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História I'am Yellow - Capítulo um: Em um limbo.


Escrita por: chimchimyie

Capítulo 2 - Capítulo um: Em um limbo.


||||POV Park Jimin

Dias são como segundos colecionáveis. Pelos segundos, você tem opções e nem sempre a escolha errada é a incorreta, pode ser que ela te leve a algum lugar que num pudesse imaginar.

Meus passos longos estavam a todo vapor, desviando e equilibrando meu corpo entre os alheios que entravam no meu caminho. As ruas, super iluminadas, estavam cheias pessoas que vinham e outras iam, me deixando sem senso de direção. Havia tantas músicas tocando ao mesmo tempo em que cada uma estragava a outra, mas era de se esperar da rua mais movimentada de Seul por causas de suas baladas conhecidas.

Diferente da maioria dos jovens ali, eu estava apavorado. Mantinha a ponta dos meus dedos encostados em meus lábios e meus olhos continuavam arregalados, mas logo ao sentir o frio que dominava o clima eu coloquei minha mascara — cirúrgica — e comprimi minha boca, até causar um ardor pela dor da pressão. Em dez a dez segundos eu olhava para trás, estreitando se ele estava atrás de mim e para minha sorte não o via mais.

Meu deus por que eu fiz isso? O que eu vou fazer agora? Será... Que estraguei tudo?

Eram mil perguntas sem respostas jogadas no limbo. Eu o xingava, de todos os palavrões que eu conhecia, e me amaldiçoava nos meus pensamentos, os quais eram tão barulhentos que não havia percebido que não estava mais na rua principal.

Quando minhas pernas começaram a doer eu parei. Estava no meio de uma calçada, estático. Era patético. Fechei meus olhos, como sempre fazia para me concentrar, pensando em o que fazer imediatamente, mas minha mente não respondeu. Então, abri meus olhos e procurei algum táxi, porém nenhum estava à vista. Olhei para a rua paralela e vi uma loja com a pintura externa vermelha com letras neon na parede, bem chamativa, e na vitrine estavam minhas balinhas de gelatina favoritas. Uma coisa boa pode acontecer esta noite, pensei enquanto rapidamente atravessei e entrei no local publico.

Não havia muitas pessoas ali dentro. Um senhor estava conversando com o balconista e duas garotas olhando o que levar para comer no setor de chocolates. Tratei de ir em direção as balas depois de respirar fundo e tentar espairecer um pouco a mente. Peguei um saquinho da minha balinha favorita e fui ao rumo do balcão. Enquanto eu esperava o homem da minha frente sair, olhava para a loja e vi, logo atrás das revistas no balcão, uma máquina de café e era isso que faltava para começar a pensar melhor, uma xícara de café.

O homem mais velho acenou e saiu da frente do balcão, dando-me a chance e falar com o menino do outro lado. O garoto estava com uma jaqueta amarela com gola preta, jeans claro desgastado e uma blusa branca básica e pelas suas olheiras parecia cansado, mas seu sorriso me dizia ao contrário.

— Um café expresso, por favor. — Digo a ele e o mesmo assente e vai em direção a máquina.

Quando ele se afasta eu faço o mesmo indo para uma das mesas do outro lado da loja. Deixei minhas balinhas e meu celular em cima da mesa e me debrucei na madeira. Minha cabeça estava cansada e havia tantos pensamentos intrusos que era muito para mim.

Estava me frustrando a cada minuto. Perdi o controle de mim mesmo? Precisava me concentrar, havia coisas mais importantes para eu pensar no beijo o qual meu amigo roubou de mim e que eu correspondi.

— Seu café. — O garoto surge de um buraco negro deixando meu café sobre a mesa e saiu antes de eu agradecê-lo.

Passei mais de vinte minutos tomando o café e comendo as balinhas, o que não era a melhor combinação do mundo, mas servia. Era torturante ficar comigo sozinho naquela situação. Cheguei a conclusão que: não havia outra saída a não ser conviver com aquilo.

Meu amigo me beijou. Fim. Por que isso não entrava na minha mente? Não tinha nenhum preconceito com homossexual, mas algo ali ainda não se encaixou. Não perfeitamente. Oh... Era tão confuso.

Deixei o saquinho vazio na lixeira e peguei a xícara levando para o balcão. Esforcei-me em sorrir por todo o trajeto e quando deixei a xícara no balcão.

— Quanto deu? — Perguntei puxando algumas cédulas do meu bolso traseiro da calça.

— Mil e cem wons. — Conferi e entreguei a ele o dinheiro. — Você é engraçado. — Ele sorriu enquanto guardava o dinheiro no caixa.

— Por que? — Confuso eu perguntei.

— Porque mesmo muito abalado você se força, de um jeito que deve doer, a sorrir. — Ele responde sorrindo e eu não consegui distinguir qual era o significado daquele belo sorriso. Mas ele estava me assustando.

— Me desculpa... Mas tenho que ir. — Saí daquela loja com a cabeça a mil. 
 



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