que já ouviram também.
- Não encontramos nada! - Ela sussurra.
Nos cobrimos com a capa e saímos da seção reservada nos encolhendo no canto perto da porta esperando Filch chegar.
Depois de um tempo sem ouvirmos nada. Concluímos que ele seguiu reto.
- Eu me lembrei de um livro que meu pai tem. Vou falar com ele - Cochicho em seu ouvido enquanto andamos devagar voltando ao salão. Ted treme tanto que ondula a capa.
- Filch quase nos pega!
- Ele seguiu para o lado contrário, respire.
- Na verdade, só ouvi o miado da gata dele... - Tina levanta essa dúvida.
Em questão de um minuto depois de Tina ter dito, ouvimos o miado novamente nos seguindo. Quando viramos pra trás com o coração acelerado, nos deparamos com Ikeni. Tina suspira com a mão no coração. O gato parece nos ver claramente.
- Ele pode nos ver? - Pergunto com o nervosismo voltando.
- Não sei, não li o manual! - Teddy exclama.
- Shhh! Vai atrair o Filch! - Tina sussurra.
Ikeni mia mais alto novamente vindo em nossa direção enquanto tentamos espantá - los.
- Shhh, sai Ikeni! Vai fazer alguma coisa que preste! - Teddy sussurra nervoso.
- Não vamos conseguir espantá - lo. Vamos assim mesmo ou tente pegá - lo, Ted.
Ele assente se abaixando tentando pegar Ikeni no colo, mas o gato se desvencila de seus braços.
- Eu quero chegar no salão comunal logo... - Tina choraminga nervosa.
É assim que alguém que nunca fez algo fora das regras se sente. Totalmente com medo de à cada passo ser descoberto. Minha mãe me mataria se descobrisse eu perambulando pelo castelo à noite.
Uma luz ilumina nossas costas. Deve ser meu pai, ou Filch... estamos perdidos.
Nos viramos devagar tampando a respiração e nos deparamos com algo pior. Ikeni parou de miar e está atrás do Teddy já sem cor. Tina solta um grito ao vermos o espírito de Amonteph à nossa frente.
Empunhamos as varinhas sem ter idéia do que conjurar, afinal nem mesmo meu pai descobriu como imobilizá - lo!
Pareceu uma eternidade o tempo que aquele homem nos encarava. Os grandes olhos castanhos possuíam fúria. Ele se aproxima flutuando de nós estendendo os braços como se quisesse nos estrangular.
Nos abraçamos fechando os olhos já imaginando que não passaremos dessa noite, quando ouvimos um grito assustador. Amonteph se afasta com os braços protegendo o corpo como se algo o tivesse ameaçado.
- Ikeni! - Teddy exclama ao ver o gato silvando seguir na direção do faraó.
Como fumaça, Amonteph some diante de nossos olhos.
Teddy corre pegando Ikeni no colo.
- Ikeni nos salvou... - Tina diz impressionada.
- Alunos fora da cama! - Filch nos encontrou.
Na hora do susto, esquecemos de nos cobrirmos novamente com a capa.
- Ferrou - Ted suspira.

POV SNAPE

- Certo... agora só me respondam uma coisa... - Por quê vocês estavam fora do dormitório no meio da noite?
- Precisávamos procurar um livro na seção reservada... - David responde de cabeça baixa evitando meu olhar.
- Sobre o que por acaso?
- Algo que nos ajudasse a compreender o que nos ameaça até dentro do castelo, senhor... - Tina Dursley diz vermelha de vergonha - ... a idéia foi toda minha...
- E vocês não poderiam falar com um professor? Ao invés de arriscarem suas vidas andando por aí, com algo que como a senhorita mesma disse, nos ameaça até no interior do castelo?
- Precisamos agir rápido, antes que alguém morra - David diz agora me olhando.
- Agir com afobação não os levaria a lugar nenhum... - Digo em tom firme os repreendendo - ... ou vocês acham que o Potter derrotou Voldemort de um dia para o outro?
- Mas Amonteph está com mais pressa que esse tal Voldemort!
- Quieto! Nada justifica a ação precipitada e arriscada de vocês! Quero que voltem já para os dormitórios, e vinte pontos serão descontados da casa de cada um de vocês.
- Vinte??
- É melhor não reclamarem, ainda não disse a palavra "quadribol " - Digo olhando rigidamente para David.
Eles saem calados e de cabeça baixa.
- Ted! - O chamo antes fecharem a porta - A capa - Estendo a mão à ele que me entrega choroso.
Essa maldita capa. Potter tem que deixar seu legado de aversão às regras...