1. Spirit Fanfics >
  2. Icarus Ágape! >
  3. T1: Perseguição!

História Icarus Ágape! - T1: Perseguição!


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Gente o capítulo ficou enorme... ENORME e vcs iam ficar cansados de ler
eu postar a continuaçao no capítulo 51
Gente... Quando o capítulo for cruzado por duplas diferentes, eu vou nomear eles por seus respectivos nomes de batismo kkk
Gente esse desenho tem uns 3 anos por aí do meu amado Tama, eu vou tentar fazer outro e posto aqui
Aguardem

Capítulo 50 - T1: Perseguição!


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: Perseguição!


                              (Forver My Sweet Boy)

Se o som alto incomodava Ícaro?

Era claro que sim, ele não escutava Tama muito bem e as pessoas passando rente uma nas outras que também transitando ou curtindo e balançando ao som de Just Dance da Lady Gaga que ao ouvido dos dois era "Aquela música lá da rádio" ainda assim era incômodo, as luzes invadiam seus olhos piscando e criando ondas em tons arco-iris tornando mesmo que seja um pouco para Ícaro uma sensação agradável.

— Quer beber alguma coisa? — Tama tentou falar acima do som alto.

Ícaro somente pronunciou um "Hãn" confuso a voz de Tama que não chegou totalmente a ele que foi obrigado a abaixar e falar mais próximo ao ponto auditivo de Ícaro que ao entender somente assentiu, ele estava precisando, já que sentia-se com um pouquinho de sede.

— Você tem idade para beber. Tem coragem? Ou vai somente um refrigerante?

Ícaro pensou, ele não era um completo covarde, porém não achou conveniente encher a cara logo agora e muito menos queria voltar cedo e carregado para casa.

— Um refrigerante. — Ele disse para o olhar soberbo de Tama. — Quê? Tem que ter muita coragem para tomar refrigerante. Pense no corante e na quantidade de açúcar que contém neles é cancerígeno, sabia?

— Não contorne a situação. — Tama deu um sorriso ousado pensando que Ícaro estava sendo precavido demais. — Se for fazer algo errado faça certo.

— Depois! — Ícaro deu de ombros, fazendo um gesto com os dedos para Tama esperar outra hora para que isso aconteça.

Espere só Tama.

Espere o momento em que eu estiver pronto para beber.

Era basicamente isso na sua linha de pensamento, Tama estalou a língua pensativo e pediu ao bar man duas coca-cola, se fossem morrer que fosse com gosto e cheio de cafeína.



[...]

                                      (40°G of the fever)

Quando Din veio na direção dos garotos Guih achou melhor entrar, só que do jeito em que eles conversavam era difícil ele conseguir dizer um tchau breve antes de cruzar olhares com Din que diria coisas na qual ele não queria escutar agora.

Você vai me botar em problemas.

Quando Din sorria para os amigos era conveniente e quando virava para sorrir para Guih tinha algo de inconveniente era tipo de olhar que dizia: "Eu te peguei" e soltou um risinho irritante, ele não podia dizer nada entre aquele pessoal, nada que rolou entre os dois mais de uma vez, porém sexo foi só uma vez e ele jurou a si mesmo que não aconteceria de novo.

E se ele não conhecesse Din estaria tudo bem?

Se ele não tivesse crescido ao lado de Din. Estaria melhor?

O grande problema era que eles se conheciam, e Guih não queria ficar com quem ele conhecia, seria bem melhor um estranho do que um conhecido.

Mas ele poderia confiar em desconhecidos?

Puta merda!

Onde ele estava com a cabeça ao achar que as duas coisas davam certo, um conhecido era logicamente pior, um conhecido que todo mundo perto dele conhecia era péssimo, no entanto um desconhecido era um estranho que não se podiam ser confiado de maneira nenhuma.

Era errado dos dois modos.

Ele tossiu levemente abalado por tal situação na qual ele se enfiou, ele era um adolescente inconsequente que agia assim porque tinha só dezesseis anos e Din tinha a mesma idade e não se podia se esperar uma atitude adulta de dois garoto, ele disse ao pessoal "Eu vou entrar", e deu as costas, foi uma péssima idéia ter saído hoje, ele nem sabia se estava afim de ficar ou ir, talvez fosse embora cedo.

Ele não estava mais no clima.

Quando Guih simplismente saiu, Din deu um suspiro frustrado, porque ele não entendia porque Guih não podia só conversar.

Uma conversa resolveria tudo entre os dois.

Mas não, ele o rejeitava, ele continuava o ignorando.

E agora Din pensava que estava pagando seus pecados, de cada garota na qual ele partiu o coração, as vezes por querer e as vezes sem querer, ele era homem e não podia evitar fazer merda, merda tal essa que ele cometeu com Sophie e agora ela era de outro, merda que ele fez ao dormir com um amigo achando que a situação entre os dois não iria mudar, foi um erro e agora além de um coração partido ele também perderá um amigo.

Continuaria sendo assim?

Faça a coisa certa Din.

Ele resolveu ir atrás de Guih, não para encher seu saco, talvez ele enchesse um pouco mas não para preciona-lo, estava deixando de ser egoísta, correu até ele e o alcançou quando ele estava preste a entrar na Kiss-me. Tocou no ombro e Guih virou com uma cara tão furiosa que ele se arrependeu de te-lo tocado.

Nunca toque em pessoas nervosas.

Ele lembraria disso, Guih era difícil, ele falava na maioria das partes com gentileza, isso se você respeitasse o espaço pessoal dele e Din meio que ultrapassou-o sendo inconsequente novamente. Ele recuou a mão e disse.

— Só me escuta.

— Qual é a parte que você não entendeu sobre não falarmos sobre aquilo nunca mais? — Guih disse sério, ele só não queria falar sobre isso e Din aparentemente queria continuar tocando no assunto. — Eu te dei minha resposta naquele dia, se contente com ela.

Din suspirou exausto, era claro que ele já sabia disso no entanto Guih ficou de pensar e pelo visto a resposta dele ainda era não. Porém não importava mais querer ficar com ele ou não, Din só queria resolver isso o mais rápido possível.

— Se me dá licença eu vou indo.

Apesar de Guih não estar gritando com ele, no olhar e no tom da voz tinha algo de amargo que Din não queria provar, ele só queria resolver tudo e essa era sua chance queira Guih ou não.

Ele sempre fazia as escolhas erradas mesmo, mas pelo menos uma vez ele tinha a chance de acertar.

— Guih me escuta. Eu preciso falar com você. O que custa você me ouvir? — Ele ficou impaciente, ele não estava pedindo, estava quase implorando por atenção.

— Deixa isso pra lá. — Guih murmurou entediado.

— Não dá pra deixar pra lá. — Din insistiu.

Guih não sabia como reagir, porque ele estava sendo tão insistente em relação a isso, sendo muito irritante e como ele estava sem paciência nessa proposta que dissolvia seu cérebro que ele se irritou muito.

— Vai se fudê. — Proferiu sem um controle mental na situação.

— Vai se fudê você. — Din retrucou indignado, era o tipo de afronto que ele empurrava de volta pra pessoa que jogou pra cima dele.

Péssima idéia.

Parece que ele não guardo o que escutou do pai uma vez, dizia ele que quando uma mulher está irritada, você não deve retrucar, elas tem sangue quente elas sempre estão certas mesmo estando erradas.

E meio que isso se aplicava a Guih agora, ele também tinha sangue quente, a palavra dele era qual valía mais desde que ele deu seu veredicto final dizendo um não explícito, mas Din também estava certo quando concluiu por si mesmo que sem conversar eles não chegariam a lugar nenhum e ficariam com idéias erradas um do outro quem sabe para sempre.

Guih tinha cabeça quente, tanto que ele semicerrou os olhos totalmente nervoso, não era o tipo de discussão que ele levava para frente, se ele levasse para frente ele iria brigar, brigar ele não queria, deu as costas e entrou furiosamente na boate.

"Ah! Fala sério". — Din resmungou frustrado, ele quase fez uma espécie de birra totalmente chateado e foi atrás de Guih.



[...]

— O que acontece entre esses dois? — Mark falou estranhando a situação, era muito peculiar.

Kawã que estava ao seu lado, encostou no carro e bebeu uma cerveja.

— E eu por acaso sei?

— Será que esses dois estão tentando namorar? — Mark apoiou o braço sobre o capô de carro, olhando por cima em direção a porta na qual aqueles dois entraram, deu um sorriso ousado e cheio de intenções seja elas para o bem ou para o mau.

Era só somar dois mais dois.

Ele era um menino mau as vezes.

Kawã quase cuspiu o líquido alcoólico na qual ele colocou na boca e tossiu.

— Droga! Não, o Din gosta de mulher.


Kawã disse na plena certeza do que estava falando, Din sempre foi na dele, sossegado pessoalmente mas no entanto teve namoradas que o amigo conheceu, e tinha garotas atrás dele, eles saiam e conversavam sobre garotas, fumavam juntos e falavam sobre sexo e partes na quais eram mais atraentes para eles em uma mulher, droga... ele gostava de Sophie e Kawã não entendia porque Mark estava insinuando isso.

— É? Então porquê eles estavam com a língua na boca do outro, no naquele dia? — Mark olhou para Kawã com uma certa curiosidade.

Se era verdade, então porque aquele beijo no quarto escuro?

Kawã não sabia responder essa, ele olhou para o gargalo da garrafa quase quente e pensou que seria horrível continuar tomando-a, aquele assunto também amargava sua boca porque ele não tinha resposta para defender sua tese.

É tinha aquele beijo estranho entre os dois, um beijo repentino, por isso era estranho.

— E tem mais, Din me mandou mensagem perguntando quem iria com a gente. — Mark deu uma risadinha cúmplice e maldosa. — E você não acha engraçado ele ter perguntado e logo depois ter ficar assim atrás de Guih?

Kawã iria dar um palpite porém guardou a língua na boca e automaticamente depois de cair a ficha semicerrou os olhos como se entendesse tudo agora, ele perguntou sobre Guih para ele realmente, ter um amigo curioso e fofoqueiro como Mark te dava vantagem, mas as vezes o preço era alto demais.

— Mark você é um maldito. Sabia disso? — Kawã resmungou e deu um longo suspiro. Ah... que se foda se eles quisserem, não é da minha conta e também não é da sua. — Era tipo de confusões sobre quem namorava quem que o deixava confuso e nervoso, suspirou novamente e resolveu acender um cigarro e o pós na boca.

Mark deu uma risadinha maliciosa e pediu por um também e os dois fumaram tranquilamente.

— Assim tão fácil? — Mark perguntou, como ele pudesse usar esse segredinho sujo para algo maior ou simplismente questionar Din sobre o acontecido, era bom ter vantagem nas coisas quando sabia de algo tão comprometedor.

— Guarda essa sua lingua bem guardada nessa boca, é sério. — Kawã avisou soltando a fumaça entre os dentes ao tirar o cigarro dos lábios. — Não pergunte isso a ele ou qualquer um dos dois. Isso se você não quiser ver o Din furioso, se fosse comigo eu não gostaria que me questionasse sobre isso sem nem ao menos eu ter tocado no assunto por livre e espontânea vontade. Você por acaso gostaria?

Mark deu de ombros como se não soubesse ao certo o que pensar, colocou uma das mãos no bolso da calça, a noite estava ficando tão fria e incomoda para quem não escolheu um casaco quente para sair.

— Você não liga? — Mark perguntou dando outra tragada.

— Eu aguento você, suporto o Tama passando a mão na minha perna. — Kawã disse com um sorriso agradável, na verdade não era tão incômodo assim, as vezes ele até achava engraçado ficar irritado com isso. — Então porque não aceitaria se ele quisesse isso pra vida dele? Não diz nada em respeito a mim.

— Vai. — Mark o cutucou. — No fundo você gosta do que o Tama faz com você.

Kawã tossiu e colocou as costas da mão na boca para disfarçar o constrangimento momentâneo, ele pensava que devia deixar Tama se divertir um pouco, ele ficava tão tristinho as vezes que era de se dar pena.




[...]

                             (Forever My Sweet boy)

Depois de uns goles de um refrigerante extremamente gaseificados, eles dois se sentiram extremamente renovados. Por fim os dois decidiram ir mais para o fundo da balada, no entanto não era tão fácil se locomover rapidamente e Ícaro se sentia como uma bola de ping-pong quando era empurrado de um lado para o outro ao passar no meio do pessoal.

Mas com sucesso eles atingiram o objetivo, ali era mais calmo e com menos gente, pois o pessoal queria era ficar perto do palco onde o DJ remixava na lateral e bandas diferentes tocavam no centro há cada duas horas substituindo o som eletrônico, e bem que Ícaro queria ver uma banda tocando porque ele nunca havia ido á um show de verdade a não contava os que ele via na internet ou na televisão. Mas como ele não sabia lidar com muvuca, na sua primeira vez ele resolveu passar, talvez ouvesse outras chances quem sabe.

Tama pegou em sua mão e o guiou até próximo um outro cômodo que Ícaro não sabia mas era o lado GLS do local. No momento a única coisa que Ícaro pensava era que talvez ele não deu sorte e pegou um dos dias mais agitados para festejar, parecia que ao seu ver, onde Tama estava o levando era mais tranquilo, a música agitada parecia bem ambiente agora, passaram por uma cortina fina roxa e brilhante como um véu que não entanto era pouca transparente, as luzes que batiam na cortina a tornava bem majestosa ao cintilar como estrelas no céu do lado de fora na noite.

Assim que passou, ele olhou para trás visualizando o local que ele estava deixando e sendo levado a um lugar desconhecido o intrigava porém nada disse a Tama e logo em seguida olhou para frente e deu de cara com duas garotas bonitas se beijando que vestiam roupa de festa, a morena precionava a loira na parede da porta de entrada e passava ligeiramente a mão no cabelo extenso dela.

— Não encara! — Tama disse.

— E-Eu... — Ícaro gaguejou, não era bem assim, e tratou de responder com indignação. — Eu não tô encarando.

Tama deu um meio sorriso, na verdade tinha mais pessoas do mesmo sexo se beijando ou dançando agarradinho como o momento fosse amorosamente deles, não é que estava encarando, talvez um pouco era só que ele se sentia estranho, estava surpreso com a situação inesperada.

Era vergonhoso ficar vendo alguém beijar próximo ou na frente dele e para seu azar a maioria estava ficando.

Abaixou a cara, estava corando totalmente constrangido ao olhar para os próprios pés.

— Você realmente não tem jeito. — Tama deu um leve sorriso trazendo Ícaro para mais perto dele. — Se não quiser olhar, mantenha seus olhos fixos em mim.

Tama fez um gesto com os dedos indicando para Ícaro reparar nele, se seus olhos tivessem nele agora o resto não importaria mais. Ícaro colocou os olhos em Tama e foi levemente balançando, eles estavam mexendo como se dançassem um com outro porém Ícaro era péssimo em dançar com outra pessoa, no entanto o ritmo em que eles iam indo era abrasador e ele pode relaxar nos braços de Tama, colocou a cabeça no peito dele, sentiu e ouviu o som sutil de seu coração que para Ícaro era mais envolvente e desejoso que o som da música lá fora.

Era o tipo de som de vida que ele queria continuar escutando com mais carinho, o coração estava batendo tranquilamente diferente do dia em que eles se beijaram pela primeira vez, naquele dia Ícaro lembrava que esse mesmo coração batia com força, era o momento ou a agitação de um beijo que o fazia sentir assim ou outra coisa na qual ele não conseguia explicar.

Na verdade o primeiro beijo de Ícaro não foi o que ele sonhou, mas chegou perto e magicamente supriu suas expectativas, ele estava surpreso e radiante, ele pensou nisso quando foi pra casa depois do ensaio, ele jantou e quando foi dormir, ele passou os dedos sobre os lábios com um leve sorriso pensando: "Realmente aconteceu? Não é sonho, é de verdade", a sensação do beijo e do toque da língua de Tama estavam vivos nele, a sensação do toque ainda estavam ali e agora ele estava novamente nos braços dele e Tama também estava em seus braços desde que ele o segurava firmemente com uma mão na cintura e outra no peito.

Você nunca vai entender o quanto isso significa pra mim.

Suspirou, seu coração estava batendo tão forte que ele sentiu falta de ar, um desejo inesperado surgiu dentro dele e teve que levantar o olhar e encontrar olhos suavemente verdes e incomuns, olhos doces que lhe faziam sorrir de agrado ao ser invadido por esse sentimento.

Pronunciou o nome dele totalmente fixado aquele olhar, a sensação era invasora, sensação de querer muito algo, tudo em Tama era atrativo, pelo menos para ele naquele momento era especial demais, charmoso demais e o coração dele tinha total culpa sobre isso, sobre essa agitação interior, Tama também era culpado.

Tama abriu um sorriso de contentamento e beijou Ícaro no rosto que ao receber deu um longo suspiro, Tama beijou agora na temporã do garoto que resmungou calmamente, beijou no maxilar, subiu pro queixo e enfim beijou os lábios, a língua encontrou seu espaço entre eles que se envolveram ao som da música baixa, ao descolagem os lábios, Tama soltou um sorriso extravagante dizendo.

— Eu sou bem bonzinho com você não é? Como vai me pagar por isso?

— Eu depósito na sua conta pode ser? — Ícaro respondeu com um olhar provocativo aos de Tama.

— Olha... Eu vou cobrar.

Entendidos... Ícaro se aproximou novamente para um beijo que Tama concedeu, a noite enfim estava sendo ótima para os dois.

[...]

                                      (40°G of the fever)

Mas para Guih não era o que parecia, ele estava fazendo parte de uma perseguição e ele era o perseguido.

E as vezes ele pedia por Deus que Din saísse da cola dele, ele o perseguiu na escola, tentou falar com ele pelo celular e várias outras coisas chatas antes desse dia. Mas a culpa reconhecida de Guih surgia, quando ele lembrava que deu asa a isso, se ele culpasse Din por completo, seria injusto.

Ele instigou isso e dormiu com aquele garoto, um conhecido, por isso que julgava que desconhecidos eram melhores para atos sujos assim, ele não voltaria as vê-los se resolvesse que não queria ter contato algum, era só sumir... mas ele também sabia que em uma dessa uma pedra ia atingir ele bem forte, pedra essa que seria jogada nele era o tão fatal amor, era assim, as vezes você transava com alguém sem compromisso, as vezes você saia tão rápido quanto entrou e outras vezes você se apaixonava e era atingido tão rápido como se deitou com a pessoa.

Não que ele achasse que isso ia acontecer entre os dois, porque Din era do jeito que era, e Guih era alguém que não durava muito em uma situação que o forçava a ser realista.

Ele podia até amar, mas não se apegava por conta de seus princípios e medos e no final além de um coração partido assim como o Din por Sophie, ele estaria arrasado e sozinho.

Sim, por medo. Por puro medo.

Din não tinha algo certo para dizer, nada que faria ele ser a melhor pessoa do mundo, porém ele tinha algo para falar, algo que ele pensava.

E o que podia ser mais sincero que isso?

Algo não pensado, vindo sinceramente do coração, era o que pelo menos sua mãe dizia e ela sempre se contradizia quando falava.

"As vezes a gente nem precisa pensar, é só dizer. Porém... muito cuidado. As palavras as vezes podem ser prejudiciais".

Cautela era a resposta mais sensata.

Mas ele não podia usa-las se Guih não deixasse ele usar, dentro da boate tudo ficou complicado quando ele perdeu o objetivo de vista, era muita gente e a musica alta impedia que ele usasse a audição, olhou para os lados naquela imensidão de habitantes adolescentes e universitários da X que somente lhe deixava ainda mais perdido.

Até que uma pista falou mais alto, era raro meninos de cabelo tão vermelhos, ele idealizou isso e viu alguma coisa e foi atrás, hoje ele estourou a boca do balão, a um bom tempo ele estava fazendo isso e durante essa perseguição de cão e gato ele refletiu que talvez foi intruso demais, ele não devia nem ter vindo atrás de Guih com uma intensão tão perversa.

Ele devia ter respeitado e não devia ter tentado falar com Guih no colégio, mas tinha um porém, como ele falaria sobre o que acontecia sem mencionar aquilo, não era tão fácil esquecer como aquele cara pedia, Din não queria esquecer, não que ele falaria para todo mundo, ele simplismente guardaria para si em pleno silêncio de seu corpo, mas isso não queria dizer que ele esqueceria e as vezes ele precisava falar sobre isso com quem fez pois era algo que só dizia respeito aos dois.

"Sinto muito" — Din disse isso a si mesmo, ele estava se desculpando por ter sido insistente e mais ainda por não poder esquecer.

Esquecer não era seu maior forte.

Avistou Guih de verdade, ele tinha certeza que era ele com aquela blusa de frio, calça jeans escura e os tênis vermelhos levemente desgastados, ele foi para o fundo da boate e iria para a saída de emergência que ficava no outro cômodo do local.

Sim, foi a melhor opção que Guih encontrou, ele passaria pela cortina e iria embora, foi no que ele pensou quando olhou para trás e se deparou com Din, ele resmungou e foi naquela direção, estava tão agitado que nem pensou direito, sua cabeça a mil fervia, esfregou os olhos agitado, estava tudo sendo uma maldita droga, Din era horrível, ele próprio era horrível e esse inferno não acabava, saiu em disparada através da cortina, olhou para trás para ver se Din vinha e bateu um outro alguém, mesmo atordoado ele pediu desculpas para sair logo, mas quando reparou direito, ele reconheceu a pessoa, não uma, mas as duas.

— Guih?

Ícaro abriu a boca surpreso, ele parecia que tinha perdido a fala com olhos chocados tanto quanto o de Guih para ele e para Tama. Guih se perguntava o que Tama estava fazendo ali com seu amigo e o que Ícaro estava fazendo em lugar que ele falava que não gostaria de ir. Tama olhou os dois e não se atreveu a dizer nada no momento.

Apesar de não ser dá importância de Guih saber o porque de Ícaro estar ali desde que ele era livre para fazer o que quisesse, ele só não entendia porque Tama estava junto, se eles nem andavam mais um na companhia do outro. Mas o que chamou mais a atenção de Guih, era onde a não de Tama estava, passada por debaixo do braço, na cintura para as costas de Ícaro e isso era o mais estranho ali que ele teve que ligar os pontos, porém ele não tinha tempo para ligar pontos quando Din chamou seu nome e Guih empurrou os dois e eles foram obrigados a ir para fora, eles meio que queriam sair dali na realidade, passaram pela saída de emergência e saíram na rua, logo atrás da Kiss-me.

— Mas o que? — Guih pronunciou ofegante pela corrida e apontou os dedo para os dois. — Vocês...

Ícaro deu uma pausa e pensou em como diria isso a seu amigo de infância.

— Eu explico depois.

— Vamos. — Tama finalmente disse algo na noite, ele estava pensando que se Guih estava aqui, alguns de seus amigos podiam estar também.

Guih queria dizer que ele não aceitaria uma resposta tão fácil, mas quando ele menos esperou Ícaro e Tama correram para a lateral e ele meio que foi atrás de uma explicação, agora a perseguição era outra, ele estava curioso e chocado mais do que tudo, Ícaro pegou o capacete Pink que Guih achava que não combinava nem um pouco com ele e colocou na cabeça e travou o feixe, Tama fez o mesmo com uma cara aflita, eles fizeram isso muito rápido que Guih não sabia o que pensar, ele estava sendo precionado também e aquilo deu medo nele, pela situação e pela cara que eles fizeram a serem pegos juntos.

Ícaro olhou para Guih com uma expressão relativamente triste, em seguida olhou para Tama como se pedisse alguma salvação e virou novamente indo até o amigo confuso e desesperado por causa de Din e por esse algo novo que ele não entendia muito bem sobre Ícaro.

— Eu vou na sua casa amanhã, só me espera lá por favor.

O que vinha de Ícaro era uma assombrosa bola de neve que ele cultivou e Guih não soube responder, ele coçou a cabeça quando Tama ligou a moto dizendo baixo para Ícaro ir rápido e foi o que ele fez, montou da Honda e saiu com Tama. Guih coçou o couro cabeludo novamente.

Mas que merda estava acontecendo?

Essa pergunta rondava em sua cabeça que ele se esqueceu de Din por alguns minutos, na lateral do estacionamento para motocicletas, tinha muitas motos estacionadas.

Quando sua mão foi pega ele teve o reflexo de puxá-la de volta para si ao lidar com olhos tão azuis e tão desesperados, uma expressão em Din que ele nunca tinha visto foi uma enorme surpresa.

Além de confuso pelo que aconteceu, agora ele estava novamente atordoado, o coração seguia em disparada que ele suspirou e disse em um tom cansado.

— Me deixa em paz por favor!

Era quase como implorar que isso terminasse. Din mordeu os lábios de uma meneira bruta, era doloroso estar nessa situação e a única coisa que ele pode dizer a Guih era: "Eu sinto muito".

— Me desculpa, eu não posso consertar isso e nem pedir para ter seu perdão, porém eu espero que você possa me perdoar um dia.

Din estava pedindo desculpas por algo que Guih sabia que não era totalmente culpa dele, no entanto Guih suspirou e sentou no cimento, ele estava sentindo tontura e muito mal por esse dia fatídico. Din não tinha mais o que dizer somente sentou do lado de Guih mantendo uma distância razoável entre os dois, foi o garoto riuvo que quebrou o silêncio.

— Pelo que você está me pedindo desculpas?

— Pelo o que eu fiz em relação á você por hoje e é claro pelo que aconteceu a um bom tempo. Eu reconheço, não foi nem um pouco legal.

Din falava com desgosto como se um grande peso estivesse sobre ele, nem uma cara contente ele conseguia fazer, ele estava visivelmente preocupado e Guih parecia tão chateado e vazio por fora.

— Me perdoa. Podemos ser amigos de novo? — Din questionou Guih com uma leve tristeza nos olhos.

— Você pretende esquecer?

Guih encarou Din com seriedade.

"Amigos não fodem Din". — Foi o que Guih pensou quando perguntou isso a ele. "Mudamos, não somos mais os mesmo. Você não é mais o mesmo e você sabe disso, porque eu também reconheço que não sou".

— Eu vou pedir desculpas novamente. — Din respondeu mais rápido do que Guih imaginaria, ele olhou para o horizonte da X através da cerca de arame e disse. — Você pode me pedir tudo, menos me pedir para esquecer. Eu não consigo esquecer algo assim.

Jamais!

Guih observou Din que parecia um pouco constrangido ao dizer isso, ele pegou umas pedrinhas do chão e jogou contra a cerca de arame como se isso o distrai-se, a pedrinha bateu rente a ligação da extensão e fez um barulho estridente ao chacoalhar, algo em Guih acendeu e ele se sentiu queimando ao se perceber que seu humor melhorou muito depois de conversarem.

— Então eu também tenho que te pedir desculpas, eu fui mau com você, não foi minha intenção.

Do fundo do coração, ele dizia a verdade, não foi homem da parte dele não querer lidar com a situação na qual ele tinha medo, na verdade ele estava fugindo de tudo, fugindo do passado, fugindo do próprio medo, fugindo do próprio pai em dias de visita que ele se recusava a comparecer só para não ter que encarar-lo.

E disso? Ele também iria fugir? Ignorar, rejeitar Din não era a mesma coisa.

Algo ali estava mais em risco do que um simples casinho.


Talvez a amizade.







































Notas Finais


Até a próxima e obrigado por estarem comigo até esse março histórico de 50 capítulos
Eu tenho um presentinho hot para vcs no próximo capítulo
Adivinha de qm??? É... É deles.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...