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História Icarus Ágape! - T1: Laços de família...


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Mais um dos capítulos que estavam pronto
Apreciem por favor :)

Capítulo 3 - T1: Laços de família...


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: Laços de família...

Ao final da missa quando todas as pessoas iam saindo por fileiras cada um em sua vez se despediam se curvando em direção ao altar e então saiam pela grande porta de entrada.

O sol que antes atravessava os pequenos espaços abertos das vidraças tingidas de um azul Royal cristalino, branco, amarelo e vermelho das roupas do Cristo. Ícaro entia que amanava algo como sagrado e agora preenchia o mundo lá fora.

Ícaro se distanciou um pouco de seus irmãos para poder respirar melhor e se afastar de toda aquela pressão familiar, ele não gostava disso e nunca poderia se sentir normal e fazer o que bem entendesse com medo do que as pessoas fossem pensar ou sequer falar. Aproveitou a deixa e resolveu ir ao banheiro.

Em uma entrada do lado de fora ainda na área do campo da igreja havia um lugar como um corredor reto mais para o fundo, um quadrado que eram os banheiros da paróquia, lado feminino e masculino. Entrou no pelo lado esquerdo, as paredes eram esbranquiçadas mas combinavam com as pedras de granito amarelo right. Em um canto distinto do lado esquerdo ficava o corredor que dava no banheiro feminino, as pias eram unissex mas os banheiros eram individuais.

Ele havia ido somente para lavar as mãos e esfriar a cabeça. O espelho a sua frente refletia seu rosto herdado por gerações, até os olhos intensamente azuis como o lago Crater de Oregon e o mais chamativo era o cabelo extremamente roxo escuro que caia sobre os olhos mas não tinha um jeitinho Emo de jeito nenhum, era característica de sua mãe, o rosto pequeno também era dela, assim era Yumi também já que eram geneticamente gêmeos. Porém Willian que era o primogênito só havia herdado os olhos azuis, mas em resto era quase todo como seu pai, o tom de cabelo castanho escuro, a linha do rosto quadrada e firme e era mais alto que Ícaro, então eram muito diferentes nesses aspectos.

Os três primeiros filhos tinham os olhos azuis, mas Clara não, pois havia puxado o pai por inteiro, a herança dos olhos azuis vinha dos avós, eram só deles por parte de mãe.

Ah, sua avó o tratava como filho mas do que seus próprios pais e o que lhe faltava como carinho paterno era recompensado quando dormia na casa deles já que moravam no final da rua de casa, passava até dias lá se desse. Seu pai o achava " mole " demais, então deixava de ser um filho querido, longe do ideal, era constantemente comparado com o irmão mais velho que namorava, haviam garotas que gostavam dele, saia as vezes e trabalhava em períodos que não atrapalhava os estudos.

Mas o que tinha de mais ?

Nenhum filho era igual ao outro.

Ícaro sabia que era abaixo da altura natural dos garotos de sua sala que mediam cerca de 1,80 centímetros de altura, porém comparado com ele que média lá pelos 1,62 de altura...bem, era muita coisa a ser discutida já que aqueles " moleques " eram muitos grandes, tinha no sangue uma boa genética de serem altos.

Rezava de pés juntos para ter crescido mais nesse ano e que os outros tivessem diminuído, era o mais baixo diferente de Tama que era o mais alto com seus 1,82 centímetros de altura, o garoto que sua irmã gostava era enorme comparado á Guih seu melhor amigo de infância que tinha 1,79 centímetros, chegando quase aos tão esperados oitenta centímetros.

Foi-se o tempo em que todos tinham a mesma altura e então a adolescência estragou tudo e muitos cresceram rápido demais, tanto braços como pernas. Eram como muros para Ícaro, podia estar até exagerando em seus pensamentos, mas pensando a respeito era assustador, principalmente Tama que usava constantemente preto o tempo todo, tampava seu sol e se parasse na sua frente só veria escuro.

Era normal pensar em Tama as vezes, por que ele era interessante e a alma da sala ao mesmo tempo, na qual todos gostavam, se o odiasse então seria sem motivo afinal ele não mexia com ninguém e nem era tão insuportável assim, no entanto conversava demais. Em qualquer sala havia um aluno especial que era assim cativante e era provável que novamente cairiam na mesma sala como em todos os anos passados, regressou em pensamento á sete anos atrás quando ficaram amigos assim que Guih resolveu cultivar amizade lá pela quarta série com aquele garoto novo que não falava muito ( bem...o passado era irônico comparado com o presente ).

Viraram amigos e Ícaro lembrava que naquela época Guih costumava ser impulsivo, simplesmente queria que as coisas acontecesse, era um menininho ardente como sua mãe dizia, já que seu amigo era dominador do fogo, porém era mestiço ou seja era filho de um sangue puro como Ícaro que pertencia a uma raça que não eram de monstros, só tinham asas e eram da família principal, não se transmutavam e nunca se misturaram com outras raças que não eram nobres.

Dessa relação saiu seu melhor amigo e não o julgaria por isso.

A água que era jorrada pela boca da torneira molhava suas mãos, escorria por entre os dedos e se dispersava, gelada e limpa. Lavou o rosto assim que inclinou a cabeça na base funda da pia, aquele centro redondo de porcelana branquíssima refletia seu rosto em pontos distorcidos.

Ícaro admitia a si mesmo que não tinha um rosto perfeito, não se achava muito bonito. Se fosse, as garotas gostariam dele e a todo instante receberia bilhetinhos românticos com declarações de amor fofinhas. Mas nem isso havia acontecido ainda, nenhuma garota durante seus quinze/dezesseis anos de vida miseráveis havia chegado até ele e dito palavras profundas, palavras que demonstrassem um sentimento intenso.

Mas era complicado demais ficar tendo esses tipos de pensamentos, não enrolou muito e saiu logo daquele lugar iluminado pelas lâmpadas brancas transparentes e principalmente pelas janelas retangulares de vidro liso instaladas atrás das cabines de mármore.

Assim que pós os pés do lado de fora, observou atentamente o gramado verde que brilhava com a luz do sol, cintilava em tom amarelado no chão como em um dia quente comum, lá pelo horário de meio dia e meia da tarde.

— ÍCARO !

Escutou seu nome não tão distante, era sua mãe que o chamava, virou-se de imediato e a viu vindo em sua direção com sua irmã menor e em seu rosto havia uma expressão aflita.

ㅡ Senhora? ㅡ Respondeu.

— Leve á no banheiro para mim, por favor.

Disse entregando Clara de imediato á Ícaro que a segurou pela mão em menos de um segundo.

ㅡ Quê? ㅡ Exclamou. ㅡ Não vou entrar no banheiro das mulheres com ela, manda a Yumi...

Tentou falar mas logo foi interrompido quando sua mãe tentou explicar o porque que tinha que ser ele, e soltou a seguinte explicação :

— Ah! Não sei, leva ela no dos homens então. Afinal não tem nada demais pois você vai estar lá e por fim ela é só uma criança pra ver maldade em tudo. ㅡ Ela explicou levantando o dedo indicador e completou. ㅡ E além do mais a Yumi saiu faz tempo e só Deus sabe onde essa menina foi.

Lamentou pensativa depois de falar apressadamente. Sentia em si que ela estava agitada por algum motivo então resolveu assentir dizendo um "Ok" meio desgastado e perguntou :

ㅡ O que foi?

ㅡ Tenho que ir resolver uns assuntos urgentes da escola, várias papeladas que se amontoam facilmente. ㅡ Desdenhou, colocando as mãos nos quadris com um leve suspiro. ㅡ Sabe como é o começo de ano.

ㅡ Já foram decididas as salas desse ano? ㅡ Questionou, queria muito saber em qual sala havia caído.

ㅡ Quero fazer xixi. ㅡ Clara chiou aflita.

— Ah! Sim... ㅡ Ícaro assentiu segurando a mão da criança firmemente.

Haviam se esquecido do que estavam falando, se despediram e foram cada um para um lado. Ícaro pensou rapidamente que de maneira nenhuma pisaria o pé no banheiro do sexo oposto, era vergonhoso e de maneira nenhuma queria ser tratado como um pervertido. Enquanto isso Clara desajeitadamente apertava a barra do vestido branco e espremia os olhos dolorosamente já que não conseguia segurar por muito tempo.

Ícaro queria dizer a ela para ir sozinha, mas sabia que Clara tinha medo de banheiros públicos e a simples razão era a história da "Loira do banheiro" espalhada pela escolinha dela entre colegas de salas, entrou na cabeça dela e não teve quem tirasse essa idéia depois de plantada. Agora aquela mulher morava lá eternamente (quem sabe), e desde então nunca mais aquela menina foi sozinha no banheiro e bem, era um enorme probleminha já que Yumi a única mulher fora sua mãe que podia fazer isso, não era acostumada a fazer esses tipos de favores, e no final sobrava tudo para Ícaro.

Não pensou por tanto tempo, puxou Clara pela mão para entrar no banheiro masculino, porém ela recuou e disse :

— Não vou entrar aí, é nojento.

Fez cara de nojo e ao mesmo instante Ícaro entre abriu a boca indignado, afinal chamar o banheiro masculino de nojento era o mesmo que dizer que ele também era porco por mijar em pé.

ㅡ É nada. ㅡ Negou e a puxou levemente de novo, mas ela insistia em lutar, perdeu a paciência e falou seriamente. ㅡ Esta bem, já que não quer então faz aí a onde você está ou vai no "seu" banheiro. ㅡ Fez aspas por pura infantilidade.

ㅡ Não! ㅡ Choramingou ainda segurando, já que havia suportado mais do que suficiente.

ㅡ Você não quer né? ㅡ Perguntou e a viu negar imediatamente, suspirou e concluiu. ㅡ Então vem logo.

Agora sua irmã que tinha uns nove anos havia se rendido e se tornado vulnerável. A levou para dentro, não achava que o banheiro da paróquia era tão sujo afinal.

ㅡ Viu? Não é imundo! ㅡ Disse.

ㅡ É... ㅡ Concordou com uma cara emburrada, totalmente acanhada. ㅡ Mas de qualquer modo é banheiro de garotos! ㅡ Fez cara de "nojinho" mais una vez. ㅡ Meninos são nojentos.

ㅡ Eu sou um menino, me acha nojento?

Ícaro a questionou, era feio generalizar apesar de sua irmã ser uma garotinha que normalmente naquela fase achava o sexo oposto um bando de nojentos, respeitava pois era a idade das descobertas de diferenças e ideal para ter esses tipos de pensamentos pesimistas, até ele mesmo nessa idade infantil achava garotas estranhas e frescas por serem completamente diferentes. Mas agora era diferente, havia crescido e mudado em vários aspectos, não era mais uma criança.

Os hormônios mandavam!

ㅡ Não! ㅡ Ela negou. ㅡ Você não é nojento, mas os moleques da minha sala são, eles enfia o dedo no nariz e... ㅡ Pós a língua pra fora, e continuou. ㅡ Faz bolinha e joga em na gente, é horrível.

ㅡ É, não é nada legal. ㅡ Concordou. ㅡ Agora vai logo, eu vou estar aqui na porta.

ㅡ Ok! Mas, fica aí. ㅡ Ela correu para a primeira cabine e a fechou olhando se Ícaro iria correr ou sumir quem sabe.

ㅡ Eu estou aqui! ㅡ Ícaro suspirou e revirou os olhos, era para se preocupar.

ㅡ Acho bom! ㅡ Ela soltou uma leve risadinha infantil.

Pensou de imediato que ser criança envolvia muitos medos do desconhecido em certas ocasiões, medo de certas coisas que não sabem se existem ou não, e então a adolescência surgia bem rápido com os hormônios a mil. O interesse por um beijo profundo e por fim sexo.

Pensando bem, eram dúvidas confusas que se espalhavam frequentemente, como a descoberta de sentimentos que aceleravam o coração e no final não podia dizer muitos acontecimentos que envolviam amor já que nunca havia se interessado por ninguém e não conhecia muitas pessoas pois era um pouco tímido nesse quesito. Não acontecia já que não tinha diversidade pois eram os sempre alunos de sua sala desde que entrou, eram as mesmas caras, já estavam acostumado e não tinha chance de pensar ou se quer se interessar tão facilmente.

Achava que precisava de novos ares para que fosse mais fácil se apaixonar, queria simplicidade e não algo doloroso que o machucasse assim de cara logo na primeira vez, seria uma lástima. Ouvia Clara cantarolar uma música infantil, e enfim a descarga cessou o som da voz e logo em seguida o clique da porta. No final saiu para lavar as mãos, ela conseguia sozinha pois a pia não era tão alta.

Para aquela idade sua irmã era digamos que alta, e seria mais alta que Ícaro quando tivesse sua idade, puxaria a genética de seu pai assim como seu irmão e sabia que Clara era maior que os garotos da sua sala. Era difícil saber que sua irmãzinha cresceria e acabaria maior que ele, seria um mulherão assim como Fanny a garota mais bonita da escola e namorada de Tama.

Em tempo livre eram modelos desde de crianças, Fanny por que quando criança era seu sonho se tornar modelo e desfilava no meio da sala e Tama era por influência de pai para filho, mas no entanto seu pai era policial agora. Mas Ícaro achava que Tama não fazia muito caso se era ou não modelo de uma marca de roupa, só o fazia por diversão. Porém era um casal perfeito que todos admiravam silenciosamente ou escandalosamente, eram auto-suficientes por si só.

Tinha que admitir e observar como as pessoa as sua volta eram cativantes e extremamente brilhantes, a vida era cheia dessas e deveria aceitar. Dias bons e ruins ainda o esperava lá do lado de fora de onde ele poderia ter a melhor vista do futuro.


Notas Finais


Eu revisei antes de postar
Mas se passou alguma palavras ou letra errada podem me avisar
Obrigado 🦄


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