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História I wish I hadn't met you, appa - Namoradinhos(nhas)


Escrita por: blueyooncean

Notas do Autor


Oi

Capítulo 49 - Namoradinhos(nhas)


Faltam exatas duas semanas pro meu aniversário.

E consequentemente pro aniversário de morte dá minha mãe.

E junto com tudo isso meus pesadelos voltaram com força.

Não tem mais um dia que eu durma, nem que seja um cochilo, e não acorde suando frio.

Tive um pesadelo cochilando na aula ontem, todo mundo me olhou estranho.

Hoje, quando chego em casa tenho total certeza de quem está lá me esperando, já que ao passar pela porta um cheiro bom de comida me atingiu como um abraço.

Omma Seokjin.

É incrível como Seokjin pode fazer tanto papel de mãe, quanto papel de pai e também papel de tio avô. TUDO menos de um menino de 30 anos cantor de um boygroup.

- Oi? - Entrei lentamente tirando os sapatos na porta.

- Está atrasada. - Vi a cabeça de Jin aparece na porta da cozinha.

- Eu estava resolvendo uns assuntos. - Eu tava é entregando​ drogas para os "usuários". Tive 7 encomendas hoje, tive que esperar um monte em um ponto específico. Os caras passavam, com a mesma mão que pegavam a droga me entregavam o dinheiro e iam embora. Menos de 5 segundos. Fiquei fazendo isso por duas horas até todos os desgraçados passagem lá pegando. Mulheres, homens, velhos. Recebi todo tipo de cliente nesses dias que trabalhei pro cara.

- O que estava fazendo, mocinha? - Deixei a mochila no sofá e fui para a cozinha encontrar ele.

- Primeiro, nada de "mocinha". - Sentei na bancada, observando ele cozinhando alguma coisa não identificada por mim. - Segundo, estava resolvendo uns assuntos, como acabei de falar.

- Está com fome?

- Isso foi uma pergunta ou uma afirmação? - Ele ri um pouco e vai cortar alguma coisa na bancada ao meu lado.

- Vai trocar esse uniforme que já está quase pronto.

- Temos algum convidado indesejado hoje? - Digo em tom de brincadeira, mas sinceramente? Realmente não quero Namjoons e Taehyungs nesse jantar.

- Não, só eu e você. - Ele me lança um sorriso carinhoso.

- A gente pode jogar algum fliperama na sala de jogos né? - POR. QUE. EU. FICO. TÃO. VULNERÁVEL. PERTO. DELE?

- Claro, o que você quiser. Agora vai lá, eu já tô terminando. - Desci da bancada e peguei minha mochila, indo pro quarto.

Minha vontade é bater a minha cabeça na parede por querer tanto a atenção dele e por ficar tão confortável. Tá, ele é um gay praticamente assumido para as pessoas ao redor dele, provamos isso quando ele estava quase chorando ao som a sinfonia de gemidos Namjoonianos número 5. Ele realmente me trata como filha, como se estivesse treinando pra quando for adotar (já que homens não podem engravidar, obviamente) mas mesmo assim! Ele tem a merda de um pênis no meio das pernas, por que caralhos eu confio nele?

E se eu deixasse? E se eu me deixasse confiar? Eu me machucaria de novo? Eu sofreria de novo? Ou eu acharia alguém pra me apoiar? Alguém em que eu pudesse... Ter o que eu nunca tive? Eu encontraria amor? O amor que eu nunca vou ter o Namjoon?

Por que é tudo tão difícil?

Termino o banho (sim, toda a reflexão ocorreu dentro do banho, eu fico brisando assim mesmo) e já vestida, desço e encontro Jin já colocando as coisas na mesa. É incrível como coreanos comem muito. Eles colocam 72937294 tigelas diferentes em cima da mesa e comem tudo! É impressionante.

- Quer ajuda?

- Não precisa, já está tudo na mesa. - Jin senta na cadeira da ponta da mesa. A mesa só está pronta pela metade, por ser muito grande, ele colocou​ uma toalha só na metade da mesa para nós dois. Sentei na cadeira ao lado da dele e peguei o garfo, deixando os hashis(ou seja lá como isso se chama aqui na Coreia) de lado já que eu não sei usar eles direito.

- Isso parece bom.

- Eu sei. - Ele dá um sorriso convencido e eu o encaro com uma expressão meio "Really Nigga?", ai a criatura me manda um beijo voador. Reviro os olhos.

Um problema, AS COMIDAS COREANAS SÃO MUITO APIMENTADAS, e tipo assim, eu ainda não me acostumei porque eu como só hambúrguer, todos os dias. Não que eu não goste de pimenta mas... Vocês entenderam.

- Vou direto ao ponto, - Eita porra - o que aconteceu entre você e o Tae? - Afferson.

- Ele é um tarado, filho da puta, só isso.

- Eu conheço ele a muito tempo, tenho certeza que foi um engano.

- Foda-se se você conhece ele à anos, ele veio me perguntar coisas se eu tinha namorado e essas perguntas que não interessam à ele sentado na minha cama, encostando em mim. Não vou deixar uma pessoa dessas me encostar de novo.

- De novo?

- Ele é um filho da puta, só isso.

- Eu acho que isso foi um mal entendid...

- Eu não ligo! - Calma Chloe, não altere o tom de voz. - Vamos mudar de assunto?

- Tá. - Coloquei uma garfada na boca esperando o que ele iria perguntar dessa vez. MEU DEUS ESSE SER HUMANO COZINHA MUITO BEM, ISSO TA MUITO BOM.

- Caralho, isso tá muito bom. - Falo de boca cheia e recebo um olhar repressivo dele, por falar palavrão, já que eles falam de boca cheia o tempo inteiro. - Desculpa o palavrão, tá muito bom.

- Obrigado. - Ele dá um sorriso fofo e depois continua as perguntas. - Como vai a escola?

- Oi?

- Como vai a escola. - Ele repete a pergunta de novo, mais devagar. - Algum problema?

- Não, não, é que ninguém nunca me pergunta isso. - Choque com essa pergunta. Não me arrasa assim não.

- Agora eu tô perguntando, ué. - ESTOU JOGADA NO CHÃO por dentro

- Tá normal, uns amigos, professores chatos, muitas provas. Eu sou reprovada, já sei o que tão passando. - Não vou falar que só tenho nota vermelha até agora, arrumei algumas brigas e fui pra diretoria todos os dias da semana, ele não precisa saber.

- Eu não sabia que você tinha reprovado.

- Eu faço 16 esse ano, todos tão fazendo 15, ou pelo menos a maioria.

- Falando em aniversário, o que você quer de presente? - SÓ ME DANDO TIRO, ESSE MERDA.

- Eu nunca ganho presente, nem esquente a cabeça. - Tenho certeza que se ele me desse um presente, seria uma caixinha cor de rosa. Pelo amor de Deus.

- Mas eu queria te dar um presente, todos vamos. Dá uma sugestão pelo menos.

- Pra mim tanto faz. - Dei de ombros e brinco com a comida no meu prato

- Por favoooooor. - CHATO, HEIN.

- Tá, qualquer coisa que não seja maquiagem e nem que tenha rosa. Satisfeito?

- Sim! - Pessoas que sorriem demais me irritam, Jin é uma delas.

Comemos em silêncio por um tempo, não um silêncio constrangedor, mas um silêncio acolhedor. Ajeito meu óculos e continuo comendo. Sinto seu olhar sobre mim e subo meus olhos para olhar pra ele. A CRIATURA TA COM UM OLHAR MALICIOSO OLHANDO PARA MIM. LÁ VEM A PERGUNTA, PORRAN.

- Não se atreva a...

- E OS NAMORADINHOS? - Ele grita afobado e mexendo as mãos freneticamente.

- AH NÃO, JIN. - Bato minha cabeça na mesa e ouço sua risada. - Ah cara, vai se ferrar. - Não aguento ouvir sua risada de limpa vidro e acabo rindo junto.

- Vai, responde. - Depois de se acalmar da crise de riso, ele me diz isso.

- Seokjin, tenho que te contar uma coisa. - Coloco as duas mãos em cima da mesa, entrelaçando os dedos, me fingindo de séria. - Eu jogo do outro lado.

- Como assim?

- Eu gosto de outra fruta.

- Hã? Num entendi.

- EU SOU LÉSBICA. - SER HUMANO MAIS LERDO DO MUNDO, CONFIRMADO.

- Ah, eu já desconfiava. - Ele olhou para o prato por uns segundos antes de me encarar de novo. - Então... E AS NAMORADINHAS?

- PUTA MERDA.

[...]

Mandei mais umas mensagens, marcando lugares de encontro para as próximas entregas e depois acompanhei Jin até a sala de jogos.

Jogamos até que bastante, tem alguns jogos de tabuleiro e uns fliperamas (lembra? Cagam dinheiro?) que usamos por um bom tempo, até que, sendo omma como é, Jin disse que estava tarde e que deveríamos dormir, mesmo sendo só 23hrs. Subiu até o segundo andar, pegou um colchão de solteiro e outro de casal, estendeu na sala junto com alguns cobertores e nos deitamos.

- Confortável?

- Aham. - Digo, enquanto puxo a coberta até meu nariz e respiro fundo, relaxando meu corpo.

- Boa noite. - Continuo imóvel quando ele se aproxima, beija a minha testa e depois vai bem mais para o lado, respeitando meu espaço pessoal. Fico corada, mas escondo com o cobertor.

- Boa noite Jin. - Por algum motivo, procuro sua mão por baixo das coberta e, quando encontro, à aperto.

Eu não tive pesadelos naquela noite, foi a primeira noite bem dormida que tive na semana inteira.


Notas Finais


Fui


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