Pov's S/N
JB - S/N!! - ele gritou, fazendo com que eu abrisse os olhos e visse o mesmo plantado à minha frente nos degraus abaixo do que eu estava - Pensa rápido!
Ele diz jogando a bola de basquete, fazendo com que a mesma acertasse meu rosto. Eu só fui realmente acordar dos meus pensamentos ao sentir meu olho direito inchar levemente e algumas gotinhas de sangue escorrer pelo meu nariz. JB veio até mim e se sentou ao meu lado.
JB - Ah, S/N, m-me desculpa. Eu não pretendia....
- Ah Jaebum, me deixa! Você me irrita desde de que eu vim para essa escola. Você nunca me deixa em paz. Essa é a única coisa que eu te peço: Me deixe em paz! - digo me levantando e indo em direção a saída da quadra para ir até a enfermaria, mas sou interrompida por uma mão que segurou meu braço.
JB - Por favor, não me peça isso! Não me peça para te deixar em paz! Eu não suportaria....
- Não suportaria o quê? - digo interrompendo o mesmo - Eu acho que eu quem não suportaria mais você me atazanando como sempre faz! Pra mim já chega Jaebum! Se me der licença, preciso ir até a enfermaria para por gelo no meu olho.
JB - Me deixe pelo menos te acompanhar até lá! - ele fez cara de cachorrinho pidão.
- Eu não queria, mas não posso te proibir de ir até lá comigo.... Mas depois disso, por favor, esqueça da minha existência!
JB - Não prometo nada!
- Aish, vamos logo!
Começamos a ir em direção a enfermaria. Algumas pessoas nos olhavam indiferente. "O que é piranhas? Meu brilho lhes incomoda?" Chegamos até a enfermaria e, ao me ver, a enfermeira ficou com um ar de preocupada.
Enfermeira - Mas o que ouve com você florzinha? - parecia que eu me dava bem somente com os funcionários da escola.
- Alguém jogou a bola de basquete no meu rosto, né JB?
JB - Eu já te pedi perdão!
- Tá, tá.... Que seja!
A enfermeira pediu para que o JB fosse dar uma volta enquanto ela cuidava de mim. Ela limpou o sangue que escorreu do meu nariz e passou uma pomada no meu olho para retirar a vermelhidão do mesmo. Ela foi até a geladeira, pegou um bloquinho de gelo, enrolou o mesmo em um paninho e veio até mim, me entregando.
Enfermeira - Tome! Coloque no olho para ajudar a desinchar. Talvez seu olho fique roxo por uns dias, mas uma maquiagem pode ajudar a disfarçar.
- Ok... Obrigada por me ajudar!
Enfermeira - Não precisa agradecer! Esse é meu trabalho...
- Eu vou ficar aqui por enquanto, tudo bem?
Enfermeira - Tudo bem!
Continuei sentada na maca e ela foi fazer o que precisava. Vi ela pegar o celular e se sentar na cadeira da mesinha.
- Desculpe te atrapalhar mas, eu nunca perguntei qual seu nome.
Enfermeira - Ah, meu nome é Chaerin, Lee Chaerin. Mas pode me chamar de CL!
- Ok então CL-Unnie!
Ela voltou a olhar para o celular com um olhar sério. Começo prestar atenção no que ela fazia.
CL - S/N, preciso ir atender uma ligação...... Só um minuto!
- Ok Unnie.
Ela saiu da sala. Estava eu, sozinha, sentada de pernas cruzadas sobre a maca daquele local de ambiente gélido com um cubo de gelo no olho e ainda com aquele aperto no peito que eu realmente não sabia o motivo. A CL volta para a enfermaria e percebo que a mesma estava chorando.
- Unnie, tá tudo bem?
CL - Sim.... - ela disse secando algumas lágrimas.
- Então por que você está chorando?
CL - Bom, é que...... Um amigo meu acabou de sofrer um acidente de carro... - ela disse e várias lágrimas escorreram de seus olhos.
- Ahhh Unnie, meus pêsames! - eu disse indo até ela e abraçando a mesma - Se você quiser, depois dá escola eu vou com você até o hospital para visitá-lo!
CL - Mas, é que ele não é daqui.
- Ah.... De onde ele é então? - eu disse soltando o abraço e olhando nos olhos da mesma.
CL - Ele mora em Busan!
Meu coração aperta. Me lembro de uma das últimas coisas que Ji-yong me disse no nosso último encontro.
"Não se preocupe, não vou mais te incomodar. Eu vou me mudar pra Busan..."
Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Chaerin começou a me encarar. Eu realmente não sabia o que falar a ela.
- U-Unnie, eu vou ter que sair... Tchau. - peguei minha mochila e saí.
Eu não conseguia mais conter o choro. Simplesmente saí ao prantos empurrando todas que entravam na minha frente. "Se algo tiver acontecido com o Ji-yong, ou melhor com o Dragon, eu não ia me recuperar". Passei a manga da blusa nos olhos e, quando volto a olhar para onde andava, acabei trombando com alguém.
Yugyeon - Pelo menos dessa vez não caiu! - ele disse me segurando.
- Yugyeon, m-me desculpe! E-Eu preciso ir ao ba-banheiro! - eu disse tentando correr, mas o mesmo segurou minha mão.
Yugyeon - Calma! Eu vou com você.
- Venha se vo-você quiser, mas anda lo-logo!
Eu saí correndo pelo corredor e o mesmo correu atrás de mim.
Yugyeon - Hey, me espera! - parei e olhei para trás, ainda "caminhando de ré". - Deixa eu te perguntar... - ele disse quando chegou ao meu lado, e eu voltei a caminhar para frente -... o que aconteceu? É tipo, acidente feminino? - ele disse olhando para minha barriga.
- Oh, não! E-Eu só pr-preciso fazer uma li-ligação. - eu ainda chorava.
Yugyeon - Mas o que aconteceu? Por que você tá chorando tanto?
Simplesmente entrei no banheiro e o deixei do lado de fora. O sinal havia tocado, mas eu o ignorei. Pego meu celular desesperadamente e começo a procurar o número do Ji-yong na lista de contatos. Começo a ligação sem esconder que eu estava chorando. Cada toque doía na minha alma. O desespero começou tomar conta de mim. A ligação caiu na caixa postal. Desliguei e voltei a discar o número. A cada toque, a cada mísero toque, era uma lágrima que caía. Novamente a ligação caiu na caixa postal, mas dessa vez eu deixei uma mensagem.
- Ji-Ji-yong..... Por favor, m-me liga o ma-mais rápido po-possível! Não importa o horá-rário. Mesmo se eu estiver ocupada, e-eu vou te atender. Mas, pelo amor que você sente por mi-mim, liga pra mim, po-por favor! Tchau Dragon. Mensagem de Bolinho de Arroz!
Desligo a ligação, finalizando a mensagem. "Realmente espero que ele escute essa droga de mensagem!". Saí do banheiro e fui em direção da sala de aula. Bati na porta e abri a mesma.
- Com licença professora. Posso entrar?
Profª - Anda, anda! Aproveita que estou de bom humor!
Entrei na sala e fechei a porta. Todos, exatamente todos, olhavam para mim. Não sei se era porquê eu havia chegado 10 minutos atrasada na aula, se era porquê meu rímel e lápis haviam escorrido ou se era porquê meu olho estava levemente roxo. Fui até meu lugar e me sentei.
Mark - Amor, o que foi? Por que você demorou tanto? Por que você tá chorando tanto? E mais importante ainda, por que teu olho tá roxo?
- Não é nada Mark...
Mark - Por favor me conta o que tá acontecendo! Eu não quero te ver triste. Eu te amo S/N, eu só quero seu bem. Pelo menos, me conta porquê seu olho tá roxo!
- Eu tava na quadra e o JB....
Mark - Ele te bateu? - ele disse me interrompendo - Eu vou matar esse filho da puta!
- Posso terminar de falar? Obrigada! Eu tava na quadra e o JB acabou acertando a bola de basquete em mim! Pegou no meu olho e no meu nariz, mas eu tô bem!
Kook - Dá pros dois calarem a boca? Eu quero ouvir o que a velha tá falando!
- Não se mete Jungkook!
Mark - Mas, por que você tá chorando?
- Mark, depois eu te...
Profª - Os dois poderiam fazer o favor de ficar em silêncio? Continuando turma.....
- Depois eu te explico tudo!
Ele assentiu. Passei as duas primeiras aulas morrendo. Meu coração apertava e meu peito doía. Era uma vontade imensa de chorar. Até que chegou a terceira aula: a aula de música. A professora Jennie entrou na sala e fez a chamada. Eu estava querendo morrer. Não aguentava mais aquela sensação desesperadora.
Jennie - Bom dia turma! Hoje eu vou fazer uma aula dinâmica com vocês. Vou dar a oportunidade de vocês cantarem durante a aula. Não precisa se preocupar com nota, só canta quem quiser. Mas, porém, contudo, toda via e entretanto, quem participar aumenta a pontuação de participação e comportamento. Ok? - a turma responde "sim" em um grande coral - Ótimo! Já que temos um cantor na sala, começaremos com ele. Jungkook, você poderia vir aqui na frente cantar?
Todos olharam para o Jungkook. Ele estava com muita vergonha.
Mark - Hey! - ele disse tocando em seu braço - Vai lá! Fighting!
Jungkook se levantou e foi até lá na frente. Dava pra ver o pedido de socorro nos seus olhos.
Kook - Que música você quer que eu cante? - ele perguntou pra professora.
Jennie - Qualquer uma! Fique a vontade!
Jungkook respirou fundo. Pensou um pouco em que música ele poderia cantar. "Por que você teve que escolher justo essa música Jeon Jungkook?"
Amugeotdo saenggakhaji ma
Neon amu maldo kkeonaejido ma
Geunyang naege useojwo
Nan ajikdo mitgijiga anha
I modeun ge da kkumin geot gata
Sarajiryeo hajima
Is it true? Is it true?
You You
Neomu areumdawo duryeowo
Untrue Untrue
You You You
Gyeote meomulleojullae
Naege yaksokhaejullae
Son daemyeon naragalkka buseojilkka
Geobna geobna geobna
Siganeul meomchullae
I sungani jinamyeon
Eobseotdeon iri doelkka neol irheulkka
Geobna geobna geobna
Butterfly, like a butterfly
Machi butterfly, bu butterfly cheoreom
Butterfly, like a butterfly
Machi butterfly, bu butterfly cheoreom
Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Eu não suportava mais ficar naquela sala, naquela escola. Eu queria ir pra casa e chorar sozinha. Abaixei a cabeça e comecei a chorar em silêncio. Eu realmente queria ir embora.
Mark - S/N, você tá bem? - Ele disse colocando a mão sobre minha cabeça, alisando a mesma.
- M-Mark, e-e-eu quero ir emb-bora! - eu dizia em meio aos soluços.
Mark - Meu amor o que você tem? Por favor, me diz! Não quero te ver assim. Eu quero te ver sorrir, por quê, quando você está sorrindo, você fica ainda mais linda!
- Se está tentando me animar, não está funcionando! - eu disse ainda com a cabeça baixa.
Mark - Me desculpa. Mas, por favor, me conta o que está acontecendo!
- Em casa eu te conto!
Mark - Promete?
- Prometo!
Jungkook voltou e se sentou em seu lugar, após receber uma salda de palmas.
Kook - O quê que ela tem?
Mark - Também gostaria de saber!
Sinto algo vibrar no bolso da minha calça. Pego meu celular e vi que era uma ligação do Ji-yong. Me levantei e fui até a professora.
- Professora, posso ir atender esa ligação? Entou esperando por ela a manhã inteira!
Jennie - Vá logo!
Saí da sala e corri em direção ao banheiro mais próximo. A ligação já havia caído, então eu liguei de novo para Ji-yong. Cada toque, a cada mísero toque........ Nem sei mais explicar o que eu sentia. Até que o mais velho atendeu a ligação.
_Ligação On_
Ji-yong - Pelo amor de mim S/N, o que você tem? Você tá me deixando muito preocupado! Poha garota!
- Me desculpa, é que eu estava muito preocupada com você.
Ji-yong - Preocupada com o quê? Eu já disse que estou bem!
- Bom, hoje, na hora que eu estava vindo para a escola, passei pela rua onde você morava e senti um aperto gigante no peito. Cheguei na escola e liguei para você e você disse que estava bem, então me acalmei um pouco. Aí, aconteceu umas coisas e eu tive que ir para a enfermaria. Quando eu tava lá, a enfermeira recebeu uma ligação dando a notícia de que um amigo dela tinha sofrido um acidente. E eu perguntei se ela queria que eu fosse visitar ele com ela e ela disse que não daria porquê ele é de Busan. Na hora eu me desesperei. Mesmo sabendo que a possibilidade era de 1 em 7 milhões, mesmo assim, tinha a possibilidade.
Ji-yong - Me desculpe se te preocupei! Mas saiba que estou bem. Só não estou melhor por saudades de você!
- Dragon, pelo amor que você sente pela sua mãe, se acontecer qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, me avise!
Ji-yong - Eu prometo que ligarei todos os dias! Logo iremos nos ver!
- Espero que assim seja! Tchau Dragon!
Ji-yong - Tchau Bolinho! E por favor, não se esqueça que eu te amo!
- Prometo não esquecer!
_Ligação Off_
"Dragon, não prometo nada, mas eu acho que estou voltando a te amar!" Suspirei com meus pensamentos. Talvez eu não sentisse amor de paixão e sim um amor mais puro: amor de irmão.
- Talvez eu realmente te ame! - cochichei.
Saí do banheiro com a mente avoada. Dei uma leve suspirada ao lembrar de alguns bons momentos que passei com Ji-yong. Sem prestar atenção, trombei com o Mark, que estava parado a frente da porta do banheiro.
Mark - Com quem você estava falando S/N? Quem é que você realmente ama? - sinto um frio subir pela minha espinha e junto com ele o medo.
Continua.....
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