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História I Will Be Free - Truths Of A Dead Past


Escrita por: SrtaHolt

Notas do Autor


OI OI GENTE!?
Esse capitulo vai ser um pouco diferente, será sobre a Emma, e pelo titulo terá revelações.
Espero que gostem!
Boa leitura! :)

Capítulo 26 - Truths Of A Dead Past


Fanfic / Fanfiction I Will Be Free - Truths Of A Dead Past

POV Emma Sullivan.

O Harry sofreu um acidente de carro e entrou em uma espécie de coma. Pelo o que eu entendi, a mente do Harry está se recuperando do trauma enquanto ele está inconsciente. E isso pode durar por um tempo indeterminado, o que é péssimo. Nós não sabemos se ele irá acordar ou não. Hope está destruída, ela não para de chorar e ela não quer sair do lado dele. Devido à compulsão, Hope conseguiu entrar no quarto e ficar ao lado de Harry esse tempo todo, enquanto para todos a visita é proibida.

Hope se sente culpada, muito culpada, assim como eu, a Rebekah teme que ela desligue a sua humanidade. Eu não posso julgá-la, afinal aquilo é algo que não conseguimos suportar. Harry é tão importante para tantas pessoas que somente a ideia de perdê-lo já nos deixa loucas. Eu sei o quanto está sendo difícil para a Hope continuar sã.

Eu a entendo, completamente. Ver a pessoa pela qual você é apaixonada, a pessoa que somente trouxe felicidade para a sua vida, inconsciente em uma cama, sem saber se vai acordar ou não, é algo agoniante.

Ela está no quarto 312 com o Harry, ninguém sabe disso, mas ela está lá ao lado dele e não pretende sair de lá. Para todos os garotos da banda, ela está na capela do hospital, rezando para que Harry acorde, mesmo que seja um pouco óbvio que Hope não é o exemplo de garota religiosa. Com uma série de desculpas, ela está explicando o motivo de não estar na sala de espera conosco.

Há poucas horas Anne e Gemma chegaram ao hospital desesperadas, procurando o Harry, mas como eu sabia, os médicos disseram que Harry não pode receber visitas. Depois de explicar toda a situação do Harry, foi difícil ver as duas tão aflitas naquela sala de espera. Anne parecia sofrer tanto, que por um minuto eu desejei levá-la ao quarto de Harry e mostrar que acima de tudo, ele está bem.

Hope saiu há pouco tempo do quarto, mas ela se isolou em algum lugar do hospital, segundo Rebekah, dizendo que não tem coragem de entrar naquela sala de espera e encarar Anne e Gemma.

Nós resolvemos ir para casa, descansarmos um pouco, tomarmos banho e trocarmos de roupa, afinal nós passamos o final da madrugada e quase o dia inteiro no hospital, o que pode ser bem desgastante. Eu já tinha tomado um banho, trocado de roupa e descansado um pouco. Desço para a sala de estar e encontro os três ali quietos, aflitos. Não foi uma surpresa encarar a Hope e ver que ela tentava desesperadamente segurar o choro.

Hoje eu não voltaria mais para o hospital, já que eu preciso resolver um assunto que está pendente desde a morte dos meus pais.

– Hope, eu não vou poder voltar para o hospital hoje, eu vou à cabana dos meus pais. – digo sentando-me no sofá, ao lado da Hope. Ela me encara e sorri minimamente.

– Está tudo bem, Em. – ela diz. – Eu vou voltar para o hospital. – Hope acrescenta em tom baixo. Eu não gosto de vê-la assim. Ela é uma garota boa, mas a vida parece que anda contra ela. Eu só quero ser capaz de fazê-la se sentir bem.

– Eu também. – Rebekah diz chamando a nossa atenção. – Você sabe, eu vou ficar de olho na Hope. – ela acrescenta em tom baixo, mas como sempre, Hope escuta.

– Eu já falei mil vezes, tia Bex, eu não vou desligar a minha humanidade. – Hope resmunga em tom cansado. Eu sei que ela somente quer que tudo isso acabe. Assim como todos nós.

– Eu acho que o Kol pode ir com você, Emma. – Rebekah diz ignorando Hope e encarando o irmão.

– É provavelmente nada. Eu posso ir sozinha. – digo por fim. Passar um tempo sozinha com Kol não está nos meus planos.

– Eu vou com você. – Kol diz levantando-se do sofá. – Vamos? – ele pergunta parando na minha frente. Respiro fundo e assinto antes de abraçar Hope fortemente e levantar-me. Sorrio confiante para Rebekah antes de sair do apartamento. Eu só espero que tudo isso acabe e que Harry fique bem.

[...]

– Vire à direita. – digo para Kol e assim nós saímos da estrada asfaltada e fomos para a estrada de terra batida.

Eu já tinha vindo até a cabana há alguns anos, mas eu nunca cheguei a entrar nela. Até porque aquela é uma herança bem estranha, uma cabana no meio da floresta, longe de qualquer meio de comunicação. Talvez eu tivesse razão em pensar que o lugar não é seguro.

Eu nunca soube o que tem na cabana e nunca quis saber também, mas como eu vou embora de Londres, vir até a cabana e saber a verdade me parecia o certo a se fazer.

– O que você acha que tem nessa cabana? – Kol pergunta desviando por um momento o olhar da estrada.

– Eu não sei. – murmuro sincera. – A minha mãe sempre disse que era um lugar especial onde eu encontraria as respostas para todas as minhas perguntas. Eu acho que é algo relacionado com as bruxas. – comento a minha teoria. Kol havia ganhado um espaço grande na minha vida de algum tempo para cá, eu não o vejo somente como o tio bruxo da minha melhor amiga. Ele é um amigo ou talvez mais do que isso, já que estava acontecendo alguma coisa entre nós. Em toda conversa, em cada troca de olhar, nós parecemos conectados um ao outro. E eu não sei o que tudo aquilo significa.

– Talvez seja isso mesmo. – Kol responde me encarando e eu sorrio minimamente antes de voltar a minha atenção para a estrada.

– Entre na próxima rua à esquerda. – digo e assim Kol faz.

Não demorou muito para chegarmos até a cabana que eu havia recebido de herança. Aquele lugar poderia ser lindo, se fosse cuidado. A cabana está nitidamente abandonada, ninguém vem aqui há anos. A vegetação ao redor da cabana cresceu ao ponto de tampar o pequeno caminho que nos leva até a varanda da casa de madeira.

– Assustadora. – Kol comenta olhando ao redor, assim que sai do carro.

– Nós precisamos entrar. – murmuro passando por aquela grama alta.

Eu estava procurando a chave da casa na minha bolsa quando a porta se abre sozinha, emitindo um ruído estranho. Sim, parecia um filme de terror. Meio hesitante e com medo, eu entro na casa e olho ao redor rapidamente. Os móveis eram velhos e todos empoeirados, até mesmo o ar parecia mais pesado ali dentro. As teias de aranha na parede me causaram um arrepio ou talvez fosse somente o fato de estar muito frio ali dentro. Um corredor se estendia logo a minha frente e eu, curiosa, começo a explorar aquela casa.

– Emma. – ouço o chamado de Kol e viro-me para trás. Franzo o cenho ao vê-lo parado do lado de fora da cabana. – Eu não consigo entrar. – ele diz e para provar o que dizia, ele tentou colocar o braço para dentro da casa, mas uma barreira invisível o impediu.

– Você não é um vampiro. – digo confusa, afinal eu não via motivos para ele não conseguir entrar. Eu não sou expert no assunto, mas eu sei que somente o dono da casa pode convidar um vampiro, e o Kol não é um vampiro.

– Me convida. – Kol pede encarando os batentes da porta, talvez ele também esteja se questionando o que raios está acontecendo ali.

– Entre, Kol. – o convido e Kol finalmente pôde entrar na casa. Assim como eu, a sua primeira atitude foi olhar ao redor.

– Eu conheço esse feitiço. – Kol comenta e eu o encaro curiosa. – Só é permitido entrar na casa e convidar as pessoas, o próprio proprietário, no caso você. O seus pais protegeram esse lugar de todo mundo todos esses anos. – ele diz de maneira séria.

– Mas por quê? É somente uma cabana caindo aos pedaços. – digo e Kol encara o corredor atrás de mim e aponta para o mesmo.

Curiosa, viro-me novamente e vejo que havia um rastro de fogo no chão. Rastro que não estava ali segundos atrás. Encaro Kol um tanto hesitante e sigo o caminho. Ando até o final do corredor e viro à direita, o rastro de fogo parava exatamente em frente uma porta. Então a porta também se abre sozinha. A casa quer que eu veja alguma coisa.

Desço os lances de escada e me vejo no porão da casa. O local era escuro, mas aquele mesmo rastro acendeu as velas que tinham ali. Olho ao redor intrigada e vejo algumas caixas, porta-retratos, objetos. Aproximo-me dos porta-retratos, na esperança de reconhecer alguém, mas isso não aconteceu. Sinto uma brisa fria se chocando contra o meu corpo, fazendo-me me arrepiar, a mesma brisa que eu senti ao entrar na casa. Eu sentia que não era algo bom, nem ao menos era vivo.

Ouço um sussurro e automaticamente viro-me para trás, vendo uma pessoa se materializando em meio à poeira. Um espírito. Não demorou muito para eu reconhecer aquela pessoa. Coloco a mão na boca para conter um grito e sinto os meus olhos se encherem de lágrimas.

– Mãe? – sussurro sem conseguir acreditar que é ela ali na minha frente.

Ela está da mesma maneira que eu me lembro. O longo cabelo castanho cacheado, a pele branca e com aparência jovem, o mesmo vestido branco e longo que eu me lembro de vê-la usar. Como ela amava aquele vestido.

– Emma. – lágrimas escorrem pelo meu rosto ao ouvir sua voz suave depois de anos. Corro para abraçá-la, mas os meus braços atravessam o seu corpo. Todas as noites depois do acidente, eu somente desejava vê-la e ouvi-la por mais uma vez, e agora isso está acontecendo. – Você sabe que eu estou morta, querida. – ela diz com tom suave, como se aquilo não fosse um problema.

Deus, eu só desejo abraça-la mais uma vez.

– Você está aqui, eu estou te vendo, mãe. – digo ainda sem conseguir entender o que estava acontecendo ali. No fundo, eu ainda tenho a esperança de que ela esteja viva e de que aquilo não seja algo sem sentido.

– Eu sou uma bruxa poderosa, Emma. – ela diz e eu passo a mão pelo rosto, secando as lágrimas, assinto rapidamente, pedindo para que ela continue falando. – Quando eu morri, o meu poder ficou preso aqui, como eu sempre quis. Então eu projetei o meu espírito para falar com você por alguns minutos. Nós não temos muito tempo. E o Mikaelson sabe como isso funciona. – minha mãe diz e encara Kol rapidamente de maneira séria.

– Mãe, por favor, me explique o que aconteceu naquela noite tão confusa. – peço derramando algumas lágrimas ao me lembrar daquela noite de anos atrás. O modo como os meus pais me deixaram na casa da minha tia inesperadamente, o que eu senti quando recebi a notícia.

– Nós estávamos sendo caçados por uma família de bruxos que também está caçando a filha do híbrido. Eu nunca soube o porquê exato de termos sido perseguidos por eles, mas quando eles nos acharam, nós te deixamos na casa da sua tia e tentamos sobreviver, mas eles causaram aquele acidente de carro. – minha mãe explica e fico horrorizada ao saber a verdade. Não foi um simples acidente de carro, aquela família os matou e também quer matar a Hope. – Aquela família de bruxos é muito poderosa, séculos de poder sendo passado através da linhagem. Na época, eu soube que um membro de cada geração recebe um poder especial, um dom que não se encaixa nas normalidades. Parece que o sortudo dessa geração recebe profecias, ele vê o futuro. Antes da minha morte, eu ouvi boatos sobre existir uma profecia que diz que a extinção daquela família virá pelas mãos da nossa. Então eles mataram a mim e ao seu pai em uma estratégia para sobreviverem. – minha mãe diz de maneira séria. Ela não parecia nervosa, somente um pouco chateada com aquela situação. Saber a verdade depois de tanto tempo não confortou o meu coração.

– Eu já ouvi alguns boatos sobre essa família, mas eu realmente achei que eles são um mito. – Kol comenta um pouco confuso.

– O papai? Ele. – mal consigo fazer a pergunta.

– Ele não era um bruxo, mas ele morreu tentando nos salvar. – sua voz ganhou um tom triste e eu imagino que ela se culpe pelo meu pai estar naquele carro.

– Mas por que eles não me mataram depois do acidente? – pergunto confusa. Aquele é um dos inúmeros pontos que não se encaixa na minha cabeça.

– Eu lancei um feitiço de ocultação em você quando te deixamos na casa da sua tia, mas eu não sei como eles não vieram te procurar, já que o feitiço se quebrou automaticamente com a minha morte. – minha mãe diz parecendo confusa. – É por isso que você tem que se proteger, Emma. Nós não sabemos quando eles virão atrás de você. – ela diz de maneira séria e eu nego com a cabeça rapidamente.

– Como? – retruco rapidamente. – Eu não sei fazer nem um simples feitiço de localização, eu descobri tudo isso há algumas semanas. – explico um tanto inconformada com aquele assunto. A realidade está pesando cada vez mais nos meus ombros.

– Emma, você sabe que é uma bruxa poderosa e você sabe que eu vou te ajudar nisso tudo. – Kol, que estava ao meu lado, diz e logo recebe um sorriso da minha mãe.

– A nossa família sempre foi poderosa, você é poderosa, não se esqueça disso. – ela diz e eu assinto rapidamente. – Nessas caixas. – ela aponta para as caixas mais ao canto do porão. – Estão os grimórios da nossa família, eles vão te ajudar a aprender a controlar o seu poder. Lá tem o meu grimório e eu quero que você o use para praticar e para aprender a se proteger. – assinto novamente. – Ainda vai haver uma guerra na qual você vai lutar, Emma. – minha mãe diz de maneira séria e não demora muito para eu compreender o que ela está falando. Todos contra aquela família para salvar a Hope.

– Eu vou praticar. – digo decidida e minha mãe esboça um sorriso no rosto. – Mãe, eu vou embora para New Orleans, com a Hope e a família dela. Eu não pertenço mais a esse lugar. – revelo e ela assente como se soubesse daquilo.

– Os Mikaelson são perigosos, mas eles também são poderosos e leais a quem eles acreditam merecer a sua lealdade. – ela diz e eu não fico surpresa ao saber que a minha mãe conhece a família Mikaelson, já que a família da minha melhor amiga é famosa. – Você vai estar em segurança com eles. Aquela família de bruxos poderosos não seria tão estúpida em enfrentar a ira dos Mikaelson. – a minha mãe diz e encara Kol rapidamente, o analisando.

– Eles estão caçando a minha sobrinha. – Kol nos lembra de maneira séria.

– Eu não entendo isso, eles não são poderosos o suficiente para entrar em uma guerra com a sua família por causa de uma visão do futuro. – minha mãe retruca e me encara novamente. – Emma, eu sei que você vai ajudar os Mikaelson, mesmo que seu instinto diga que não, eu sei que você é leal, leal ao ponto de entrar em uma guerra sabendo que nunca irá voltar pela Hope. Essa é a sua maior qualidade, a lealdade, o que poucos têm. – franzo o cenho ao que a minha mãe lança um sorriso irônico para Kol. – Você morreria por qualquer um que ama e isso é que te deixa mais poderosa. Você é tão corajosa e vai ajudá-los até no momento impossível, por causa da Hope. Aquela garota tem um destino horrível. – ela murmura encarando o chão.

– Não vai ser o destino que vai destruir a vida da Hope. – digo de maneira séria. Mesmo a conhecendo tão pouco tempo, eu sei que Hope merece uma vida melhor do que a que leva.

– Eu preciso que você faça uma coisa para mim, Emma. – minha mãe pede e a sua imagem treme. Aquele momento está acabando, o feitiço está chegando ao fim.

– O quê? – pergunto rapidamente, temendo que eu nunca mais veja a minha mãe.

– Aqui não tem nada de importante, somente essas caixas no porão. Eu quero que você fique com todas as caixas e as leve embora. Eu quero que você queime esse lugar até virar cinzas, mas antes de fazer isso, eu quero que você canalize todo o meu poder que está preso aqui. Assim eu poderei te ajudar, mesmo que eu não esteja ao seu lado. – ela diz de maneira séria e eu olho ao redor. Queimar aquele lugar não me parecia ser o certo, eu sinto que aqui é um lugar importante para os meus pais, mas eu faria isso pela minha mãe.

– Tudo bem, eu faço isso. – afirmo. – Mas como eu irei canalizar o seu poder, mãe? – pergunto confusa.

– A magia é sentir, somente isso. Esse é o segredo, você precisa usar os seus sentimentos, se concentrar neles, porque eles serão capazes de te deixar poderosa. Quando você estiver pronta, o poder irá fluir para você. No fundo, é uma coisa simples. Kol irá te ajudar, certo? – ela questiona e ele assente. Sinto os meus olhos marejando ao que a imagem da minha mãe começa a se desfocar, eu sinto que ela está indo embora, novamente.

– Você está indo embora. – murmuro negando com a cabeça. Eu não posso perdê-la agora. Eu tenho tantas perguntas, tantas coisas para contar, eu tenho uma vida para compartilhar com ela.

– Com a ajuda de Kol, você saberá usar o meu poder e se irá se tornar uma bruxa muito poderosa. – ela diz de maneira séria, ignorando o fato de que eu estou desmoronando ao vê-la partindo novamente. – Lembre-se que nós nunca conseguimos nada sozinhas. – ela sorri de maneira confortadora, como se me dissesse que está tudo bem, quando não está. – Kol, tudo o que você precisa saber, está naquela família e em quem faz parte dela. – minha mãe diz de maneira misteriosa, encarando Kol. 

– O que você quer dizer com isso? – Kol pergunta um tanto confuso. Ela nega com a cabeça e volta a me encarar. Uma lágrima escorre pelo meu rosto ao que eu vejo a sua imagem se dissipando.

– Emma, eu estou tão orgulhosa de você. – ela diz sorrindo, ignorando a pergunta de Kol. – Você é a garota que eu e o seu pai sempre sonhamos. Eu estou feliz em te ver agora, como uma garota encontrando o seu caminho. Eu quero que você seja feliz e eu sei que você está confusa, mas no fundo, o Kol é um bom homem. Então não se prive de ser feliz, Emma. – fico surpresa ao vê-la falando aquilo. Ela sabe o que estou sentindo. – Tudo o que dizem é verdade, a garota mudou os Mikaelson. – encaro Kol rapidamente, que parecia um tanto envergonhado com aquilo. – Eu te amo, filha. E eu sempre estarei no seu coração em cada decisão, em cada momento de felicidade e de tristeza, em cada falha e em cada vitória. – ela diz. Eu não me importava mais em segurar as lágrimas. Eu a quero do meu lado em todos os momentos, mas eu sei que isso não é mais impossível. Conforta-me saber que ela está bem, que está orgulhosa de mim.

– Eu te amo, mãe. – sorrio em meio às lágrimas. Eu sei que essa não é a última vez que eu a sentirei comigo.

Com um sorriso confortador no rosto, ela desaparece. Ela parecia tão serena e tão calma, no fundo eu sabia que ela está feliz onde quer que ela esteja e isso é capaz de confortar o meu coração. Passo a mão onde ela estava e sinto o vazio. Não consigo segurar as lágrimas, vê-la daquela maneira somente me fez sentir mais falta dela. Kol se aproxima de mim com um sorriso confortador e me abraça fortemente. Aconchego-me em seu abraço e respiro fundo.

– Está tudo bem, Emma. Ela está bem e ela disse que você é o orgulho dela. – Kol diz em tom baixo, de maneira confortadora. Eu não sabia como, mas ele parecia entender o que eu estava sentindo. Perder alguém importante, vê-la e depois perdê-la novamente.

– Obrigada. – murmuro separando-me daquele abraço, mas Kol me mantêm em seus braços, impedindo que eu me afaste completamente. – Por que a minha mãe insinuou que você não é leal à sua família? – pergunto confusa e sinto o toque de Kol em meu braço se intensificar. Eu percebi que ele não gostou daquela pergunta. O encaro fixamente e constato o óbvio. Kol é lindo.

– Porque eu não era. – ele responde de maneira séria. – Em mil anos de existência, eu nunca fui leal à minha própria família. Todos me consideravam o original imprudente, mas no fundo, eu sentia que aquele não era o meu lugar. Então por que ser leal a uma família que não se importa com você, que não demonstra isso? – Kol pergunta retoricamente. – Eu nunca fiz parte da equipe Mikaelson, somente o Nik, o Elijah e Bex faziam. E eu sempre me senti tão irritado com isso, parecia que eu não existia, que eu não tinha importância, que eles não eram meus irmãos. O Nik sempre me empalou por motivos estúpidos e tudo foi se acumulando até que eu cheguei ao meu limite. Em certo momento da minha vida, eu desisti de tentar fazer parte daquela equipe e planejei uma vingança. Eu me aproximei de muitas bruxas e as convenci de que colocar o Klaus em um sono profundo era a solução dos problemas da humanidade. Elas conseguiram os feitiços, os ingredientes e o poder, mas Bex descobriu tudo e me entregou, resultando em todas as bruxas mortas e eu no caixão por mais de 50 anos. – o encaro surpresa. A família Mikaelson é tão complexa, que eu tenho certo medo de me envolver demais. – Assim que eu voltei nesse corpo, eu ainda queria me vingar de todos esses anos. Então eu conheci a Davina e nós conseguimos fazer a adaga que era capaz de deixar o Klaus em um sono profundo. Mas Nik a destruiu. – Kol diz de maneira séria. Ele não parecia chateado em falar sobre aquilo, ele somente parecia não gostar de falar sobre aquilo. Sempre que nós conversamos, Kol sempre menciona essa garota, a Davina. Não preciso ser inteligente para ver que eles tiveram algo.

– Por que você mudou? – pergunto curiosa e me afasto dele.

– Hope. – Kol responde simples. – Quando Hope nasceu, poucas pessoas sabiam que ela estava viva. Somente a família. E eu não fazia parte desse grupo de pessoas. Eu sabia que Klaus escondia algo de mim, mas depois de uma discussão, ele me contou a verdade. Hope nasceu e corria perigo. Eu vi o quanto ele amava a garotinha, eu vi que ele era capaz de fazer tudo por ela, matar e morrer por ela. E naquele momento, eu vi que ele confiava em mim. Ele me contou o maior segredo da sua vida e eu fui capaz de perdoar ele e os meus irmãos por tudo o que aconteceu em um milênio. Se um bebê transformou o Klaus Mikaelson em um pai coruja, quem sou eu para não perdoá-lo por tudo? Eu sei que ele fez coisas horríveis, mas eu dei uma chance a ele. – Kol diz e nega com a cabeça. – Desde o nascimento de Hope, Nik mudou tanto que chega a ser assustador. Naquele mesmo dia, eu a vi e, droga, ela era tão linda. Quando eu olhava para a Hope, eu via uma luz no fim do túnel, a nossa âncora para a nossa redenção. Então daquele momento em diante, eu decidi não trazer sofrimento para uma nova família que surgia. Eu me tornei leal pela primeira vez em um milênio. – Kol responde e passa a mão pelo rosto, ele tentou disfarçar, mas eu vi os seus olhos marejados. Aproximo-me dele, mas Kol não me encara, então eu coloco as mãos no seu rosto, o obrigando a me encarar.

– Kol, você é leal. A sua família acredita em você, eles apreciam o fato de que você esteja ao lado deles agora. Eles confiam em você, eles colocaram a Hope sob a sua proteção. – digo de maneira positiva. Aquela família é tão complexa.

– É por isso que eu não posso falhar. A minha família precisa de mim. – ele responde e eu assinto, enquanto soltava o seu rosto.

Kol não permite que eu me afaste e me puxa pela cintura, mantendo uma mão ali e a outra fazendo um carinho em meu rosto. A minha respiração pesa ao que Kol encara os meus lábios. Eu sei qual é o próximo passo, mas algo me prendia. Medo ou hesitação. E ainda tem aquela garota, Davina. Ela deve ser importante para ele, mesmo que Hope tenha me dito que eles não mantêm um relacionamento. Desvio o meu olhar do dele e afasto-me.

– Vamos levar as caixas para o carro primeiro? – pergunto com uma animação falsa.

Kol me encara e sorri antes de me puxar para ele novamente. Minhas mãos se chocam contra o seu peitoral e eu não vejo o momento em que ele cola os seus lábios no meu. Um beijo que eu de prontidão correspondi. Durante algumas noites eu me questionei como seria a sensação de beijar Kol e agora que eu estou fazendo isso, eu não posso explicar. O ar se faz falta e eu encerro o beijo com um breve selinho.

– Não se prive de ser feliz, Emma. – Kol diz em tom divertido antes de selar os nossos lábios novamente.

E aquela sensação se fez presente novamente, eu sei que eu sou fraca o suficiente para me viciar naquilo. No fundo, eu sei que se acontecer não será algo ruim. 


Notas Finais


E aí? Gostaram do capítulo?
Espero que sim, foi feito com carinho <3333
Comentem e favoritem, hein?
Até a próxima atualização, meus amores <3

All The Love
xx Srta. Holt


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