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História Icarus Ágape! - T1: Revelações...


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Olha qm ta aqui cedo
Espero q vcs tenham lido o capítulo passado com atenção, eu sei, eu escrevi demais e vcs devem ficar cansado lendo, eu ficaria
Olha esse era o meu desenho do primeiro plano e versão de Icarus que era para se chamar X-Gravitation que eu comentei para com vcs.
Era para ser o nome da cidade, mas de qualquer maneira Icarus são todos eles e não referente ao nome do Ícaro, bem é o nome dele, mas eu me refiro a eles todos como uma unidade poderosa de garotos belos com histórias tristes

Capítulo 52 - T1: Revelações...


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: Revelações...


Quando Ícaro terminou seu café da amanhã ele pediu a Tama para levá-lo para a casa de Guih e deixa-lo resolver isso de uma vez por todas.

O problema não era na realidade tão grande quanto Ícaro pensava, mesmo assim ainda o assombrava, era só abrir a boca e falar e Guih seria bem compreensível, sim ele seria. Assim que ele desceu da moto Tama chamou sua atenção.

ㅡ O que você vai dizer exatamente a ele?

ㅡ A verdade!

Ícaro disse decidido, não importava se Tama concordasse ou não com a história que o envolvia, Ícaro não estava nem aí, se nessa porta estava Tama e na outra porta estava Guih, era claro que ele escolheria contar tudo a Guih, não importava mais, ele sabia, eles deixaram de ser crianças a muito tempo, e nem mesmo para uma criança você deve mentir.

Tama olhou para Ícaro que parecia decidido demais para se afrontar, apesar de fazer parte da história e acabar por compromete-lo, Tama sabia que Guih não ia falar nada para ninguém por causa de Ícaro, no máximo ele diria para Ícaro parar de ficar com Tama e ele havia aceitado esse fato muito bem, era triste, era possível, no entanto Tama aceitava uma boa amizade, se é que Ícaro iria querer continuar sendo amigo dele dependo do que Guih diria lá encima para ele.

Ele sabia que Ícaro cultivava suas amizades com muito carinho e a de Guih era bem preciosa e eles normalmente escutavam um ao outro e era claro que ele acabaria por escutar Guih caso ele discordasse, como Guih escutaria Ícaro se ele disse para parar por seu próprio bem e se ele dissesse isso, não estaria errado.

ㅡ Faça o que quiser. ㅡ Tama disse sem mais e nem menos colocando o capacete e travando embaixo do queixo.

Ícaro olhou para Tama com um sentimento de incerteza, não sabia se ele estava bravo ou não, se ele aceitava isso ou não. Suspirou quando ele saiu pilotando a Honda, esperava que ele não ficasse bravo com ele, era só que ele precisa dizer, ele precisava viver na verdade, precisa de um amigo que o entendesse.

Olhou para o prédio velho e entrou, na portaria avistou John usando um mini ventilador para se refrescar.

ㅡ Você aqui? ㅡ John abriu um sorriso animado, o calor era de matar e um ventilador tão pequeno não refrescava seu grande corpo.

ㅡ Olá! Guih está aí?

Perguntou, queria muito que ele estivesse ali agora e não custava nada perguntar.

ㅡ Que eu saiba hoje ele não passou por aqui, então tem grandes chances de estar lá encima. ㅡ Ele pensou com uma cara julgadora para a situação. ㅡ Eu poderia interfonar, mas há anos eles não arrumam o intefone, nem sei o que houve, eu irei dizer isso para ele ou a mãe.

Ícaro assentiu dizendo um tchau e subiu as escada, na verdade ele sabia o motivo do telefone não estar funcionando, durante uma briga o pai dele cortou o telefone de gancho e por isso não pegava até hoje, eles estavam tão acostumado a não ter um interfone que eles nem se preocupavam em arrumar, seria bom se arrumasse, em casos de emergenciais eles poderiam interfonar rápido para a portaria, diria isso a ele também.

Ícaro chegou próximo do andar de Guih e viu Lui e Kawê brincando próximo da escada, eles estavam sentados no chão com as costas na parede e olhando cartas Yu-Gi-Oh, eles olhavam com precisão e as trocavam.

ㅡ Me dê essa. ㅡ Lui apontou para uma carta específica de Kawê.

ㅡ Eu gosto dessa. ㅡ Kawê olhou com uma certa dúvida para qual foi escolhida por alguém tão querido. ㅡ Isso é totalmente injusto.

ㅡ Você falou para escolher uma, e eu escolhi. ㅡ Lui disse, se essa era a proposta, ele escolheria qual mais lhe convinha.

Era um Dragão Branco de olhos azuis, muito injusto e Luiz queria exatamente aquela na qual ele demorou muito para achar, ele trocou com um garoto da sala que exigiu a cartela de figurinhas de seu caderno da Hot Wheels mas outra carta de seu baralho, foi dolorosa a troca, mas ele conseguiu e agora sua preciosidade estava pedindo sua outra coisa preciosa.

Kawê pegou sua carta entre os dedos e ergueu para Lui.

ㅡ O que você me dá em troca?

Lui riu com estranheza, ele não daria nada em troca, nada do que Kawê queria mesmo se fosse um simples carinho.

ㅡ Dado é dado. ㅡ Luiz puxou a carta da mão dele, quando Kawê fez um biquinho fofo demais para ele, se atreveu a bater com ela na boca dele que murmurou frustrado.

Ícaro olhou para eles com um certo interesse, eles eram muito amigáveis,  resolveu perguntar sobre Guih.

ㅡ Seu irmão está ai?

ㅡ Está sim. ㅡ Lui disse olhando para Ícaro com atenção.

Algo dentro de Lui dizia que Ícaro deveria se preocupar com algo ou com alguém bem próximo dele, se ele estava se preocupando ou não, ele não sabia e se não estivesse, deveria e muito. No entanto ele não disse nada a ele, apontou para a porta e Ícaro foi na direção dela, Kawê olhou para Lui como se entendesse tudo dentro dele e voltaram as olharem o bolo de cartas em suas mãos.



[...]


Ícaro não bateu na porta, simplesmente entrou, ela já estava aberta afinal, seguiu pelo corredor em direção do quarto de Guih.

O viu ensaiando uma música no violão sentado na ponta da cama, ele afinava as cordas e tocava um pouco, cantava um pedaço do cantigo e parava para afinar e Ícaro só observava com compaixão, ele parou na porta e ficou um tempo admirando até Guih notá-lo.

ㅡ Como está meu belo mentirosinho? ㅡ Guih deu um sorriso e voltou a tocar.

ㅡ Eu não sou mentiroso. ㅡ Ícaro falou um pouco reprimido.

ㅡ Sabe... está tudo bem se você não quiser falar. ㅡ Guih disse sério, ele parecia que não se importava muito com o que aconteceu ontem.

Guih descidiu que não forçaria Ícaro a falar, eles não eram mais crianças e tinham vidas pessoais.

ㅡ Mas eu quero te falar.

Continuar mentindo não é o que ele queria continuar fazendo com um amigo tão próximo na qual ele deveria contar as coisas,  esconder não era mas uma opção.

ㅡ Ah! ㅡ Guih assentiu. ㅡ Eu estava com a cabeça cheia naquele dia, vocês me assustaram.

ㅡ A gente estava se divertindo. ㅡ Ícaro chegou um pouco mais perto de Guih.

ㅡ Ok. ㅡ Guih assentiu sem olha-lo. ㅡ Eu também me diverti muito ontem.

ㅡ É sério. Eu tomei coragem, então vamos falar sobre isso. ㅡ Ícaro ficou firme, a indiferença de Guih era assustadora.

Guih olhou para ele, quando ele havia desapegado, Ícaro insistia em contar segredos, ele suspirou e disse por fim "Aquele cheiro era dele né?". Ícaro assentiu sem relutância.

ㅡ É com ele que você está ficando, não é?

Por isso que Guih não queria tocar no assunto, se eles falassem sobre isso, Guih mostraria mesmo que não quissesse sua insatisfação com aquela situação por razão óbvia de que Tama tinha namorada. Mas uma vez Ícaro foi obrigado a concordar.

ㅡ Você que me obrigou a falar disso. ㅡ Guih lamentou. ㅡ No que Tama está te metendo?

ㅡ Eu sei que é errado. Mas eu nunca vou namorar com ele. ㅡ Ícaro mexeu nos próprios dedos, ele não seria daquela pessoa por motivos bem relativos a sua vida pessoal.

ㅡ Porque não? Não gosta dele? Então qual é o motivo de estarem ficando?

Perguntas seguidas só ajudava Ícaro a ficar bem mais confuso que antes, ele contou toda a história a Guih que escutou sem dar um piu.

ㅡ Ah... Entendi. ㅡ Guih assentiu, ele não sabia bem como se sentir, era uma mistura de pensamentos confusos e Tama praticamente influenciou Ícaro a pensar que isso era certo. ㅡ Eu não devo dizer o que você deve fazer, porque você já sabe. Você vai se machucar Ícaro, talvez você saiba mas é bobo achar que é fácil largar, porque esses tipos de coisas é como um vício.

Um vício te leva a querer muito mais uma certa coisa ou pessoa, e quando você menos espera, você fica dependente o suficiente dessa coisa que julgava como indefeso.

Pronto... Você está preso.

ㅡ Eu sei que sim. ㅡ Ícaro sentou no chão próximo aos pés de Guih que olhou para ele com tristeza. ㅡ Você tem razão.

Não tinha como não se sentir entristecido, era uma situação decadente para alguém como Ícaro estar e Guih observando de fora não apoiaria algo assim porque era uma situação muito maldosa, maldosa para Tama, para Fanny e principalmente Ícaro.

ㅡ Transou com ele? ㅡ Guih perguntou.

Ícaro pensou na noite passada, eles quase chegaram a isso.

ㅡ Fizemos algumas coisinhas. ㅡ Confessou meramente amargurado. ㅡ Mas não.

Coisinhas? ㅡ Guih pensou. Que tipo de coisinhas?

Mão boba?

ㅡ Eu fiz sexo. ㅡ Guih falou. Se Ícaro estava contando seu segredo, ele também abriria a boca.

ㅡ Fez sexo? ㅡ Ícaro repetiu confuso.

ㅡ Eu dei... Para o Din. ㅡ Confessou e começou a tocar como uma maneira de escape.

Ícaro ficou bem confuso com a aquele tipo de confissão vindo de Guih, ele e Din eram completamente diferentes um do outro e eles acabaram por se envolver assim do nada, era claro que tinha um começo, um começo que ele não conhecia, pensou ao som das cordas do violão, era uma música conhecida por ele, automaticamente como o som que entrava em seus ouvidos, Ícaro a sentiu e a reproduziu pela boca, cantando ela com Guih no quarto.

Eles cresceram. Estavam totalmente diferentes, eram quase adultos que fazem suas próprios escolhas.

Durante a simplicidade de uma canção, eles estenderam que agora tudo era estranhamente legal, mas eles ainda eram os mesmos.


[...]


Você gosta dele?

Ícaro questionou Guih na sala enquanto esperava pacientemente ele preparar um chá, olhava para ele com curiosidade se lembrando do sonho que teve na noite passada, era um sonho peculiar sobre Guih.

ㅡ Não. ㅡ Guih deu uma risada, era estranho pensar assim. ㅡ Ele só é legal.

ㅡ Legal... Hum, sei. ㅡ Ícaro fez uma carinha mau intencionada. ㅡ Ele gosta de você por acaso?

ㅡ Eu acho que não. ㅡ Guih negou, do íntimo de Din ele não sabia e não achava possível ele ter esse tipo de sentimento por ele. ㅡ Nosso interesse é outro.

ㅡ Tipo o quê?

Ícaro não entendeu muito bem, mas pelo sorriso mau intencionado que Guih deu cheio de intenções, já dizia tudo.

ㅡ Cama. ㅡ Guih confirmou.

ㅡ Você vai ficar dormindo com ele? Isso é o quê? Um acordo?

Se bem pensando o que Din tinha com Guih, não era muito diferente do que Ícaro tinha com Tama, o que rolava entre os quatro era um grande interesse sobre desejos.

ㅡ E a Laryssa? 

Questionou, não sabia se ele ainda estava com ela ou não, eles normalmente eram próximos e Ícaro não sabia se os interesses sexuais e amorosos se misturaram e viravam outra coisa.

ㅡ Eu fico com ela, quando ela quer.

ㅡ Você vai ficar com os dois? ㅡ Ícaro falou surpreso, tudo aquilo era além de sua compreensão.

Dar atenção para uma pessoa já era difícil, então... imagine duas.

ㅡ Eu namoro os dois por acaso? ㅡ Guih franziu as sobrancelhas.

O que uma coisa tinha haver com a outra?

ㅡ Como você consegue ficar com duas pessoas ao mesmo tempo?

Para Ícaro aquilo era estranho, ele não conseguiria fazer aquilo porque ele não entendia que duas pessoas podessem concordar em dividir a mesma pessoa, talvez Din tivesse outras pessoas e Laryssa também, mas Din do que Laryssa.

Mas ele também não estava dividindo Tama com Fanny? E Ruan não estava dividindo ela com Tama?

Ícaro fez uma cara triste, ele não gostava desse tipo situação.

ㅡ Não há ciúmes Ícaro, porque não tem compromisso. ㅡ Guih comentou servindo o chá fervendo a Ícaro. ㅡ Eu não estou brincando com o sentimentos de ninguém, só somos um alívio emocional para cada um. Isso que significa "ficar" do exemplo "não é meu, mas estou dando uma olhada para ver se quero", no caso você só está beijando pessoas ou fazendo algo a mais.

Ícaro fez uma expressão de quem entendeu, talvez Tama pensasse assim dele também e isso lhe trouxe uma insegurança na qual ele não queria ter naquele momento.

ㅡ Aliás. ㅡ Guih olhou para o rostinho cheio de falar sobre relacionamentos de seu amigo e se atreveu a rir quando Ícaro olhou para ele. ㅡ Sabia que o Diego está furioso com você?

ㅡ Comigo? Por que?

Ícaro perguntou surpreso, agora ele entendia porque Din olhava estranho para ele na escola, na verdade ele queria acreditar que era somente sua impressão.

ㅡ Ele acredita que você roubou a mulher dele. ㅡ Guih disse se sentando próximo a cadeira de Ícaro e assoprou o vapor da xícara entre as palmas das mãos, era um hábito que ele carregava a muito tempo por fazer mamadeiras de leite para os irmãos. Ícaro o encarava com olhos incrédulos. ㅡ Eu não desmenti porque você estava saindo com alguém e eu não sabia quem. Eu só disse para ele que não sabia de nada.

ㅡ Ah... É que ela se declarou para mim recentemente. E eu disse a verdade, disse que não gostava dela do mesmo jeito.

Guih deu um suspiro como se já soubesse, Din que pressionou Sophie e ela falou para Ícaro o que sentia a um bom tempo, e se Ícaro não gostava de Sophie, Guih sendo amigo de Laryssa podia meio que ajudar nisso, ele estalou os dedos e pensou que ligaria para Din mais tarde e veria se ele estava ainda afim.

ㅡ Estava tão na cara que ele gostava dela. Acho que só ela que não percebeu.

Ícaro lamentou, ele queria que Sophie ficasse com alguém que realmente gostasse dela, ela era uma garota legal.

ㅡ Ele também não ajudou. ㅡ Guih tomou um gole do chamate, quente do jeito que ele gostava. ㅡ Acho que eu vou dar uma mão. Eu tenho a amiga comigo.

ㅡ Guih, você é tão bissexual. ㅡ Ícaro afirmou.

ㅡ Não... ㅡ Guih negou com todas as forças. ㅡ Deus me livre.

ㅡ Porque você não aceita ser bissexual? ㅡ Ícaro deu risada de Guih, ele não aceitava de jeito nenhum.

ㅡ Eu já estou conformado sendo assim. Sofrer por um sexo tudo bem, mas sofrer por dois já é demais.

Guih pós uma cara julgadora enquanto tomava seu chá e Ícaro continuou rindo e deu um gole também, ele achava que bissexuais como Tama eram bem evoluídos, pois eles podiam gostar de dois sexos ao mesmo tempo, mais evoluído que isso, só sendo pansexual na quel tem interessante sexual e românticos independente do sexo ou do gênero na qual a pessoa se identifica.

Guih preferia não complicar a situação, ele gostava de garotas, porém no sentido emocional, ele se sentia muito bem com elas, porém no lado sexual não funcionava tão bem como funcionou com Din, quando sua cabeça dava um nó, ele preferia não pensar mais nisso.

ㅡ Sabe... Eu sonhei que você estava namorando Guih. ㅡ Ícaro revelou, talvez coisas boas vinham por aí.

Alguém dos olhos intensos e doces.

ㅡ Porque todo mundo está me arranjando alguém no sonho? ㅡ Guih falou impaciente, Lui o havia falado isso também. ㅡ Tomara que seja verdade, eu criei esperanças por causa de vocês e agora eu quero estar namorando até o final desse ano. Meu final do ano passado, foi tão solitário, era eu deitado com um litrão na noite de ano novo no sofá da varanda da casa da minha avó.

ㅡ É... ㅡ Ícaro deu uma risada reprimida. ㅡ Eu acho que eu vou estar noivo até lá.

Guih parou seu chá na metade e olhou para Ícaro com estranheza ao que ele disse.

ㅡ Como assim rapaz?

ㅡ Eu vou noivar Guih.

Ícaro revelou como mais um de seus segredos desmascarados, ele pensou sobre Tama e sobre Guih, e aquilo que o amigo falou era verdade, ele não poderia ficar preso a isso achando que as coisas vão mudar, talvez ele falasse com o pai amanhã ou depois, a tarde eles tinham aula e Ícaro nem foi para casa ainda. Guih deu um suspiro tentando entender, ele deixou a xícara sobre a mesa, era uma história absurda demais.

ㅡ Você realmente quer isso? É sua vida Ícaro. ㅡ Guih murmurou, era triste.

ㅡ Ah, Guih... Eu sempre espero que milagres aconteçam. ㅡ Ícaro lambeu os lábios, tinham gosto do chá bem doce, desatou a falar. ㅡ Eu entendi agora que quanto mais a gente cresce, mas as coisas ficam difíceis e eu me vejo tendo que contribuir no meu próprio destino. Até um tempo atrás eu nem havia sido beijado, eu sentei e esperei que algo acontecesse e agora eu meio que me arrependo disso, eu estou virando adulto e o tempo está passando. ㅡ Ícaro olhou para Guih que parecia chocado, deu um sorriso forçado para ele. ㅡ Então porque não dá uma chance se é o que meu pai quer? Afinal eu não vou fazer nada que eu não queira. Vai que o rapaz é legal.

ㅡ É um cara?

Guih disse para Ícaro que assentiu, ele estava atordoado com a notícia, mas até que ele entendia Ícaro em querer ficar com Tama mesmo compromissado, e o fato de querer também seguir a vida em frente.

ㅡ É... Minha família quer expansão. 

Estava falando em filhos.

ㅡ Sabia que meu irmão está namorando? ㅡ Guih comentou.

ㅡ Até ele está namorando e nois não. Vê se pode... ㅡ Ícaro riu um pouco aflito, a vida era realmente injusta, eles eram mais velhos e mesmo assim eram passados para atrás pela nova geração.

ㅡ Eu vi ele beijando. ㅡ Guih corou, era uma situação constrangedora.

ㅡ Viu... até ele beija na boca e a gente não. ㅡ Ícaro tentou tirar uma dessa, era rir para não chorar. ㅡ Agora eu posso dizer isso. ㅡ Ícaro disse enfim com um certo orgulho. ㅡ Eu só beijei com dezesseis e seu irmão tem doze anos Guih.

ㅡ Eu beijei no final da oitava série e foi horrível, foi um dos beijos de língua mais feios da face da terra, eu não toquei nela e ela muito menos se aproximou de mim. ㅡ Guih comentou aquilo com um desgosto. ㅡ Eu fiquei com vergonha de tocar nela, acho que ela nem sabia beijar também.

O beijo de Ícaro foi ao menos bonitinho, afinal ele beijou alguém mais experiente que ele. Guih também havia sido beijado uma vez aos treze anos, era um tipo de beijo tão inocente que ele não considerava um beijo, e sim um alívio.

Um selinho, era um primeiro beijo sim, um beijo que ele guardava em um lugar diferente em suas lembranças, dado em um dia tão conturbado que ele lembrava como um belo calmante antes de dormir. Quando seu pai foi preso depois de gritar com eles e buscar uma arma totalmente histérico e ameaça-los, sua mãe estava grávida, então ele teve que tomar uma atitide um tanto suicida, ele lembrou de um número telefônico que estava na calça na qual ele estava usando, ele sempre guardava ali, Tama havia dito: "Quando seu pai surtar, ligue para mim, meu pai vai saber o que fazer.", e finalmente o dia chegou, o juízo final foi naquele dia, como sua mãe estava com tanta dor que achou que o bebe nasceria ali na sala, ele saiu de casa quando o pai não estava indo para o outro cômodo e pediu para Sophie ligar para a casa de Tama e voltou para sua residência.

Luiz estava sentado embaixo da mesa chupando o próprio dedo e chorando baixinho, seu irmão caçula falava que ficou com tanto medo e húmido por ter mijado na calça que quando Guih disse: "Pensa em coisas boas", ele ficou embaixo da mesa e fez um ato que não tinha de chupar o próprio dedo e fechou os olhos como se as coisas fossem melhorar. Seu pai odiava quando ele se mijava e odiava a cara julgadora que eles tinham quando o via batendo em sua mãe, talvez fosse por isso que ele batia nos filhos, porque eles olhavam com aquela cara, eles não olharariam se o pai não estivesse fazendo algo errado por isso ele sempre dizia que ninguém respeitava ele.

Guih conversou com Lui depois de uns anos sobre surra, eles confessaram que eles apanharam com motivos também, e quando apanhavam por coisas bobas eram dolorido mas quando apanhavam com razão porque Guih era mais levado que Lui, o pai parecia que ia matar eles, Lui disse: "Ele batia demais. Ele era grande e não sabia controlar a própria força."

É... ele era bem forte, porém quando seu pai foi detido, e sua mãe foi dar a luz no hospital quando a ambulância chegou. Na noite escura, Tama estava sentado no banco de trás do carro de polícia, depois da ordem de prisão, Tama abriu a porta traseira e saiu quando tudo estava terminado foi até Guih quando ele saiu do prédio desesperadamente atrás da própria mãe.

Tama não disse nada a princípio, na realidade ele sentia muito por tudo aquilo, no entanto era preciso que aquilo acontecesse. Era certo que Guih não queria o pai preso, mas ele também não queria continuar no mesmo inferno até que tudo acabasse por bem ou por mau.


Depois do desespero, estavam os dois lá encostados na viatura com a sirene ligada brilhando em azul e vermelho cantando na noite, Tama deu um suspiro quando Guih abaixou o corpo cansado no chão, ele lamentou, ele só era mais uma criança que o destino e vida adulta brincava.

Enquanto as roupas de seu irmão era trocada pelo pai de Sophie que chegou durante o ocorrido do trabalho, ele estava dando banho e trocando para os policiais poderem levar eles pra outro lugar, um lugar que Guih não sabia onde era.


Parecia que tudo estava desmoronando.

ㅡ E agora? ㅡ Guih murmurou ao silêncio de Tama.

Um Tama de treze anos pegou no ombro do garotinho riuvo da mesma idade que parecia inconsolável e disse:

ㅡ Vai ficar tudo bem.

Guih sabia que não era bem assim, ele queria acreditar em histórias boas mas na sua realidade coisas boas não aconteciam facilmente como num passe de mágica que ele se atrevesse a acreditar, não era só desejar como uma criança acreditava e imaginava.

Observou Guih quando ele levantou e virou de lado longe do campo de visão de Tama para seu rosto encostando na porta do veículo, seus ombros tremeram e Tama o viu chorando baixinho, tudo que ele guardou lá dentro ele estava soltando ali fora, pessoas chorando realmente eram complicadas. Tama balançou a cabeça, não havia nada que ele pudesse fazer para que tudo melhorasse, ele pôs a mão nos ombros trêmulos de Guih, apertou como um conforto, ainda não era suficiente, recolheu a mão e olhou para a palma da mão, não havia calor suficiente ali como um abraço de mãe.

Complicado.

Suspirou, o que ele sabia sobre pessoas, eram que sentimentos são difíceis de tocar, difíceis de concertar. Ele mesmo não podia ser concertado, a única maneira de deixar alguém sem graça era usar um método eficaz, um método que ele aprendeu com uma certa pessoa.

ㅡ Olha para mim. ㅡ Tama falou, seu rosto parecia sério, bem lá no fundo ele estava muito mais que preocupado. ㅡ Deixa eu te mostrar uma coisa legal.

Guih olhou para Tama depois de secar os olhos que brilharam vermelhos na noite, a marca d'água neles eram bem tristes. Era um tipo de brincadeira, ele abriu as palmas das mãos na altura do peito de Guih e falou para ele olhar bem e segui-las com o olhar, naquela altura não queria ter que brincar com Tama, porém ele se viu fazendo o que ele pedia com olhos tão inchados e observadores.

ㅡ Olha bem. ㅡ Tama as abriu e fechou, eles as ergueu alguns centímetros em direção ao rosto do garoto a sua frente. ㅡ Você vai ficar bem Guih. ㅡ Ele sorriu para Guilherme, Tama tinha olhos muito cativantes, olhos hipinotizantes e brilhantes, abaixou o olhar, aquilo era constrangedor de se observar. Tama falou mais uma última vez. ㅡ Meu pai diz que um toque meu pode mudar sentimentos, vem de geração. Sabia?

ㅡ Isso se chama presa. ㅡ Guih comentou, ele não era uma presa e Tama estava brincando com as mãos insinuando algo.

ㅡ Não... Isso se chama charme.

Tama falou, para alguém da idade dele se chamava fazer uma gracinha, ele deu um sorriso suave e foi rápido nos movimentos, ele suspendeu as mãos dizendo: "E eu te dou um pouco agora", ele disse isso e segurou o rosto de Guih entre as mãos e uniu seus lábios com os dele, lábios quentes e suaves que Guih sentiu com intensidade. Ele estava estático e não pode reagir, ele na realidade não conseguia reagir aquilo, os olhos de Tama estavam fechados e Guih observou o rosto dele bem de perto, desde a pálpebra até os cílios, algo dentro dele estava queimando com força, se sentiu arder, ele sentiria essa coisa novamente mais tarde durante um beijo na balada com um menino pelo contrário bem frio.

Agora o menino que beijava ele sem fazer movimentos nenhum parecia morno como todo ser vivo é, ele colou os lábios e ficou por alguns segundo que para Guih pareceu uma eternidade, seu rostinho ruborizado nas mãozinhas dele parecia um belo carinho que fez Guih fechar os olhos, essa era a famosa gracinha de Tama, um toque inocente que fez Guih alimentar sua natural faísca em seu interior trazendo um calor reconfortante ao seu pequeno corpo de quase um metro e cinquenta, ambos.

Tama tinha um cheiro bom que não era de perfume nenhum, até mesmo para Guih que não era tão sensível, ele pode sentir com força ao estar tão perto dele, não era a toa que todo mundo cedia a ele com facilidade e se encantava com doçura só de olhar, Guih poderia comparar-lo a uma flor bem bonita, mas com espinhos, porque ele era uma engenhosa armadilha.

Quando Tama soltou Guih, ele sentiu a sensibilidade nos lábios, sensibilidade que Tama já havia aprendido a lidar. Parecia uma cosquinha, como se algo que não estava ali antes fizesse muita falta. Guih tocou os próprios lábios, ele estava confuso e Tama deu um meio sorriso, a respiração de Guih estava uma bagunça, ele não sabia o que fazer, somente encostou na viatura e ficou até o pai de Tama chegasse para levá-lo com o irmão.

Eles não falaram mais sobre isso, eles também não foram mais amigos depois disso.




















Notas Finais


Então pessoal, é aqui q a confusão começa.
Aguardem meu Armageddon


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