Nunca vou esquecer da sensação maravilhosa que foi abrir os olhos e enxergar meus amigos depois de tanto tempo, chorei e ri ao mesmo tempo até sentir dor de cabeça.
Recebi alta hoje do hospital e como não contei a ninguém que ia fazer a cirurgia, a primeira coisa que faço é ir até a Toca e tocar a campainha.
Draco abre a porta e se espanta ao me ver, abro um sorriso e o puxo para um abraço apertado.
-Que saudade de olhar para essa sua cara feia. -digo.
Ele arregala os olhos e me puxa para dentro.
-Você fez a cirurgia. -afirma.
Hermione grita de surpresa e eu continuo sorrindo antes que ela pule em cima de mim junto com Rony.
-Ah, estou tão emocionada.- ela diz.
-Íamos assistir a um filme, fica com a gente. -Rony sugere.
-Romance não, por favor. -peço.
-Isso é porque Ginny começou a namorar com Dino?
Sorrio triste.
-Não, Mione, eu fiquei muito feliz por ela, sério.
Malfoy me observa e eu sustento seu olhar por um longo tempo até ele me puxar para sentar ao seu lado, e como já era de se esperar, assistimos ao filme mais meloso que existe: Como Eu Era Antes de Você.
Chorei tanto que meus amigos perceberam que havia algo errado, mas o loiro deu uma desculpa e o casal aproveitou para sair para comprar comida.
-Quanta dor aí dentro. -comenta.
Reviro os olhos. Senti falta disso.
-O nome dessa dor é saudade, por um acaso?
Viro o rosto para o outro lado.
-Por que não vai atrás dele, então? O máximo que ele pode fazer é te xingar.
-Não que ele se importe, no caso.
-Como não? Vai me dizer que não foi por causa dele que decidiu arriscar?
Fico em silêncio.
-Vai e eu te dou cobertura.
Salto do sofá e pisco para ele antes de ir andando até Hogwarts para organizar meus pensamentos, entro pelo portão da frente e sigo direto para as Masmorras, penso em bater na porta, mas acabo entrando sem ser anunciado.
Escuto um barulho no fundo e apoio um pé na porta antes de cruzar os braços e sorrir quando o professor arregala os olhos ao me ver.
-O que faz aqui, Potter? Que eu saiba as aulas só começam daqui duas semanas.
-É bom te ver também, professor.
Só então ele me observa e pisca várias vezes quando percebe que eu o enxergo, tranco a porta atrás de mim e sento em uma cadeira a sua frente.
-Eu tinha razão, afinal. -comenta.
-Não totalmente, aos poucos minha visão vai se perder novamente, afinal, a magia de Voldemort ainda é forte demais. -comento.
-Agora que já me deu essa ótima notícia, fora daqui. -ironiza.
-Não. Sabe, a primeira coisa que vi quando abri os olhos, foi um velho careca que entrou no quarto errado. Mas não era o que eu queria.
-Jura? E o que seria?
-Você.
O vejo perder a pose por um mísero segundo antes que ele comece a rir.
-Que fofo, Potter! Você está apaixonadinho por mim.
-Não foi o que eu disse, mas interprete como quiser.
Me levanto e caminho em sua direção até estar a centímetros de sua boca, mordo o lábio inferior antes de olha-lo nos olhos e me arrisco a acariciar seu rosto, mas ele segura meu pulso com força.
-Eu mandei você sair.-sussurra.
Roubo um selinho e sua mão se aperta ainda mais em meu braço.
-Tá! Eu vou. Pode me soltar agora?
O homem coloca uma expressão serena no rosto e afrouxa o toque, mas não o suficiente para me deixar livre, ele me puxa para perto e inspira meu perfume antes de me beijar.
O puxo para mais perto e sinto um arrepio percorrer meu corpo quando minha camisa é partida em dois, arfo quando seus lábios sugam a pele do meu pescoço e puxo ainda mais seus cabelos.
Ouso deixar meus dedos percorrerem seu tórax por cima da camisa e enfio minha mão dentro de sua calça e aperto seu membro com força.
-Não faça isso. -sussurra- Pode até ficar em meu sofá, mas não vamos transar. -completo.
Rio sem graça.
-E por que não?
-Porque com certeza você é virgem, e eu tenho uma natureza um pouco...agressiva.
-Bellatrix que o diga, não é mesmo?
Ele arregala os olhos.
-Como você...
-Draco me contou uma vez, mas não importa, sério.
Tento sorrir mas sai parecido com uma careta.
-Tão impulsivo quanto seu pai e tão belo quanto sua mãe.
Meu coração dispara com o elogio e acabo corando forte, ele revira os olhos e se veste antes de sentar em sua mesa.
-Sabe que não pode contar pra ninguém o que acontece aqui, não é?
-Óbvio.
-É sério, Potter. Eu posso ser preso por má conduta, já que ainda é meu aluno.
-Sim, eu sei. Mas você bem que podia me chamar de Harry, não acha?
-Dispenso, é íntimo demais.
-Então quer dizer que só estamos fazendo um jogo sujo de provocações enquanto você me usa?
Seus olhos brilham.
-Exato. Eu continuo te odiando, Potter. -provoca.
Dou a volta na mesa e o puxo pela camisa antes de sussurrar contra sua boca:
-Então me mostra o quanto me odeia, professor.
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